Publicado: 30 de setembro de 2016 às 19:06
Redação
ALEXANDRE DE MORAES AFIRMOU QUE A SUPOSTA ‘ANTECIPAÇÃO’ DA LAVA JATO É CASO ENCERRADO (FOTO: FELIPE LAMPE)
O ministro da Justiça Alexandre de Moraes afirmou nesta sexta-feira, 30, que ‘não é só no Brasil que existe corrupção, mas que o Brasil exagera, exagera’.
“O Brasil quer ser medalha de ouro para poder roubar a medalha de ouro depois, né? O Brasil exagera”, declarou o ministro durante evento em São Paulo.
O ministro da Justiça fez uma palestra no Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP).
Alexandre de Moraes falou para uma plateia de advogados e juristas sobre os desafios do Ministério da Justiça.
“Pela omissão, eu não peco. Poderia pecar um pouquinho menos pela ação, às vezes”, disse.
Ele se envolveu em polêmica no início desta semana quando ‘antecipou’ nova fase da Lava Jato. No domingo, 25, em Ribeirão Preto, o ministro falou sobre a possibilidade de “ter mais” episódios ‘esta semana’ relacionados à maior operação já deflagrada no País contra a corrupção.
“Teve a semana passada e esta semana vai ter mais, podem ficar tranquilos. Quando vocês virem esta semana, vão se lembrar de mim”, disse o ministro, em evento de campanha do deputado Duarte Nogueira (PSDB/SP), candidato a prefeito de Ribeirão Preto.
A declaração foi feita espontaneamente, sem que ninguém o tivesse questionado.
Na segunda-feira, 26, a Lava Jato deflagrou sua 35ª fase, a Operação Omertà, e o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma) foi preso.
Sob pressão, o ministro afirmou naquele dia que sua fala foi em resposta à “preocupação” de “movimentos que são contra a corrupção”.
Nesta sexta, Alexandre de Moraes afirmou que a suposta ‘antecipação’ da Lava Jato é caso encerrado. “Tudo superado, até porque não houve nenhuma antecipação, mas superado.”
Durante a palestra no Instituto dos Advogados de São Paulo, o ministro criticou a política de segurança pública dos governos federais anteriores. “Infelizmente, por muitos e muitos anos, por mais de uma década, o governo se omitiu na questão da segurança pública, de criminalidade organizada, como se a União nada tivesse com isso, como se o Ministério da Justiça, por não ter o nome de Ministério da Justiça e Segurança, nada tivesse com isso”, declarou.
Para o presidente do IASP, José Horácio Halfeld Rezende Ribeiro, o momento é de mudanças no Brasil e esta será uma grande oportunidade de ouvir o ministro, que é membro efetivo do Instituto, sobre as metas, propostas e desafios de sua Pasta. “O Brasil passa por uma profunda crise e tem um grande desafio com a efetivação do novo governo. O ministro Alexandre de Moares é um nome de grande respeitabilidade no meio jurídico. Será uma ótima oportunidade ouvi-lo nesse momento tão delicado da história brasileira”, destacou. (AE)
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