sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Médico suspeito de destruir provas é preso em nova fase da Mr. Hyde



Michael Melo/Metrópoles


O ortopedista Fabiano Duarte Dutra acabou detido nesta sexta-feira (21/10) por queimar documentos que poderiam ajudar nas investigações



A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou a terceira fase da Operação Mr. Hyde. Um médico suspeito de destruir provas que poderiam ajudar nas investigações foi preso nas primeiras horas desta sexta-feira (21/10). A Justiça determinou que a prisão seja preventiva (sem data para expirar).
O ortopedista Fabiano Duarte Dutra foi detido na residência dele, na Asa Sul. Além do Hospital Home, na L2 Sul, onde o médico tinha um consultório, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa do suspeito.
Segundo os investigadores, Fabiano Dutra colocou fogo em documentos que poderiam ajudar no trabalho investigativo, logo após a deflagração da segunda fase da Mr. Hyde, em 6 de outubro. Não se sabe o teor do material. Mas a atitude do ortopedista fez com que o Ministério Público pedisse a prisão preventiva dele.
Além do Hospital Home, o médico trabalha na Secretaria de Saúde, como coordenador-técnico de Ortopedia. A sede do órgão, que fica no fim da Asa Norte, é um dos alvos da nova fase da Mr. Hyde. Fabiano está na Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado (Deco), no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), mas, durante a oitiva, permanecerá em silêncio..


A operação investiga a chamada Máfia das Próteses, que envolve um esquema de médicos, hospitais e empresas de próteses e órteses. Entre outros crimes, o grupo é acusado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e pela Polícia Civil de fazer cirurgias desnecessárias com o objetivo de obter lucros exorbitantes.
O esquema foi desarticulado em 1º de setembro deste ano, quando foram presos 13 suspeitos, entre médicos e pessoas relacionadas à empresa TM Medical, que fornecia equipamentos superfaturados e até mesmo com validade vencida para as cirurgias. Pelo menos 60 pacientes foram alvos da organização criminosa, segundo os investigadores.

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