quinta-feira, 20 de junho de 2013

  • A VOZ DAS RUAS

    Nasce um partido sem legenda ?

    Depois de tentar resolver qualquer mobilização da sociedade através da criação de “bolsas” de todos os tipos e investir na premissa que o brasileiro aceita tudo desde que tenha um bom estádio para ir ver o seu time jogar – a Copa de 2014 já está custando ao Brasil R$ 33 bilhões – parece que as ruas dos grandes centros resolveram “falar”, e alto.

    Os pleitos começaram simples – tarifa dos ônibus – mas aos poucos foram sendo ampliados e consolidados: corrupção e impunidade, gastos excessivos dos Governos, alta dos preços (inflação que persiste com tendência de crescer), desgaste da classe política, impostos demais (sem retorno visível para à sociedade) e serviços públicos deficientes (educação, saúde e segurança).

    O brado vindo das ruas acabou induzindo a gestação de um partido sem legenda, caracterizado por uma força que de pronto foi ouvida pelo Governo, que sempre soube dos pleitos, mas que optou por dizer que agora os pleitos vieram à tona.

    O país dos sonhos – chegamos até a perdoar dívidas de outros países / seria este o momento? – começou a ser substituído pelo país real cuja sociedade sai às ruas para deixar claro que nossos governantes têm que estar voltado para uma realidade que precisa ser encarada de frente.

    O país dos “mensaleiros” já punidos pelo STF, mas que ainda, fora das grades, debocham da lei de forma acintosa, apoiado por muitos que insistem em achar que há ainda muito tempo para voltar a discutir as penas aplicadas e, se isso não der certo, assegurar (com o passar do tempo) que as penas caduquem.

    Infelizmente – e isso se diz o preço (alto) a ser pago pela democracia – os oportunistas de plantão resolveram dar o ar de sua (infeliz) graça e inseriram atos de violência no seio de um movimento de claros objetivos pacíficos.
    O joio que por melhor que seja a qualidade do trigo, sempre existe, apesar de indesejável.

    Este partido sem legenda deve assegurar sua posição no cenário político nacional e para tal deve agir no sentido – violência não – de ir minimizando esta “pequena minoria” que não tem interesse em encontrar soluções para os problemas, pois vivem de fazer parte deles.

    Não seria a hora – na verdade já passou - das forças de segurança pública se concentrar especificamente em identificar (registros de vídeo, fotos, etc.) quem são os “baderneiros de plantão” e suas origens políticas?
    Tenho certeza que a sociedade teria inteiro interesse em saber estas origens e, sobretudo, pensar o que deve fazer nas próximas eleições.

    Apenas coibir os excessos não é uma solução, pois não se está atuando nas bases do problema. Cadastrar o perfil dos “agitadores de plantão” e não divulgá-los à sociedade também não o caminho correto.
    Se quisermos um país forte, precisamos (antes de tudo) de uma sociedade forte e, sobretudo, esclarecida.

    Que este novo partido sem legenda – Partido das Vozes das Ruas – possa, sem ter espaço na propaganda eleitoral, pautar a posição do cidadão nas urnas.
    Certamente os partidos com legenda (pelo menos alguns deles) não vão gostar muito desta opção, mas isso é o que menos interessa, neste momento, para a sociedade.

    Como diz uma propaganda voltada à Copa do Mundo – Vem para a rua, a maior arquibancada do Brasil – mas que pode ser uma boa motivação para cada cidadão procurar o seu espaço (ordeiro) no processo em marcha com foco unicamente político.

    Roosevelt S. Fernandes
    roosevelt@ebrnet.com.b

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