sábado, 11 de março de 2017

Reforma Trabalhista: O patrão dita quando você trabalha e quando ele te paga, propõe Maia




REFORMA TRABALHISTA


O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse recentemente que pensa ser "tímida" a proposta de reforma trabalhista como está, onde o trabalhador terá que “negociar” com o patrão quais direitos você está disposto a perder para ter um emprego. O que ele, junto a Câmara de Deputados, propõe é que o patrão também decida quando você vai trabalhar, portanto, quando ele vai te pagar.
Campinas



O relator da reforma, Rogério Marinho (PSDB-RN), confirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que há espaço para que a Câmara costure uma mudança mais profunda na legislação trabalhista, de modo a tirar ainda mais direitos dos trabalhadores, ou como dizem Temer e os demais idealizadores desse ataque: mudança para “modernizar” as relações de trabalho.
Tentam ganhar os trabalhadores para o lado da reforma dizendo que o objetivo dela é a criação de empregos, quando na realidade trata-se de fazer com que o desemprego gerado pelos patrões seja corrigido com empregos ultra-precarizados, instáveis, terceirizados, com remuneração ainda mais baixa. Isso porque os patrões não querem perder seus lucros e privilégios, preferem ver milhões sem ter salário para alimentar a sua família.
Quando antes um dos pontos principais da reforma era a possibilidade do patrão contratar funcionários negociando com ele os direitos que ele está disposto a abrir mão para ter o emprego, um salário, agora Marinho pretende incluir no projeto o que eles chamam de “contrato intermitente de trabalho”. No contrato intermitente, a empresa admite o funcionário e o aciona apenas quando necessário. Ou seja, a ideia é que o patrão decida quando iremos trabalhar, desse modo, quando nós receberemos o pagamento. É um escândalo!
Para Marinho e Rodrigo Maia, este que disse recentemente que a Justiça do Trabalho nem deveria existir, dando a entender que os trabalhadores é que são um problema para o patrão e seus lucros (quando na realidade é o contrário) essa mudança pode ainda "ser o início do processo de desatravancar" a Justiça do Trabalho, reduzir esse ‘entulhamento’ na primeira instância da Justiça". Dizem isso sabem que os trabalhadores passarão a estar desamparados pela Justiça do Trabalho – que nunca teve uma tendência a pender para o lado do trabalhador, ao contrário do que dizem os golpistas – ou seja, os trabalhadores não terão direitos para reivindicar na Justiça! Restará o livre direito do patrão explorar o trabalhador da forma e intensidade que ele quiser.
Não podemos deixar que os golpistas e os patrões ditem sobre nossos direitos conquistados ao longo de muito suor e luta por condições dignas de trabalho e salário. Além dessa Reforma da Trabalhista, querem que os trabalhadores literalmente morram trabalhando, sem ter direito real a aposentadoria, com a proposta de Reforma da Previdência. No dia 15 de março haverá uma importante mobilização nacional contra esses ataques dos golpistas, e a CUT e a CTB, que só alimentam um sentimento de desmoralização nos trabalhadores e com isso propõem uma trégua a esses ataques, devem urgentemente construir essa luta através de assembleias nos locais de trabalho, para que a base de trabalhadores tome nas mãos essa luta, pois só assim é possível vencer esse governo ajustador e anti-trabalhador.


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