quarta-feira, 29 de março de 2017

PMDB do Senado se divide sobre terceirização irrestrita, sobre a “normal” eles concordam



TERCEIRIZAÇÃO IRRESTRITA


FOTO: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Na tarde de hoje, Renan Calheiros pediu a Temer que não sancionasse o PL 4302 como foi aprovado na Câmara dos Deputados. O Senado está para pautar o PL 4330 colocado em pauta por Eduardo Cunha em 2015, que também é um projeto que aprofunda a terceirização e a precarização do trabalho, mas ainda vedando (proibíndo) a terceirização das chamadas atividades fins no caso de empresas públicas. Ao ter o pedido negado, Renan Calheiros articulou com mais 7 senadores do PMDB uma carta à Temer contrária à sanção do PL 4302. A carta pode ser lida abaixo:
Os 8 Senadores do PMDB querem substituir o PL 4302 pelo 4330 que ainda deverá ser apreciado na Câmara, ou seja, posam como defensores dos trabalhadores, mas na realidade querem manter a terceirização da era dos governos do PT e alargá-la ainda mais precarizando os contratos temporários e aprofundando ainda mais a precarização do trabalho. Fingem do alto dos seus altos salários e privilégios ser um mal menor para os trabalhadores, já Temer negou o pedido e tem pressa para aprovar os ataques, querendo mostrar serviço à burguesia apoiadora do golpe.
O PL 4330 está sob relatoria do senador Paulo Paim do PT, e sofreu duras críticas na época em que tramitava na Câmara dos Deputados. A Câmara, porém, na época enviou ao Senado o projeto com uma emenda que permitia a terceirização de atividades fim para as empresas privadas, que deverá ser avaliada ainda pelo Senado.
Como denunciamos no Esquerda Diário, a PL 4302 aprovada na Câmara e prestes a ser sancionada por Temer é um atentado contra os trabalhadores e seus direitos. No entanto, ela só pôde ser aprovada pelo silêncio das Centrais Sindicais que não convocaram uma paralisação sequer contra o projeto, e que agora convocam paralisações contra os ataques de Temer somente para o mês que vem.
Frente a este cenário, figuras como os pemedebistas de Calheiros tentam se descolar de Temer e aparecer como se estivesse ao lado do trabalhador, ao mesmo tempo demonstrando uma crise interna dentro do próprio PMDB, favorecido pela paralisia das centrais sindicais à espera de um #LULA2018, enquanto sua direção petista tem como principal estratégia a decisão sobre a data de votação, ainda sem nenhum plano de luta para a tal da greve geral.

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