Caso de PM morto tem reviravolta e dois suspeitos são soltos no RS
Polícia descartou envolvimento deles após falha no reconhecimento.
Um suspeito segue preso; outros três estão foragidos, segundo a polícia.
O caso do policial militar que foi morto dentro de um ônibus na semana passada, em Porto Alegre, sofreu uma reviravolta neste fim de semana. Os dois homens que haviam sido presos por suspeita de envolvimento no crime foram soltos pela Justiça. Eles não têm qualquer participação e foram confundidos pela Polícia Civil, que acabou sendo induzida ao erro após falha de testemunhas no reconhecimento.
A polícia chegou a conclusão de que a dupla não participou do crime depois da prisão de um homem na na Estação Rodoviária da capital, que aguardava para embarcar em um ônibus com destino a Mariana Pimentel, na Região Metropolitana. Segundo a delegada Áurea Hoeppel, titular da 6ª DP, ele confessou e deu detalhes sobre os comparsas. Tatuagens parecidas entre eles e semelhança corporal colaboraram para a falha na identificação. As testemunhas admitram que erraram no reconhecimento.
"Nós concluímos que realmente não eram aqueles dois homens que prendemos inicialmente depois que o homem preso na rodoviária nos relatou como são os comparsas. Com base no depoimento dele, chamamos as testemunhas novamente. Elas afirmaram que os novos suspeitos relatados por ele têm mais semelhança com os verdadeiros acusados", explica a delegada. "Então pedi ao juiz de plantão o alvará de soltura. Eles já foram soltos", acrescenta.
Quatro pessoas ainda são suspeitas do crime. Um deles é o homem detido na rodoviária, confirmou a delegada. Os outros três estão foragidos, mas já tem prisão temporária decretada pela Justiça. Um mandado de busca chegou a ser cumprido na madrugada deste domingo (19) em Viamão, na Região Metropolitana, mas sem sucesso.
Na sexta-feira (17), outro homem preso, que inicialmente era apontado como suspeito pela morte do PM, teve a participação no crime descartada pela Polícia Civil.
O crime
A ação ocorreu por volta das 19h30 de quinta-feira (16) na Avenida Juca Batista, Zona Sul de Porto Alegre, dentro do coletivo da linha Itapuã, da empresa Viamão. A vítima é o soldado Marcio Ricardo Ribeiro, de 42 anos, do Batalhão de Polícia de Guarda (BPG) e que trabalhava no presídio feminino Madre Pelletier, na capital. Ele estava fardado com o uniforme da corporação.
A ação ocorreu por volta das 19h30 de quinta-feira (16) na Avenida Juca Batista, Zona Sul de Porto Alegre, dentro do coletivo da linha Itapuã, da empresa Viamão. A vítima é o soldado Marcio Ricardo Ribeiro, de 42 anos, do Batalhão de Polícia de Guarda (BPG) e que trabalhava no presídio feminino Madre Pelletier, na capital. Ele estava fardado com o uniforme da corporação.
Segundo a Brigada Militar, dois homens entraram armados pela porta da frente do ônibus e anunciaram o assalto. Mas outros criminosos já estariam sentados no fundo do coletivo, onde estava sentado o policial. A polícia suspeita de uma tentativa de assalto ao coletivo.
No total, 11 tiros foram disparados contra o policial, informou o disse o tenente-coronel Eduardo Amorim, comandante do 21º BPM. Seis atingiram o colete à prova de balas e outros a cabeça, a perna, o ombro e um dedo do policial. Outro disparo foi errado e atingiu o ônibus.
Uma passageira também foi atingida no braço e encaminhada ao Hospital da Restinga. Os autores dos disparos fugiram em um automóvel Fiat, informou a BM. Dois deles foram presos momentos depois, no bairro Lomba do Pinheiro, na Zona Leste da capital.
Nenhum comentário:
Postar um comentário