Exames de saúde de Youssef estão dentro da normalidade, diz hospital
Doleiro foi para hospital de Curitiba após passar mal na Polícia Federal (PF).
Quadro clínico é estável com sinais de desidratação, dizem médicos.
Os exames médicos realizados pelo doleiro Alberto Youssef, acusado de encabeçar um esquema que desviou cerca de R$ 10 bilhões, estão dentro da normalidade, de acordo com o Hospital Santa Cruz. Segundo o boletim médico divulgado neste domingo (26), o quadro clínico do doleiro é estável, apresentando sinais de desidratação e emagrecimento. Youssef foi encaminhado para atendimento médico no sábado (25), após passar mal na carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba. A previsão é de que ele fique internado por mais dois dias.
Youssef está detido desde março deste ano, quando foi deflagrada a Operação Lava Jato, da Polícia Federal. A operação desvendou o esquema de desvio e lavagem de dinheiro e corrupção. Segundo a Polícia Federal, esta é a terceira vez que Youssef é encaminhado para atendimento médico. Os agentes informaram que ele teve uma forte queda de pressão arterial, causada pelo "uso de medicação no tratamento de doença cardíaca crônica".
Conforme o hospital, o doleiro deu entrada na UTI coronariana devido uma síncope. A equipe médica descartou a possibilidade de envenenamento. “Na avaliação inicial não apresentava sinais de intoxicação exógena e/ou medicamentosa e quadro cardiológico estável. Até o momento apresenta exames laboratoriais e outros exames complementares, dentro da normalidade”. Os médicos informaram também que Youssef está consciente, lúcido e orientado, com sinais vitais regulares.
O advogado de Youssef Tracy Reinaldet destacou que a informação de que o doleiro tivesse sido envenenado ou morrido é falsa. Ele visitou o doleiro nesta manhã.
"O que houve foi uma queda de pressão somada a um quadro anêmico, que ele vem desenvolvendo por conta do cárcere. Ele está bem debilitado em vitaminas, enfim, a nutrição dele não tem sido da mais adequadas. O que aconteceu foi isso, nada mais do que isso. Esse boato de envenenamento é mentiroso. Não chegou sequer a especular esta questão. Então, ele está bem", disse Reinaldet.
"O que houve foi uma queda de pressão somada a um quadro anêmico, que ele vem desenvolvendo por conta do cárcere. Ele está bem debilitado em vitaminas, enfim, a nutrição dele não tem sido da mais adequadas. O que aconteceu foi isso, nada mais do que isso. Esse boato de envenenamento é mentiroso. Não chegou sequer a especular esta questão. Então, ele está bem", disse Reinaldet.
Ministro critica boatos
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo,criticou neste domingo os boatos que circulam na internet de que o doleiro Alberto Youssef teria morrido. Para Cardozo, a difusão da falsa notícia é "profundamente deplorável".
"O que está acontecendo, especialmente nas últimas horas, é um grande número de boatos e situações que ocorrem. Particularmente, um boato e uma situação que me chocou é que algumas pessoas diziam que Alberto Youssef teria sido envenenado e teria morrido. Quando nós sabíamos que a PF já soltou ontem à noite uma nota dizendo pela terceira vez que ele estava em um hospital com um cardiopata e o próprio Samu de Curitiba também divulgou nota", disse o ministro.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo,criticou neste domingo os boatos que circulam na internet de que o doleiro Alberto Youssef teria morrido. Para Cardozo, a difusão da falsa notícia é "profundamente deplorável".
"O que está acontecendo, especialmente nas últimas horas, é um grande número de boatos e situações que ocorrem. Particularmente, um boato e uma situação que me chocou é que algumas pessoas diziam que Alberto Youssef teria sido envenenado e teria morrido. Quando nós sabíamos que a PF já soltou ontem à noite uma nota dizendo pela terceira vez que ele estava em um hospital com um cardiopata e o próprio Samu de Curitiba também divulgou nota", disse o ministro.
Operação Lava Jato
A operação Lava Jato foi deflagrada no dia 17 de março de 2014 em vários estados brasileiros e no Distrito Federal. A operação investiga um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que pode ter movimentado cerca de R$ 10 bilhões, segundo a PF.
A operação Lava Jato foi deflagrada no dia 17 de março de 2014 em vários estados brasileiros e no Distrito Federal. A operação investiga um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que pode ter movimentado cerca de R$ 10 bilhões, segundo a PF.
De acordo com as investigações, a organização criminosa era liderada pelo doleiro Alberto Youssef. Ele e os procuradores do MPF entraram em um acordo de delação premiada. Com isso, ele se comprometeu a dizer tudo o que sabe sobre o esquema de lavagem de dinheiro que chefiava, em troca de reduções nas penas que podem ser imputadas. O documento que pede a absolvição do doleiro no caso do tráfico de drogas não cita o acordo de delação.
O acordo de delação premiada será homologado pela Justiça se, depois da fase dos depoimentos, ficar comprovada a veracidade das informações que Youssef fornecer. O acordo foi assinado um dia após a defesa revelar que o doleiro tinha essa pretensão.
Nota da redação: É falsa a notícia que circulou na internet neste sábado (25), atribuída ao G1, afirmando que o doleiro havia morrido.
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