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China lança nave à Lua. Mas esta é a primeira com capacidade para regressar
É o primeiro modelo capaz de voltar à Terra e espera-se que orbite em torno do satélite natural durante uma semana. É, ao mesmo tempo, um teste: o programa espacial chinês, considerado "ambicioso", tem ou não potencial para avançar? É isso que se quer perceber.
Uma nave espacial experimental foi lançada esta manhã pela China a partir do Centro Espacial de Xichang, na província de Sichuan. A nave não-tripulada deverá orbitar em torno da Lua durante uma semana e depois regressar. A missão termina assim que a nave aterrar nas planícies da Mongólia Interior.
De acordo com a CNN, é a primeira vez que a China envia uma nave espacial à Lua com capacidade para regressar. O principal desafio, em termos técnicos, é assegurar que a reentrada na atmosfera terrestre será feita em segurança.
Além disso, espera-se que este lançamento sirva de teste à tecnologia que será usada numa missão considerada mais "ambiciosa", programada para 2017, que envolve o lançamento de uma sonda lunar capaz de recolher amostras do solo e também regressar à Terra.
Contudo, segundo Joan Johnson-Freese, professora na U.S. Naval War College, o desafio que aqui se apresenta é técnico mas também político. "A sua importância está não só na demonstração de capacidades técnicas, como também na exubição de vontade política para alcançar objetivos espaciais por longos períodos de tempo", dizia a especialista norte-americana, citado pela CNN.
Em 2003, a China enviou pela primeira vez um astronauta ao espaço, e, desde então, tem feito rápidos avanços neste campo. É, no entanto, cedo para retirar conclusões a respeito da sua capacidade de afirmação enquanto potência espacial. "O programa espacial [da China] ainda não alcançou as capacidades que os Estados Unidos e a ex-União Soviética alcançaram há décadas", dizia James A. Lewis, diretor no Center for Strategic and International Studies, em Washington, também citado pela CNN.
Com poucas vantagens económicas e militares, a importância desta missão reside, de acordo com Lewis, na capacidade de interferir, modificando, a perceção que a China tem de si mesma. O que está aqui em causa é "a ostentação de poder nacional e riqueza que devolve ao país a autoridade e a confiança". E acrescenta: "É possível que a missão tenha efeitos globais, mas para o público interno, o único com o qual se preocupam os dirigentes da China, a missão produz resultados inestimáveis".
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