domingo, 21 de setembro de 2014

BOMBEIRO MILITAR TEM DIREITO AO PORTE DE ARMA . . . ENTÃO MUDA O NOME PARA BOMBEIRO HIDRÁULICO !

Polêmica

 


Um terço dos bombeiros do estado tem armas

Publicada em 18/06/2011 às 20h15m

Antônio Werneck werneck@oglobo.com.br

Carla Rocha rocha@oglobo.com.br


RIO - Embora revólveres e pistolas não apaguem incêndios, os bombeiros do Rio estão cada vez mais armados.

Tropa auxiliar do Exército de acordo com a Constituição federal, eles têm direito ao porte de arma, que é proibido em todo o território nacional, exceto para as Forças Armadas e atividades de segurança pública.

No Rio, hoje, 5.068 homens do Corpo de Bombeiros que deveriam estar voltados para o combate ao fogo cadastraram armas de uso pessoal na corporação.

Um pequeno exército, que representa um terço do total de 16.550 praças e oficiais do estado.



Opinião: O que você acha de os bombeiros serem militares e poderem andar armados?


Pelas normas internas da corporação, um bombeiro no Rio pode ter até três armas - apesar de serem proibidos de usá-las em serviço.

Uma de porte, que pode ser um revólver 38 ou uma pistola 380, e duas de caça, sendo uma de alma lisa (espingarda, por exemplo) e outra de alma raiada (carabina).

Um policial militar fica limitado a duas armas pessoais de porte (revólveres 22, 32, 38 ou pistolas, que podem ser 0.40 ou 380).



Bombeiros aposentados também cadastram armas



E a fila para a autorização de pedidos de porte de arma não para de crescer.

Há ainda 42 bombeiros da ativa e nove inativos aguardando sinal verde do comando.

Sim, porque a cultura militar chega aos aposentados: 622 bombeiros vestiram o pijama, mas mantêm armas cadastradas.



Para obter a autorização para andar armado, o bombeiro deve ter bom comportamento e dez anos de serviço.

O Corpo de Bombeiros garante que há um controle rigoroso.

Se o militar for acusado num processo criminal, perde o porte, e a arma fica acautelada em sua unidade até o término da ação.

Ainda segundo o comando do Corpo de Bombeiros, as normas da corporação são as mais restritivas no Estado do Rio.



Em 2008, o secretário de Segurança, José Beltrame, chegou a propor um projeto para restringir o uso de armas por bombeiros, mas a proposta não avançou.

Na ocasião, acreditava-se que até 25% da tropa poderiam estar envolvidos em milícias. De acordo com o Corpo de Bombeiros, apenas 16 militares foram ou estão sendo investigados.

Desses, oito foram submetidos a processo administrativo disciplinar e excluídos da corporação. Dois morreram e três respondem a processos administrativos.



Repercussão: Especialistas defendem desmilitarização


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