Justiça decreta prisão de servidor do DF
30/08/2012
- O
advogado Bruno
Eustáquio Arantes,
acusado de participar do esquema de venda de lotes ilegais em
Planaltina de Goiás.
Justiça decreta prisão de servidor do DF
O
advogado Bruno Eustáquio Arantes, acusado de participar do esquema
de venda de lotes ilegais em Planaltina de Goiás, é considerado
foragido da Justiça e pode ser detido a qualquer momento. Ele teve a
prisão decretada porque, de acordo com o Ministério Público do
Estado, não compareceu ao órgão para prestar depoimentos, mesmo
após ser intimado oficialmente. Bruno também não aparece para
trabalhar no Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) desde
segunda-feira.
Ao contrário dos demais seis suspeitos de integrar a quadrilha, Bruno Eustáquio não foi preso na quarta-feira da semana passada. Isso porque, no início das investigações, ele aparecia de forma secundária no esquema. Os indícios da participação dele no golpe aumentaram com o avanço dos trabalhos, mas o MP preferiu esperar a oitiva do acusado antes de pedir a prisão. Assim, o advogado foi levado coercitivamente à delegacia de Planaltina de Goiás, mas prestou um depoimento contraditório, que não convenceu os investigadores.
A partir disso, o promotor Rafael Simonetti o convidou para ir à 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de Planaltina informalmente na última sexta-feira, mas Bruno não compareceu. O advogado dele apresentou um atestado médico dizendo que o cliente teria que ficar afastado por problemas de saúde. Simonetti o intimou, formalmente dessa vez, para prestar depoimento na Delegacia de Combate ao Crime Organizado do DF (Deco). Bruno seria ouvido na última terça-feira, mas não apareceu de novo.
A prisão temporária foi decretada na mesma tarde pelo juiz Alano Cardoso e Castro. Ela vale por cinco dias, sendo prorrogável por mais cinco, prazo que começa a ser contado quando ele for preso. “O envolvimento dele é claro e ele não está colaborando com as investigações”, afirma o promotor.
O advogado de Bruno, Irineu de Oliveira, disse que, depois do depoimento prestado na semana passada, o cliente dele não foi intimado. “Não existe convite feito por delegado. E eu desafio a mostrarem uma intimação que foi endereçada ao Bruno. Essa informação é totalmente mentirosa”, afirmou. A defesa de Bruno ajuizou um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça de Goiás, em Goiânia, para obter uma cópia do processo, e disse não saber que a prisão, “totalmente desnecessária” havia sido decretada.
À disposiçãoO advogado, que é servidor concursado no TJDFT, não trabalha mais com a desembargadora Carmelita Brasil, onde estava lotado antes do escândalo. Na segunda-feira, a pedido da magistrada, segundo funcionários do gabinete, ele foi remanejado. Por enquanto, o servidor não tem lotação definida. Segundo a assessoria de imprensa do TJDFT, Bruno está, provisoriamente, no setor de recursos humanos. Segundo Irineu de Oliveira, o suspeito tirou licença médica.
O juiz Alano Cardoso e Castro também decretou, ontem, a prisão preventiva de Flávio Martins de Souza — filho do dono do 1º Tabelionato de Notas e Ofício do Registro de Imóveis de Planaltina de Goiás, que seria usado para falsificar os documentos dos imóveis — por causa de munições que foram encontradas nas buscas realizadas no cartório na semana passada. A Justiça Goiana tomou conhecimentos de que Flávio é condenado no DF por participação em um assalto à mão armada e vai entrar em contato com a Polícia Civil do DF para saber mais detalhes do processo.
Entre os integrantes da quadrilha, estão presos Flávio, Leomar Alves da Silva e José Gonçalves da Silva, policiais militares que teriam coagido os reais proprietários a desocuparem os lotes, e Rômulo Gonçalves de Lima, advogado que teria apoiado a quadrilha. O dono do tabelionato, Luiz Roberto de Souza, foi solto, assim como Maria José de Sousa e Silva, funcionária do cartório.
Cerco fechado
Operação do MP e da Polícia Civil de Goiás prendeu seis acusados de integrar um esquema de venda ilegal de lotes e falsificação de escrituras em Planaltina de Goiás. Os investigadores denunciam um golpe que teria prejudicado centenas de famílias, com prejuízos de até R$ 10 milhões. Segundo a polícia, a quadrilha revendia a terceiros terrenos que já tinham donos Jardim Paquetá, bairro do município. Bruno é neto de Nelson Fernandes Eustáquio, o primeiro a ter uma procuração do antigo proprietário do quinhão de terras para negociar os lotes, e prestaria assessoria jurídica para a quadrilha, ainda de acordo com as investigações.
Ao contrário dos demais seis suspeitos de integrar a quadrilha, Bruno Eustáquio não foi preso na quarta-feira da semana passada. Isso porque, no início das investigações, ele aparecia de forma secundária no esquema. Os indícios da participação dele no golpe aumentaram com o avanço dos trabalhos, mas o MP preferiu esperar a oitiva do acusado antes de pedir a prisão. Assim, o advogado foi levado coercitivamente à delegacia de Planaltina de Goiás, mas prestou um depoimento contraditório, que não convenceu os investigadores.
A partir disso, o promotor Rafael Simonetti o convidou para ir à 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de Planaltina informalmente na última sexta-feira, mas Bruno não compareceu. O advogado dele apresentou um atestado médico dizendo que o cliente teria que ficar afastado por problemas de saúde. Simonetti o intimou, formalmente dessa vez, para prestar depoimento na Delegacia de Combate ao Crime Organizado do DF (Deco). Bruno seria ouvido na última terça-feira, mas não apareceu de novo.
A prisão temporária foi decretada na mesma tarde pelo juiz Alano Cardoso e Castro. Ela vale por cinco dias, sendo prorrogável por mais cinco, prazo que começa a ser contado quando ele for preso. “O envolvimento dele é claro e ele não está colaborando com as investigações”, afirma o promotor.
O advogado de Bruno, Irineu de Oliveira, disse que, depois do depoimento prestado na semana passada, o cliente dele não foi intimado. “Não existe convite feito por delegado. E eu desafio a mostrarem uma intimação que foi endereçada ao Bruno. Essa informação é totalmente mentirosa”, afirmou. A defesa de Bruno ajuizou um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça de Goiás, em Goiânia, para obter uma cópia do processo, e disse não saber que a prisão, “totalmente desnecessária” havia sido decretada.
À disposiçãoO advogado, que é servidor concursado no TJDFT, não trabalha mais com a desembargadora Carmelita Brasil, onde estava lotado antes do escândalo. Na segunda-feira, a pedido da magistrada, segundo funcionários do gabinete, ele foi remanejado. Por enquanto, o servidor não tem lotação definida. Segundo a assessoria de imprensa do TJDFT, Bruno está, provisoriamente, no setor de recursos humanos. Segundo Irineu de Oliveira, o suspeito tirou licença médica.
O juiz Alano Cardoso e Castro também decretou, ontem, a prisão preventiva de Flávio Martins de Souza — filho do dono do 1º Tabelionato de Notas e Ofício do Registro de Imóveis de Planaltina de Goiás, que seria usado para falsificar os documentos dos imóveis — por causa de munições que foram encontradas nas buscas realizadas no cartório na semana passada. A Justiça Goiana tomou conhecimentos de que Flávio é condenado no DF por participação em um assalto à mão armada e vai entrar em contato com a Polícia Civil do DF para saber mais detalhes do processo.
Entre os integrantes da quadrilha, estão presos Flávio, Leomar Alves da Silva e José Gonçalves da Silva, policiais militares que teriam coagido os reais proprietários a desocuparem os lotes, e Rômulo Gonçalves de Lima, advogado que teria apoiado a quadrilha. O dono do tabelionato, Luiz Roberto de Souza, foi solto, assim como Maria José de Sousa e Silva, funcionária do cartório.
Cerco fechado
Operação do MP e da Polícia Civil de Goiás prendeu seis acusados de integrar um esquema de venda ilegal de lotes e falsificação de escrituras em Planaltina de Goiás. Os investigadores denunciam um golpe que teria prejudicado centenas de famílias, com prejuízos de até R$ 10 milhões. Segundo a polícia, a quadrilha revendia a terceiros terrenos que já tinham donos Jardim Paquetá, bairro do município. Bruno é neto de Nelson Fernandes Eustáquio, o primeiro a ter uma procuração do antigo proprietário do quinhão de terras para negociar os lotes, e prestaria assessoria jurídica para a quadrilha, ainda de acordo com as investigações.
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