quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Indiferença da dor do outro, a arma da ignorância, a arma do não querer bem, a arma do não diálogo, a arma da burrice, a arma da cultura limitada que só pensa no dinheiro dos outros.

Aguiaemrumo Romulo Sanches 

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Cultura do Espetáculo da Dor

Vivemos uma época em que a tragédia alheia se transformou em entretenimento. Não é raro encontrar pessoas que se alegram com a queda do outro, que compartilham a morte como se fosse um “conteúdo quente” ou que reagem com prazer diante do sofrimento humano. Essa postura, que em outros tempos seria vista como patológica ou monstruosa, hoje encontra palco, audiência e aplausos, sobretudo nas redes sociais, onde a dor se converte em “likes” e “views”.

Essa celebração do infortúnio revela uma crise moral e afetiva de um dado coletivo. Em vez de empatia, vemos competitividade doentia; em vez de compaixão, sarcasmo. O que deveria inspirar silêncio e solidariedade é tratado como espetáculo. Trata-se de uma espécie de sadismo social que, a cada clique e comentário irônico, reforça a ideia de que a vida e a morte são apenas dados estatísticos ou episódios descartáveis.

Não é apenas questão individual. A própria lógica do consumo de informação que premia o escândalo e a violência, estimula essas reações. Algoritmos priorizam conteúdos que geram raiva, choque ou curiosidade mórbida e a mídia, muitas vezes, corre atrás da mesma audiência. Assim, aquilo que antes ficava restrito a um impulso sombrio de poucos ganha eco coletivo e até status de normalidade.

Esse ciclo deveser rompido. Não se trata de fechar os olhos para a realidade, mas de recusar o prazer sádico de assistir à dor do outro. Significa cultivar empatia, educar o olhar e recusar dar ibope a quem transforma sofrimento em espetáculo. A dignidade humana não pode ser relativizada pela lógica de cliques.

Quando a desgraça alheia vira entretenimento, a humanidade  empobrece. Há de se resgatar a capacidade de nos comovermos e de reagirmos com solidariedade, não com aplausos, à dor do próximo.

by Christiensen Roberts


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