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Apesar de terem sido oficialmente marcados apenas 2 atos em defesa de Dilma para este domingo, grupos ligados à legenda da presidente promoveram manifestações isoladas pelo País
Ex-presidente cumprimenta militantes que fizeram vigília na rua onde Lula vive, no Grande AB
Enquanto mais de 400 cidades promoviam protestos contra o PT e o governo federal, militantes ligados ao partido da presidente Dilma se encontraram com Luiz Inácio Lula da Silva durante vigília em frente ao prédio onde ele vive, em São Bernardo do Campo (SP), no início da tarde deste domingo (13).
O rápido encontro na cidade que é berço do PT ocorreu em meio à série de protestos anti-Dilma marcados para o dia, que ganharam grande adesão popular após as mais recentes ações contra o maior símbolo do partido – entre elas o depoimento forçado (condução coercitiva) que Lula precisou prestar à Polícia Federal, no dia 4 de março, e o pedido de prisão preventiva feito pelo Ministério Público paulista.
Grupo que reúne 65 entidades sindicais, movimentos sociais e partidos políticos ligados ao PT, a Frente Brasil Popular aconselhou seus militantes a não protestarem neste domingo devido ao risco de conflitos – somente dois atos em defesa de Lula, em Porto Alegre e no Recife, não foram desmarcados pelo País. Mas, conforme lideranças da esquerda confirmaram ao iG, é impossível impedir que atos isolados ocorram.
Na Avenida Paulista, região central de São Paulo, uma mulher foi detida por desacato à autoridade após jogar uma garrafa d'água em policiais militares, de acordo com a corporação.
O risco de conflitos entre manifestantes a favor e contrários a Dilma levou a Polícia Militar de ao menos seis capitais, além do Distrito Federal, a confirmar o reforço do efetivo ao longo de todo o domingo. O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, anunciou um plano para evitar que houvesse qualquer encontro entre os grupos antagônicos, garantindo que a PM iria isolá-los uns dos outros.
As polícias também têm preocupação com a possibilidade de confusões no Recife, Belo Horizonte, Brasília e São Luís, cidades onde seriam realizados atos em defesa do governo federal, subitamente cancelados na quinta-feira sob a justificativa de risco de violência – apenas a capital pernambucana manteve a agenda em ato chamado de "pró-democracia".
No Estado de São Paulo, atos contra o governo Dilma foram realizados em mais de cem cidades, como Campinas, Ribeirão Preto, Presidente Prudente, Indaiatuba e Bauru – um recorde para os atos anti-PT.
A adesão popular também foi grande em outras partes do País. De acordo com organizadores, o número de manifestantes no Rio ficou entre 700 mil e 1 milhão. Em Brasília, segundo a PM, ao menos 100 mil participaram de protesto, na Esplanada dos Ministérios.
* Com Estadão Conteúdo
Veja fotos dos protestos contra Dilma pelo Brasil:
Manifestantes protestam contra a presidente Dilma Rousseff e o ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste domingo (13) em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro.. Foto: Luciano Belford/Estadão Conteúdo - 13.03.16
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