- 30/07/2017
O senador Alvaro Dias (Podemos-PR), líder do partido no Senado Federal, anunciou que correligionários que, de alguma maneira, participaram do “balcão de negócios” do presidente Michel Temer (PMDB) serão expulsos. A medida também envolve políticos que tenham se envolvido em esquemas de corrupção.
“O presidente pode até oferecer, mas nós combatemos esse balcão de negócios. O Podemos não participa desse jogo. Que partido expulsou, até agora, militantes corruptos? Nenhum! Ao contrário, tem partidos que homenageiam seus condenados e seus presos, como fez recentemente o PT. Nós do Podemos queremos ser diferentes”, declarou Dias.
No Paraná, a medida afeta dois ex-vereadores de Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado, que teriam participado de um esquema de recebimento de propina. Anice Gazzaoui e Darci Siqueira perderam os cargos após um processe de quebra de decoro parlamentar no início do ano. Ao todo, 12 vereadores do município foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da Operação Pecúlio.
Podemos
O Podemos é a nova roupagem do antigo Partido Trabalhista Nacional (PTN) e Álvaro Dias aparece como um dos possíveis nomes para disputar a presidência da República nas eleições do ano que vem e usa o novo partido como uma forma de se desvencilhar das tradicionais siglas do país. O senador falou que os partidos políticos do Brasil estão desmoralizados desde que a Operação Lava Jato aprofundou as investigações e que a população busca alternativas.
“Se antes não havia questionamentos em relação à partidos, somente aos candidatos, eu imagino que agora os partidos serão questionados. O desejo da população é de mudança. Mudança desse quadro partidário, dos temas de governança. O país não pode continuar como está”, diz o senador.
Sobre as propostas do partido, o senador paranaense diz que o Podemos vai colocar um mini-programa na internet para que a população possa opinar. “É um país a espera de reformas… Reforma política, reforma tributária. A tal da reforma de previdência, não isso que está na Câmara, a reforma trabalhista… O que é antigo, superado e retrógrado tem que ser mudado”, finaliza.
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