Alexandrina Maria Augusto da Silva Meleiro
O Médico como paciente
A paulista Alexandrina Maria Augusto da Silva Meleiro mãe de uma veterinária e de um médico ortopedista é médica psiquiatra há 35 anos. A psiquiatra se formou em um tempo onde decidir seguir a especialidade não era bem visto na sociedade: “Na verdade entrei na faculdade de Medicina porque já desejava fazer Psiquiatria. Durante o curso diversos professores tentaram modificar minha escolha, pois na época ser Psiquiatra era negar ser MÉDICA”.
Alexandrina lutou contra o preconceito, se formou e ajudou a formar dezenas de outros novos psiquiatras brasileiros: “Durante minha atividade acadêmica formei muitos profissionais Psiquiatras, orgulho deste feito. Sinto que deixei minha marca e contribuição como professora”.
Para a psiquiatra a mudança de paradigma do preconceito aconteceu nos anos 80: “Os desafios eram muitos, pois o psiquiatra era rejeitado, não havia espaço e visto com descaso. Mas o trabalho de formiguinha valeu muito. Após décadas o trabalho passou a ser valorizado e solicitado. Com a eclosão do vírus HIV passamos a ser solicitados pela complexidade que a doença AIDS que exigiu a presença e participação do psiquiatra junto aos colegas médicos de outras especialidades. Gradativamente a Psiquiatria sai do conceito de asilar para auxiliar todas as pessoas que sofrem e podem receber ajuda de um psiquiatra. Maravilhoso momento de transformação. Mas o preconceito ainda era grande, a loucura vista como contagiosa e algo para ser evitado”.
Dra. Alexandrina Meleiro tem muito orgulho de ser psiquiatra e muito nos orgulha tê-la em nossa associação: “Orgulho pelo prazer de trabalhar no que gosto de fazer, de auxiliar a pessoas que sofrem e poder reduzir seu sofrimento, auxiliar famílias como lidar com os portadores de doenças graves e facilitar as mudanças que a doença traz para o paciente e sua família. Poder inserir os pacientes que são capazes a retornar as suas atividades laborativas ou escolares. Prevenir agravos das doenças e principalmente a prevenção do comportamento suicida. Ao longo de minha atividade profissional acabei por conjuntura das atividades dedicando-me a este tema repleto de tabu e mitos”.
“A penetração pela ABP na mídia principalmente nos últimos anos tem sido benéfico para a população como um todo, principalmente aos que sofrem de algum mal que se quer conheciam” finalizou a psiquiatra.
Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira
USA suicidam-se 400 Médicos todos os anos, aqui no Brasil ninguém divulga inclusive os que usam opioides?
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