O Brasil foi classificado como o 12º país com maior riqueza particular do mundo por um estudo da consultoria New World Health.
A pesquisa, chamada de "W20", resultou em um ranking listando os 20 países com maior "riqueza individual total" - uma estimativa da soma da riqueza de seus habitantes. Essa riqueza junta dinheiro, ações e propriedades. O estudo estimou o total da riqueza individual do Brasil em US$ 2,687 trilhões.
O documento divulgado pela consultoria não esclarece os critérios usados para estimar a riqueza individual de cada país.
Os Estados Unidos lideraram o ranking, com riqueza individual estimada em US$ 48,734 trilhões, seguidos de China (US$ 17,254 trilhões), Japão (US$ 15,230 trilhões), Alemanha (US$ 9,358 trilhões) e Reino Unido (US$ 9,24 trilhões).
A Índia, outro país integrante do grupo Brics de economias emergentes, ficou na 10ª posição, com riqueza individual em US$ 3,492 trilhões. A Rússia, que também compõe o bloco, ficou em 18º, com US$ 1,473 trilhão.
O México, segunda maior economia da América Latina, ocupa a 15ª colocação (US$ 1,865 trilhão).
"No passado, análises usaram o Produto Interno Bruto (PIB) para medir os países mais ricos do mundo", disse a empresa em comunicado.
"No entanto, isto não é correto, já que um PIB alto não se reflete necessariamente em grande riqueza".
A consultoria também classificou os países pela média da riqueza per capita. Neste ranking, o Brasil ficou na 16ª colocação, com riqueza estimada em US$ 13,5 mil por pessoa.
Este ranking é liderado pela Suíça (riqueza per capita de US$ 285,1 mil), seguida por Austrália (US$ 204,4 mil), Estados Unidos (US$ 150,6 mil), Reino Unido (US$ 147,6 mil) e Suécia (US$ 146 mil). A Índia ocupa a lanterna (US$ 2,8 mil).
O estudo revelou que a riqueza per capita do Brasil teve aumento de 207% nos últimos 15 anos. Em 2000, era de US$ 4,4 mil; em 2015, estava em US$ 13,5 mil.
A New World Health é uma consultoria baseada em Johanesburgo e presta serviços para companhias de luxo, bancos privados e investidores.
Elas poderiam ser confundidas com três amigas, mas cada uma tem uma aliança no polegar da mão esquerda - e elas planejam ter um filho. "Nós três nos amamos", diz uma delas.
A mais velha tem 34 anos e é gerente administrativa. É magra e tem cabelo longo e preto.
A mais alta tem 32 anos e é dentista. Também tem cabelo comprido e escuro, e usa blusa branca e jeans.
A terceira, que também tem 32, trabalha em sua própria empresa de fotografia e vídeo. É mais baixa, com cabelo na altura do ombro.
E, ainda que prefiram não revelar seus nomes, elas conversaram com a BBC Mundo - o serviço em espanhol da BBC - sobre a união.
Elas vivem juntas em um apartamento no Rio de Janeiro há três anos. Mas a relação veio a público e gerou polêmica no mês passado, depois que elas registraram a primeira união estável de três mulheres no Brasil.
Elas fizeram o registro em um cartório no Rio, com base em uma decisão do Supremo Tribunal Federal que, em 2011, permitiu que esses locais registrassem uniões civis entre casais homossexuais.
Apesar de não haver uma lei específica que permita o casamento gay, essa decisão judicial somada a outra, de 2013, abriram o caminho para casamentos homossexuais no país.
Já as uniões poliamorosas estão colocando à prova o alcance dessa abertura e desafiam a ideia de família tradicional em um país de forte tradição católica e com um número crescente de evangélicos.
Em 2012, um homem e duas mulheres que viviam juntos declararam oficialmente sua relação em Tupã, no interior de São Paulo.
Agora, o trio de mulheres do Rio causou surpresa e um debate sobre a validade de sua certidão: alguns defendem que o documento é nulo, mas elas e outros defensores dizem que servirá para que elas tenham direitos de cônjuges reconhecidos.
"Estamos fazendo algo histórico, abrindo um precedente", afirma a mais velha em entrevista à BBC Mundo.
As três não quiseram ter seus nomes publicados ou tirar fotos porque afirmam que trabalham diretamente com clientes e que "nem sempre as pessoas estão abertas" a este tipo de relação.
As famílias da dentista e da gerente não sabem que elas vivem em um trio amoroso - acreditam que cada uma delas tem uma relação estável com a empresária.
Mas esta última conta que sua mãe sabe do relacionamento e que sua reação foi apenas um pedido: "Quero um neto".
As três resolveram que a empresária irá engravidar por meio de inseminação artificial, já que ela é quem tem mais desejo de ser mãe.
As outras duas acrescentam que pretendem fazer um tratamento para poder amamentar o bebê.
Mas elas têm consciência de que a batalha mais importante será conseguir registrar o filho em nome das três.
"Elas já formaram uma família e querem ser reconhecidas", diz à BBC Mundo Fernanda de Freitas Leitão, tabeliã e advogada que registrou a união.
Ela acrescenta que o documento se encaixa nos fundamentos do Supremo para aceitar uniões de casais homossexuais e permitirá o registro multiparental de um filho do trio.
Mas admite que elas terão que lutar juridicamente para que tenham reconhecidos direitos relacionados a plano de saúde, previdência e declaração de renda.
Marta Bastos, advogada do trio, diz que o registro buscou assegurar "os mesmos direitos disponíveis para os casamentos entre duas pessoas".
"Elas criaram um precedente para um tipo de relação de amor e casamento já existente e que precisa ser aceito socialmente como um núcleo familiar", afirma.
Mas outros especialistas refutam os argumentos.
"Guarda lugar"
Regina Beatriz Tavares, advogada e presidente da Associação de Direito da Família e Sucessões, defende que, constitucionalmente, só duas pessoas podem se casar ou ter uma união estável no Brasil.
As três mulheres "não estão casadas, esse registro é nulo e inválido", afirma. Ela também nega que elas possam realizar o registro do filho em nome de todas.
"No Brasil, a poligamia é vetada", disse Tavares à BBC Mundo. "A sociedade brasileira não aceita esse tipo de relação."
Por outro lado, grupos conservadores tentam minar o reconhecimento da união civil até mesmo de casais homossexuais. Um polêmico projeto de lei que tramita no Congresso define a "família" como união estável entre um homem e uma mulher.
Mas as relações poliamorosas estão longe de ser novidade no país - pelo menos na ficção. Um exemplo é a novela Dona Flor e seus Dois Maridos, de 1966, baseada na obra de Jorge Amado; o tema também apareceu nas recentes Impérioe Amores Livres.
Nas redes sociais, organizam-se encontros de poliamor.
O trio de mulheres do Rio afirma que a relação entre elas se deu naturalmente: a empresário e a gerente viviam juntas há anos quando conheceram a dentista por coincidência em uma grupo de fãs da Madonna na internet.
"A princípio (a convivência das três) deu um pouco de problemas", conta a empresária. "Houve ciúmes, mas foi mais por adaptação."
Elas contam que a cama king size onde dormem é pequena para as três - elas pensam em mandar fazer uma maior, de estilo japonês.
Em seu apartamento em um bairro de classe média alta da zona Norte, elas dividem as tarefas domésticas e, ao final de cada dia, jantam juntas.
Ainda que tenham uma "vida social agitada", dizem que evitam participar de encontros poliamorosos de redes sociais porque eles são mais para aventuras passageiras, que não as interessam.
"Nossa vida é mais tradicional, pela questão da fidelidade, lealdade...", diz a dentista.
A tabeliã Leitão diz que o conceito de união estável não impõe limites ao número de pessoas que a compõem - mas as mulheres afirmam que "três é o limite" em seu caso.
"Tenho amigas que brincam: 'Guarda um lugar para mim!'", conta a empresária. "Mas não planejamos isso."
Se há um verbete que vai entrar para a história de 2015 é o termo “pedaladas fiscais”. Foi assim que ficaram conhecidas as distorções contábeis do Governo Dilma para maquiar rombos no orçamento do ano passado. A estratégia, que colocou a presidenta na corda bamba do cargo, trouxe efeitos colaterais para a economia deste ano e pode aumentar o tamanho do déficit fiscal do Brasil, hoje calculado em 52 bilhões de reais, segundo a equipe econômica do Governo. Com as pedaladas, esse rombo das contas públicas pode superar os 100 bilhões de reais.
Mas o fato é que com menos receitas e num momento de necessidade de apertar o cinto, as pedaladas estão aumentando as despesas do Governo, mantendo o país no 'cheque especial'. Elas somavam, até dezembro de 2014, cerca de 50 bilhões de reais, valor até acima dos 40 bilhões de reais apurados pelo Tribunal de Contas da União, que rejeitou, por unanimidade, as contas de Dilma por ter ultrapassado o limite que a Lei de Responsabilidade Fiscal impõe.Nesta quarta, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, encaminha ao Senado a defesa dessas manobras contábeis que estão trazendo consequências em 2015. Uma das linhas de argumentação da Advocacia Geral da União é que as pedaladas já foram utilizadas diversas vezes em outras gestões. O ex-presidente Lula chegou a dizer que a tal contabilidade criativa visava proteger os brasileiros mais vulneráveis para que não faltassem recursos para programas essenciais como Minha Casa Minha Vida.
É desse rechaço das contas públicas que a oposição no Brasil se alimenta. São as pedaladas que endossaram os pedidos deimpeachment à presidenta Dilma, que voltam à baila em novembro, quando o Congresso pode dar seguimento ao pedido endossado pelo jurista Miguel Reale Junior e o ex-petista Hélio Bicudo.
- Mas além de uma brecha para a queda de Dilma, qual é exatamente o efeito prático das pedaladas para os demais brasileiros?
Com mais dívidas que o esperado, o Governo tende a repassar a fatura desse débito para o contribuinte, seja por mais impostos, ou pela redução de investimentos em serviços públicos, como saúde, educação, e obras de infraestrutura.
- Mas o que conta exatamente como pedaladas de 2014?
São dívidas de subsídios não repassados ao BNDES e ao Banco do Brasil por linhas de crédito que eram oferecidas ao mercado, além de passivos com o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) - um deles envolvendo o programa Minha Casa, Minha Vida. Saintive destaca que todos os pagamentos de benefícios aos usuários de programas sociais, como o Bolsa Família, estão em dia. "Todos os valores estão sendo repassados pelo Tesouro aos bancos", para que eles façam o pagamento dos benefícios ou a concessão de crédito subsidiado aos usuários.
- E o Governo já começou a pagar o que deve aos bancos?
Da dívida pendente com as pedaladas no ano passado, o Governo já quitou 30%, ou 17 bilhões, entre janeiro e setembro de 2015. "Estamos fazendo um esforço fiscal bem maior este ano, cortando gastos onde é possível e pagando os passivos atrasados com os bancos [públicos]", afirmou nesta quinta-feira Marcelo Saintive, secretário do Tesouro Nacional. A dívida acumulada com os bancos públicos no âmbito das pedaladas fiscais de 2014 é de 20 bilhões de reais.
- E o Governo não pedalou mais este ano?
O Ministério Público de Contas já investiga suspeitas de pedaladas no orçamento de 2015. Mas o resultado dessa apuração só será divulgado no ano que vem. Vale destacar que o pagamento das pedaladas do passado não limpa a ficha do Governo perante o TCU, nem diante do Congresso, que deve julgar as contas de 2014 no ano que vem a partir do parecer do Tribunal. Caso as contas sejam rejeitadas pela Comissão Mista de Orçamento e, somado a isso, fique comprovado que as pedaladas permanecem também este ano, os pedidos de impeachment já enviados pela oposição ganharão força.
Segundo o secretário do Tesouro, a gestão orçamentária deste ano está livre de pedaladas. Mas ele reconhece que nem todos os repasses de subsídios, referentes a novas operações de créditos contratadas em 2015, estão em dia com os bancos. "O manual de boas práticas financeiras diz que primeiro é preciso pagar as dívidas mais antigas", explica Saintive. Para ele, contudo, a rolagem dessas dívidas não pode ser considerada pedalada. "Tudo está reconhecido como dívida em uma rubrica do orçamento chamada restos a pagar", complementa. Essa rubrica contém todos os valores que deveriam ser pagos entre janeiro e dezembro de um ano, mas acabaram ficando para o exercício seguinte. O pedido de impeachment de Reali Junior e Helio Bicudo, apoiado por 45 movimentos, destaca essa continuidade das manobras neste ano.
Saintive explica que, entre janeiro e setembro de 2015, o governo pagou 21,53 bilhões de reais para os bancos públicos em subsídios devidos de longa data. O valor é 180% maior do que o Tesouro pagou para essas instituições no mesmo período de 2014. Quanto o Governo ainda deve no total para os bancos não foi revelado. Afinal, embora os débitos de 2014 sejam quitados aos poucos, em 2015 novas dívidas vão surgindo, elevando o saldo do "cheque especial" da União.
- E como o Governo vai pagar essa conta?
Se ficar acertado com o TCU que o Governo deverá quitar um valor maior de pedaladas além do que ele já pagou, ele terá dificuldade de garantir receita. Pelo Orçamento de 2015, o Governo só pode gastar até 55 bilhões para cobrir as dívidas contraídas com as pedaladas. Uma das expectativas da equipe econômica é fazer receita com asconcessões de contratos de usinas hidrelétricas. Há um certame marcado agendado para o final de novembro. A projeção inicial é que o Governo conseguiria 11 bilhões de reais com esse leilão. Mas não há nenhuma garantia que ele seja bem-sucedido em seu intento.
- O que vai acontecer agora?
O Governo e o TCU vão negociar para estabelecer de que forma as dívidas podem ser pagas. "O acórdão final sobre esse assunto não foi publicado. A partir de sua publicação, o Governo terá 30 dias para apresentar uma proposta formal de pagamento. Caberá ao TCU aceitá-la, ou não", esclarece Saintive.
O Senado argentino aprovou uma lei que garante a o ingresso universal às universidades públicas do país. A reforma na “Lei de Educação Superior” extingue os exames de acesso às universidades e garante a gratuidade dos cursos nas instituições públicas.
Segundo o jornal “La Nacion”, o artigo 7 da nova lei institui que “todas as pessoas que aprovem a educação secundária podem ingressar de maneira livre e irrestrita na educação superior”. A lei afirma ainda que é responsabilidade do Estado financiar, supervisionar e fiscalizar as universidades nacionais, além de fiscalizar e supervisionar as instituições privadas.
A lei deixa expressa a proibição de qualquer tipo de taxa, tarifa ou imposto sobre os cursos de graduação das universidades públicas. Atualmente, em geral, as instituições cobram pelo ensino à distância, além da pós-graduação.
A nova legislação também flexibiliza os critérios para que um estudante seja considerado aluno regular de uma universidade. Até o momento, somente universidades com mais de 50 mil alunos podiam estabelecer seus próprios critérios— como ter aprovação em pelo menos uma ou duas matérias por ano—, agora, qualquer instituição poderá fazê-lo.
UOL Carros testou novo motor 1.0 turbo no Civic Hatch, em Tochigi (Japão)
Honda e sua arquirrival Toyota nunca tiveram modelos compactos de entrada no Brasil, nem fizeram uso de motor "mil". Iniciar seu portfólio pelos chamados compactos premium (a primeira chama seu Fit de monovolume no país, enquanto o carro é hatch em outros mercados; a última dotou o Etios de acerto mecânico e segurança exemplares) e equipá-los sempre com motores de capacidade intermediária (1.3, 1.4 ou 1.5 litro) permitiu a ambas habitar um nicho diferente das demais marcas generalistas.
No país, ter carro japonês na garagem virou sinônimo de salto de vida, enquanto as marcas se especializaram na qualidade dos produtos. Mas é tempo de mudar.
Murilo Góes/UOL
Monovolume Fit será o primeiro modelo a receber propulsor, que conta com o que há de mais moderno no mercado: sobrealimentação por turbo, injeção direta e comando variável de abertura das válvulas
Assim, a Honda prepara o uso de um motor de 1 litro de capacidade desenvolvido globalmente. No Brasil, a estreia ocorrerá em algum momento a partir de 2017, com o Fit. Depois é a vez da adoção no sedã City. Ainda é incerto o uso do motor no SUV compacto HR-V, que usa a mesma plataforma dos dois primeiros, mas se vale do motor 1.8 FlexOne do Civic atual. Tudo dependerá de aceitação e variações na segmentação do modelo, segundo fontes ligadas à Honda brasileira.
Calma antes de abrir a boca para falar "motorzinho". Inserido na familia Earth Dreams, a mais atual da marca, o novo 1.0 está sendo criado para atender a metas cada vez mais restritivas de consumo de combustível e emissão de poluentes, bem como para abalar o segmento. Com uso de sobrealimentação por turbo, injeção direta de combustível aliado ao já conhecido sistema i-VTEC (de controle e variação do tempo de abertura de válvulas), será o motor "mil" de três cilindros mais forte -- ou "torcudo" do mercado.
São 130 cavalos de potência abaixo dos 6.000 rpm (topo de 5.700 giros em testes) e 20,39 kgfm de torque. Além disso, promete muita economia, sem abrir mão da condução solta ao se pisar no acelerador.
"Com 20% de ganho na eficiência e 15% de aumento na performance, esse motor consegue atuar como sucessor tanto do 1.4 aspirado atual, em termos de consumo, quanto do 1.8 aspirado, em termos de performance", explicam os engenheiros japoneses responsáveis pelo desenvolvimento do novo motor. Exagero? Nosso teste indicou que não.
Mais: embora seja movido apenas a gasolina em etapa inicial, para favorecer a rápida difusão -- nova estratégia global da marca --, já está confirmada a conversão para o padrão flex (etanol e gasolina) em um segundo período.
Com quase 90% do projeto definido, nem todos os dados foram divulgados, mas o nascimento do motor 1.0 turbo a gasolina deve ocorrer globalmente ainda este ano, em diferentes modelos na Ásia/Japão e Europa. Logo depois é a vez do Brasil, que antes verá a chegada de um motor Earth Dreams sob o capô do Civic 10 -- neste caso, um 1.5 apenas a gasolina, com 174 cv, mas UOL Carros falará mais sobre isso em breve.
Será em 3 de outubro o lançamento oficial da configuração brasileira do Duster, utilitário criado pela romena Dacia (que também deu à luz Logan e Sandero), mas que será fabricado no país pela Renault, dona da marca do leste europeu. Mas a marca francesa já exibe com orgulho seu primeiro SUV feito no país. Quem visitou oQRX (Quatro Rodas Experience) em Interlagos, neste último final de semana, o viu posando de modelo e revelando alguns dotes trilheiros -- UOL Carros o experimentou também.
O Duster europeu foi revelado ao mundo no Salão de Genebra, em 2010, e teve boa acolhida por realizar a proeza de ser um utilitário esportivo de baixo custo. O Duster brasileiro, com o diamante da Renault na grade, apareceu pela primeira vez no recente Salão de Buenos Aires e mostrou um lado diferente: embora mantenha o aspecto (sobretudo internamente) simplista de seus irmãos Logan e Sandero, tenta ser mais requintado, desde a grade exclusiva (três lâminas com a parte central em desnível) até os detalhes cromados, cinza ou escurecidos a depender das versões.
Renault Duster chega para ser primeiro SUV da marca francesa no Brasil; Ford EcoSport e Hyundai Tucson são rivais diretos Leia maisMurilo Góes/UOL
Estas serão três no país, ao menos a princípio (a Renault só deve confirmar todos os detalhes na apresentação à imprensa, em outubro): com motor de 1,6 litro e tração dianteira; com motor de 2 litros e tração dianteira; e com o mesmo motor de 2 litros, mas ligado à tração integral (4WD) desenvolvida pela Nissan. No QRX, todos os Duster estavam equipados com câmbio manual de cinco marchas. A equipe de executivos não revela preços e detalhes mais sensíveis, mas repete tanto a proposta de requinte e status do modelo que o valor pode não ser tão agradável ao grande público.
O fato é que o SUV poderia ter chegado um tempo antes. Confirmado só agora, não pode (ao menos não deveria) custar muito caro sob pena de perder seu grande (e derradeiro) atributo, explicitamente descrito à equipe de UOL Carros ainda em 2010, por um engravatado no Salão de Genebra: o Duster é o anti-EcoSport da Renault, a alternativa ao "jipinho" da Ford. Outro rival óbvio é o Hyundai Tucson.
Todos compartilham formas sobressaltadas e retilíneas, ao melhor estilo caixote. Os rivais custam na faixa que vai dos R$ 50 mil ao R$ 65 mil, mas estão no mercado há um bom tempo: o coreano mudou no mundo todo e agora exibe o visual fluido (no Brasil, o grupo Caoa resolveu batizar a segunda geração do Tucson de ix35 para vendê-lo mais caro); o Ford está no final do ciclo de sua primeira geração e deve exibir visual mais arrojado (como traços similares a New Fiesta e Focus) até o próximo ano.
O atropelamento do motociclista Flávio Lopes de Sousa é o quinto problema de Felipe Lutfallah Farah, 25 anos, com a polícia. Há ao menos outras quatro denúncias contra o jovem de classe alta. São lesões corporais e direção perigosa. Todos no Lago Sul, onde ele mora com a família. No caso mais recente, Farah dirigia o Range Rover que colidiu com a moto pilotada por Sousa, na manhã de domingo, no balão de acesso à QL 2. Apesar da identidade reconhecida, ele não prestou depoimento sequer foi intimado, até a noite de ontem. Agentes da 10ª Delegacia de Polícia Civil (Lago Sul), responsável pela área, só devem procurá-lo hoje, para que explique por que abandonou o veículo sem dar socorro à vítima.
A primeira ocorrência policial envolvendo o rapaz é de dezembro de 2009. Ele foi denunciado por bater em um frequentador de uma boate, no Lago Sul. Mas Felipe assinou um termo circunstanciado, pois era uma infração considerada de menor potencial ofensivo. Cinco meses após o incidente, ele se envolveu em outra briga, em maio de 2010, também na porta de uma boate, no bairro nobre.
Passados dois meses, outra confusão e mais uma ocorrência por brigar em uma casa noturna. Dois anos depois, em abril de 2012, Felipe ameaçou o vizinho da então namorada, na QI 9. De acordo com a ocorrência, o rapaz investiu contra o homem por acreditar que ele estivesse olhando a mulher pela janela do banheiro. Em janeiro último, ele perdeu o controle da direção e colidiu um Porshe Boxster contra uma árvore, na QI 9. O caso foi registrado como autolesão.
No domingo, segundo depoimento de testemunhas à Polícia Militar, a picape guiada por Felipe Farah trafegava no sentido Paranoá quando invadiu a contramão e colidiu com a motocicleta, que trafegava normalmente na via de rolamento, sentido Aeroporto JK. Após atingir a moto, a Land Rover invadiu uma cerca viva. Segundo testemunhas, Farah e três garotas abandonaram a picape e andaram até encontrar um táxi. No console do veículo, PMs encontraram copos e duas garrafas de vodca. “Ele quis fugir do flagrante e do teste de bafômetro”, afirma uma das testemunhas do acidente, Henrique França. Segundo França, o taxista que levou Farah à casa retornou ao local da colisão e informou à polícia onde estaria o suspeito. “Mas os policiais não fizeram nada. Não foram atrás do Felipe, mesmo tendo o endereço”, critica.
O Correio tentou contato com Farah por telefone e por redes sociais, mas não obteve resposta até a noite de ontem. Por telefone, o pai dele, Lutfallah Ramez Farah, empresário do setor de hotelaria, disse apenas que estava no Japão e não daria entrevista.