quarta-feira, 1 de abril de 2015

Anac recomenda presença de duas pessoas em cabines de aviões Medida ocorre após acidente da Germanwings que matou 150 pessoas. Pedido vem em linha com exigências de países como Alemanha e Austrália.


De acordo com a agência, pelo menos uma das duas pessoas deve ser sempre um piloto. Essa recomendação está "em consonância com a de outras autoridades reguladoras da aviação civil do mundo", segundo a Anac.Em linha com o que têm feito outros países, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) recomendou nesta terça-feira (31) que as empresas de transporte aéreo de passageiros do país assegurem a permanência de pelo menos duas pessoas autorizadas na cabine de comando dos aviões, durante "todos os momentos do voo".
A medida de segurança é consequência doacidente com o voo da empresa alemã Germanwings, que matou 150 pessoas nos alpes franceses na semana passada, "enquanto se aguarda o resultado final das investigações técnicas", diz a agência.
A Promotoria francesa disse que o copiloto do avião da Germanwings assumiu o controle da aeronave e o teria derrubado de maneira deliberada. Segundo a autoridade, ele estava respirando normalmente até o momento em que a aeronave bateu nas montanhas.
De acordo com a Anac, a recomendação poderá ser revista em função de sua execução ou de novas informações sobre o acidente com o voo da companhia alemã.
Outros países
Na segunda (30), o governo da Austrália anunciou o reforço na segurança dos voos comerciais domésticos e internacionais com a presença permanente e obrigatória de duas pessoas autorizadas na ponte de comando.
A Lufthansa e as outras companhias aéreas alemãs afirmaram que vão introduzir novas regraspara que dois membros da tripulação estejam sempre na cabine. A Agência Europeia de Segurança Aérea também recomendou que sempre existam duas pessoas na cabine dos aviões.
A União Europeia (UE) analisava na semana passada se vai modificar as regras aeronáuticas para impor a presença de dois membros da tripulação em um avião, anunciou a Comissão Europeia.
O Ministério de Transportes da Áustria também fixou para as companhias aéreas do país que durante todo os voos é necessária a presença de dois membros da tripulação na cabine. Na Hungria, a linha aérea de baixo custo WizzAir também introduziu a regra, segundo a imprensa local.

Rombo fiscal aumenta em fevereiro e governo sinaliza forte contingenciamento


BRASÍLIA (Reuters) - O setor público brasileiro registrou déficit primário de 2,3 bilhões de reais no mês passado, puxado pelo desempenho negativo do governo central e levando o resultado fiscal em 12 meses a registrar déficits recordes, em um cenário que ressalta a necessidade de um amplo contingenciamento dos gastos para a cumprimento da meta do ano.
Em 12 meses até fevereiro, o déficit primário foi de 35,8 bilhões de reais, ou o recorde de 0,69 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central nesta terça-feira.
Com isso, o déficit nominal, que incluiu os gastos com o pagamento dos juros da dívida pública, subiu para 380 bilhões de reais no mesmo período, equivalente ao patamar recorde de 7,34 por cento do PIB, quase 1 ponto percentual superior ao registrado nos 12 meses até janeiro.
A meta de superávit primário de 2015 é 66,3 bilhões de reais, correspondente a 1,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) para o setor público consolidado, um alvo considerado ambicioso após o Brasil ter registrado déficit primário de 0,64 por cento do PIB no ano passado e em meio ao forte efeito da economia fraca sobre a arrecadação federal.
"O contingenciamento terá o tamanho necessário para o cumprimento da meta, essa é uma sinalização importante", disse o secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, sobre os cortes nos gastos do Orçamento que deverão ser anunciados nos próximos dias.

Nos dois primeiros meses do ano, o setor público consolidado registrou superávit primário de 18,8 bilhões de reais, ante 22 bilhões reais em igual período do ano anterior

Sentenças de morte aumentam 28% no mundo em 2014, segundo Anistia

Relatório mostra que no ano passado 607 pessoas foram executadas.

Maior parte das execuções ocorreu na China, no Irã e na Arábia Saudita.

Câmara da morte no Texas, estado americano que mais aplicou a pena de morte no ano passado (Foto: AP)Câmara da morte no Texas, estado americano que mais aplicou a pena de morte no ano passado (Foto: AP)
Ao menos 2.466 pessoas receberam penas de morte em 22 países em 2014, informa um estudo divulgado nesta terça-feira (31) pela organização humanitária Anistia Internacional. Segundo a organização, o número de mortes representa um aumento de 28% em relação à 2013. O número de execuções efetivadas no ano passado, no entando, teve uma diminuição de 22% em relação ao ano anterior - a Anistia registrou 607 pessoas executadas em 2014, e 778 execuções em 2013.
Apenas sete estados americanos executaram condenados em 2014, contra nove em 2013. Quatro deles - Texas, Missouri, Flórida e Oklahoma - acumularam 89% das execuções. As sentenças de morte também registraram queda nos Estados Unidos, de 95 em 2013 a 77 em 2014.Os países que mais executam prisioneiros são, respectivamente, China (dados não divulgados), Irã (289 oficialmente reconhecidas e 454 não declaradas), Arábia Saudita (pelo menos 90), Iraque (ao menos 61) e Estados Unidos (35). A Anistia diz que a China executou mais pessoas que o restante dos países do mundo juntos, embora não se saiba oficialmente o número de mortos, pois os dados são considerados segredos de Estado - o número de 607 execuções excluí as mortes na China.
A organização destaca os casos da Nigéria e do Egito, que enfrentam um período de instabilidade política.
Das 2.466 condenações à morte em 2014, 659 foram decididas na Nigéria e 509 no Egito. Nos dois países foram mais de 500 sentenças a mais que no ano anterior.
Pena de morte não é solução
"Quando os governos afirmam que usam a pena de morte em resposta ao crime e ao terrorismo, se equivocam; a pena de morte não é a solução", disse Audrey Gaughran, diretora da AI, em uma entrevista coletiva em Londres, segundo a agência de notícias Frane Presse (AFP).
"A pena de morte não é mais dissuasória de crimes graves que outras formas de punição", completou a ativista. Além disso, um erro é fatal, segundo a organização, que recorda que 113 pessoas equivocadamente condenadas foram libertadas em 2014. "Este número é muito perturbador porque revela a frequência com que inocentes são condenados", afirmou Gaughran.
"Nos preocupamos muito com o Egito, porque as sentenças de morte em grupo foram o resultado de julgamentos muitos injustos. Na Nigéria estamos preocupados com o modo como os tribunais militares anunciaram as sentenças", disse à AFP.
Entre os métodos usados nas execuções foram registrados: decapitação (Arábia Saudita), enforcamento (Afeganistão, Bangladesh, Cingapura,Egito, Iraque, Irã, Japão, Jordânia, Malásia, Paquistão, Territórios Palestinos, Sudão), injeção letal (China, Estados Unidos, Vietnã) e arma de fogo (Arábia Saudita, Belarus, China, Coreia do Norte, Emirados Árabes Unidos, Guiné Equatorial, Palestina, Somália, Taiwan, Iêmen).
A AI não recebeu notícias de execuções judiciais por apedrejamento, mas uma mulher foi condenada a morrer desta maneira por "adultério" nos Emirados Árabes Unidos.

Dois senadores, um cassado e outro candidato a Presidência, se acusam Amigo do contraventor Carlinhos Cachoeira, Demóstenes Torres acusa Ronaldo Caiado

O procurador de Justiça e ex-senador cassado Demóstenes Torres acusa o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado, de ter sido financiado pelo contraventor Carlos Cachoeira nas campanhas que disputou à Câmara Federal nos anos de 2002, 2006 e 2010, segundo o site Brazil 247. De acordo com Demóstenes, as digitais da contravenção seriam facilmente identificadas com uma investigação nas contas de material gráfico, transporte aéreo e gastos com pessoal. As afirmações estão contidas em artigo publicado na edição desta terça-feira (31) do jornal Diário da Manhã, de Goiânia.
Demóstenes diz que Caiado era amigo de Cachoeira e médico do filho do contraventor, que recorre em liberdade de uma condenação de primeira instância a mais de 39 anos de prisão pela Operação Monte Carlo, deflagrada em 2012 e que resultou na cassação de Demóstenes e na CPI do Cachoeira, que não teve resultados concretos. "Ronaldo, fazia sim, parte da rede de amigos de Carlos Cachoeira, era , inclusive, médico de seu filho. Mas não era só de amizade que se nutria Ronaldo Caiado, peguem as contas de seus gastos gráficos, aéreos e de pessoal, notadamente nas campanhas de 2002, 2006 e 2010, que qualquer um verá as impressões digitais do anjo caído. Siga o dinheiro.
Demóstenes cita ainda um suposto "esquema goiano" que teria financiado a campanha do presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia (RN), e outros integrantes da chapa, que elegeu ao governo potiguar a então senadora Rosalba Ciarlini. "Caiado não ousou me defender, me traiu, mas, em relação a Agripino Maia, figura pouquíssimo republicana, disse que ele merece o benefício da dúvida. Poucos sabem, mas o político potiguar e seus companheiros de chapa em 2010 foram beneficiados pelo "esquema goiano", com intermediação de Ronaldo Caiado.
O senador cassado diz ainda que Caiado intercedeu em favor do delegado aposentado da Polícia Civil de Goiás, suposto operador de jogos ilegais, para que Cachoeira abrisse espaço para a ampliação de suas operações ilegais: "Ronaldo Caiado é chefe de um dos mais nocivos vagabundos de Goiás, o delegado de polícia civil aposentado Eurípedes Barsanulfo, que era o melhor amigo de Deuselino Valadares, o delegado de polícia federal que fez um 'relato', segundo Carta Capital, onde me acusava de ser beneficiário do jogo do bicho. Esse relato jamais apareceu oficialmente, mas serviu para que o PSOL dele se utilizasse para representar-me perante o Conselho de Ética do Senado. No final do ano passado, o jornal Diário da Manhã, de Goiânia , publicou uma matéria assinada em que acusa o dito delegado de ter forjado o documento a mando de um seu chefe político. Quem era ele? Ronaldo Caiado, todos sabem. Aliás, Eurípedes Barsanulfo, este sim, era prócer das máquinas caça-níqueis em Goiás. Ronaldo uma vez, inclusive, me pediu para interferir junto a Carlos Cachoeira para ampliar a atividade de Eurípedes no jogo ilícito."
Demóstenes faz críticas severas ao comportamento do ex-aliado, que qualificou-o como "grande decepção" à Coluna Radar, de Veja, o que teria motivado a reação: Ronaldo é um mitômano e tem um comportamento dúbio, às vezes tíbio, às vezes dissimulado. Na tribuna oscila. É sintomático o caso Garotinho. Ronaldo o acusa de formação de quadrilha, é o que está unicamente nas redes sociais; Garotinho o acusa de ser traíra por ter me abandonado; Caiado volta à tribuna e pede arreglo à Garotinho. Os dois últimos vídeos desapareceram das redes sociais."
E ainda mandou uma advertência: "Me deixe em paz, senador. Continue despontando para o anonimato. É o seu destino. Não me move mais interesses políticos. Considero vermes iguais a você, Marconi Perillo e Iris Rezende. Toque sua vida, se fizer troça comigo novamente não o pouparei. Continue fingindo que é inocente e lembre-se que não está na sarjeta porque eu não tenho vocação para delator"
Laia a íntegra do artigo.
Ronaldo Caiado: uma voz à procura de um cérebro
Fiz uma opção íntima, à partir das turbulências que enfrentei , de permanecer em silêncio até que a justiça desse o veredito final e me aclamasse inocente, como de fato sou. Já obtive duas liminares no STF e uma no STJ, suspendendo os processos contra mim, porque, na verdade, fui vítima de um grande complô, que , ao final, será desnudado. Jamais desejei vir a público expor meu enredo antes que houvesse uma decisão definitiva sobre a licitude da prova contra mim forjada e mesmo sobre o conteúdo desta ,ou seja, não me recuso a enfrentar o mérito das escutas, ainda que elas sejam ilegais.
Sofri toda espécie de acusação, pilhagem intelectual e moral, deserções e contrafações, a tudo resisti porque as esvaziarei.
Mais que as decisões de instâncias superiores, há várias verdades iniludíveis. Jamais fui acusado de desviar qualquer centavo público: ninguém diz que roubei valores de estradas, pontes, hospitais, escolas... Nada.
Uma perícia realizada pelo próprio Ministério Público, e jamais oficialmente divulgada, assevera que eu poderia ter um patrimônio 11 por cento maior do que possuo; prova de que não há enriquecimento ilícito, que o apartamento que financiei junto ao Banco do Brasil teve todas as parcelas pagas em débito de conta corrente, cujo único abastecimento é o salário que percebo e com mais 27 anos de prestações restantes. A insinuação de que tinha conta corrente no exterior sucumbiu, nada sequer passou perto de ser comprovado e nas garras da imprensa continuo, vez por outra, sendo arranhado. Aliás, todos os membros do Ministério Público que me molestam têm um padrão de vida superior ao meu e muitos com gostos idênticos. Não os acuso de nada, mas por que então o que eles possuem é legal e o que eu tenho não?
A acusação que pesava contra mim era ser amigo de Carlos Cachoeira. Era não, sou. Não vivo como Lula e José Dirceu, nem como um monte de hipócritas. Não devo e não temo.
Clamei da tribuna, que me investigassem, que me dessem o direito de defesa e do contraditório, tudo em vão. Em um processo sumário fui execrado e humilhado, o que não acontece com os parlamentares envolvidos na operação lavajato , que contribuíram para o desvio de bilhões de dólares dos cofres da Petrobras. O PT e os governistas me enxovalharam no intuito de melar o julgamento do mensalão. O PSDB resolveu salvar Marconi Perillo, que gastou uma fortuna dos cofres públicos para custear sua absolvição. Os "éticos" do Senado viram uma oportunidade para se livrarem de quem os retirava do noticiário cotidiano nacional. O Judas Ronaldo Caiado reinventou a tese de que não existem traições de pessoas e sim de princípios e que para isso estava autorizado a qualquer coisa com algum alcance moral, inclusive trair, à semelhança de Hitler, Mussolini, Stalin e tantos outros degenerados. Viu aí uma oportunidade para soerguer-se politicamente. Bastava afundar-me no buraco e, prazenteiramente, o fez.
Hoje, lamentavelmente, saio do ostracismo a que me tinha recolhido para enfrentar declarações dadas ao "painel" da revista Veja, em que o senador por Goiás, Ronaldo Caiado, afirma que sou uma grande decepção em sua vida e um traidor.
Confesso que surpreendi-me. Ronaldo fez uma campanha em que aproveitou meu número, 251, e o meu slogan "defender Goiás". Jamais fez qualquer pronunciamento sobre mim, mesmo na presença de correligionários seus que às vezes me atacavam entendendo que isso granjearia votos junto à claque.
Nesse período, mandou vários recados na tentativa de "tranquilizar-me", sem obter resposta e num dia, quando não era ainda candidato, encontrou-me num estabelecimento comercial chamado "Jerivá", quando eu saía do banheiro, e tentou conversar comigo, bem risonho, o que mereceu uma esquiva de minha parte.
Ronaldo é um mitômano e tem um comportamento dúbio, às vezes tíbio, às vezes dissimulado. Na tribuna oscila. É sintomático o caso Garotinho. Ronaldo o acusa de formação de quadrilha, é o que está unicamente nas redes sociais; Garotinho o acusa de ser traíra por ter me abandonado; Caiado volta à tribuna e pede arreglo à Garotinho. Os dois últimos vídeos desapareceram das redes sociais.
Mas, enfim, Caiado se passava como uma espécie de irmão mais velho pra mim, falava da afinidade de nossas teses, que era um conservador não beligerante, pra isso não poupando sequer seus antepassados, e que desejava um futuro liberal para o Brasil.
Ronaldo, fazia sim, parte da rede de amigos de Carlos Cachoeira, era , inclusive, médico de seu filho. Mas não era só de amizade que se nutria Ronaldo Caiado, peguem as contas de seus gastos gráficos, aéreos e de pessoal, notadamente nas campanhas de 2002, 2006 e 2010, que qualquer um verá as impressões digitais do anjo caído. Siga o dinheiro.
Caiado não ousou me defender, me traiu, mas, em relação a Agripino Maia, figura pouquíssimo republicana, disse que ele merece o benefício da dúvida. Poucos sabem, mas o político potiguar e seus companheiros de chapa em 2010 foram beneficiados pelo "esquema goiano", com intermediação de Ronaldo Caiado.
Ronaldo Caiado é chefe de um dos mais nocivos vagabundos de Goiás, o delegado de polícia civil aposentado, Eurípedes Barsanulfo, que era o melhor amigo de Deuselino Valadares, o delegado de polícia federal que fez um "relato", segundo "Carta Capital", onde me acusava de ser beneficiário do jogo do bicho. Esse relato jamais apareceu oficialmente, mas serviu para que o PSOL dele se utilizasse para representar-me perante o conselho de ética do Senado. No final do ano passado, o jornal Diário da Manhã de Goiânia , publicou uma matéria assinada em que acusa o dito delegado de ter forjado o documento a mando de um seu chefe político. Quem era ele? Ronaldo Caiado, todos sabem. Aliás, Eurípedes Barsanulfo, este sim, era prócer das máquinas caça-níqueis em Goiás. Ronaldo uma vez, inclusive, me pediu para interferir junto a Carlos Cachoeira para ampliar a atividade de Eurípedes no jogo ilícito. Simplesmente, disse a ele, como era verdade, que desconhecia a prática de ilicitudes por parte de Cachoeira.
Ronaldo Caiado é um oportunista. Muitos que vivem fora de Goiás devem imaginar que ele é um coerente, uma figura emergida dos anseios das ruas, um puritano. Qual o quê! Na atividade política é um profissional de lupanar. Dois fatos podem elucidar seu caráter de Fouché. No primeiro, em 2006, Caiado me incentivou a ser candidato a governador. Quando minha candidatura fez água, ainda em agosto, ele pode ser visto acompanhando tanto o candidato Maguito ,quanto o outro, Alcides. No pior declínio moral, chegou a ser filmado no palanque da candidata Vanusa Valadares, mulher do hoje prefeito Eronildo Valadares em Porangatu. Portanto, quadrúpede que é, tinha suas patas, simultaneamente, em 3 canoas.
Ano passado sua degradação se expandiu. Ronaldo Caiado ,no afã de ser candidato a Senador ao lado de Marconi Perillo, foi atrás de Aécio Neves e Agripino Maia(este dependente financeiro de Perillo) para que eles compusessem a chapa com coerência nacional, apesar de todo histórico de desavenças com o carcamano. Um pouco mais vexatório, mandou a própria esposa num evento na cidade de Americano do Brasil, onde a apedeuta, além de usar a palavra, pregou o voto em Perillo, alegando que ele era um grande estadista e que esperava sua reeleição para o bem de Goiás. Relembre-se: quem teve negócios com Cachoeira foi Perillo, eu não.
Resumo da ópera: o tenor recusou os apelos da mezzosoprano e mandou o barítono procurar rumo. Ronaldo acabou nos braços de Iris Rezende a quem tinha acusado ,toda a vida, de ser um corrupto diante do qual os demais se afigurariam "trombadinhas".
Nessa sua linha vesga de assinalar uma coisa e fazer outra, Ronaldo Caiado deseja a extinção do DEM a fim de se filiar ao PMDB de Íris Rezende por um motivo muito simples: ambiciona estar em uma agremiação que lhe dê estrutura para disputar o governo de Goiás. Na fusão do DEM com o PTB irá para o PMDB, possibilidade constitucionalmente aceita de adesão partidária. Irá, oficialmente, se opor. Parecerá até o fim um coerente, um habanero puro. Seguirá as ordens de seu chefe político ACM Neto, que financiou sua última campanha em Goiás e que lhe assegurou, caso perdesse a eleição, o confortável posto de secretário de saúde em Salvador, em cuja região Caiado costuma passar suas férias às expensas da empresa OAS.
Quem pensa que Ronaldo Caiado é espontâneo se engana. Tudo é meticulosamente calculado. Por que ele não veio para as ruas de Goiânia na passeata e preferiu São Paulo? Porque em Goiânia seria vaiado. E por que São Paulo? Porque era mais fácil de mentir. O desafio a mostrar uma filmagem dele no meio dos manifestantes na avenida Paulista em São Paulo. Só aparecem coisas periféricas. Tirou uma fotografia com uma camiseta fascista - não porque Lula não mereça vaias, as merece mais que os demais- e deu motivos para uma gritaria justa em favor de um injusto. Como é do seu caráter, estava simulando caminhar na passeata. Nesse aspecto , se assemelha ao Deputado Federal goiano Giuseppe Vecci que participou da passeata em Goiânia por ser um ilustre desconhecido, apesar de eleito. Ironia: Vecci desfilou porque é uma nulidade da sombra, Caiado se absteve por ser uma do sol. Parece que o tesoureiro-mor,Jaime Rincon, chefe da agência goiana de obras públicas, também fez evoluções pela passarela.
Ronaldo Caiado foi um dos relatores da reforma política na Câmara dos Deputados, sempre alegou que sua motivação era a coerência política, que a prática demonstrou não ser o seu forte. Ele diz que gostaria de ter um embate com Lula na eleição pra presidente da república. Eu acho que seria ótimo, os dois se equivalem moralmente. Um já foi desmascarado , o outro poderá sê-lo amanhã.
Um dia, no meu escritório político no setor sul, em Goiânia, houve um telefonema entre Ronaldo Caiado e o hoje conselheiro do Tribunal de contas dos municípios de Goiás, Tião Caroço. Este trazia uma notícia que transtornou o Senador, que disse então aos berros: "avisa ao Marconi que eu vou resolver com ele da forma que ele quiser, no braço, na faca, no revólver". Esse episódio se tornou público e gerou os maiores desgastes para o fanfarrão, que pra minha surpresa repeliu tudo. Um dia, me contando a história, negou que havia falado isso, se esquecendo que eu era a testemunha ocular.
Pois agora, Ronaldo Caiado, quero ver se você é homem mesmo. Nos mesmos termos que você mandou oferecer ao frouxo Marconi Perillo, eu me exponho.
Me lembro da veneração ,que quando criança, meu pai tinha pelo grande Emival Caiado e pelo seu pai o advogado Edenval Caiado, que se envergonharia de ver que um filho seu foge à luta.
Você diz em seus discursos que Caiado não rouba, não mente e não trai. Você rouba, mente e trai.
Talvez o meu silêncio tenha sido entendido por você como um sinônimo de covardia, de pusilanimidade. Essas palavras não existem no meu dicionário. Não posso dizer que você seja um mau-caráter, pois você simplesmente não o possui. É , na verdade, um espécie de Zelig oportunista e bravateiro.
Você deveria ir pra Brasília em seu cavalo branco, estacioná-lo na chapelaria do Senado e subir à tribuna para fazer o que já faz: relinchar, relinchar.
Me deixe em paz Senador. Continue despontando para o anonimato. É o seu destino. Não me move mais interesses políticos. Considero vermes iguais a você Marconi Perillo e Íris Rezende. Toque sua vida, se fizer troça comigo novamente não o pouparei. Continue fingindo que é inocente e lembre-se que não está na sarjeta porque eu não tenho vocação para delator. Tome suas medidas prudenciais e faça-se de morto.
Ano passado deu-se o centenário do nascimento de Carlos Lacerda e uma horda de hipossuficientes passou a rotular a qualquer um de lacerdista, que para eles é apenas alguém estridente e barulhento. Ronaldo Caiado diz que se inspira em Lacerda.Mentira, Lacerda foi tradutor de Shakespeare, foi o primeiro brasileiro a romancear um quilombola, falava e escrevia como um clássico. Demoliu presidentes e adversários. Eleito governador foi sem sombra de dúvidas o melhor gestor da Guanabara. Ronaldo Caiado jamais conseguiu terminar de ler um livro. Por sua formação francesa, o mais perto que chegou do fim foi" o menino do dedo verde" , mas o achou muito "profundo". Ronaldo Caiado é só uma voz à procura de um cérebro.
Demóstenes Torres é ex-senador e procurador de Justiça"

Ex-gerente de Abreu e Lima começa a depor na CPI

Começou há pouco o depoimento do ex-gerente geral da refinaria Abreu e Lima, Glauco Legatti, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. Ele foi a acusado por um dos delatores da Operação Lava Jato, o engenheiro Shinko Nakandakari, de ter recebido propina de empresas contratadas pela Petrobras. Legatti está sendo ouvido como testemunha, e se comprometeu a dizer a verdade.
Segundo o delator, os pagamentos para Glauco Legatti "avançaram pelo ano de 2014, inclusive depois que a Operação Lava Jato foi deflagrada".
A refinaria Abreu e Lima começou a operar no final do ano passado, em Pernambuco, depois de ter consumido 18 bilhões de dólares em sua construção. O orçamento inicial era de 2,5 bilhões de dólares. Na semana passada a ex-presidente da Petrobras Graça Foster admitiu que foi um erro a divulgação desse dado e que uma estimativa mais realista de custos seria de cerca de 14 bilhões de dólares. Ela atribuiu o aumento do custo a sucessivas mudanças no projeto original.
No ano passado, a Petrobras apontou o ex-diretor Paulo Roberto Costa, outro delator da Operação Lava Jato, como responsável pelas mudanças nos projetos de construção da refinaria.
Outro delator da Operação Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef, disse em depoimentos que a construção da refinaria rendeu pagamento de propina para partidos políticos, como o PP, o PSB e o PSDB, que negam a acusação.
Um parecer técnico do Ministério Público Federal (MPF) aponta um superfaturamento de R$ 613,3 milhões nas obras da refinaria.
Propinas
Shinko Nakandakari, delator que acusa Legatti de ter recebido propinas, admitiu ter sido o operador da empreiteira Galvão Engenharia, ou seja, a pessoa encarregada de pagar propinas da empresa para diretores da Petrobras. Em depoimento ao Ministério Público Federal, ele disse que, além de Legatti, pagou propina ao ex-diretor da Petrobras Renato Duque e ao ex-gerente de Serviços Pedro Barusco – que admitiu à CPI ter recebido cerca de 70 milhões de dólares em propina.
Em todos os casos, segundo Nakandakari, o pagamento de propina foi autorizado e definido previamente pelos executivos Dario Galvão (presidente da Galvão Engenharia), Erton Medeiros (diretor da empreiteira) e Luís Augusto Distrutti (antecessor de Medeiros na empresa). Galvão e Medeiros estão presos em Curitiba (PR), dentro do processo da Operação Lava Jato.
A Galvão Engenharia é uma das empresas acusadas de formal um cartel para obter contratos com a Petrobras. Os executivos presos disseram à polícia ter sido extorquidos por diretores da estatal, sob a ameaça de perder os contratos com a Petrobras.
Próximos depoimentos
Depois de Glauco Legatti, o próximo depoimento da CPI da Petrobras será o de Hugo Repsold, nomeado em fevereiro diretor de Gás e Energia da estatal. O depoimento está marcado para a próxima terça-feira (7 de abril). 
O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, vai depor no dia 23. Vaccari é acusado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, com base em depoimentos da delação premiada (como o de Pedro Barusco), de ter recebido propinas de empresas contratadas pela Petrobras.
Também hoje deve ser marcada data para a próxima sessão ordinária da CPI, destinada à votação de requerimentos. Partidos como o PT, o PPS e o PSOL cobram a votação do requerimento de convocação do empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, apontado pela Polícia Federal como “operador” financeiro de propinas entre empresas contratadas pela Petrobras e diretores da estatal e partidos políticos – no caso, o PMDB. Ele e o PMDB negam.
A CPI está reunida no plenário 3.

Filho da cônsul canadense morre em tiroteio com traficantes em Miami Jean Wabafiyebazu, de 17 anos, é filho da cônsul Roxanne Dubé. Outro filho, Marc, 15, foi preso suspeito de matar um traficante.

Um filho da cônsul canadense em Miami, nos estados Unidos, morreu e outro foi preso devido a um tiroteio com traficantes de drogas da cidade, informou nesta terça-feira (31) o chefe da polícia local, citado pelo jornal "Miami Herald".
O incidente ocorreu na tarde de segunda-feira (30) e a polícia suspeita que os dois filhos da cônsul Roxanne Dubé foram armados a uma casa de Miami onde se encontravam traficantes de drogas, o que desatou o tiroteio. "Acreditamos que foi isto, que foi uma disputa por venda de drogas", disse o chefe da polícia de Miami, Rodolfo Llanes, ao jornal.
O filho mais velho de Dubé, Jean Wabafiyebazu, de 17 anos, morreu baleado, enquanto Marc, 15, foi preso nesta terça sob a acusação de assassinato, já que o traficante Joshua Wright também morreu no incidente.
Segundo a polícia, os dois irmãos usaram um veículo com placa diplomática do consulado para chegar à casa onde ocorreu o tiroteio.

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