quarta-feira, 20 de agosto de 2014

É preciso rever a gestão de projetos públicos

Douglas Dias*
No mundo corporativo, os processos, particularmente a gestão de prazos, são cada vez mais orientados por normas que padronizam e otimizam procedimentos. Essa nova mentalidade na gestão de projetos tem um efeito francamente positivo no controle de entregas e prazos. Na administração pública, em muitos casos, não é o que se vê. Rapidamente pode-se pensar na tensão quanto à entrega de obras nas redondezas dos estádios, reformas de aeroportos, entre outros até as vésperas da Copa do Mundo. O maior projeto esportivo com impactos diretos no desenvolvimento econômico e social de áreas como turismo, comércio exterior e sociocultural foi conduzido em muitas áreas sem o correto dimensionamento, planejamento e acompanhamento de suas entregas e subentregas.
A celeridade na administração desses prazos requer conhecimentos do cenário organizacional. O funcionalismo público, porém, dedica boa parte dos esforços de seus profissionais para tarefas que estão ligadas à burocracia interna e ao atendimento de regras internas, carecendo de maior atenção e foco em atividades que reflitam as melhores e mais atuais práticas administrativas.
Na iniciativa privada, em particular nas grandes corporações, é cada vez mais comum a utilização dos preceitos difundidos pelo Project Management Institute (PMI), uma entidade norte-americana que busca difundir e aperfeiçoar o gerenciamento de projetos. Esses padrões são seguidos em todo o mundo por companhias que atuam em TI, telecomunicações, defesa e aeroespacial, engenharia, mercado financeiro, entre outros. Antes da popularização das boas práticas pregadas pela entidade, o gerenciamento de projetos era realizado de forma quase que empírica, sem a utilização de fundamentos claros, o que resulta em falhas em uma ou várias etapas, comprometendo todo o processo em curso.
Embora esses padrões não tenham ingressado na administração pública no país, algumas iniciativas começam a difundi-lo no setor. Escritórios de Projetos em órgãos da administração direta e a incorporação das nove áreas vitais do manual PMI já denotam avanços em projetos embrionários e louváveis. O elo de aproximação entre o mercado privado e o público é o terceiro setor. No mercado brasileiro, já existem entidades que, apesar de não estarem certificadas pelo PMI, utilizam suas diretrizes e as adaptam à realidade do poder público, como forma de difundir as melhores práticas na gestão de projetos públicos.
A Fundação de Apoio à Tecnologia (Fundação FAT) é um exemplo. A entidade é responsável pela realização e implementação de projetos em nível federal, estadual e municipal a gerenciar escopo, aquisições, prazos, custos, recursos humanos, comunicações e riscos de projetos na área de educação e tecnologia. São parâmetros que, se mal geridos, comprometem a administração diante de seu contratante: o cidadão.
* Douglas Dias, especialista em gestão empresarial, é gestor de projetos da Fundação FAT (Fundação de Apoio à Tecnologia)

terça-feira, 19 de agosto de 2014

MP investiga rede de auxílio a Roger Abdelmassih 

Portal Terra
Com a prisão do médico Roger Abdelmassih na tarde desta terça-feira em Assunção, no Paraguai, o Ministério Público de São Paulo agora investiga uma rede de pessoas que teriam auxiliado a fuga daquele que já foi considerado um dos maiores especialistas em reprodução assistida do País. Abdelmassih estava foragido desde 2011. Ele foi condenado em 2010 a 278 anos de prisão por 56 estupros e atentado violento ao pudor.
A suspeita do MP é que, para que o médico e sua família tivessem condições financeiras de se manter no exterior, foi necessária a formação de uma rede de favorecimento por meio da prática de outros crimes: falsidade ideológica, falsidade material e até lavagem de dinheiro. As informações foram passadas pelos promotores Márcio Fernando Elias Rosa e Luiz Henrique Dal Poz, em entrevista coletiva nesta terça-feira, em São Paulo.
De acordo com o promotor Elias Rosa, há cerca de 90 dias, o MP recebeu a informação de que Abdelmassih estaria em Avaré, no interior paulista, em uma fazenda que já havia sido de sua propriedade. Após isso, no dia 29 de maio, foram cumpridos mandados de busca e apreensão, mas o médico não foi encontrado no local.
Roger Abdelmassih foi preso na tarde desta terça-feira em Assunção, no Paraguai
Roger Abdelmassih foi preso na tarde desta terça-feira em Assunção, no Paraguai
“Ao longo dessas investigações e a partir daquele momento, nós conseguimos indicação segura de que ele estava fora do País, especificamente no Paraguai”, afirmou. O promotor, contudo, não informou a quantidade de pessoas investigadas, tampouco a identidade delas.
Para o promotor Dal Poz, que está no caso desde o início das investigações, a prisão de Abdelmassih “fecha um ciclo”. “O Estado tem a obrigação de cumprir a lei, que estava sendo desrespeitada com a fuga. Conseguimos agora cumprir com essa missão”, disse. “É a sensação do dever cumprido”, completou.
Roger Abdelmassih já está em Foz do Iguaçu (PR) e sua chegada em São Paulo está prevista para as 13h de quarta-feira, no Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital. Depois, ele será encaminhado para a realização de exame corpo de delito em uma unidade do Instituto Médico Legal e só então voltará à prisão. A expectativa é que ele volte à Penitenciária de Tremembé, no interior do Estado, onde chegou a ficar preso preventivamente.
Tags: abusos, médico, pf, prisão, sexuais

Entenda o caso Michael Brown e os protestos em Ferguson

Morte de jovem negro por policial branco acirrou tensão racial nos EUA. Cidade no Missouri enfrenta protestos violentos e saques quase todas as noites. Uma cronologia dos fatos.
9 de agosto de 2014: Michael Brown, de 18 anos, é baleado por um policial em Ferguson, um subúrbio da metrópole de Saint Louis, no estado do Missouri. De início são contraditórias as informações sobre as circunstâncias que levaram aos tiros. Segundo a polícia, Brown teria tentado roubar diversos pacotes de cigarrilhas de uma loja e se comportado de forma "agressiva", antes de ser alvejado.
Michael Brown (e) com a irmã
Uma testemunha relata a jornalistas uma sequência de fatos diferente, porém: Brown estaria a caminho para a casa da avó. Ao receber os tiros, teria as mãos levantadas. Como a grande maioria da população de Ferguson, o jovem era afro-americano.
10 de agosto de 2014: Pela manhã a polícia convoca uma coletiva de imprensa. Segundo Jon Belmar, chefe de polícia do condado de St. Louis, o agente que disparou contra Michael Brown foi empurrado de volta para o carro policial e lá "atacado". O primeiro disparo teria sido feito ainda de dentro do veículo, sem atingir ninguém, e os tiros fatais, já do lado de fora. Diversas perguntas da imprensa sobre os acontecimentos permaneceram sem resposta.
Em memória de Brown, um grupo se reúne à tarde, nas proximidades do local do homicídio. Alguns oram, outros protestam contra a polícia. Pela noite adentro, os protestos acabam em violência, lojas da área são saqueadas. Um helicóptero policial é atingido por tiros.
11 de agosto de 2014: Trabalhos de limpeza após uma noite de violência. À tarde, os pais de Brown apelam aos manifestantes para que mantenham a calma, mas à noite voltam a ocorrer protestos, violência e saques. Pela primeira vez a polícia emprega gás lacrimogêneo.
Saques são quase diários em Ferguson , St. Louis
12 de agosto de 2014: A polícia se recusa a divulgar o nome do agente atirador, declarando que ele teria recebido ameaças de morte. O presidente Barack Obama pede calma aos habitantes de Ferguson e expressa condolências à família da vítima. Na terceira noite de protestos violentos, há emprego de gás lacrimogêneo e de veículos blindados.
13 de agosto de 2014: Durante o dia, os moradores de Ferguson se manifestam pacificamente. A intervenção da polícia é criticada pela opinião pública. À noite volta a ocorrer violência. As forças de segurança respondem com gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral.
14 de agosto de 2014: Obama conclama à "paz e calma" em Ferguson. Jay Nixon, governador do Missouri, transfere o comando da operação, da polícia local para a Missouri State Highway Patrol, a policia estadual. A chefia é entregue a Ronald Jonson, afro-americano e natural de Ferguson. No início da noite, no Gateway Arch, marca registrada de St. Louis, há protestos, a maioria silenciosos, contra a violência policial, com a participação da família de Brown. A noite em Ferguson é tranquila.
15 de agosto de 2014: A polícia revela pela manhã o nome do atirador: Darren Wilson, policial branco com seis anos de experiência profissional que até então nunca chamara a atenção negativamente. À noite há protestos pacíficos, enquanto paralelamente os saques prosseguem. Ocorrem choques entre manifestantes e saqueadores. A polícia está presente, mas se mantém basicamente neutra.
16 de agosto de 2014: O governador Jay Nixon decreta estado de exceção e toque de recolher em Ferguson, entre a meia-noite e as 5h da manhã. Apesar disso, violência e saques continuam.
Governador do Missouri, Jay Nixon, anuncia medidas de segurança
17 de agosto de 2014: Segundo uma perícia encomendada pelos pais de Michael Brown, o jovem foi atingido por seis balas, duas na cabeça e quatro no braço direito, todas pela frente. Acontecem novos distúrbios à noite, antes mesmo do início do toque de recolher. Manifestantes isolados atacam os policiais com coquetéis molotov, segundo a polícia há também disparos entre a multidão. Os agentes empregam gás lacrimogêneo para dispersar os protestos.
18 de agosto de 2014: Pela manhã cedo, o governador Jay Nixon assina uma portaria permitindo a mobilização da Guarda Nacional americana para Ferguson. Mais tarde, um advogado da família de Brown afirma que uma autópsia privada confirma que o jovem foi atingido por ao menos seis tiros.

Ciência e Tecnologia

Sharp lança smartphone e phablet com borda mais fina 

Portal Terra
Sharp anunciou em seu site nesta segunda-feira dois novos celulares, o Aquos Crystal e o Aquos Crystal X. Com lançamento marcado para o mercado americano no dia 29 de agosto, o Aquos Crystal tem como atrativo uma borda mais fina, dando mais espaço de visualização em sua tela de 5 polegadas com resolução de 1280x720 pixels.
Ele ainda possui 1,5 gigabytes de RAM, processador quad core de 1.2 gigahertz, conexão 4G, Android 4.4.2 (KitKat), bateria de 2,040 mAh e 8 GB de espaço para armazenamento – podendo ser expandido para 128 GB.
Também com borda fina, mas chegando apenas ao mercado japonês em dezembro, o phablet (mistura de tablet com smartphone) Aquos Crystal X possui tela de 5.5 polegadas em alta definição (1920x1080p), processador Snapdragon 801 de 2.3 GHz e 16 GB de espaço em disco.
Outro atrativo dos dois gadgets é a adoção da tecnologia Harman/Kardon, conhecida por sistemas de som de alta qualidade, como home theater, receivers e fones de ouvido. A tecnologia ainda foi usada para o sistema “Crystal Sound” para melhorar a qualidade de som de caixas de som e fone de ouvido com o sistema bluetooth.
Os dois aparelhos serão vendidos com uma caixa de som bluetooth Onyx Studio da Harman Kardon. O preço não foi revelado.