Portugal poderá ajudar a brasileira Embraer a "vender" o seu cargueiro militar KC-390 a outros países da CPLP, admitiu hoje o ministro da Defesa, José Pedro Aguiar Branco, à margem da cerimónia de apresentação do aparelho.
"O facto de participarmos no projecto da construção e concepção do avião coloca-nos como um país de ponta na indústria aeronáutica", disse o ministro ao Económico, à margem da cerimónia, que decorreu hoje nas fábricas da Embraer em Gavião Peixoto, Brasil, onde está a ser construído o aparelho.
Questionado sobre se Portugal poderia ser uma forma da Embraer chegar a outros países, nomeadamente em África, o ministro considerou que "temos visibilidade a nível da NATO e com quem temos relações bilateriais. É um porta-bandeira. Se concretizarmos todos estes objectivos, acho que sim".
"Este é um projecto conjunto com as indústrias de Defesa da Argentina, Portugal e República Checa", parceiros industriais da Embraer no projecto, afirmou Jackson Scheiner, presidente da Embraer Defesa e Segurança, na cerimónia de inauguração.
O ministro da Defesa português, José Pedro Aguiar-Branco, o ministro da Defesa argentino e o responsável da Força Aérea da República Checa estiveram presentes na cerimónia.
Parte dos componentes são construídos em Portugal, nas oficinas da OGMA e com cerca de 18 entidades associadas ao fornecimento de componentes, sob coordenação da EEA. A OGMA já arrancou também com os procedimentos para fazer manutenção destes aviões.
A Embraer conta ainda com duas fábricas em Évora, onde são construídos componentes para os jactos Legacy e E-Jets e onde também são construídos alguns componentes para este cargueiro.
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