segunda-feira, 6 de novembro de 2017

MINISTRO HENRIQUE MEIRELLES USA TRUST EM PARAÍSO FISCAL PARA GERIR HERANÇA



  • 05/11/2017

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, 72 anos, criou uma fundação nas Bermudas para gerir sua herança. Chama-se Sabedoria Foundation. No mundo dos paraísos fiscais, trata-se do que tecnicamente se conhece como trust.
Documentos obtidos pela investigação Paradise Papers, conduzida no Brasil pelo Poder360, demonstram que o contrato desse trust foi registrado no final de 2002 a partir de uma doação de US$ 10.000 feita por Meirelles.

O trust é 1 tipo de empreendimento no qual alguém deposita bens ou valores. Esses recursos ficam nas mãos do chamado trustee (administrador do trust) para que coordene o destino do bem que está sendo entregue.
Uma vez que o criador do trust entrega 1 determinado patrimônio para o empreendimento, a regra para uso do bem no futuro será apenas a que estiver determinada na estrutura societária inicial –não é possível mais alterar. O trusteecumprirá a ordem de maneira irrevogável quando o contrato assim o determinar.
Meirelles informou ao Poder360 que o seu trust, a Sabedoria Foundation, ainda não recebeu bens. O empreendimento será depositário de parte de sua herança apenas após sua morte. O ministro não informa qual percentual irá para a fundação.
Para a abertura do trust foi necessário depositar a quantia de US$ 10.000, o que foi feito em 23 de dezembro de 2002.
Indagado pelo Poder360 sobre se havia declarado à Receita Federal o depósito de US$ 10.000, Meirelles respondeu afirmativamente. Enviou uma imagem do trecho de sua declaração de bens ao Fisco demonstrando o que afirmou:
A legislação brasileira é omissa a respeito de trusts. A transferência de bens para uma estrutura no exterior, entretanto, precisa ser declarada à Receita Federal. No caso de Meirelles, foram os US$ 10.000 depositados após o registro da estrutura nas Bermudas.
Em nota enviada por sua assessoria, Meirelles declara que o trust foi aberto para que, em caso de morte, parte de seus bens possa ser destinada a entidades beneficentes no setor de educação. O ministro afirma ainda que o trust foi registrado no exterior porque, naquela época, ele mantinha residência nos Estados Unidos –o que é verdade.
Leia a íntegra da nota enviada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Os documentos relacionados à Sabedoria Foundation atestam que o trust foi aberto em 23 de dezembro de 2002. Isso foi dias antes de Meirelles retornar definitivamente ao Brasil e passar a ocupar a presidência do Banco Central em janeiro de 2003, indicado pelo então presidente Lula. Antes dessa sua participação no governo, ele havia feito carreira no exterior como alto executivo do BankBoston.
Um dos documentos obtidos pelo Poder360 detalha várias informações sobre a Sabedoria Foundation e confirma o vínculo do trust com Meirelles.
 

O QUE DIZ A LEI

A legislação brasileira não tem regras específicas para o trust. Consultado pelo Poder360, o advogado e ex-vice-presidente da IFA (International Fiscal Association) Heleno Taveira Torres explica que não há no Brasil instrumentos similares ao trust. Com isso, cada contrato firmado pode incluir infinitas especificidades –de acordo com a jurisdição onde foi registrado.
Quando parte da herança de Meirelles for transferida para a Sabedoria Foundation, o dinheiro terá de sair do Brasil para as Bermudas –ou para o país no qual o trust mantiver uma conta bancária. Pode ser apenas uma transferência patrimonial, mas nesse caso também haverá a doação de 1 espólio.
Não há documento público recente disponível sobre o patrimônio de Meirelles. Em 2002, quando disputou uma vaga de deputado federal pelo PSDB de Goiás, sua declaração de bens (leia aqui) indicava haver posses no exterior, como 1 apartamento em Nova York declarado por US$ 5,5 milhões e 1 carro Porsche Boxter ano 1997.
O advogado tributarista especializado em Estruturas Extraterritoriais, jargão usado pelos operadores do direito para offshores, Cláudio Di Pasqualle explica que a lei brasileira sobre herança determina o pagamento de uma alíquota de até 8% quando o bem é transferido. Essa taxa varia de Estado para Estado e é fixada de maneira independente pelas 27 unidades da Federação.
A transferência de bens e valores para o exterior também precisa ser registrada no Banco Central e há uma alíquota de 0,38% de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) a ser paga sobre esse patrimônio que sai do país.
O tributarista fala que, quando os valores forem repassados do exterior para uma entidade beneficente brasileira (como pretende o ministro), mais uma vez a alíquota de 0,38% do IOF será cobrada.
Ou seja, o total de imposto sobre a herança de Meirelles que irá para a Sabedoria Foundation é de até 8,76%. Além disso, a movimentação pode ser prejudicada pela variação cambial.
Como se não bastasse, se o dinheiro no futuro sair da Sabedoria Foundation para alguma instituição de ensino no Brasil que atue na iniciativa privada, haverá nova incidência de imposto –mesmo que essa entidade não tenha fins lucrativos.
Em teoria, portanto, seria muito mais prático que Meirelles —se a intenção é favorecer instituições de ensino no Brasil— já escolhesse algumas entidades que poderiam receber diretamente, no futuro, parte de sua herança.
O ministro da Fazenda foi confrontado com essa situação. Por meio de sua assessoria, respondeu: “Na época em que a fundação foi concebida, o sr. Henrique Meirelles morava fora do Brasil e constituiu a fundação no exterior porque era mais prático. Os advogados de Meirelles eram americanos e estavam acostumados a trabalhar naquelas jurisdições. Não houve preocupação em evitar tributação. Esta análise fiscal foi feita apenas agora, em resposta ao questionamento feito pelo Poder360”.

VANTAGENS

O advogado Heleno Torres avalia que uma das vantagens de manter o trust no exterior é a segurança. No caso de testamentos e heranças, o trust permite que o cidadão decida em que condições o dinheiro será mantido ou transferido.
Pode, por exemplo, definir que seus filhos só poderão acessar o dinheiro quando se graduarem. Ou que valores sejam liberados pouco a pouco. Além de permitir que o verdadeiro dono dos ativos transfira para outra pessoa (no caso o trustee) a responsabilidade legal sobre aqueles bens.

O CASO DO TRUST DE EDUARDO CUNHA

Preso há mais de 1 ano, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha já foi condenado na Lava Jato. Foram apontadas irregularidades ligadas a 3 trusts que Cunha mantinha na Suíça.
Quando depôs espontaneamente na CPI da Petrobras em março de 2015, Cunha disse que não tinha contas na Suíça. Mas tampouco disse que era o usufrutuário de 3 trusts naquele país.
A omissão rendeu ao político a cassação do mandato. Ele também já foi condenado a 15 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. As contas suíças abrigavam recursos e nunca ficou clara a origem do dinheiro.
Cunha alegou vários negócios que teria mantido no exterior para justificar os recursos dos trusts. Nunca admitiu ter cometido irregularidades e disse ser mentira que os valores seriam propina recebida em negociações relacionadas a contratos da Petrobras.

CORRUPÇÃO SOFISTICADA

O advogado e ex-vice-presidente da IFA (International Fiscal Association) Heleno Taveira Torres explica que não é desejável que estruturas com o grau de sofisticação do trust, por exemplo, sejam usadas para finalidades ilícitas.
No caso do Cunha, por exemplo, é o seguinte: o que você tem que buscar é qual é a origem do dinheiro que chegou ao trust. O ‘settlor’ [o responsável pela preparação do contrato do trust] tinha prova da origem do dinheiro?”, questiona.
Torres afirma que, principalmente no fim da década de 1990, empresas administradoras de trusts em paraísos fiscais passaram a percorrer o mundo todo promovendo o que seria uma “blindagem patrimonial”. E fizeram sucesso.

O tributarista diz que hoje várias instituições estão em “pé de guerra” para impedir que instrumentos como os trusts sejam usados para fins ilícitos. Torres chega a chamar os vendedores de trusts de “vendedores de ilusões”.

domingo, 5 de novembro de 2017

O que falta para prender o chefe? Lula já escapou do mensalão e está se safando do petrolão…



  • Lava Jato
  • 05/11/2017

O ex-presidente Lula foi apontado pelo ex-deputado como o grande chefe do esquema
criminoso que ficou conhecido como mesnalão, colocado em prática durante o
primeiro mandato do petista. Como ex-presidente do PP, o partido com maior número
de envolvidos no esquema do petrolão, Corrêa confirmou que participou de reuniões
com Lula e José Dirceu, nas quais trataram abertamente sobre o esquema de
distribuição de propinas para deputados da base governista. Pedro Corrêa afirmou
que não era um estranho qualquer e durante seu depoimento na Lava Jato, exibiu
dezenas de documentos e fotos com Lula e outros membros da cúpula do PT.
Lula foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal como chefe da organização
criminosa que assaltou a Petrobras ao longo de mais de uma década, num esquema
criminoso que começou bem antes do mensalão, ainda no ano de 2003.
Foram denunciados por crime de organização criminosa os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff; os ex-ministros Antonio Palocci Filho, Guido Mantega, Edinho Silva e
Paulo Bernardo; a senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT; e o extesoureiro
do partido João Vaccari Neto.


A denúncia, no âmbito da Operação Lava Jato, foi oferecida dentro de inquérito que
apura se o PT formou uma organização criminosa para desviar dinheiro da Petrobras.
Todos os denunciados são suspeitos de “promover, constituir, financiar ou integrar,
pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa”, cuja pena é de 3 a 8
anos de prisão, além de multa.
A PGR também cobra dos oito denunciados indenização de R$ 6,8 bilhões, valor que
inclui devolução à Petrobras de suposto dinheiro desviado, além de danos morais e
materiais.

Segundo a denúncia, entre 2002 e 2016, os oito acusados “integraram e estruturaram
uma organização criminosa com atuação durante o período em que Lula e Dilma
Rousseff sucessivamente titularizaram a Presidência da República, para cometimento
de uma miríade de delitos, em especial contra a administração pública em geral”.
Apesar do envolvimento direto do ex-presidente Lula em mais de 477 eventos de
lavagem de dinheiro, corrupção e tráfico de influência apontados nas seis ações penais
em que figura como réu, o petista desafia as autoridades do país e envergonha os
brasileiros perante o mundo lançando-se candidato à Presidência da República do
Brasil.


Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira


Lava Jato nele...

É como eu sempre digo: Políticos, representantes na vida pública corruptos devem ser enxergados com o mesmo ódio e repulsa que enxergamos os assassinos, estupradores ou os pedófilos. Pois é isso que eles são, a escória da humanidade. Suas ações corruptas dão inicio a acontecimentos trágicos para a nossas vidas, a criança, a idosa que morre de fome, Os animais domésticos que são membros da família que passam por todas as dificuldades em um país prospero como o nosso, foi porque um vagabundo desses surrupiou milhões para sua conta. A idosa que morre na fila de um hospital por falta de médicos, leitos e remédios foram porque um vagabundo desses meteu a mão nos cofres públicos. A mulher que é estuprada na esquina por falta de uma viatura policial foi porque um político patife desviou milhões para sua conta fantasma no exterior, para comprar carrões, iates e joias caras para sua prostituta de luxo. Eles são a causa primária desse degradante efeito borboleta.. Político corrupto é o pior bandido que possa existir na face da terra. Suas atitudes decidem o que será de nossas vidas, o que será de nosso país? Degradante efeito borboleta. Político corrupto é o pior bandido que possa existir na face da terra. Suas atitudes decidem o que será de nossas vidas, o que será de nosso país?

Um imperador Romano já dizia: O PIOR DOS CRIMINOSOS É  O LADRÃO  DO DINHEIRO PUBLICO....POR QUE ROUBAM DE TODOS....

Da cela à mansão: solto há três meses, Rocha Loures vive no luxo longe dos holofotes





  • 05/11/2017


Uma das maiores concentrações de piscinas por habitante no mundo. Restaurantes de alto padrão, quiosques, mini-shoppings, parques e jardins. Clima bucólico, favorável à prática de yoga, à beira do Lago Paranoá. Vista privilegiada do por-do-sol e da ponte JK, cartão postal de Brasília. Essas são algumas das características do Lago Sul, onde mora o ex-deputado federal Rodrigo da Rocha Loures (PMDB).

Considerado um dos braços direitos de Michel Temer (PMDB), o político foi flagrado em um vídeo da Polícia Federal (PF) no dia 28 de abril, quando recebia uma mala com R$ 500 mil em uma pizzaria. Segundo delatores da empresa JBS, o conteúdo da mala era dinheiro de propina.


Quando o escândalo veio à tona no Brasil, Loures estava em Nova Iorque com o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB). No dia 3 de junho, o ministro Edson Fachin determinou a prisão preventiva, e ele ficou detido até 1º de julho. Desde então, vive com uma tornozeleira eletrônica e está impedido de sair de casa à noite.

Há duas semanas, o ex-deputado decidiu mudar de ares, sem deixar o requinte do Lago Sul: mudou-se para uma área ainda mais nobre e reservada, conhecida como Setor de Mansões Dom Bosco.

Até o pescoço

Na interpretação da Procuradoria-Geral da República (PGR), os R$ 500 mil que Rocha Loures levava na mala seriam destinados a Temer. Basicamente, tratava-se de uma “recompensa antecipada” para que o governo favorecesse a empresa em uma decisão no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

O grupo J&F, a qual pertence a JBS, também controla a Empresa Produtora de Energia (EPE). Na época do suposto pagamento de propina, o grupo questionava o monopólio da Petrobras na importação de gás da Bolívia. Se o Cade reconhecesse o monopólio e exigisse a abertura de concorrência, os irmãos Joesley e Wesley Batista teriam caminho aberto para um mercado bilionário.
Joesley Batista confirmou, em depoimento à Lava Jato, que Rocha Loures foi o nome indicado por Michel Temer para “resolver os pleitos do grupo” no Cade.

Duas medidas?

A Lava Jato costuma ser questionada pelos excessos. O juiz de primeira instância Sérgio Moro teve duas reclamações disciplinares julgadas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A Corte Interamericana de Direitos Humanos recebeu, em setembro, um requerimento que descreve uma série de violações constitucionais cometidas pela operação. O ex-ministro José Dirceu (PT), por exemplo, foi preso preventivamente sem sequer ter acesso aos termos da acusação, e permaneceu detido em Curitiba por 354 dias. Mas nem todos os alvos da operação têm a mesma sina.

O ex-assessor do senador Zezé Perrela (PMDB), Mendherson Lima, a irmã senador Aécio Neves (PSDB), Andrea Neves, e o primo deles, Frederico Pacheco. Todos eles foram investigados com base nas delações da empresa JBS e autorizados a cumprir prisão domiciliar após cerca de um mês. De quebra, “ajudaram” a soltar Rocha Loures – segundo Fachin, o ex-assessor de Temer deveria ter direito às mesmas garantias dos demais investigados.


Mendherson Lima ficou atrás das grades por 32 dias; Rocha Loures, por 28; Andrea Neves e Frederico Pacheco, 34 dias cada. Ou seja, o Supremo Tribunal Federal (STF) levou em média onze vezes menos tempo para autorizar a saída deles da cadeia, em comparação com o caso José Dirceu.

Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira


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É como eu sempre digo: Políticos, representantes na vida pública corruptos devem ser enxergados com o mesmo ódio e repulsa que enxergamos os assassinos, estupradores ou os pedófilos. Pois é isso que eles são, a escória da humanidade. Suas ações corruptas dão inicio a acontecimentos trágicos para a nossas vidas, a criança, a idosa que morre de fome, Os animais domésticos que são membros da família que passam por todas as dificuldades em um país prospero como o nosso, foi porque um vagabundo desses surrupiou milhões para sua conta. A idosa que morre na fila de um hospital por falta de médicos, leitos e remédios foram porque um vagabundo desses meteu a mão nos cofres públicos. A mulher que é estuprada na esquina por falta de uma viatura policial foi porque um político patife desviou milhões para sua conta fantasma no exterior, para comprar carrões, iates e joias caras para sua prostituta de luxo. Eles são a causa primária desse degradante efeito borboleta.. Político corrupto é o pior bandido que possa existir na face da terra. Suas atitudes decidem o que será de nossas vidas, o que será de nosso país? Degradante efeito borboleta. Político corrupto é o pior bandido que possa existir na face da terra. Suas atitudes decidem o que será de nossas vidas, o que será de nosso país?

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Novo vazamento global revela offshores de Henrique Meirelles no Caribe






O vazamento está sendo chamado de “Paradise Papers”, e envolve figuras importantes do governo do presidente norte-americano, Donald Trump.
Antes de se tornar ministro de Temer, Meirelles presidiu o Banco Central brasileiro (de 2003 a 2010), durante o governo do ex-presidente Lula (PT). Na semana passada, Meirelles disse em entrevista à revista Veja que pretendia se candidatar à presidência da República.

Os dados – cerca de 1,4 terabytes de informações – foram encaminhados por uma fonte anônima ao jornal alemão Süddeutsche Zeitung, de Munique, e compartilhados com jornalistas de todo o mundo organizados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês). No caso do Brasil, as informações são do site Poder360, do jornalista Fernando Rodrigues.
Cidadãos brasileiros possuem o direito de manter empresas offshores – e as contas bancárias associadas a elas – no exterior. A única exigência da lei é que os recursos sejam devidamente declarados à Receita, para que os impostos sejam pagos. Menções a pessoas e empresas na série “Paradise Papers” não significam necessariamente que tais pessoas estejam envolvidas em irregularidades.
Meirelles enviou à reportagem do Poder360 cópia de sua declaração de Imposto de Renda, provando que a offshore dele está devidamente registrada.
Embora a prática seja legal, empresas offshore podem ser usadas também para cometer crimes, como sonegação de impostos, ocultação de patrimônio (no caso de pessoas que deixam de pagar dívidas) e evasão de divisas. Podem ser usadas também para criar “fundos paralelos” em empresas, possibilitando o pagamento de propinas sem que estas apareçam na contabilidade oficial da companhia. E ainda, para esconder dinheiro de origem ilícita.

Para o Ministério Público Federal, empresas offshores em países como Bahamas, as ilhas Cayman e Bermudas foram usadas pela empreiteira Odebrecht para viabilizar pagamentos a políticos, por exemplo.

Delator liga fundo de pensão dos Correios a propina ao PMDB



Por Agencia Estado

O empresário Paulo Roberto Gazani Júnior, investigado na Operação Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato, afirmou em acordo de colaboração premiada que o ex-presidente do Postalis Alexej Predtechensky pediu propina de 3% na negociação de uma operação de debêntures envolvendo a empresa JHSF, em um total de R$ 75 milhões. À época, Predtechensky apontava a necessidade de honrar “compromissos” com seus padrinhos políticos do PMDB. Predtechensky comandou o fundo de pensão entre 2006 e 2012.


No termo de colaboração, Gazani diz que o ex-presidente do Postalis, fundo de pensão dos funcionários dos Correios, não deixou claro quem do PMDB era o responsável por sua indicação para o posto, mas ele é conhecido por ser apadrinhado político do senador Edison Lobão (MA). Predtechensky já foi sócio de um dos filhos do senador, Márcio Lobão, em uma empresa que fechou há alguns anos. O peemedebista nega a indicação política.

O acordo de delação do empresário foi homologado pelo juiz Paulo Bueno de Azevedo, da 6.ª Vara Criminal em São Paulo, e compartilhado com a força-tarefa da Operação Greenfield, em Brasília, responsável por apurar desvios nos maiores fundos de pensão do País.

O primeiro pagamento de propina teria sido acertado no fim de 2010, segundo o depoimento de Gazani à Justiça Federal. Na ocasião, o delator havia estruturado uma venda de debêntures (títulos de crédito para tomada de empréstimos) em prol da incorporadora JHSF. A empresa buscava investimentos de aproximadamente R$ 270 milhões e havia colocado até o Shopping Cidade Jardim, em São Paulo, como garantia para a venda dos papéis.


Por ser presidente do Postalis, Predtechensky foi procurado por Gazani, que acabou ouvindo uma contraproposta. O dirigente do fundo de pensão teria solicitado a propina para liberar o investimento.

Justificativa

Para justificar o pedido, Predtechensky, conhecido como Russo, teria dito que devia favores aos políticos que o indicaram para o cargo e não poderia abrir mão dos valores solicitados.
Após essa etapa, o ex-presidente do Postalis indicou outro dirigente do fundo para acertar os detalhes do pagamento. Assim, em 22 de fevereiro de 2011, foram efetuados dois pagamentos por meio de duas notas fiscais emitidas pela empresa do próprio Paulo Roberto Gazani, a Nex Participações e Investimentos LTDA, para um escritório de advocacia que teria operacionalizado a entrega dos valores.

A primeira nota fiscal tinha o valor de R$ 1,2 milhão e a segunda, de R$ 780 mil. De acordo com o delator, não houve nenhuma prestação de serviço entre as partes e a nota tinha como finalidade mascarar o repasse de propina. O segundo pagamento feito naquele ano a Predtechensky garantiu mais R$ 718 mil, que acabaram retirados do Postalis e de seus beneficiários.

Defesas

Procurado pela reportagem, o advogado de Predtechensky, José Luís de Oliveira, afirmou que seu cliente, enquanto esteve à frente do Postalis, pautou sua atuação pela correção e ética. “Ele jamais teve qualquer diálogo com Paulo Roberto Gazani. Se Gazani fez as supostas afirmações irá responder judicialmente por suas levianas colocações”, disse Oliveira.

O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende o senador Edison Lobão, justificou que Predtechensky foi indicado para o Postalis quando o parlamentar não fazia parte do governo e não teria poder para indicá-lo. “Alexej explicou isso expressamente na CPI do Postalis, que não foi indicado e não tem relação posterior (com Lobão).” Kakay argumentou ainda que a sociedade entre Predtechensky e o filho de Lobão foi realizada e desfeita nos anos 1990.


A JHSF informou, por meio de nota, que toda a operação foi legítima, transparente e seguiu as normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A empresa disse também que, em 2013, antecipou o pagamento e liquidou a operação.



Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira


Lava Jato neles...

É como eu sempre digo: Políticos, representantes na vida pública corruptos devem ser enxergados com o mesmo ódio e repulsa que enxergamos os assassinos, estupradores ou os pedófilos. Pois é isso que eles são, a escória da humanidade. Suas ações corruptas dão inicio a acontecimentos trágicos para a nossas vidas, a criança, a idosa que morre de fome, Os animais domésticos que são membros da família que passam por todas as dificuldades em um país prospero como o nosso, foi porque um vagabundo desses surrupiou milhões para sua conta. A idosa que morre na fila de um hospital por falta de médicos, leitos e remédios foram porque um vagabundo desses meteu a mão nos cofres públicos. A mulher que é estuprada na esquina por falta de uma viatura policial foi porque um político patife desviou milhões para sua conta fantasma no exterior, para comprar carrões, iates e joias caras para sua prostituta de luxo. Eles são a causa primária desse degradante efeito borboleta.. Político corrupto é o pior bandido que possa existir na face da terra. Suas atitudes decidem o que será de nossas vidas, o que será de nosso país? Degradante efeito borboleta. Político corrupto é o pior bandido que possa existir na face da terra. Suas atitudes decidem o que será de nossas vidas, o que será de nosso país?

Um imperador Romano já dizia: O PIOR DOS CRIMINOSOS É  O LADRÃO  DO DINHEIRO PUBLICO....POR QUE ROUBAM DE TODOS....




Caciques do Rio Grande do Norte deixam um cenário de “terra arrasada” para as eleições de 2018.


  • 05/11/2017
Com o governador investigado e o seu principal adversário atrás das grades, o Rio Grande o Norte vive um cenário de “terra arrasada” para as eleições de 2018.

Se há três anos Robinson Faria (PSD) e Henrique Eduardo Alves (PMDB) duelavam em uma das disputas mais acirradas do país, hoje ambos enfrentam reveses que devem mudar completamente o quadro eleitoral no Estado, tradicionalmente dominado por quatro clãs: os Alves, os Maia, os Rosado e os Faria.


Eleito em 2014, Robinson Faria vive seu momento mais difícil: foi denunciado pela Procuradoria Geral da República por suspeita de obstrução de Justiça no âmbito da Operação Dama de Espadas, que investigou fraudes na Assembleia Legislativa.
No campo administrativo, enfrenta uma grave crise financeira que resultou em atrasos no pagamento aos servidores –os salários de setembro terminarão de ser pagos apenas em novembro. “A questão eleitoral se tornou acessória diante das adversidades da crise que o governo enfrenta”, diz o vice-governador Fábio Dantas (PC do B).

Desgastado, o governador terá dificuldades até em formar uma chapa e pode não disputar a reeleição caso se torne réu no Superior Tribunal de Justiça. Se esse cenário se concretizar, será a segunda eleição seguida na qual o governador não vai para a reeleição –em 2014, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) ficou fora da disputa.

Na oposição, a prisão de Henrique Eduardo Alves em desdobramento da Operação Lava Jato desestruturou o grupo capitaneado pelo PMDB. O ex-deputado costumava ser o principal articular político, fazendo o contato com prefeitos e coordenando campanhas.

Também investigados na Lava Jato, os senadores Garibaldi Alves (PMDB) e Agripino Maia (DEM) terão uma eleição difícil para renovar seus mandatos no próximo ano.

O nome natural do grupo para ao governo é o do prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), primo de Henrique Alves e Garibaldi Alves. Mas o sobrenome que costumava ser um trunfo é encarado como a principal dificuldade do prefeito, que tem trajetória política própria e chegou a ser adversário dos primos em outras eleições.

Diante do desgaste dos sobrenomes tradicionais, nomes de fora dos grupos familiares têm sido cogitados para a disputa de 2018. Dono da rede de lojas Riachuelo, o empresário Flávio Rocha aparece como principal opção, assim como do dono da distribuidora de combustíveis Ale, Marcelo Alecrim.

“São dois nomes que pacificariam a nossa base. São empresários bem-sucedidos, mas que sempre tiveram bom trânsito na política”, afirma Agripino Maia.

Outro cotado ao governo é o ex-presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Cláudio Santos, que deve se aposentar no início do próximo ano.

Nos últimos meses, ele intensificou críticas ao governo de Robinson Faria e tem participado de solenidades e eventos por todo o Estado. Procurado pela Folha, classificou como “especulação” a hipótese de candidatura.

TERCEIRA VIA

Entre os dois principais grupos políticos do Estado, a senadora petista Fátima Bezerra aparece como uma terceira via na disputa pelo governo. Ligada à educação e com forte inserção no interior do Estado, é uma das principais apostas do PT para ampliar sua presença no Nordeste.
Para garantir um palanque forte, o partido conta com a presença do ex-presidente Lula como candidato a presidente ou como cabo eleitoral. E tem buscado potenciais aliados para compor a chapa uma chapa competitiva.

Uma das prováveis candidatas ao Senado na chapa deve vir de uma das famílias mais tradicionais do RN: a deputada federal Zenaide Maia (PR).
Caso confirme sua candidatura, ela deverá enfrentar o primo Agripino Maia nas urnas.

Para o cargo de vice-governador, o PT busca o nome de um empresário. A ideia é reeditar uma chapa nos moldes da formada por Lula e José Alencar em 2002 e 2006.


Odebrecht quer tornozeleiras mais confortáveis para executivos.




  • 05/11/2017
Desde que saiu da prisão, em abril de 2016, um ex-funcionário da Odebrecht e hoje delator trava uma briga com o acessório que carrega junto do corpo, a tornozeleira eletrônica. Os problemas vão da falta de assistência técnica no Rio de Janeiro, onde mora, às duas horas diárias que fica conectado à tomada para recarregar a bateria do aparelho. O tamanho da peça, que dificulta o uso de roupas como bermudas, calças justas ou botas sem chamar atenção também é alvo frequente de reclamação.
O desconforto foi repassado aos demais companheiros que, em breve, padecerão das mesmas dificuldades — os 77 colaboradores do grupo que assinaram acordos com a Procuradoria-Geral da República, incluindo o patriarca, Emílio Odebrecht, e o filho Marcelo terão que cumprir algum tipo de prisão com monitoramento eletrônico. A maioria deles, porém, não começou a execução da pena.

Para dar mais comodidade a todos, a empreiteira vem tentando substituir o atual aparelho por outros menores e com baterias de duração mais longa. Quando ainda negociava os acordos de delação premiada e de leniência com a força-tarefa de Curitiba no ano passado, a Odebrecht propôs ao órgão comprar os novos modelos para todos seus colaboradores e também fazer uma doação para suprir o déficit de tornozeleiras eletrônicas em todo Brasil. Para procuradores, que negaram a oferta, tamanha generosidade tinha o objetivo de melhorar a vida dos presos do grupo e blindar a empresa do discurso de que seus funcionários seriam privilegiados diante dos demais.
A Odebrecht procurou também juízes de seções de execução penais e o Ministério da Justiça, mas não conseguiu abrir negociação até o momento. Foi sugerido que procurasse os departamentos penitenciários de cada estado brasileiro, mas ainda não começou a peregrinação.