sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Cunha pede a Cardozo investigação de ameaças a relator de processo no Conselho de Ética

Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, participa de evento em escola pública em Brasília. 24/09/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), enviou ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, solicitação para que se instaure inquérito policial para apurar denúncias de que o deputado Fausto Pinato (PRB-SP), relator do processo contra Cunha no Conselho de Ética, esteja sofrendo ameaças.
“Solicito, ainda, que o deputado e seus familiares sejam colocados sob proteção policial”, diz o ofício, assinado por Cunha e distribuído à imprensa na Câmara dos Deputados.
Pinato anunciou no início da semana que seu parecer seria favorável ao prosseguimento do processo que pede a cassação do mandato de Cunha por quebra de decoro parlamentar.
O relatório seria examinado nesta quinta-feira no Conselho de Ética da Câmara, mas a sessão acabou sendo cancelada e anulada depois que aliados de Cunha sustentaram à Mesa Diretora que o quórum para a abertura da reunião foi obtido depois do prazo previsto no regimento.
O cancelamento da sessão posteriormente acabou sendo suspenso pelo próprio Cunha. Antes disso, porém, o clima esquentou na Câmara quando um grupo composto por dezenas de deputados insatisfeitos com a decisão da mesa deixou o plenário da Câmara e foi até o Conselho de Ética, onde os parlamentares fizeram uma espécie de reunião informal em desagravo ao colegiado.
Durante a reunião, representantes de diversos partidos, como PSDB, PT e DEM, demonstraram apoio ao relator.
“Conseguimos a mobilização da maioria, motivada pela afronta ao Conselho de Ética”, disse o deputado Júlio Delgado (PSB-MG).
Cunha é acusado de quebra de decoro parlamentar por supostamente ter mentido em depoimento à CPI da Petrobras ao afirmar não ter contas no exterior. Documentos dos Ministérios Públicos do Brasil e da Suíça apontam a existência de contas bancárias de Cunha e familiares no país europeu.

(Reportagem de Leonardo Goy)

A voz do negro: personalidades pautam as notícias do site neste 20 de novembro

A escritora e atriz Cristiane Sobral, o professor universitário Nelson Inocêncio, a sambista Dhi Ribeiro e o rapper GOG foram convidados a propor as reportagens da nossa página principal
Fotos: Michael Melo e Daniel Ferreira/Metrópoles
Ninguém pode avaliar o alcance da dor de ser atacado por ter nascido com a pele negra. Estamos no ano 15 do século 21 e alguns brasileiros se apoiam, na falácia da eugenia, para manter a barbárie do racismo ao se referir cotidianamente aos compatriotas negros com atos e palavras que preferimos não reproduzir neste 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, quando se reverencia a memória do líder quilombola Zumbi dos Palmares. Comprometido com a agenda da política pública de promoção da igualdade racial, o Metrópoles amanheceu, como boa parte dos veículos jornalísticos, com um leque significativo de notícias sobre o tema. Para não cairmos no risco do automatismo que as datas comemorativas nos impõem, convocamos quatro personalidades negras do Distrito Federal para formar um Comitê de Pauta.
Assim, o rapper GOG, a escritora e atriz Cristiane Sobral, o professor universitário Nelson Inocêncio e a sambista Dhi Ribeiro foram desafiados a pensar sobre quais notícias que, como cidadãos negros, gostariam de ler na página principal do Metrópoles. Nos últimos dez dias, nossa redação mestiça, mas majoritariamente branca, como reflexo da nossa sociedade, ficou diante de personagens e notícias invisíveis à percepção cotidiana. De casos de empreendedorismo ao encontro de personagens transformados por experiências sócios culturais, aprendemos, no ofício diário do jornalismo, a conhecer melhor a realidade urgente que o Brasil enfrenta nessa transição para o equilíbrio entre desenvolvimento econômico e justiça social.
Índices assustadores
Apesar de avanços, como o sistema de cotas em universidades e acesso a concursos públicos, os indicadores sociais que envolvem a população negra no Brasil são assustadores, sobretudo, os relacionados ao mapa de violência, ao desemprego, à marginalidade, ao acesso ao ensino superior e às profissões mais bem remuneradas. Matam-se mais negros no Brasil. O índice ultrapassa os 70% dos homicídios. A mulher e o jovem têm o dobro de chance de serem assassinados em relação aos brancos. Na outra ponta, a população carcerária é de maioria negra. Os analfabetos e a grande parte do que estão abaixo da linha da miséria também.
Até a metade do século passado, nossos ícones negros estavam no esporte e na arte, sobretudo, porque talento não se forma em sala de aula. Agora, uma parcela chega a ocupações de maior visibilidade. Um dos homens mais admirados do país é o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa. Os desafios são imensos, mas caminhamos para sermos uma nação cada vez mais orgulhosa de sua gênese cultural. O compromisso é para a desconstrução do imaginário nacional que ainda relaciona o negro a atividades subjugadas. Pouco antes de ser assassinado em 1965, o líder norte-americano Malcom X pronunciou uma frase que ultrapassaria a efemeridade dos tempos.
Não lutamos por integração ou por separação. Lutamos para sermos reconhecidos como seres humanos"
Malcom X
Esse pensamento é a síntese da luta do negro brasileiro neste 20 de novembro de 2015. #RacistasNãoPassarão.
O Comitê de Pauta:
Cristiane Sobral
Michael Melo/MetrópolesPoeta, dona de versos fortes, a carioca Cristiane Sobral é uma das literatas mais importantes do DF. Mas seu trabalho com as artes vai além. Professora e escritora, Cristiane foi a primeira atriz negra a se formar na Universidade de Brasília. Foi ela, também, quem articulou o grupo Cabeça Feita, tornando-se assim um marco na história do teatro no DF, à frente da primeira companhia de atores negros da capital. Em sua poesia, Cristiane costuma escrever sobre as condições de ser mulher e negra como um grito de liberdade.
Dhi Ribeiro
Brasília (DF), 19/11/2015 - Dhi Ribeiro- Foto, Michael Melo/MetrópolesNascida no Rio de Janeiro, Dhi Ribeiro foi criada em Salvador e, há anos, está radicada em Brasília. Na capital federal, ela se consagrou como um dos principais nomes do samba da cidade e ganhou projeção nacional com a música “Para Uso Exclusivo da Casa”, do CD “Manual da Mulher”. No início de 2016, Dhi lança o segundo disco da carreira, “Leme da Libertação”, com composições inspiradas na diáspora negra.
GOG
Daniel Ferreira/MetrópolesConhecido pela alcunha de GOG, Genival Oliveira Gonçalves fez dos seus versos sua principal arma. Nascido em Sobradinho e criado no Guará, o rapper e escritor tornou-se uma das principais refêrencias do hip hop no país, com mais de 150 composições gravadas. Assim como o grupo Câmbio Negro e o rapper Japão, GOG se transformou numa voz representativa no DF ao dar luz e voz para a comunidade negra e periférica. É dele a Só Balanço, a primeira gravadora de rap do Brasil, fundada em 1993.
Nelson Inocêncio
Daniel Ferreira/MetrópolesAlém dos anos dedicados às artes plásticas, Nelson Inocêncio também tem extensa carreira acadêmica. Bacharel em Comunicação pela Universidade de Brasília (UnB), ele tem mestrado em Comunicação e doutorado em Artes pela mesma instituição. Por 13 anos, ele foi Coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros pertencente ao Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares da UnB. Em 2011, lançou o livro “Consciência Negra Em Cartaz”.
Colaborou Maíra de Deus Brito.

Anonymous publica um guia prático para ‘hackear’ o Estado Islâmico Grupo fornece instruções para qualquer um que quiser se unir à sua cyberguerra contra o EI

Anonymous em guerra contra Estado Islâmico
Um 'hacktivista' com a máscara do Anonymous. / SAMUEL SÁNCHEZ
O Anonymous busca colaboradores. O grupo de hackers tenta envolver o maior número possível de pessoas, mesmo que não tenham conhecimentos avançados em informática, em suacyberguerra contra o Estado Islâmico. Fizeram um pedido mundial para lutar contra o EI e, através de seus canais Internet Relay Chat (IRC), distribuem material para ensinar a principiantes como desmantelar páginas da Internet e perfis nas redes sociais de pessoas ligadas aos jihadistas.
Para isso, elaboraram três manuais. Um para principiantes, no qual incluem noções básicas de linguagem HTML e conhecimentos e conselhos básicos. Dizem que “muitos aspectos da pirataria exigem amplos conhecimentos de programação, mas outros podem ser facilmente entendidos pela maioria”. Com ele, fornecem ferramentas encontradas na Internet para hackear o EI.
Também criaram um Guia da referência, algo mais avançado, que explica como iniciar um bot (um programa informático que imita o comportamento humano na rede) contra uma conta do Twitter. Esse guia vem acompanhado de uma lista com mais de 5.000 usuários do Twitter considerados “objetivos principais”.
"Cómo puedes ayudar", el comunicado en el que Anonymous explica su objetivo
"Como você pode ajudar", o comunicado no qual explicam seu objetivo. /ANONYMOUS
O terceiro é o Guia do Buscador, cujo objetivo é identificar os sites relacionados com o Estado Islâmicoe informar a rede central: pedem uma ação conjunta e aconselham a não agir individualmente.
“Ao invés de ficar sentado assistindo televisão sem fazer nada, use as ferramentas e guias fornecidos. Sua contribuição significará muito e pedimos para que participe de todas as atividades. Quanto mais, melhor”, disse o Anonymous.
Desde 14 de novembro, um dia depois dos atentados de Paris, o Anonymous afirma ter descoberto dados pessoais de supostos membros do Estado Islâmico e bloqueado mais de 5.500 contas nas redes sociais supostamente ligadas aos terroristas.
A organização de hackers criou um perfil no Twitter dedicado unicamente à operação realizada contra o EI (@opparisofficial). E ashashtags #OpISIS e #OpParis divulgam os dados sobre o número de contas bloqueadas e outros avanços.

Coronel da cúpula da PM-RJ diz que é preciso pensar na regulação da droga Para chefe do Estado Maior, combate ao tráfico hoje é 'enxugar gelo'. Países da América Latina e os EUA serviriam de exemplo, diz Robson Silva.

O coronel Robson Silva, chefe do Estado Maior e um dos integrantes da cúpula da Polícia Militar doRio de Janeiro, afirmou nesta quinta-feira (19), durante audiência da CPI dos Autos de Resistência na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), que é necessário considerar a regulação da droga nas mãos do Estado.
Ele disse ainda que o dispêndio financeiro e humano no combate ao tráfico de drogas dá a sensação de "enxugar gelo" e que o fim do proibicionismo é "um caminho sem volta".
"Rever o proibicionismo é estar alinhado com o que há mais de vanguarda. Ou seja, encarar de maneira inteligente e falar na possibilidade de regulação de um mercado pelo Estado, porque na verdade a gente vai ficar enxugando gelo se ficar com essa legislação atual", afirmou Silva, durante a audiência que investiga casos de homicídio decorrentes de intervenção policial.
O coronel citou exemplos na América Latina e dos Estados Unidos, citado por ele como o "país que levantou a bandeira" antidroga.
Robson da Silva ao lado do comandante-geral da PM, Pinheiro Neto, na audiência pública da CPI dos Autos de Resistência (Foto: Carolina Lessa/ Alerj)Robson da Silva (à esquerda) ao lado do comandante-geral da PM, Pinheiro Neto, na audiência pública da CPI dos Autos de Resistência (Foto: Carolina Lessa/ Alerj)
O coronel também criticou a legislação que não define se a pessoa é usuária ou traficante, conforme a quantidade de droga encontrada com ela. Para ele, o combate da polícia deveria ser outro.
"Há um custo muito grande nas prisões [relacionadas] a drogas, de usuários, porque está na lei. Estamos prendendo, prendendo o usuário. É o que tem mais impactado na atuação de policiais de UPP. Nós estamos prendendo este tipo de criminoso e quando focamos nisso deixamos de focar no grande tráfico de drogas. O que mais tem afetado a segurança pública são as armas de fogo, a questão de homicídios, os grupos de extermínio. Deveria ser a prioridade não só no Rio como no Brasil", afirmou.
Também participaram da audiência o comandante-geral da PM, Alberto Pinheiro Neto, representantes da Anistia Internacional e deputados.
Alerj teve audiência da CPI dos Autos de Resistência (Foto: Gabriel Barreira / G1)Alerj teve audiência da CPI dos Autos de Resistência (Foto: Gabriel Barreira / G1)

China diz que matou 28 supostos terroristas em Xinjiang 20/11/2015 03h22 - Atualizado em 20/11/2015 03h22

Perseguição a suposto grupo terrorista durou 56 dias.
Região é considerada um dos barris de pólvora étnicos do oeste do país.

Da EFE
O governo da China confirmou nesta sexta-feira (20) que suas forças de segurança mataram 28 supostos terroristas na região noroeste de Xinjiang, um dos barris de pólvora étnicos do oeste do país, em uma operação que começou há dois meses.
As autoridades já anunciaram no fim de semana passado que a polícia de Xinjiang tinha conseguido um "magnífico resultado" após uma perseguição de 56 dias e que tinha capturado supostos terroristas, apesar de não ter dado mais detalhes.
Agora o governo explica que a perseguição se centrou nos supostos terroristas que atacaram uma mina no dia 18 de setembro passado em Xinjiang, matando 11 cidadãos, três policiais e dois membros dos corpos parapoliciais, e ferindo outras 18 pessoas.

Síria, França e Bélgica: como funcionava a célula terrorista de Paris Perfil dinâmico do grupo demonstra a complexidade da luta contra o Estado Islâmico

Policiais vigiam uma rua após os atentados em Paris.
Policiais vigiam uma rua após os atentados em Paris. / BERNARDO PÉREZ
A célula terrorista que planejou e executou os atentados de sexta-feira em Paris, em que 129 pessoas foram assassinadas, reflete por sua complexidade e sua capacidade de movimentos a imensidão do problema enfrentado pelas forças de segurança no combate ao terrorismo do Estado Islâmico (EI). A maioria de seus membros tinha ficha na polícia e, apesar disso, pôde viajar livremente entre a União Europeia e o Oriente Médio. Eles provêm de diferentes lugares da França e da Bélgica, de diversas profissões e idades, quase todos em algum momento passaram pela jihad e pela prisão, que se tornou um verdadeiro centro de doutrinação de fanáticos. O bairro de Molenbeek, em Bruxelas, é uma das chaves e Raqqa, a capital do EI na Síria, é outra. Paris, o cenário da massacre, fecha esse triângulo do terror.
A polícia ainda não completou o perfil da célula, nem o número de integrantes. Por enquanto se sabe que 10 terroristas morreram: sete durante a noite de terror em Paris, quase todos ao detonar os explosivos que levavam junto ao corpo, e mais três durante a ação policial, na manhã de quarta-feira, contra uma residência em Saint-Denis: uma mulher que se suicidou, um homem não identificado eAbdelhamid Abaaoud, de 28 anos, o suposto cérebro da ofensiva terrorista. Outro envolvido, Salah Abdeslam, conseguiu escapar e está foragido. Ainda há três mortos a identificar e também não se conhece a identidade de uma terceira pessoa, que fez parte do grupo que metralhou vários cafés parisienses.
O perfil da célula se complica ainda mais se se levar em conta que a pessoa que reivindicou os atentados em uma gravação é um velho conhecido dos serviços de informação: Fabian Clain, de 37 anos, definido pelo jornal Le Mondecomo “um veterano da Jihad”. Na gravação é possível escutar ao fundo a voz de seu irmão, Jean-Michel, de 34. Os dois são muçulmanos convertidos, os dois foram doutrinados pelo mesmo imã salafista radical, os dois passaram pela Bélgica e ambos tinham laços muito próximos com Mohamed 
Merah que, depois de treinar com o Talibã no Paquistão, assassinou sete pessoas em 2012, entre elas três crianças judias em Toulouse, antes de ser abatido pela polícia.
“A Europa não está preparada para isso”, explica Farhad Khosrokhavar, pesquisador da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris e autor do ensaio Radicalização, sobre o caráter transnacional da célula, que viajou de Bruxelas até Paris para cometer os atentados, mas que também conhecia bem a capital francesa. “A UE só existe no papel, não há uma verdadeira polícia europeia e está claro que se trata de um problema transnacional. É um pouco parecido ao que ocorre com o euro, temos uma moeda comum, mas não uma autêntica política fiscal conjunta”.
Também não está clara a relação que os supostos terroristas detidosna quarta-feira em Saint-Denis, que estavam prestes a cometer um atentado e dispunham de um arsenal, tinham com o comando que atuou na sexta-feira, além do fato de ambos os grupos estarem subordinados a Abdelhamid Abaaoud, cuja morte na operação policial foi confirmada na quinta-feira. Trata-se da mesma célula? Ou seriam duas células diferentes?
Os autores do massacre da noite de sexta-feira dividiram-se em três equipes coordenadas: três terroristas detonaram seus cinturões de bombas em frente ao Stade de France: um deles não foi identificado e outro viajou da Turquia até a Grécia e depois atravessou os Bálcãs com um passaporte sírio em nome de Ahmad Al Mohammad, embora seja muito possível que o passaporte seja falso. Segundo a imprensa francesa, o nome corresponde a um soldado de Bashar Al Assad falecido há vários meses. O terceiro integrante é Bilal Hadfi, de 20 anos, o mais jovem do grupo terrorista, que residia na Bélgica depois de ter passado pela Síria. Em sua página do Facebook aparece posando com armas e elogiando o Estado Islâmico.
Uma segunda equipe formada por três terroristas, todos falecidos, desencadeou uma matança na casa de shows Bataclan. Um dos três agressores não foi identificado. O outro é Ismaël Omar Mostefaï, de 29 anos, que vivia em Chartres, e foi o primeiro a ser identificado. Sua trajetória corresponde à de um jihadista de manual: pequeno delinquente de bairro detido várias vezes, viajou à Síria e estava sob vigilância dos serviços de informação. O terceiro integrante desse comando é Samy Amimour, de 28 anos, nascido em Drancy, processado por tentar viajar ao Iêmen em 2012. Conseguiu finalmente fugir para a Síria. Seu pai foi procurá-lo em 2014, mas não conseguiu trazê-lo de volta. Os serviços secretos não tinham detectado seu retorno à França. Amimour foi motorista de ônibus público em Paris durante 15 meses.
Uma terceira equipe metralhou vários cafés ao longo de um itinerário mortal pelas zonas boêmias de Paris. Era formada pelos irmãos Brahim Abdeslam, de 31 anos, que detonou seu cinturão de explosivos, e Salah, de 26 anos, que está sendo procurado. Um vídeo mostra pelo menos um terceiro terrorista não identificado e é possível que exista um quarto. O irmão mais velho tinha tido problemas com a justiça por ser proprietário de um bar em que se consumiam drogas e o menor não estava fichado como fanático. Os irmãos Abdeslam cresceram em Molenbeek e conheciam desde a infância o chefe do comando, Abaaoud, que participou da organização de pelo menos outros quatro atentados e que tinha vínculos com outros terroristas, como Mehdi Nemmouche, um franco-argelino acusado do assassinato de quatro pessoas em 24 de maio de 2014 em frente ao museu judaico de Bruxelas. Ainda faltam muitas peças para completar o quebra-cabeças do terror, mas as que estão sobre a mesa mostram uma rede de contatos e conexões cuja extensão aos poucos vai-se revelando.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Briga pela Cabe-DF esquenta. Chamaram até a PCDF vixi...