sábado, 14 de novembro de 2015

As informações ainda são escassas e desencontradas.

França fecha fronteiras após ataques com dezenas de mortos e reféns
Publicado por: Veja Parana Em: 13 nov 2015 |

22:09

Ban-Ki-moon, secretário-geral da ONU, condenou aquilo que chamou de “desprezíveis ataques terroristas”.
“Ele exige a imediata libertação das várias pessoas mantidas reféns no teatro Bataclan”, declarou seu porta-voz.
“O secretário-geral oferece suas mais profundas condolências às famílias das vítimas e deseja a rápida recuperação dos feridos.”

22:07

A banda de rock americana Eagles of Death Metal tocaria esta noite no Bataclan, onde pelo menos 60 pessoas são mantidas como reféns.
A página oficial da banda no Facebook disse:
“Ainda estamos tentando determinar a segurança e a localização de nossa banda e equipe. Nossos pensamentos estão com todas as pessoas envolvidas nesta situação trágica.”

21:51

Daniela Fernandes*, De Paris para a BBC BrasilDois brasileiros foram feridos nos ataques desta noite, disse a cônsul-geral do Brasil na França, Maria Edileuza Fontenele Reis.
Eles estavam no restaurante Le Petit Cambodge, um dos locais onde ocorreram tiroteios na capital francesa.
Um dos feridos, um arquiteto que está na cidade para eventos profissionais, levou três tiros nas costas, segundo a cônsul-geral, e está sendo operado neste momento. Seu estado é bem grave, afirmou ela.
A outra vítima brasileira, que foi atingida de raspão, seria uma estudante que mora em Paris. De acordo com a cônsul, os dois estariam jantando com um grupo de amigos no local quando houve o ataque.

21:46

O repórter da BBC Hugh Schofield afirma ter ouvido tiros e explosões na casa de shows Bataclan, onde mais de 60 pessoas são mantidas reféns.
A Reuters diz que cinco explosões foram reportadas nos arredores.

21:36

A série de ataques em Paris ocorre no mesmo dia em que os EUA anunciaram que um ataque americano na Síria provavelmente matou o homem conhecido como John Jihadista – um britânico que se uniu ao grupo autodenominado “Estado Islâmico”.
Ainda não há relação confirmada entre os dois acontecimentos.
Nossa reportagem traz um perfil de John Jihadista.
Ataques na França ocorrem após ‘morte’ de John Jihadista

21:35

A agência de notícias Associated Press diz que um policial francês confirmou dois ataques suicidas perto do estádio Stade de France. Até pouco tempo atrás, jogavam no local as seleções de futebol de França e Alemanha.

21:24

O que sabemos dos ataques em Paris
– Segundo a imprensa local, já são 42 mortes; a agência France Presse fala em 39
– Entre 60 e 100 pessoas são mantidas reféns em uma casa de shows
– Tiroteios foram registrados em mais de três locais da cidade
– Explosões ocorreram perto do estádio onde jogavam França e Alemanha
– França fechou suas fronteiras
– Segundo a polícia, os ataques foram coordenados
O que não sabemos
– Quem são os autores dos ataques
– Quantos eles são
– Se há brasileiros entre as vítimas. Segundo o Itamaraty, o consulado em Paris ainda não fez confirmações

21:23

Pelo Twitter, a presidente Dilma Rousseff se pronuncia sobre os ataques na França:

21:19

A pesquisadora brasileira Jordana Cruz, de 36 anos, mora em Paris, a 1 quilômetro de um dos ataques ocorridos em Paris. Ela conversou com à BBC Brasil sobre a situação atual:
“É uma sensação péssima, porque quase todos os locais (vítimas) de ataques são aqui, na minha vizinhança. Eu moro a 1 quilômetro do ponto na rua Charrone, onde foi um dos atentados.
Agora estou no meu apartamento, dá para ouvir sirenes policiais a todo o tempo.
O que me deixa mais transtornada é que passei nesses locais hoje. É muito estranho. Estava na Rue Charrone agora há pouco, por volta das 21h.
Fui ao hospital Saint Louie (ao lado do restaurante cambojano) à tarde, passei ao lado do Stade de France, vi os torcedores e tal.
Também é muito triste ver tudo isso acontecendo no Bataclan, que é uma casa de shows muito simbólica para a cidade, para a cultura independente da cidade.
Conversando com meus amigos agora, percebi que todo mundo está preocupado também com o que vai acontecer depois dos ataques, em como isso vai ser usado politicamente, se vão fechar ainda mais o cerco aos estrangeiros.

21:13

Um jornalista do Liberation afirma ter ouvido de um policial que um integrante do grupo que mantém reféns na casa de shows Bataclan tem explosivos.
Julien Pierce, jornalista da rádio Europe 1, estava dentro do local e descreveu o que viu:
“Vários homens armados entraram no show. Dois ou três deles, sem máscaras, surgiram com o que pareciam ser armas Kalashnikov e atiraram aleatoriamente na multidão.”
“Isso durou entre 10 e 15 minutos. Eles tiveram tempo o bastante para recarregar as armas pelo menos três vezes. Eles eram muito jovens.”

21:10

O serviço diplomático brasileiro apura relatos de que dois brasileiros estariam entre os feridos nos ataques em Paris. Por enquanto ainda não há uma confirmação oficial por parte do Itamaraty.

21:00

“Este não é somente um ataque a Paris. É um ataque a toda a humanidade”, disse o presidente americano Barack Obama em pronunciamento.
“Estamos preparados. A França é nosso aliado mais antigo e estamos juntos. A França tem sido um parceiro extraordinário no contraterrorismo. Nossa intenção é estar lá para os franceses da mesma forma.”

20:58

O presidente da França, François Hollande, discursa ao vivo. Ele disse que está em curso“um ataque terrorista sem precedentes” em Paris. E declarou estado de emergênciaem todo o território francês. As fronteiras francesas serão fechadas.

20:52

Jornal francês La Liberatión cita chefe de polícia afirmando que já são pelo menos 42 mortos.

20:45

Pessoas que moram perto dos locais onde ocorreram disparos estão oferecendo abrigo a quem está nos arredores por meio da hashtag #PorteOuverte (portas abertas) nas redes sociais.
Veja, no mapa abaixo, alguns dos pontos da capital francesa em que foram registrados ataques.

20:45

O editor do programa Newsnight, da BBC, tuíta que nenhum grupo assumiu a autoria dos incidentes em Paris nesta noite, mas que “apoiadores do (grupo autodenominado) ‘Estado Islâmico’ estão comemorando o ataque nas mídias sociais com a hashtag ‘Paris in Flames’ (Paris em chamas)”.

20:35

A editora de Europa da BBC, Katya Adler (@BBCkatyaadler), relata que torcedores no Stade de France estão cientes dos ataques ocorrendo pela cidade. Alguns deixaram o estádio; outros permanecem lá dentro, com medo de sair.
A foto acima mostra a polícia controlando a multidão na saída da arena, onde França e Alemanha disputavam uma partida.

20:34

TV francesa afirma que há cerca de 100 reféns na tradicional casa de shows Bataclan, na região central de Paris. Outras fontes falam em 60 pessoas.
Segundo a BFMTV, disparos começaram a ocorrer no local uma hora após o início de um show da banda californiana Eagles of Death Metal.

20:24

O primeiro-ministro britânico David Cameron tuitou a respeito da situação em Paris:
Estou chocado pelos eventos dessa noite em Paris. Nossos pensamentos e orações estão com os franceses. Faremos o que pudermos para ajudar.”

20:20

Dois policiais afirmaram à agência de notícias AP que ao menos 26 pessoas foram mortas nos ataques.
Segundo um deles, ao menos 11 dessas vítimas foram mortas no restaurante cambojano e cerca de 15 na casa de shows Bataclan, onde ainda há reféns.

20:11

A TV France 24 entrevistou uma testemunha dos disparos no restaurante, Anne-Sophie.
“Todo mundo estava do lado de fora, no terraço do restaurante, quando de repente vimos homens mascaradas atirando em todas as direções. Pareceu ter durado muito tempo.”
Ela disse que havia “uma quantidade enorme de feridos”.

20:05

Um jornalista da BBC no restaurante Le Petit Cambodge diz que consegue ver 10 pessoas na rua, que estariam mortas ou seriamente feridas.
A polícia está no local.

20:05

Rede de TV France 24 afirma que há pelo menos 60 reféns na casa de shows Bataclan, de acordo com informações da polícia.

20:04

Segundo o jornal francês Liberatiónum ataque está em curso perto de um centro de artes em Bataclan. Há relatos de reféns.
O presidente francês, François Hollande, estava assistindo à partida entre França e Alemanha no momento das explosões ocorridas nas proximidades do estádio. Ele teria sido retirado às pressasdo local.

19:59

Segundo os relatos, homens armados abriram fogo em diversos estabelecimentos na capital francesa, deixando ao menos 18 mortos e vários feridos.
As informações ainda são escassas e desencontradas.
Pelo que se sabe até o momento, em um dos ataques, um homem usou uma arma automática para abrir fogo em um restaurante cambojano no 11º distrito, na região central da capital francesa.

Edição do dia 14/11/2015 14/11/2015 20h39 - Atualizado em 14/11/2015 21h02 Explosão perto do Stade de France iniciou série de ataques em Paris Ação coordenada dos terroristas em Paris começou por volta das 21h20. Mapa mostra localidades dos atos terroristas.


No mapa de Paris, o Jornal Nacional mostra os pontos que foram manchados de sangue na noite de sexta-feira (13), por ataques terroristas.
A ação coordenada dos terroristas começou por volta das 21h20 de lá, 18h20, no Brasil, com uma explosão perto do Stade de France.
Eram também 21h25, quando ocorreu a segunda explosão nos arredores do Stade de France.
Às 21h32, um homem com uma metralhadora entrou atirando numa pizzaria. Às 21h36, dois homens abriram fogo num bar em uma área boêmia de Paris.
Às 21h43, um homem-bomba detonou explosivos num restaurante. Só ele morreu.
Às 21h49, quatro terroristas invadiram a casa de show Bataclan, que estava lotada. Foi o local com o maior número de vítimas.
Às 21h56, terceira explosão perto do Stade de France. A polícia francesa disse que os três ataques na área foram de homens-bomba.
O Stade de France estava lotado. A última vez que França e Alemanha se enfrentaram nesse no estádio tinha sido em fevereiro de 2013. Na sexta-feira (13), entre os torcedores, estava o presidente francês François Hollande.
A partida começou às 21h horário de Paris – 18h, horário de Brasília. E transcorria normalmente. Mas aos 16 minutos e 24 segundos do primeiro tempo da partida, uma forte explosão do lado de fora é ouvida. Quem estava no estádio não percebeu que se tratava de uma bomba. A maioria achou que era um rojão.
Três minutos depois, a segunda explosão. Essa parecia mais forte. O lateral francês, estranhou. O jogo seguiu normalmente. As imagens da transmissão não mostram, mas as equipes de segurança retiraram às pressas o presidente francês do estádio.
Também não apareceu até agora registro do som da terceira explosão. Do lado de fora, um homem que estava perto do local de uma das explosões gravou o desespero com um telefone celular.
Outro homem também estava perto do lugar de uma das bombas. Ele ficou ferido. E disse que só não ficou mais machucado porque o celular o protegeu.
Quando a partida terminou - com o placar de 2 a 0 pra França -  o locutor do estádio avisou o público dos atentados e alertou que parte das saídas estavam interditadas.
Grande parte dos espectadores do jogo da França contra a Alemanha quando acabou o jogo foram para o gramado, com medo de sair, porque tinha só uma saída permitida. Quem tentou sair pelos outros lugares do estádio acabou não podendo sair. Houve um momento de pânico. Os policiais mandaram voltar correndo para dentro do estádio e claro o lugar mais amplo pras pessoas ficarem e entenderem o que estava acontecendo e buscarem mais informações pra irem pra casa.
O brasileiro Givaldo dos Santos, a mulher dele e a filha tentaram sair, mas foram obrigados pela polícia a voltar. E 23h35 foi o horário então que os policiais e a segurança conseguiram retirar quase todo mundo do gramado. As pessoas saíram por um só lado do estádio. Todos os outros lados estavam com a saída fechadas, e a segurança não deixava as pessoas passarem.
Aos poucos, o público ainda sem ter a total dimensão dos ataques foi deixando o estádio. No caminho pra casa, na estação do metrô, torcedores cantaram a Marselhesa - o hino nacional da França.

Dá para evitar os ataques terroristas?

Cartaz pedindo orações por Paris solta tinta sob a chuva durante vigília à luz de velas em solidariedade ao povo francês organizada em Sydney, na Austrália











A sucessão de ataques que matou pelo menos 128 pessoas em Paris na noite de ontem foi, no conjunto, o maior atentado terrorista na história da França. Também foi o maior na Europa desde as explosões que mataram 191 pessoas na estação de trem madrilenha de Atocha, em 11 de março de 2004. Depois dos ataques ao jornal satírico Charlie Hébdo e ao supermercado judaico Hipercacher em janeiro, é a segunda vez que o terror islâmico atinge a capital francesa neste ano.

Um comunicado atribuído ao Estado Islâmico (EI) reivindica a autoria dos ataques e afirma ter “tomado como alvo a capital das abominações e da perversão, aquela que carrega o estandarte da cruz na Europa, Paris”. “A França e aqueles que seguem sua via devem saber que continuam os principais alvos do Estado Islâmico e continuarão a sentir o odor da morte por ter assumido a liderança da cruzada (…). Este ataque é apenas o início da tempestade e um alerta para aqueles que quiserem meditar e extrair lições”, diz o texto. Teria sido possível evitar os atentados de ontem? Será possível evitar os próximos?

O horror vivido ontem por quem estava em Paris tornou real o pior cenário previsto na cartilha de todos os especialistas em terrorismo: uma série de ataques coordenados, sem alvo estabelecido, de modo a desorientar as forças da ordem. Nesse ponto, o EI tem adotado uma estratégia distinta da rede Al Qaeda, sua principal rival no universo jihadista, com que está rompido pelo menos desde o início de 2014.

Um atentado a um supermercado judaico e a um jornal que publica caricaturas do profeta Maomé é, para a liderança atual da Al Qaeda, moralmente justificável, por ter alvos considerados como “inimigos do Islã”. Mas atingir pessoas ao acaso em bares, restaurantes, espetáculos ou jogos de futebol deixou de ser – embora tivesse sido no passado, como nos atentados do 11 de Setembro. O EI tem uma visão mais extremista. Já espalhou pela internet vídeos pornográficos, em que carros passando por estradas iraquianas são metralhados ao léu, sob a justificativa de transportar infiéis. Para o EI, o fundamental é matar – não importa quem. Isso torna mais difícil a proteção dos alvos e amplia ainda mais a paranoia.

Os analistas costumam dividir as estratégias terroristas em dois tipos: o ataque ao “inimigo próximo” (governos de países árabes como Síria, Egito ou Arábia Saudita, vistos como infiéis pelos jihadistas) e o combate ao “inimigo distante” (países ocidentais como França, Estados Unidos, Espanha ou Inglaterra). Mesmo antes de Bin Laden morrer, a Al Qaeda mudara sua estratégia para dar prioridade ao “inimigo próximo”. O EI decidiu manter duas frentes. Uma para ampliar seus territórios no Oriente Médio, outra para aterrorizar o Ocidente. Essa divergência foi o principal fator que levou à ruptura entre Ayman Al Zawahiri, o sucessor de Bin Laden, e o líder do EI, Abu Bakr Al Baghdadi. No mundo jihadista, onde a propaganda fascina e atrai novos recrutas, a Al Qaeda entrou em declínio, e o EI não para de crescer.

As autoridades francesas mantinham em sua lista de suspeitos de envolvimento com o extremismo jihadista algo como 5000 nomes. Manter uma vigilância sobre todos eles é algo dificílimo. O marroquino que tentou atacar o trem que ia de Amsterdã a Paris em agosto passado e foi dominado por passageiros era um nome conhecido da polícia. Um dos oito terroristas apontados como responsáveis pelos ataques de ontem era um francês de 30 anos, outro nome conhecido. Em nenhum dos dois casos, as autoridades conseguiram prever os atentados e agir antecipadamente.

O envolvimento de cidadãos dos países-alvo é outro fator que dificulta a prevenção. A revista britânica The Economist estima em até 500 o número de jihadistas que voltaram de seus períodos de treinamento em campos mantidos pelo Estado Islâmico na Síria ou no Iraque para países ocidentais, como França, Alemanha ou Inglaterra – com a missão secreta de desencadear atentados terroristas. A capacidade do EI de atrair a juventude muçulmana dos países europeus não encontra paralelo na história recente.

Uma estimativa feita em dezembro de 2013 pelo Centro Internacional para o Estudo da Radicalização e Violência Política (ICSR), de Londres, avaliou em 11 mil os jihadistas estrangeiros que estavam no território controlado pelo EI, cerca de 2800 deles oriundos da Europa. De lá para cá, esse número só fez crescer. O país que mais os exporta para lá é a França, seguido de perto pela Inglaterra.

Para atrair novos recrutas, o EI faz um uso extremamente profissional das redes sociais. Se a Al Qaeda soube se aproveitar da descentralização propiciada pela internet, ninguém tem usado Twitter, Facebook ou Youtube com tante eficiência quanto o EI. Em estudo divulgado em abril de 2014, o ICSR fez uma análise de 190 contas de propaganda jihadista no Twitter e no Facebook. “O conflito na Síria de ser o primeiro em que combatentes ocidentais documentam sua experiência em tempo real”, diz o estudo. A atividade das autoridades religiosas identificadas pelos pesquisadores “oferece apoio, encorajamento, justificativa e legitimidade para a decisão de reunir-se ao conflito sírio como combatente”.

A sofisticação digital do EI se estende para outra área que dificulta o trabalho das autoridades ocidentais: a capacidade de comunicar-se de maneira secreta, por meio das mais moderna tecnologia digital. Em seu livro “The digital califate”, o ativista palestino Abdel Bari Atwan relata como os recrutadores do EI usam serviços anônimos para troca de mensagens, como o Kik, tentam se esconder da vigilância atrás de clones do Skype ou do Tor, o navegador anônimo que dá acesso a sites secretos conhecidos em conjunto como “internet profunda” – a província digital também de pedófilos, traficantes e contrabandistas. “Discussões secretas, via mensagens ou aplicativos de telefone, conduzidas em um laptop ou smartphone no quarto de um adolescente, são extremamente difíceis de policiar, para autoridades e pais”, escreve Atwan.

É para combater esse tipo de comunicação que, a cada novo atentado terrorista, cresce a pressão para ampliar o direito de escuta e monitoramento das comunicações. Nos Estados Unidos, os atentados de 11 de Setembro serviram de pretexto para a montagem de uma gigantesca estrutura de vigilância, comandada pela Agência Nacional de Segurança (NSA). Documentos vazados pelo ex-prestador de serviço da NSA Edward Snowden, hoje exilado na Rússia, comprovaram o abuso dessa estrutura, usada para espionar cidadãos americanos, presidentes de países como Alemanha ou Brasil e para obtenção de informações comerciais valiosas diplomaticamente, que nada tinham a ver com o combate ao terror.

Um relatório encomendado pelo governo americano para avaliar a eficácia dos programas de vigilância da NSA concluiu que eles “não tiveram impacto identificável na prevenção de atos de terrorismo”, segundo oWashington Post. Defensores desses programas costumam dizer que eles foram responsáveis por evitar 54 atos terroristas, mas investigações independetntes mostraram que, na maior parte dos casos, o crucial foram as técnicas policiais tradicionais, como a infiltração de grupos suspeitos e o uso de informantes. Um único caso cuja descoberta é atribuída à NSA foi divulgado integralmente – o envio de US$ 8.500 de um preso de San Diego para terroristas somalis, diz uma reportagem do site ProPublica.

À medida que o choque incial com os atentados arrefece, a vida em Paris tenderá a voltar ao normal. Mas será um normal diferente do anterior. Medidas de vigilância adotadas depois dos ataques de janeiro deverão ser reforçadas, como o plano conhecido como Vigipirate. O discurso que defende maior restrição às liberdades individuais em nome da segurança deverá ganhar mais adeptos. É provável que, em termos de controle de objetos e documentos, a França fique mais parecida com aquilo em que se transformaram os Estados Unidos depois do 11 de Setembro – ou com um país como Israel, onde a paranoia antiterrorista é incutida na população desde a tenra infância.

Também é inevitável que ganhe adeptos o discurso nacionalista e racista, que atribui ao Islã como um todo a responsabilidade pelo terrorismo e quer impôr barreiras intransponíveis ao influxo de refugiados sírios – aqueles mesmos que, paradoxalmente, acorrem à Europa fugindo do EI. É um discurso que encontra eco em vários partidos franceses, sobretudo na direitista Frente Nacional (FN), e em governos da Europa Oriental, como Hungria e Polônia.

“A França deve enfim determinar quem são seus aliados e quem são seus inimigos”, afirmou depois dos atentados Marine Le Pen, líder da FN e provável candidata à presidência em 2017. “Inimigos são aqueles que mantêm boas relações com o islamismo radical, aqueles que têm uma atitude ambígua com as iniciativas terroristas.” Marine também disse querer que a França se rearme e restabeleça “seus meios militares, de polícia, guardas e alfândega”.

O temor de que a civilização europeia seja corrompida pela cultura islâmica é corrente no continente. O escritor Michel Houellebecq chegou a imaginar, em seu último romance, "Submissão", uma distopia em que a França elege um presidente muçulmano – e os franceses são obrigados a adotar a sharia como lei. Mas a verdade é que a vasta maioria dos quase 6 milhões de muçulmanos que já vivem hoje na França nada têm de radical. São tão vítimas do terror quanto qualquer outro cidadão. Assim como os refugiados sírios que fogem do islamofascismo que o EI implantou nos territórios sob seu controle.

Combater o terror não significa combater o Islã, religião de mais de 1,2 bilhão de pessoas, gente de todo o tipo. Combatê-lo significa tentar usar melhores técnicas de inteligência, mesmo sabendo que nem sempre elas funcionarão. Significa, na hora em que a inteligência falhar e os atentados acontecerem, não cair no desespero, nem na tentação autoritária, militarista e proto-fascista de abandonar os valores liberais da civilização ocidental. E significa hoje, acima de tudo, enviar tropas para a Síria, destruir o califado de Al-Baghdadi e derrotar o Estado Islâmico.

O que justifica trair sua pátria?

A pátria quem é? O que é? O que leva a esquecê-la ou renega-la? São todos; e cada qual tem no seio dela o mesmo direito à ideia, à palavra, à associação.
A pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo; é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade.
Um dos terroristas que provocou ontem à noite um massacre na sala de espetáculos parisiense Bataclan é francês e foi identificado por suas impressões digitais, já que estava fichado pela polícia por seus vínculos jihadistas, informou neste sábado (14) o jornal francês "Libération". O que justifica trair sua pátria?

14/11/2015 09h25 - Atualizado em 14/11/2015 12h37 Atentados em Paris: perguntas e respostas sobre os ataques Pior ataque da história da França deixou 128 mortos na noite de sexta. Estado Islâmico reivindica responsabilidade: 'Cuidadosamente estudados'.


Do G1, em São Paulo
Quantas são as vítimas dos ataques? Ao menos 128 pessoas foram mortas na série de ataques em Parisna noite desta sexta-feira (13), sendo 70 apenas na casa de shows Bataclan. É o pior ataque à França na história recente.
Quantos ataques aconteceram? Onde foram? Ao menos cinco locais foram alvo deataques simultâneos em uma região boêmia de Paris, onde as pessoas costumam sair para se divertir em uma sexta-feira à noite:
Na casa de shows Bataclan, na boulevard Voltaire, no 11º distrito, atiradores fizeram reféns e abriram fogo contra o público que assistia ao show da banda Eagles of Death Metal. Mais de 70 reféns foram mortos.
- No bar Le Carillon e no restaurante Le Petit Cambodge, na rua Alibert, no 10º distrito, frequentadores foram mortos por disparos. Segundo agências internacionais, foram 14 mortos.
- No bar La Belle Equipe, na rua Charonne, também no 11º distrito, atiradores abriram fogo contra os clientes. Ao menos dezenove pessoas foram mortas e há outras 13 feridas.
- Nas proximidades do Stade de France, bairro de Saint Dennis, no norte de Paris, um ataque supostamente lançado por um suicida ocorreu próximo ao estádio, onde França e Alemanha disputavam uma partida de futebol. Autoridades confirmaram quatro mortos e mais de 50 feridos.
- Na localidade na rua Beaumarchais foram 7 feridos, sendo 3 em estado grave.
De quem é a autoria dos ataques? O grupo radical Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade neste sábado (14) por ataques que mataram mais de 120 pessoas em Paris, segundo agências internacionais. Em uma declaração oficial, o grupo disse que seus combatentes presos a cintos com explosivos e carregando metralhadoras realizaram os ataques em vários locais no centro da capital francesa que foram cuidadosamente estudados. Antes, Hollande já havia anunciado que o grupo era o autor da ação terrorista.
Os terroristas foram mortos? O chefe de polícia de Paris, Michel Cadot, afirmou que, quando a polícia invadiu o local, quatro terroristas se suicidaram, detonando explosivos que três deles tinham em seus cintos. Ele afirmou ainda, segundo o jornal britânico "The Guardian", que antes de entrar no local os homens dispararam tiros de metralhadoras em cafés que ficam do lado de fora do Bataclan. A emissora de TV BFM e o jornal "Liberation", que cita o procurador de Paris, François Molins, dizem que cinco terroristas foram "neutralizados" no total. Agências internacionais de notícias, no entanto, informam que 8 terroristas morreram, dos quais 7 se suicidaram.
4 VALE ESTE - Ataques terroristas em Paris deixam mortos; houve explosões e há reféns (Foto: Arte/G1)
Há brasileiros entre os feridos? Os dois brasileiros - um homem e uma mulher - feridos nos ataques de Paris na noite desta sexta estão fora de risco, segundo informou a cônsul-geral do Brasil na França, Maria Edileuza Fontenele Reis, em entrevista ao "Hora 1". Eles estavam no restaurante Le Petit Cambodge, nas proximidades do Canal Saint-Martin, no 10° distrito da capital, um dos locais onde ocorreram tiroteios que deixaram dezenas de mortos e feridos em estado grave. Um dos brasileiros feridos tomou três tiros nas costas e foi operado. Ele é um arquiteto que está de passagem por Paris para eventos profissionais, segundo informormou a cônsul à BBC.
Qual é o telefone de informações para brasileiros na França? O Consulado-Geral do Brasil em Paris, na França, divulgou um número de emergência para brasileiros que precisem de apoio ou de informações no país. O telefone é +33 6 80 12 32 34.
Os integrantes da banda Eagles of Death Metal estão bem? Sim, a banda está a salvo. No início do ataque à casa de shows Bataclan, o grupo escapou do palco pelos bastidores, segundo afirmou o irmão de um dos membros, Michael Dorio. O irmão dele, Julian Dorio, é o baterista do grupo. Em entrevista à CNN, Michael disse que os músicos chegaram a ver os atiradores, mas encerraram o show quando notaram o ataque e fugiram. "Quando eles ouviram os tiros, eles apenas correram para o backstage. Ele me disse que viu os atiradores, mas não ficou por ali", explicou Dorio. O Eagles of Death Metal é atração do festival Lollapalooza São Paulo, em 2016.
Qual a relação do homem preso na Alemanha com os atentados? A ligação entre um homem detido na Alemanha na semana passada na posse de armas automáticas e explosivos e os ataques em Paris tem "fundamento", declarou neste sábado o ministro-presidente da Baviera, Horst Seehofer. Contudo, o porta-voz da polícia se recusou a confirmar à AFP uma conexão com os ataques em Paris, dizendo que não poderia dizer "o que ele pretendia fazer com suas armas".
Como está a França agora? Em estado de emergência. O exército francês patrulhará as ruas de Paris nos próximos dias para evitar novos atentados, anunciou François Hollande. "As forças de segurança e o exército, a quem agradeço sua atuação ontem, estão mobilizadas ao maior nível de suas possibilidades", disse Hollande. Seis mil agentes vistoriam fronteiras e aeroportos. A polícia emitiu um alerta, pedindo que os parisienses não deixem suas casas, "a não ser em caso de absoluta necessidade". Lugares públicos devem reforçar a segurança nas entradas e acolher aqueles que estiverem em necessidade. A polícia também ordenou que se interrompam as manifestações e eventos em áreas externas. Em Paris, os hospitais entraram em "Plano Branco", um estado de emergência e crise, segundo o "Le Monde". Cinco linhas de metrô tiveram seus serviços interrompidos.
O que o presidente da França declarou? François Hollande disse neste sábado, em uma declaração à nação, que os atentados da noite de sexta em Paris "são um ato de guerra do Estado Islâmico contra a França". Além disso, Hollande afirmou que os ataques foram organizados "no exterior da França" e que contaram com "cúmplices no interior" do país.
O que líderes mundiais falaram? Barack Obama, presidente dos EUA, disse em entrevista na Casa Branca: "Esse é uma ataque não apenas contra Paris e o povo da França. É um ataque contra a humanidade e os valores que compartilhamos (...) Aqueles que acham que podem aterrorizar o povo da França e os valores que eles representam estão errados". No Twitter, a presidente Dilma Rousseff que está "consternada pela barbárie terrorista". "Expresso meu repúdio à violência e manifesto minha solidariedade ao povo e ao governo francês". Leia mais declarações aqui.
O que os brasileiros que estavam em Paris disseram? "Vi as pessoas correndo, caindo por cima das outras, após sair do estádio", relatou o pernambucano Thiago Luna, de 19 anos, que mora em Paris há 8 meses e assistia ao jogo entre França e Alemanha, no Stade de France. Welliton Caixeta Maciel contou que está em Paris para fazer sua pesquisa de doutorado. Ele estava se dirigindo a um local próximo a onde houve um dos ataques para encontrar alguns amigos, mas foi alertado para voltar para casa. "Um dos meus amigos me escreveu mandando mensagem dizendo para não sair porque tinha acontecido tiroteios. Até então eles não sabiam o que era aquilo. Voltei pra casa e fui ler o que estava havendo. Em menos de duas horas isso foi tomando uma proporção terrível". Leia mais depoimentos.
Ferido é retirado de maca da casa de shows Bataclan, local que sofreu ataque terrorista em Paris (Foto: Thibault Camus/AP)Ferido é retirado de maca da casa de shows Bataclan, local que sofreu ataque terrorista em Paris (Foto: Thibault Camus/AP)
Trio se abraça perto da casa de shows Bataclan após ataque terrorista em Paris (Foto: Christian Hartmann/Reuters)Trio se abraça perto da casa de shows Bataclan após ataque terrorista em Paris (Foto: Christian Hartmann/Reuters)

14/11/2015 12h00 - Atualizado em 14/11/2015 12h33 Arquiteto é um dos brasileiros feridos em atentados terroristas na França Gabriel Sepe, de 29 anos, estava no restaurante Le Petit Camboge. Ele levou 3 tiros nas costas e estado de saúde é estável, diz família.

Arquiteto Gabriel Sepe foi baleado com três tiros nas costas (Foto: Reprodução/ Facebook)

O arquiteto de Rio Claro (SP) Gabriel Sepe foi baleado com três tiros nas costas (Foto: Reprodução/ Facebook)
O arquiteto de Rio Claro (SP) Gabriel Sepe, de 29 anos, foi um dos dois brasileiros baleados  durante os atentados terroristas na noite desta sexta-feira (14), no restaurante Le Petit Camboge, nas proximidades do canal Saint-Martin, em Paris, na França. Ele levou três tiros nas costas e o estado de saúde é estável, segundo a família.
A cônsul-geral do Brasil na França, Maria Edileuza Fontenele Reis, informou que ele e uma mulher, que também foi atingida, estãofora de risco. "A gente acredita, tem muita fé que ele vai passar por isso, que ele vai voltar para cá", afirmou a tia do rapaz, Liege Sepe, à EPTV, afiliada da TV Globo. O pior ataque da história francesa deixou 128 mortos e 250 feridos.
Gabriel nasceu em Rio Claro e se mudou para São Paulo ainda criança. A família da mãe dele vive em São Carlos. Ele embarcou no domingo (8) e foi neste dia que a família fez o último contato pela internet. O arquiteto faria a apresentação de um trabalho e ficaria na capital francesa até o fim do mês.
Ele teve uma hemorragia intensa e precisou fazer uma transfusão de sangue. Agora ele está em observação"
Liege Sepe, tia do arquiteto
Segundo a tia, que vive em São Carlos, ele jantava com amigos quando terroristas invadiram o restaurante. Uma estudante brasileira, amiga dele, também ficou ferida. A identidade dela não foi divulgada.
"Ele foi apresentar um trabalho e ele estava em uma confraternização, comemoração no restaurante, e entraram atirando aleatoriamente, acertaram três tiros nas costas dele”, contou Liege. A família ficou sabendo da notícia durante a noite. "Foi por volta das 21h, a minha cunhada ligou dizendo que ele tinha sido baleado e que ele estava indo para o hospital".
Ainda segundo a tia, ele foi levado para o hospital e passou por uma cirurgia. "Ele teve uma hemorragia intensa e precisou fazer uma transfusão de sangue. Agora ele está em observação. A última notícia que eu tive agora de manhã é de que ele está estável. A gente acredita, tem muita fé que ele vai passar por isso que ele vai voltar para cá. Temos que rezar muito, pedir muito para ele se recuperar e vir embora o quanto antes para cá", afirmou a tia.
De acordo com a tia, a família viaja ainda neste sábado (14) para a França. "Os pais conseguiram uma passagem para Paris, às 18h, e espero que eles consigam ir, que não cancelem o voo e que eles consigam chegar lá para ver o filho", destacou.
Ela não se conforma com a violência dos atentados. "A cada dia está ficando pior e não vão chegar a nada, isso só vai piorar. Onde que eles vão chegar com tudo isso com esse ódio que eles tem, onde eles vão chegar? Eu não sei, não vão chegar a lugar nenhum. Infelizmente esse ódio só aumenta e só aumenta", lamentou a tia.
Atentados
O grupo radical Estado Islâmico reivindicou nesta sábado (14) a responsabilidade por ataques que mataram mais de 120 pessoas em Paris. É o pior ataque à França na história recente.
Explosões perto do Stade de France na noite desta sexta, durante um jogo entre as seleções da França e Alemanha, e três tiroteios espalhados pela capital francesa deixaram ao menos 120 mortos e dezenas de feridos, segundo a polícia parisience.
O Itamaraty divulgou nota na qual informa que o governo brasileiro manifesta "sua profunda consternação pela série de bárbaros atentados" ocorridos na noite desta sexta.
"Ao mesmo tempo em que transmite suas condolências aos familiares das vítimas e empenha sua plena solidariedade ao povo francês e ao Governo da França, o Brasil condena os ataques nos mais fortes termos e reitera seu firme repúdio a qualquer forma de terrorismo, qualquer que seja sua motivação", diz o texto da nota.
Policiais e bombeiros trabalham ao lado de corpos de vítimas de tiroteio que foram cobertos na calçada em frente a um restaurante de Paris, na França (Foto: Philippe Wojazer/Reuters)Policiais e bombeiros trabalham ao lado de corpos de vítimas de tiroteio que foram cobertos na calçada em frente a um restaurante de Paris, na França (Foto: Philippe Wojazer/Reuters)

14/11/2015 10h41 - Atualizado em 14/11/2015 12h58 Monumentos são iluminados com cores da bandeira francesa Pior ataque da história da França deixou 128 mortos e 250 feridos. Dois brasileiros foram feridos nos atentados em Paris.

A bandeira francesa no telhado da Opera House de Sydney, na Austrália (Foto: AP Photo/Rick Rycroft)
sydney opera house (Foto: AP Photo/Rick Rycroft)

Monumentos de vários países do mundo foram iluminados com as cores da bandeira francesa, após os atentados terroristas que ocorreram em Paris, na sexta-feira (13). A ação é um ato de solidariedade às vítimas.
No Brasil, o estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, foi iluminado com as cores da bandeira francesa. O Cristo-Redentor não teve iluminação na madrugada deste sábado (14), porém deve também fazer a homenagem no domingo (15).
Ao menos 128 pessoas foram mortas na série de ataques em Paris, sendo 70 na casa de shows Bataclan. É o pior ataque à França na história recente.
O grupo radical Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade neste sábado por ataques que mataram mais de 120 pessoas em Paris, segundo agências internacionais. Em uma declaração oficial, o grupo disse que seus combatentes presos a cintos com explosivos e carregando metralhadoras realizaram os ataques em vários locais no centro da capital francesa que foram cuidadosamente estudados. Antes, Hollande já havia anunciado que o grupo era o autor da ação terrorista.
O presidente da França, François Hollande, afirmou que está declarado estado de emergência em toda a França e que os controles nas fronteiras seriam reforçados. O exército francês patrulhará as ruas de Paris nos próximos dias para evitar novos atentados. O complexo de parques temáticos Eurodisney, a Torre Eiffel e o Museu do Louvre anunciaram que manterão suas portas fechadas neste sábado por causa da série de atentados.
 Em solidariedade às vítimas dos ataques terroristas, o estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, foi iluminado com as cores da bandeira francesa. (Foto: Divulgação)Em solidariedade às vítimas dos ataques terroristas, o estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, foi iluminado com as cores da bandeira francesa. (Foto: Divulgação)
Ángel de la Independencia, na Cidade do México, traz as cores da bandeira francesa.  (Foto: REUTERS/Tomas Bravo)Ángel de la Independencia, na Cidade do México, traz as cores da bandeira francesa. (Foto: REUTERS/Tomas Bravo)
Prédio do Senado, na Cidade do México, exibe as cores azul, branca e vermelha em honra às vítimas do atentado (Foto: REUTERS/Tomas Bravo)Prédio do Senado, na Cidade do México, exibe as cores azul, branca e vermelha em honra às vítimas do atentado (Foto: REUTERS/Tomas Bravo)
 Edifício Taipei 101, cartão-postal de Taiwan, é iluminado com as cores da bandeira francesa. (Foto: REUTERS/Pichi Chuang)Edifício Taipei 101, cartão-postal de Taiwan, é iluminado com as cores da bandeira francesa. (Foto: REUTERS/Pichi Chuang)
 One World Trade Center, em Nova York, faz homenagem Às vítimas dos atentados em Paris (Foto: REUTERS/Carlo Allegri)One World Trade Center, em Nova York, faz homenagem Às vítimas dos atentados em Paris (Foto: REUTERS/Carlo Allegri)
San Francisco City Hall, na Califórnia, exibe as cores azul, branco e vermelho (Foto: REUTERS/Stephen Lam)San Francisco City Hall, na Califórnia, exibe as cores azul, branco e vermelho (Foto: REUTERS/Stephen Lam)
A Sky Tower em Auckland, na Nova Zelândia, em homenagem às vítimas dos atentados. (Foto: REUTERS/Rafael Ben-Ari)A Sky Tower em Auckland, na Nova Zelândia, em homenagem às vítimas dos atentados. (Foto: REUTERS/Rafael Ben-Ari)
A Calgary Tower, em Calgary, no Canadá, traz as cores da bandeira francesa. (Foto: Larry MacDougal/The Canadian Press via AP)A Calgary Tower, em Calgary, no Canadá, traz as cores da bandeira francesa. (Foto: Larry MacDougal/The Canadian Press via AP)