quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Yamaha quer fazer carro com emoção de moto Montadora exibe esportivo no Salão de Tóquio, que segue até domingo (8). E recusa rotulo de marca só de moto: 'somos uma empresa de mobilidade'.

 Yamaha é marca de... Aficionados por veículos responderão "motos". Mas a resposta poderia ser ainda "motor de barco", "quadriciclo", "carrinho de golfe", até "teclado" e "saxofone". A empresa japonesa se desdobra em diversas áreas e, no Salão de Tóquio, quer mostrar mais uma faceta: a de fabricante de carros.
Um lustroso superesportivo é a maior atração no estande da marca no evento que termina neste domingo (8). Há quem diga que o Sports Ride Concept está lá apenas para chamar a atenção. Mas a montadora diz que pretende entrar nessa briga e tem como meta o ano de 2020.
Yamaha Sports Ride Concept (Foto: YOSHIKAZU TSUNO/AFP)Yamaha Sports Ride Concept (Foto: YOSHIKAZU TSUNO/AFP)
Yamaha Sports Ride Concept (Foto: Divulgação)Yamaha Sports Ride Concept (Foto: Divulgação)
Na verdade, este objetivo corresponde à data que a montadora colocou para começar a fabricar um compacto urbano chamado Motiv, também apresentado em Tóquio, em 2013.
O compacto e o esportivo são frutos de chassis criados por Gordon Murray, que desenhou para a McLaren na Fórmula 1.
Exibida ao lado do carro, a estrutura do esportivo, de fibra de carbono, é chamada de novo iStream e "estabelece novos padrões de leveza, rigidez e segurança para chassis", disse o designer ao site "Autocar".
Assim, o carro pesa apenas 750 kg, de acordo com a Yamaha. Com espaço para dois ocupantes, tem 3,90 m de comprimento, 1,72 m de largura e 1,17 m de altura.
Masato Suzuki, gerente de desenvolvimento de veículos-conceito, disse ao G1 que, com essa estrutura e a do Motiv, a Yamaha poderá produzir diversos tipos de carros, não necessariamente um superesportivo cupê, mas minivans e SUVs, que estão em alta no mercado mundial, além de compactos.
Chassi de fibra de carbono do Yamaha Sports Ride (Foto: Divulgação)Chassi de fibra de carbono do Yamaha Sports Ride (Foto: Divulgação)
O desafio de fabricar
Segundo Murray, esse chassi também é mais barato e rápido de ser produzido. E seria lucrativo mesmo em volumes de produção considerados não tão altos, como 1.000 a 350.000 carros/ano. Além dele, Murray e sua parceira, a empresa japonesa Toray, continuam trabalhando em outros tipos de estrutura, como a de fibra de vidro, do iStream original, que é a do compacto Motiv.
Suzuki afirma que ainda há muito a ser definido para que a Yamaha entre no ramo dos carros: será necessária criar uma estrutura complexa para a fabricação em diversos estágios. "Temos a tecnologia para criar a estrutura, mas não temos, por exemplo, a estamparia", explica.
Yamaha Sports Ride Concept (Foto: Divulgação)Yamaha Sports Ride Concept (Foto: Divulgação)
Ainda assim, a Yamaha se recusa a ser chamada de marca "de moto". "Nós somos uma empresa de mobilidade", corrige Kenji Otsuki, gerente de comunicação global.
O namoro da Yamaha com o mundo dos carros não é novo. Além da longa história na Fórmula 1, a empresa produziu o Toyota 2000GT e forneceu motores para modelos como o Ford Taurus SHO e o Volvo XC90. O sonho de colocar um carro com sua marca nas suas chegou a sobreviver com o OX99-11, projeto dos anos 90 engavetado em meio à crise econômica no Japão.
 
'Cockpit' de moto
No entanto, ao ser questionado sobre como a Yamaha pretende atrair clientes em um segmento tão competitivo quanto o de carros, Otsuki afirmou que a montadora pretende levar para os veículos de quatro rodas a emoção da moto.
Tanto que o interior do esportivo desenhado por Dezi Nagaya, ex-Toyota, tem o banco do motorista dividido por uma estrutura que lembra um tanque e permite que ele "monte" no assento (assista no vídeo acima).
O painel de instrumentos imita o de moto e é "coberto" por uma bolha. O escapamento alto também lembra esses veículos. Não foram divulgadas informações sobre o motor do superesportivo. O compacto Motiv utilizaria um 1.0 de 3 cilindros, que desenvolve de 70 a 82 cavalos.
Yamaha Motiv foi um conceito mostrado em 2013 (Foto: Divulgação)Yamaha Motiv foi um conceito mostrado em 2013 (Foto: Divulgação)
Yamaha Sports Ride Concept (Foto: Divulgação)Yamaha Sports Ride Concept (Foto: Divulgação)
Yamaha Sports Ride Concept (Foto: Divulgação)Yamaha Sports Ride Concept (Foto: Divulgação)

Baiano e Costa fazem acareação a partir desta quinta-feira em Curitiba Delatores da Operação Lava Jato estarão frente a frente na Polícia Federal. Teor da divergência não foi divulgado pelas defesas, nem pelos policiais.

Paulo Roberto Costa e Fernando Baiano fazem acareação nesta quinta-feira (Foto: Reprodução/TV Globo)Paulo Roberto Costa e Fernando Baiano fazem
acareação nesta quinta-feira
(Foto: Reprodução/TV Globo)
Uma acareação entre o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o lobista e operador da Lava Jato Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, deve ocorrer nesta quinta-feira (5), emCuritiba. A informação foi confirmada pelas defesas de ambos e pela Polícia Federal.
Os dois são investigados pela Lava Jato e, além de serem réus em processos originados na operação, também já foram condenados em ações penais por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro. Eles também integram o rol de delatores.
De acordo com a assessora de João Mestieri, que é o advogado de Fernando Baiano, a acareação será às 14h, na sede da Polícia Federal (PF). O lobista está preso no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana da capital paranaense. Já Paulo Roberto Costa cumpre prisão em regime semiaberto diferenciado, no Rio de Janeiro.
A acareção entre eles está prevista para continuar também na sexta-feira (5). Embora as defesas e a PF tenham confirmado as datas, não há informações sobre o teor das divergências entre eles.
Por serem delatores, os dois estão sujeitos a perder os benefícios da colaboração premiada, caso tenham mentido ou omitido fatos criminosos que tenham participado ou presenciado.
Fernando Baiano
Fernando Baiano é apontado por procuradores como operador do PMDB no esquema  o partido nega as acusações. Neste papel, segundo o Ministério Público Federal (MPF), ele atuava na negociação de propinas e na distribuição de dinheiro que saía da estatal para os envolvidos nos crimes.
Preso em novembro do ano passado, quando a 7ª fase da operação foi deflagrada, Fernando Baiano deve ser solto dia 18 deste mês, graças ao acordo de delação premiada que ele fechou com o MPF. Ele já foi condenado a 16 anos de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro em processo de contratação de navios-sonda para a estatal. Na ocasião, ele operou U$S 15 milhões de propina e, segundo o delator Júlio Camargo, deste total US$ 5 milhões foram pagos ao presidente da Câmara Federal, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Conforme Camargo, Fernando Baiano era sócio oculto de Cunha.
Baiano ainda responde a mais um processo que envolve pessoas ligadas à empreiteira Andrade Gutierrez.
Paulo Roberto Costa
Embora tenha sido condenado em vários processos da Operação Lava Jato, o ex-diretor da Petrobras foi beneficiado com o acordo de colaboração premiada que celebrou com o Ministério Público Federal. Em troca das penas menores, ele foi um dos que denunciou o esquema de desvio de recursos da Petrobras.
No regime semiaberto diferenciado, Paulo Roberto Costa deve voltar para casa todos os dias, no máximo, até as 20h e não sair nos fins de semana. A partir de 1º de outubro de 2016, ele passará ao regime aberto e poderá, inclusive, viajar, desde que tenha autorização judicial.
Foi um carro no nome de Costa que levou a Polícia Federal a mudar o foco das investigações da Lava Jato. Inicialmente, a operação seguia os passos de uma quadrilha de doleiros chefiada porAlberto Youssef. No entanto, pouco antes da prisão do grupo, os policiais encontraram um carro que pertencia a Costa, mas que estava registrado no endereço de Youssef.
Ao ser preso, os policiais acreditavam que Costa era apenas mais um membro da quadrilha ou que tinha usado os serviços deles para lavar dinheiro da empresa que criou após sair da Petrobras, a Costa Global. A empresa de consultoria foi o primeiro elo entre a participação de Youssef no esquema de desvios da Petrobras.
O ex-diretor foi preso junto com a quadrilha, em março de 2014, na deflagração da Lava Jato. Dias depois, conseguiu um habeas corpus da Justiça, mas voltou a ser preso. Após dois meses na prisão, decidiu colaborar com as investigações e detalhou como funcionava o esquema.
Foi a partir dos depoimentos dele que os policiais desvendaram como funcionava a distribuição de recursos desviados da Petrobras. Empreiteiras que mantinham contratos com a estatal superfaturavam os valores dos serviços que prestavam, por meio de contratos aditivos às obras. Parte dos valores do superfaturamento era usado para pagar propina a diretores da Petrobras e também para abastecer o caixa de partidos políticos, no caso o PT, PMDB e PP.
Paulo Roberto Costa virou diretor da Petrobras em 2004, por indicação do ex-deputado federal José Janene (PP), morto em 2010.  Costa permaneceu no cargo até 2012, quando pediu demissão e abriu a empresa de consultoria.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Quarta-feira, 04/11/2015, às 20:29, por Thais Herédia Pedaladas 'obscenas'

Augusto Nardes, durante julgamento das contas de Dilma no TCU (Foto: André Dusek/Estadão Conteúdo)

Finalmente terminou o mistério sobre os "restos a pagar" das pedaladas do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e seu ex-parceiro Arno Augustin. Sob a direção de Joaquim Levy o governo ainda deve R$ 57 bilhões aos bancos públicos e ao FGTS. Agora que o buraco cavado está assumido e reconhecido, resta saber de quanto vai ser o rombo final das contas públicas este ano. Por enquanto, o déficit pode chegar a R$ 119 bilhões – vai depender de alguma entrada surpresa de recursos até dezembro, ou do sucesso do leilão de hidrelétricas no final do mês. 

A maior parte das "pedaladas" é devida ao BNDES, quase R$ 22,5 bilhões – reflexo da diferença entre a taxa de juros básica da economia, definida pelo Banco Central, e a taxa cobrada pelo banco de desenvolvimento para financiar empresas. A TJLP (taxa de juros de longo prazo), de uso exclusivo do BNDES, ficou em 5% durante 2013 e 2014. No mesmo período, a taxa Selic saiu de 7,25% para 11,75%. A diferença variou de 2,25 pontos percentuais até 6,7pp.

A partir de janeiro deste ano a TJLP começou a subir e agora está em 7% ao ano –  com a Selic a 14,25%, a diferença fica em 7,25pp. Este custo está "contratado" por princípio, já que o BNDES foi criado para fomentar o desenvolvimento e aumentar as taxas de investimento da economia. O ponto intrigante da história recente é que, mesmo com o governo injetando mais de R$ 400 bilhões em financiamentos nos últimos cinco anos, os investimentos despencaram, principalmente de 2014 para cá. Ou seja, o país está pagando um baita subsídio para estimular o investimento, que por sua vez, estimularia o emprego, que por sua vez, estimularia o crescimento – para nada.

Ex-ministro de Dilma e atual diretor-presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos não se acanhou ao chamar os juros cobrados no Brasil de "pornográficos". O mesmo adjetivo caberia muito bem às "pedaladas fiscais" praticadas por Mantega e Augustin. Elas não só foram ilegais, como são um retrato da arrogância e temeridade das ações do ex-ministro e do ex-secretário do Tesouro – "pedaladas obscenas" também serve.

Para fechar o capítulo BNDES, vale a ressalva de que custear as operações do banco vai continuar saindo caro e comprometendo o orçamento federal. Não há vislumbre de que o BC comece a reduzir a taxa básica de juros e, mesmo que o governo resolva subir mais um pouco a TJLP, a diferença vai persistir alta e sendo paga pelo Tesouro Nacional. Depois da decisão do TCU de enquadrar a administração da presidente Dilma Rousseff pelas "pedaladas", espera-se que agora tudo seja tratado com transparência e responsabilidade.

Voltando ao déficit total das contas públicas em 2015, há poucas chances dele diminuir. Não vai dar para contar com nada do Congresso Nacional no que diz respeito às medidas de ajuste fiscal - emperradas na fogueira de vaidades da política. Se quiserem parar de atrapalhar, os congressistas podem aprovar a MP 688, que trata da questão do risco hidrológico do setor elétrico e autoriza a cobrança de outorgas no leilão de hidrelétricas já existentes. Sem isso, o leilão marcado para o dia 25 deste mês pode ser um fiasco por falta de interessados. Investir num setor tão complicado e ainda sob uma nuvem de insegurança jurídica, crise econômica e política, não parece ser um bom negócio. Deste leilão o governo espera arrecadar R$ 17 bilhões que podem reduzir um dedinho do buraco fiscal este ano. Mais que isso, nem mesmo se a CPMF fosse aprovada hoje.

04/11/2015 18h00 - Atualizado em 04/11/2015 18h50 Ex-namorado de bailarina confessa crime: 'Fiquei com ela morta dois dias' Anderson Leitão disse ao G1 que estrangulou Ana Carolina por ciúmes. Dançarina chegou a disputar concurso para trabalhar no Faustão.

Anderson Rodrigues Leitão, de 27 anos, ex-namorado da dançarina cearense Ana Carolina de Souza Vieira, de 30 anos, confessou à polícia ter matado a bailarina por ciúmes. O corpo dela foi  encontrado na manhã desta quarta-feira (4) no apartamento em que morava na Rua Vergueiro, no Sacomã, na Zona Sul de São Paulo.
Preso no 95º Distrito Policial (Cohab Heliópolis), na capital paulista, Anderson confessou à polícia ter matado Ana Carolina por estrangulamento e disse ainda que tomou veneno de rato para morrer abraçado com a ex-namorada.
Formado em administração, ele vai responder por homicídio e ocultação de cadáver. Em entrevista exclusiva ao G1, Anderson deu detalhes do crime e sobre como tentou se matar depois de ter assassinado Ana Carolina. 
"Estrangulei com minhas próprias mãos. Comprei chumbinho, veneno de rato, porque eu queria morrer abraçado com ela. Fiquei com ela morta dois dias", disse Anderson.
Segundo ele, o casal teve uma discussão na segunda-feira. "Ela foi pra cozinha e disse pra eu não mexer no celular dela. Eu mexi e vi umas fotos, umas mensagens de Whatsapp e não gostei. Fiquei com ciúmes".
Ana Carolina Vieira era de Fortaleza e morava em São Paulo (Foto: Reprodução/Facebook/Ana Carolina Vieira)Ana Carolina Vieira era de Fortaleza e morava em São Paulo (Foto: Reprodução/Facebook/Ana Carolina Vieira)

Anderson afirma que, então, comprou veneno para se matar. "Comprei chumbinho, veneno de rato, porque eu queria morrer abraçado com ela". Ele diz que ficou dois dias com o corpo de Ana Carolina no apartamento, "esperando o veneno fazer efeito".
Ana Carolina teria reclamado da atitude de Anderson. "Ela disse que eu era muito invasivo e começamos a discutir. Ela me arranhou e, como sou mais forte, inverti a situação. A gente estava na cama. Ela morreu estrangulada. Tentei reanimar, mas não tinha mais jeito."
Com o tempo, o cheiro começou a incomodar os vizinhos. "Coloquei incenso porque tinha recebido uma ligação do porteiro falando do mau cheiro. Queria esconder o cheiro."
Em sua página no Facebook, Anderson postou momentos antes de ser preso a seguinte frase: "Deus tenha misericórdia de nossas almas. Adeus a todos." Na rede social, ele afirma ser gerente de uma paleteria mexicana em Fortaleza.
Anderson Leitão postou mensagem de despedida antes de ser preso (Foto: Reprodução/Facebook/Anderson Rodrigues Leitão)Anderson Leitão postou mensagem de despedida antes de ser preso (Foto: Reprodução/Facebook/Anderson Rodrigues Leitão)
Bailarina tentou vaga no Faustão
O irmão da vitima, Igor Vieira, diz que soube da morte da irmã por um tio que mora em São Paulo. Ele e os pais irão viajar para São Paulo na noite desta quarta-feira. Igor confirmou que a irmã participou em junho deste ano do concurso “Bailarina do Faustão”.
"Ela estava em São Paulo há pouco mais de um ano, tentando a vida como modelo", disse Margarida de Souza Barbosa, tia de Ana Carolina.
Segundo o boletim de ocorrência, os zeladores do prédio sentiram nesta manhã um cheiro forte vindo do 5º andar. Eles tocaram a campainha do apartamento onde Ana Carolina morava, mas ninguém atendeu. 
Os zeladores perceberam que a porta estava destrancada e entraram chamando pelos moradores. Em seguida, encontraram o corpo na cama do quarto, coberto.
Tia mostra foto de Ana Carolina Vieira no celular (Foto: Glauco Araújo/G1)Tia mostra foto de Ana Carolina Vieira no celular (Foto: Glauco Araújo/G1)
As janelas estavam fechadas, havia um ventilador ligado e muitos incensos acesos. A polícia diz que o corpo tinha sinais de violência. A dançarina teria morrido há pelo menos três dias.
Um dos zeladores disse à polícia que o ex-namorado da vítima havia deixado o prédio por volta das 10h20 desta quarta-feira.
Segundo a polícia, Anderson e Ana Carolina tinham terminado o relacionamento há pouco tempo e ela havia pedido ao porteiro do prédio que não autorizasse o homem a entrar no edifício. Na última segunda-feira (2), no entanto, ela permitiu que o ex-namorado subisse após ele insistir muito.
Prédio onde aconteceu crime, na Zona Sul de São Paulo (Foto: Glauco Araújo/G1)Prédio onde aconteceu crime, na Zona Sul de São Paulo (Foto: Glauco Araújo/G1)

Justiça Federal julga que ex-servidores estaduais e municipais estão sujeitos ao novo regime

Índios protestam no Congresso contra nova regra de demarcações PEC prevê transferir ao Congresso poder de demarcar terras indígenas. Segundo organização do protesto, 100 índios foram à manifestação.

Índios fazem protesto no Congresso contra PEC 215 (Foto: Fernanda Calgaro/ G1)Índios fazem protesto no Congresso contra PEC 215 (Foto: Fernanda Calgaro/ G1)
Índios da etnia kaiapó do Mato Grosso foram ao Congresso Nacional nesta quarta-feira (4) para protestar contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215, que prevê novas regras para demarcação de terras indígenas. De acordo com a assessoria do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), 100 índios foram à manifestação.
A PEC foi aprovada na semana passada em uma comissão especial e seguiu para o plenário da Câmara, onde terá de ser aprovado em dois turnos para depois seguir para o Senado. Pelo texto, o Ministério da Justiça edita decretos de demarcação a partir de estudos antropológicos feitos pela Fundação Nacional do Índio (Funai). Os índios são contra a mudança.

Ex-tesoureiro do PT sai da prisão para depor na Justiça de São Paulo João Vacarri Neto foi preso pela Lava Jato e está detido na Região de Curitiba. Ele deve falar sobre irregularidades no Bancoop, presidida por ele por 10 anos.

Operação Lava Jato João Vaccari Neto PT JG (Foto: Reprodução: TV Globo)Vaccari foi preso pela Operação Lava Jato em
abril deste ano (Foto: Reprodução: TV Globo)
Preso pela Operação Lava Jato desde abril deste ano no Paraná, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto embarcou nesta manhã de quarta-feira (4) para São Paulo.

Está previsto, para as 13h30, um depoimento dele no processo que investiga irregularidades na Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop).

De acordo com a Polícia Federal, o voo saiu de Curitiba às 8h30 em um avião da corporação.
Vaccari presidiu a instituição entre os anos de 1999 a 2009. Nesse período, segundo o Ministério Público de São Paulo, houve desvios de dinheiro do banco para financiar o caixa de partidos políticos.

Vaccari foi denunciado em 2010 pelos promotores paulistas, mas o processo só começou a andar em meados de 2015, quando a Justiça aceitou iniciar uma ação penal contra ele. Para o Ministério Público, durante a gestão do ex-tesoureiro do PT, o Bancoop perdeu cerca de R$ 100 milhões, causando a falência da cooperativa de crédito.

Pesa contra ele também a acusação de que as obras de condomínios financiados pelo Bancoop tenham sido superfaturadas. Com a falência, vários imóveis deixaram de ser entregues aos cooperados. No entanto, o próprio Vaccari e dirigentes do PT chegaram a conseguir ficar com imóveis que foram feitos dentro dos prazos.
De acordo com o advogado Luiz Flávio Borges D'Urso, que representa Vacarri, afirmou que pediu o adiamento do depoimento porque o Ministério Público havia juntado ao processos novas provas, que a defesa não teve acesso.
D'Urso disse que até a manhã desta quarta-feira não havia uma resposta da Justiça sobre o pedido. "Se eventualmente for realizada a audiência, Vaccari está preparado para responder", disse o advogado.