terça-feira, 28 de julho de 2015

Ações da Ásia têm leve alta apesar de nova volatilidade no mercado chinês Índice MSCI de ações regionais exceto Japão sobe 0,04%. Bolsa de Xangai tem queda de 1,7%.

Investidores reagem à queda das ações na Bolsa chinesa, em Fuyang, província de Anhui, nesta terça-feira, em mais um dia de queda no mercado chinês (Foto: Stringer/Reuters)Investidores reagem à queda das ações na Bolsa chinesa, em Fuyang, província de Anhui, nesta terça-feira, em mais um dia de queda no mercado chinês (Foto: Stringer/Reuters)
O índice que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão tentava se firmar em alta nesta terça-feira (28) após alcançar mínimas durante o pregão. A bolsa da China, que na vésperafechou em queda de mais de 8%, oscilou nesta terça.
Às 7h09 (horário de Brasília), o índice MSCI tinha alta de 0,04%, após cair quase 1% durante a sessão, tocando o patamar mais baixo desde 9 de julho.
O governo de Pequim se desdobra para sustentar o valor das ações chinesas – desde 6 de julho, os investidores venderam cerca de US$ 7,6 bilhões em ações da bolsa de Xangai. Segundo a agência estatal Xinhua, o governo vai continuar comprando ações para estabilizar o mercado financeiro e minimizar o impacto das perdas.
A China também afirmou que as autoridades vão lidar de forma severa com qualquer um empenhado em "operações mal intencionadas de posições vendidas em ações", na mais recente tentativa de Pequim de evitar o colapso do mercado.
Com a maioria dos índices acionários focados na China bastante voláteis após Pequim prometer mais apoio, a confiança continuava fraca com muitos investidores buscando sair dos mercados nos primeiros sinais de um rali.Indicadores
Os principais índices da China tiveram um pregão agitado. O índice de Xangai chegou a cair mais de 3%, mas reduziu as perdas, fechando em queda de 1,7%.
"A confiança de investidores de varejo no mercado continental está muito fraca. Eles preferem ficar longe do mercado após liquidar suas posições", disse o diretor da UOB Kay Hian, Steven Leung.
Em Tóquio, o índice Nikkei recuou 0,1%, a 20.328 pontos. Em Hong Kong, o índice HANG SENG subiu 0,62%, a 24.503 pontos. Em Xangai, o índice SSEC perdeu 1,68%, a 3.662 pontos. Em Seul, o índice KOSPI teve oscilação positiva de 0,01%, a 2.039 pontos. Em Taiwan, o índice TAIEX registrou alta de 0,30%, a 8.582 pontos. Em Cingapura, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,98%, a 3.281 pontos. Em Sydney, o índice S&P/ASX 200 recuou 0,09%, a 5.584 pontos.
Queda de mais de 8%
As ações asiáticas fecharam em queda na segunda-feira em meio a perdas em Wall Street e preocupações sobre a China, enquanto investidores preparavam-se para a reunião do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, que pode dar outro passo em direção à elevação da taxa de juros no país.

Na China, a bolsa de valores de Xangai caiu mais de 8%, com a confiança ainda impactada pela leitura fraca da pesquisa Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade industrial. Essa foi a maior baixa desde fevereiro de 2007.

O índice PMI preliminar dos diretores de compras para a China, calculado pela empresa financeira Markit, ficou nos 48,2, abaixo do limite dos 50, o que é sinônimo de contração.
O que está acontecendo com a bolsa chinesa?
As ações chinesas vêm perdendo valor desde o mês passado. De junho até agora, a queda chega a 30%. Os dados da economia chinesa não têm sido muito positivos ultimamente, e isso vem gerando temor entre os investidores sobre a "saúde" do país. O PIB do primeiro trimestre, por exemplo, apesar de ter crescido 7%, mostrou o pior ritmo em seis anos.
Dólar
O tombo da bolsa chinesa influenciou no forte alta do dólar ante o real, renovando a máxima em mais de 12 anos. A moeda norte-americana avançou 0,50%, a R$ 3,3640 na venda. Foi a maior cotação desde o dia 28 de março de 2003, quando o dólar encerrou a sessão a R$ 3,3757.
Nos mercados externos, o tombo de mais de 8% da bolsa chinesa, o maior desde 2007, trouxe de volta aos holofotes a desaceleração da segunda maior economia do mundo, que é um importante parceiro comercial do Brasil.
"A China é uma referência para quem investe em emergentes. Se a bolsa lá piora, o investidor também fica com um pé atrás para investir aqui", disse o superintendente de câmbio da corretora Tov, Reginaldo Siaca.

Volkswagen toma lugar da Toyota como maior montadora do mundo Vendas do Grupo VW chegaram a 5,04 milhões no 1º semestre. Número inclui as marcas Audi e Porsche, entre outras.

Vendas do Gupo Volkswagen superaram a Toyota no 1º semestre (Foto: REUTERS/Toru Hanai/Files)Vendas do Gupo Volkswagen superaram a Toyota no 1º semestre (Foto: REUTERS/Toru Hanai/Files)
O Grupo Volkswagen tomou pela primeira vez o lugar da Toyota como a maior montadora mundial em vendas, de acordo com dados do primeiro semestre do ano, conquistando uma ambição de longa data 3 anos antes da meta.
A maior montadora japonesa disse nesta terça-feira ter vendido 5,02 milhões de carros entre janeiro e junho, uma queda de 1,5% em comparação com o mesmo período do ano passado e inferior aos 5,04 milhões de veículos vendidos pela Volkswagen anunciado em 17 de julho.
As vendas do Grupo VW, que também incluem as marcas de luxo Audi e Porsche, mais que dobraram no ano passado, chegando a 10 milhões de veículos, enquanto o lucro quase triplicou para 12,7 bilhões de euros (US$ 14 bilhões).A montadora alemã vem aumentando sua escala sob os 8 anos de administração do presidente-executivo Martin Winterkorn, impulsionado pela adição de marcas e fábricas além da ampliação das vendas na China.
"A VW está capturando a coroa de vendas em tempos difíceis com os maiores mercados automobilísticos em declínio," disse o chefe do centro de gerenciamento automotivo, um grupo de pesquisa próximo a Colônia, Stefan Bratzel.
Ranking
A norte-americana General Motors (GM) liderou o ranking global de vendas por décadas, até ser deixada para trás pela Toyota em 2008.
A "coroa" voltou para a GM em 2011, quando a produção da Toyota foi afetada pelo tsunami, mas no ano seguinte o grupo japonês retomou o primeiro lugar - posição que manteve nos últimos 3 anos.
O resultado do primeiro semestre aponta para uma direção, mas as posições podem mudar até o final do ano. Em 2014, a corrida foi bem próxima, com a Toyota emplacando 10,23 milhões de unidades, enquanto a Volkswagen somou 10,14 milhões, e a GM, 9,92 milhões.

PF deflagra a 16ª fase da Operação Lava Jato e cumpre 30 mandados Operação ocorre em Brasília, RJ, Niterói, SP e Barueri; são 30 mandados. Diretor-presidente licenciado da Eletronuclear foi preso no Rio de Janeiro.


A 16ª fase da Operação Lava Jato foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) na madrugada desta terça-feira (28) em Brasília, Rio de Janeiro, Niterói (RJ), São Paulo e Barueri (SP). São cumpridos dois mandados de prisão temporária, além de 23 mandados de busca e apreensão e cinco de condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento. A operação foi batizada de "Radioatividade".
Um dos presos é o diretor-presidente licenciado da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, que foi detido no Rio de Janeiro. Ele foi afastado do cargo em abril deste ano, quando surgiram denúncias de pagamento de propina a dirigentes da empresa, que é uma subsidiária da Eletrobras.
O outro detido é Flávio David Barra, executivo da Andrade Gutierrez. Ele foi preso no Rio de Janeiro.
A prisão temporária tem prazo de cinco dias e pode ser prorrogada pelo mesmo período ou convertida em preventiva, que é quando o investigado fica preso à disposição da Justiça sem prazo pré-determinado. Os presos serão levados para a Superintendência da PF em Curitiba.
O foco das investigações desta fase, segundo a PF, são contratos firmados por empresas já mencionadas na Operação Lava Jato com a Eletronuclear, cujo controle acionário é da União. A empresa foi criada em 1997 para operar e construir usinas termonucleares e responde hoje pela geração de cerca de 3% da energia elétrica consumida no país.
Angra 3 será a terceira usina nuclear do país e está em construção na praia de Itaorna, emAngra dos Reis (RJ). Ela terá potência de 1.405 megawatts (MW) e gerará energia suficiente para abastecer Brasília e Belo Horizonte por um ano.Ainda de acordo com a PF, a formação de cartel, o prévio ajustamento de licitações nas obras de Angra 3 e o pagamento indevido de vantagens financeiras a empregados da estatal são os objetos de apuração da atual fase.
Delações 
Em abril deste ano, o ex-presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, afirmou em depoimento de delação premiada que houve "promessa" de pagamento de propina ao PMDB e a dirigentes da Eletronuclear nas obras da usina nuclear Angra 3. As informações foram obtidas pelo Jornal Nacional.
Avancini deixou a prisão em 30 de março para cumprir prisão domiciliar, após firmar acordo de delação premiada com a Justiça, homologado pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Lava Jato na primeira instância.
Segundo Avancini, a Camargo Corrêa foi informada em agosto de 2014 de que havia "compromissos" de pagamento de propina equivalente a 1% dos contratos das obras da usina ao PMDB e aos diretores da Eletronuclear. Somados, os contratos de Angra 3 chegam a R$ 3 bilhões, de acordo com o executivo. À época, o PMDB negou as acusações de recebimento de propina.
A Eletronuclear e o então presidente da empresa, Othon Luiz Pinheiro, disseram em abril que as acusações eram infundadas, que a empresa age sempre em total transparência e que o Tribunal de Contas da União aprovou a preparação das propostas de preços em Angra 3. Uma comissão interna de fiscalização apura as denúncias e uma empresa de investigações foi contratada "para garantir a transparência e independência dos trabalhos", segundo nota da estatal.
15ª fase
A 15ª etapa da operação foi batizada de Conexão Mônaco e prendeu ex-diretor da área Internacional da Petrobras Jorge Luiz Zelada. Ele está detido na carceragem da Superintendência da PF, em Curitiba. Quatro mandados de busca e apreensão também foram cumpridos.
A fase teve como foco o recebimento de vantagens ilícitas na diretoria da Petrobras. De acordo com a PF e o Ministério Público Federal (MPF), Zelada fez transferências bancárias para a China e para Mônaco. Foram € 11 milhões para Mônaco e outro US$ 1 milhão para a China. O dinheiro em Mônaco já estava bloqueado desde março deste ano.
O ex-diretor é suspeito de envolvimento no esquema bilionário de corrupção, desvio e lavagem de dinheiro na Petrobras. Segundo o MPF, ele atuou no esquema desde quando atuava na gerência da empresa, quando na diretoria da área internacional.
Zelada foi sucessor de Nestor Cerveró – já condenado a cinco anos de prisão  pelo crime de lavagem de dinheiro – no cargo e atuou entre 2008 e 2012 na estatal.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Obama aborda terrorismo, direitos humanos e crise no Sudão do Sul A visita de Obama marca a primeira visita de um presidente norte-americano na Etiópia

AFP Photo / Zacharias Abubeker








A visita de Obama marca a primeira visita de um presidente norte-americano na Etiópia. Ele chegou ao Palácio Nacional na capital, Addis Ababa, para uma reunião bilateral com o primeiro-ministro Hailemariam Desalegn, seguido por uma coletiva de imprensa conjunta.

Em seguida, Obama convocou uma reunião com líderes africanos para conversar sobre a situação no Sudão do Sul, que enfrenta uma guerra civil há meses, estimulado por um conflito que começou em 2013 entre facções do exército, dividido pela rivalidade entre o presidente, Salva Kiir, e seu ex-vice, Riek Machar. Várias milícias se juntaram de cada lado, gerando intensos conflitos e massacres.

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O Sudão do Sul tem até 17 de agosto para aceitar um acordo de paz e de partilha de poder, mas autoridades dos EUA dizem estar pessimistas se um acordo será feito. Obama chegou à Etiópia no domingo à noite, após uma paragem no Quênia, terra natal de seu falecido pai.

Como o Quênia, a Etiópia tem uma economia em rápido crescimento, mas enfrenta desafios como a ameaça do grupo terrorista al-Shabab, que tem a base na fronteira com a Somália. A Etiópia tem parceria com os EUA na luta contra o terrorismo, nos serviços de inteligência e envio de tropas para a Somália para enfrentar a instabilidade. Fonte: Associated Press.

Turquia e EUA planejam zona livre do Estado Islâmico no norte da Síria

Soldados turcos e norte-americanos na base aérea de Incirlik, na cidade de Adana, sul da Turquia, nesta segunda-feira. 27/07/2015 REUTERS/Murad Sezer
Por Nick Tattersall e Phil Stewart
ISTAMBUL/WASHINGTON (Reuters) - A Turquia e os Estados Unidos estão elaborando planos para dar cobertura aérea para rebeldes sírios e, juntos, expulsarem combatentes do Estado Islâmico de uma faixa de terra ao longo da fronteira turca, reforçando a segurança do país membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e proporcionando um refúgio para os civis.
Depois de relutar em se juntar à coalizão liderada pelos EUA contra o grupo radical, na semana passada a Turquia deu uma guinada dramática ao liberar o acesso de suas bases aéreas à aliança e bombardear alvos na Síria ligados aos jihadistas.
Com mais de 1,8 milhão de refugiados sírios, a Turquia vem fazendo campanha há tempo por uma "zona de exclusão aérea" no norte da Síria para manter o Estado Islâmico e militantes curdos longe de sua fronteira e ajudar a conter a maré de civis desabrigados que tentam cruzá-la.
Embora não se tenha firmado nenhum acordo formal com Washington, o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, disse que os dois aliados concordam com a necessidade de providenciar proteção aérea para os rebeldes sírios moderados que lutam contra a facção sunita extremista.
"O que temos agora é uma cobertura aérea para liberar a região do Daesh (acrônimo pejorativo em árabe para o Estado Islâmico) e apoiar a oposição moderada para que obtenha o controle dessa região", declarou Davutoglu ao canal de televisão turco ATV em entrevista transmitida ao vivo. "Não queremos ver o Daesh nas fronteiras da Turquia."
Em Washington, autoridades norte-americanas declararam que há discussões em andamento sobre o tamanho e a abrangência de uma zona livre ao longo da fronteira, que seria libertada de combatentes do Estado Islâmico e permitiria que rebeldes moderados operassem livremente.
"O objetivo é estabelecer uma zona livre do Estado Islâmico e garantir uma segurança e uma estabilidade maiores ao longo da fronteira da Turquia com a Síria", afirmou um funcionário graduado do governo norte-americano sob condição de anonimato.
Autoridades dos EUA descartaram a imposição conjunta de uma zona de exclusão aérea formal.
(Reportagem adicional Suleiman Al-Khalidi e Orhan Coskun, em Ancara; de Humeyra Pamuk e Ayla Jean Yackley, em Istambul; de Phil Blenkinsop e Robin Emmott, em Bruxelas; e de Warren Strobel, em Washington)

Cunha critica governo e diz que nova meta de superávit não será cumprida

Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, durante evento em São Paulo. 27/7/2015.  REUTERS/Nacho Doce
SÃO PAULO (Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), previu nesta segunda-feira que a nova meta de superávit primário anunciada pelo governo não será cumprida e condicionou a votação na Câmara do projeto sobre repatriação de capitais, apontado pelo governo como essencial para se atingir o novo objetivo fiscal, a um envio de uma proposta sobre o tema pelo Executivo.
Na semana passada, a equipe econômica da presidente Dilma Rousseff reduziu a meta de superávit primário para o equivalente a 0,15 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), mas informou que uma cláusula permite que o objetivo seja novamente reduzido caso algumas receitas esperadas pelo governo não se concretizem.
Entre essas receitas está a esperada pelo governo com a repatriação de capitais brasileiros no exterior.
"Se o governo quer a repatriação dos capitais, ele que mande um projeto", disse o parlamentar a uma plateia de empresários em evento organizado pelo Lide em um hotel na zona sul de São Paulo.
O projeto sobre repatriação de capitais é de autoria do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), não uma proposta enviada pelo Executivo ao Legislativo. Ainda assim, passou a ser encampado pelo governo em meio à necessidade de aumentar a arrecadação para reequilibrar as contas públicas.
"Não dá para o governo terceirizar sua iniciativa legislativa a um parlamentar do PSOL, ou de qualquer partido", disse Cunha a jornalistas após a palestra.
Cunha, que recentemente anunciou seu rompimento pessoal com o governo, criticou a possibilidade de a meta de superávit sofrer nova redução caso o governo não obtenha algumas receitas que espera, como as da repatriação, e disse que o governo determina metas que "não são críveis".
O parlamentar centrou fogo também no ajuste fiscal realizado pelo Executivo, que classificou de "pífio", e o comparou a um "cachorro que corre atrás do próprio rabo".

"Quanto mais se ajusta, mais cai a arrecadação e mais se precisa ajustar", criticou Cunha, que diagnosticou a existência de uma crise política e de uma crise econômica que, na avaliação dele, estão "entrelaçadas". 

FMI prevê que economia italiana se recuperará em 20 anos Taxa de desemprego só voltará a patamares pré-crise em 2035

Itália deve demorar quase 20 anos para voltar a ter força no mercado de trabalho (foto: ANSA)
Itália deve demorar quase 20 anos para voltar a ter força no mercado de trabalho (foto: ANSA)
27 JULHO, 20:34ROMAZGT
(ANSA) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou seu relatório econômico para a zona do euro nesta segunda-feira (27) e afirmou que os níveis das taxas de desemprego na Itália só voltarão aos patamares pré-crise daqui a 20 anos.

"Sem uma significativa aceleração do crescimento, serão necessários 10 anos para a Espanha e quase 20 anos para a Itália e Portugal reduzirem as taxas de desemprego aos níveis pré-crise", destacou a entidade ressaltando que, de maneira geral, os índices são "altos" e durarão "provavelmente por muito tempo" em toda a área do euro.

Segundo a entidade, a Itália precisa "aumentar a eficiência do setor público e melhorar a questão da justiça civil" para dar passos mais largos na redução das taxas de desemprego e no impulso ao crescimento. Apesar das mudanças recentes na legislação, é preciso ainda melhorar e "flexibilizar o mercado de trabalho e aumentar a concorrência nos mercados produtivos e de serviços.

Mesmo com o prognóstico, o FMI afirma que a retomada econômica na União Europeia está se reforçando, com um Produto Interno Bruto (PIB) que deve crescer 1,5% neste ano e 1,7% em 2016. Porém, o órgão ressalta que o bloco está "vulnerável a questões negativas" e que restam os riscos de "estagnação" ligados a um grande período de crescimento baixo.

Prognóstico sobre a Grécia

O FMI fez um apelo para que os países membros da zona do euro "usem, se necessário, todos os instrumentos disponíveis para gerir o risco de contágio que pode partir da Grécia". Para a entidade, mesmo com a boa reação dos mercados sobre o novo acordo com o país, é preciso analisar a "volatilidade da situação".

O relatório não acredita que haja esse "contágio" econômico, mas ressalta que o bloco tem os dispositivos necessários para atuar contra um eventual pessimismo sobre a moeda única. (ANSA)
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