sábado, 6 de outubro de 2018

Pregando no deserto




BRASIL

Neófitos foram à eleição, alguns gastaram milhões, e acabaram fazendo figuração

Pregando no deserto

CHAMA CURTA Meirelles gastou uma fortuna na campanha, mas pouquíssimas pessoas o seguiram O TRAÇO LULA Lula chegou a dizer que Boulos teria um grande futuro político, mas ficou com menos de 1%




Cabo Daciolo (Patriota) afirma ter gasto menos de R$ 10 mil em sua campanha a presidente. Preferiu concentrar-se e em isolar-se numa montanha para rezar e buscar energia positiva. Já Henrique Meirelles (MDB) tirou R$ 55 milhões do próprio bolso para contratar marqueteiro e uma enorme equipe. As pesquisas divulgadas na última semana antes das eleições em primeiro turno neste domingo 7, porém, mostram que as rezas de Daciolo e o dinheiro de Meirelles produziram o mesmo resultado. Ambos conseguiram apenas 2% das intenções de voto.

Daciolo e Meirelles estão no grupo de candidatos que chegaram a obter algum interesse do eleitorado, mas, no final, acabaram somente pregando no deserto, com resultados pífios, principalmente depois que sedimentou a polarização da disputa entre Jair Bolsonaro, do PSL, e Fernando Haddad, do PT. No mesmo grupo, estão João Amoêdo (Novo), Álvaro Dias (Podemos) e Guilherme Boulos (Psol). Por pouco, não entrou nesse pacote também Marina Silva (Rede), que, segundo o Datafolha e o Ibope, viu sua candidatura definhar para somente 4% das intenções de voto. Abaixo de Marina, Amoêdo lidera o grupo com 3%, conforme o Datafolha, e Boulos o fecha com zero. Abaixo deles, vem a turma que nunca passou do traço nas pesquisas: Vera Lúcia (PSTU), José Maria Eymael (DC) e João Goulart Filho (PPL).

Em momentos diferentes da campanha, os candidatos do grupo chegaram a chamar atenção. É o caso de Alvaro Dias. Ele chegou a ser apontado como alternativa do centro para fugir da polarização da esquerda e direita, mas nas últimas semanas seu desempenho estacionou abaixo dos 3%. A expectativa dele era subir a 5% nas intenções de voto. Apesar de liderar no Paraná, seu estado de origem, o restante do País acabou não comprando a sua louvável ideia de refundar a República. Deixará esse importante legado, ao menos, o que não é pouco.



A atual campanha desmistificou também dois mitos: o de que a televisão e o poder econômico pudessem fazer a diferença. Prova disso são as candidaturas de Meirelles e de Amoêdo. Com 1 minuto e 27 segundos na TV diariamente, o emedebista entrou e saiu da casa do eleitor praticamente sem ser notado. O slogan “Chama o Meirelles” não colou. Pouquíssimos o chamaram. Também rico, Amoêdo investiu R$ 3,1 milhões de suas próprias economias na campanha. Seu discurso liberal e das práticas novas de seu partido atraíram especialmente o empresariado. Ao final, no grupo dos que não tiveram um retorno maior às ideias que pregaram é o que apresenta melhor desempenho. Mas não emplacou como candidato competitivo.


O fracasso de Boulos

Daciolo poderia ser o representante nestas eleições do voto galhofeiro, dos eleitores que embarcam em propostas mais exóticas. Embolou-se no mesmo time, mas igualmente não teve respaldo popular. A maior decepção entre os que pregaram no deserto foi mesmo Boulos. O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) chegou a ter um cabo eleitoral de peso: o ex-presidente Lula. Antes de ser preso, no comício que fez defronte o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Lula colocou Boulos debaixo do braço com um entusiasmo que não teve nem mesmo com Fernando Haddad, que depois ele acabou escolhendo como seu substituto na corrida presidencial. “Eu quero que você (Boulos) saiba que eu acho que você vai ter sucesso”, disse na ocasião. Lula falhou feio: Boulos praticamente virou traço.
Para o diretor do Instituto Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, quem sairá fortalecido do pleito será mesmo Amoêdo. “Haverá três vencedores: Bolsonaro ou Lula e Amoêdo”, acredita ele, que projeta a possibilidade de o candidato do Novo acabar à frente de Marina. “Faltou tempo de televisão para ele. Se tivesse uma inserção maior, estaria melhor”, analisa. Ele avalia que Amoêdo, novato na política, colocou-se na vitrine para voos futuros e prevê que o Novo deverá eleger uma bancada com expressão no Congresso. Quanto aos demais candidatos que amargam a zona do rebaixamento das intenções de voto, Hidalgo atribui à polarização como responsável pelo fracasso: “A polarização acabou com eles”. Agora, como versa aquela propaganda, é fugir do mico, para não saírem menores que entraram.







Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira


Matéria bem interessante a meu ver acha que os candidatos deveriam se inteirar melhor dos problemas do país e da nação antes de prometer mil coisas que eles não são capazes de resolver, a promessa gera expectativa no povo que já está cansado de ver os interesses próprios desses candidatos que visam apenas um lado de melhoria a não ser o deles, acho que o povo deve realmente fazer uma reflexão inteligente e não eleger quem visa apenas os próprios interesses e o povo que se dane depois das eleições. O país está afundado, nenhum desses candidatos que estão se apresentando vão resolver coisa alguma, temos que priorizar primeiro à mudança do nosso sistema político, respeitar a pátria, e vestir a nossa bandeira como verdadeiros patriotas, assim teremos uma nova chance de reconstruir nosso País sem corrupção e extinguíamos esses políticos velhos que já mamam nas nossas tetas há anos.


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