sábado, 6 de outubro de 2018

Velho Congresso


Com uma renovação que deverá ser somente de 25%, o Congresso que será eleito no domingo 7 será uma continuação do atual, vença quem vencer as eleições presidenciais. Mesmo entre os novos deputados e senadores, a maior parte é formada por políticos experimentados em outros cargos. Os velhos clãs que dominam a política há décadas também se farão representar. O senador Fernando Collor (PTC-AL), por exemplo, elegerá seu filho Fernando James Braz Collor de Mello deputado federal. O ex-deputado Eduardo Cunha, preso pela Operação Lava Jato, deverá emplacar sua filha Danielle Cunha. E o ex-governador Sergio Cabral, também no xadrez, deverá reeleger seu filho Marco Antonio Cabral. O novo governo continuará tendo de negociar com o “Centrão”, a reunião de pequenos partidos de viés conservador.
Os Maias


No comando do Centrão, está o DEM do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que poderá ver seu poder cruzar o Salão Verde da Câmara para o Salão Azul, do Senado, com a provável eleição de seu pai, César Maia. O Maia pai deverá chegar com influência no Senado para disputar a presidência ou o comando de alguma comissão importante.

Bancadas
O PT pode eleger a maior bancada na Câmara. No Senado, porém, deve diminuir. Também deverão ter grandes bancadas, entre 40 e 65 deputados, o MDB, o PSDB, o PR e o PSD. Se permanecerem unidos, os partidos do Centrão formarão bloco maior. Assim, tudo indica que o novo Congresso repetirá a polarização que tomou conta do país nas eleições.

Haddad Paz e Amor


AFP PHOTO / Heuler Andrey
No provável segundo turno, a intenção de Fernando Haddad, do PT, é fazer claros acenos ao mercado. Ele já começa a discutir nos bastidores uma proposta de reforma tributária para anunciar na campanha depois do domingo 7. Outra pregação que o petista pretende fazer a partir de agora é mostrar ao empresariado que uma gestão do PT teria previsibilidade e respeito à segurança jurídica.
Rápidas
* Diante das tensões do processo eleitoral, durante esta semana a advogada-geral da União, Grace Mendonça, destacou 300 integrantes da AGU para atuarem de forma exclusiva, em regime de plantão, no processo eleitoral.
* A Câmara abriu procedimento licitatório para a compra de 1,2 mil extintores de incêndio. Os antigos iriam vencer até o final do ano. Valor da compra: R$ 675 mil. Coincidentemente, o certame vai para aos pregões exatamente no meio das altas temperaturas das eleições.
* Não é só Lula que orienta campanha política da prisão. O ex-senador Luís Estevão, preso desde 2016 por corrupção, continua influente na política do Distrito Federal. Ele tem dado conselhos a três candidatos a governador.


* Estevão aposta ao mesmo tempo em Ibaneis Rocha (MDB), Eliana Pedrosa (Pros) e Alberto Fraga (DEM). Joga triplo para evitar a reeleição do atual governador, Rodrigo Rollemberg (PSB), que não vai bem nas pesquisas.
Retrato falado


“Prefiro não falar desse assunto, exatamente por causa do período eleitoral”


Jefferson Rudy/Agência Senado
Em tempos de disputa tensa pelos votos nestas eleições, o presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), Edvandir Felix de Paiva, evita bolas divididas. Embora a delação do ex-ministro Antônio Palocci tenha sido feita pela Polícia Federal, ele esquivou-se de comentar a decisão do juiz Sergio Moro de retirar o sigilo de parte dela. À ISTOÉ, ele prometeu tratar da delação em outro momento, longe do período eleitoral.






Ruy Baron/Valor
Toma lá dá cá
DAVID FLEISCHER, CIENTISTA POLÍTICO E BRAZILIANIST

Ruy Baron/Valor
Toma lá dá cá
DAVID FLEISCHER, CIENTISTA POLÍTICO E BRAZILIANIST
O senhor acompanha o processo político brasileiro desde 1962. Já viu situação como a destas eleições?
O quadro de 1989 continua sendo a comparação. E, naquela ocasião, o nível de sacanagem ainda foi maior. Mas precisamos saber agora como será o segundo turno. Se é que vai haver…
É possível não haver segundo turno?
É possível, embora não seja provável. Os grupos mais conservadores estão concentrando seus votos em Bolsonaro.
O senhor vê semelhança com o fenômeno Trump nos Estados Unidos?
Há semelhanças e diferenças. Trump já era conhecido, mas sem atuação política. Bolsonaro é deputado há vários mandatos, embora tenha conseguido associar sua imagem a de um outsider, fora da política tradicional.

Cartas marcadas?
O Tribunal de Justiça de São Paulo está promovendo uma licitação para trocar equipamentos de impressão. O atual parque conta com 12 mil impressoras com as quais se gasta mensalmente R$ 2,1 milhões em manutenção. O processo irá trocá-las por 7 mil novas impressoras. O curioso é que o custo mensal das novas máquinas, em vez de cair, vai subir para R$ 3,4 milhões. Em
48 meses de contrato, o custo adicional será de R$ 60 milhões. O TJ-SP até pode argumentar a necessidade de modernização das máquinas, ainda que seja um argumento complicado de se sustentar em um momento em que todos pregam a necessidade de redução dos gastos públicos.
Só um fabricante
O problema maior é que, em função das especificações técnicas determinadas no edital, somente uma das seis fabricantes, a Lexmark, poderá participar da concorrência. As demais — Xerox, Samsung, Ricoh, Brother e Kyocera — ficarão foram da disputa. O edital marcou o pregão eletrônico para o dia 10 de outubro.
Mais Palocci
Marcos Bezerra/Futura Press
Há muito mais conteúdo explosivo contido nas delações feitas pelo ex-ministro de Lula e de Dilma Antônio Palocci. De acordo com quem já viu e analisou a maior parte do material, há diversos detalhes de negociações, e a investigação feita pela Polícia Federal encontrou farta quantidade de documentos que comprovam o que Palocci conta.
Preocupação da PF
Como foi a primeira delação homologada pela PF e não pelo Ministério Público, que chegou a negá-la alegando que não tinha novidades, havia grande preocupação na corporação para que seu conteúdo não fosse frustrante, o que poderia inviabilizar outros casos. Antes de fechar o acordo, os policiais que ouviram Palocci garantiram: “Não há esse risco”.
Vídeo baratinho
©Divulgação
Para o provável segundo turno, Jair Bolsonaro deve contratar uma produtora de vídeo bem em conta para fazer seus vídeos. A ideia do PSL é gastar, no máximo, R$ 200 mil com esse tipo de serviço. O trabalho será apenas de edição. Bolsonaro seguirá gravando vídeos com celulares, como vem fazendo desde o início da campanha.





Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira


Matéria bem interessante a meu ver acha que os candidatos deveriam se inteirar melhor dos problemas do país e da nação antes de prometer mil coisas que eles não são capazes de resolver, a promessa gera expectativa no povo que já está cansado de ver os interesses próprios desses candidatos que visam apenas um lado de melhoria a não ser o deles, acho que o povo deve realmente fazer uma reflexão inteligente e não eleger quem visa apenas os próprios interesses e o povo que se dane depois das eleições. O país está afundado, nenhum desses candidatos que estão se apresentando vão resolver coisa alguma, temos que priorizar primeiro à mudança do nosso sistema político, respeitar a pátria, e vestir a nossa bandeira como verdadeiros patriotas, assim teremos uma nova chance de reconstruir nosso País sem corrupção e extinguíamos esses políticos velhos que já mamam nas nossas tetas há anos.


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Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira
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