segunda-feira, 31 de agosto de 2015

EI destruiu parte do templo mais importante de Palmira na Síria




As ruínas históricas da cidade síria de Palmira foram alvos de ataques do grupo Estado Islâmico nas últimas semanas
Os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) destruíram uma parte do templo de Bel, considerado o mais importante da antiga cidade de Palmira na Síria, informaram uma ONG e militantes.
Em 23 de agosto, os jihadistas, que ocupam amplas regiões do país em guerra civil, destruíram o templo de Baalshamin, o segundo mais importante de Palmira de acordo com o Museu do Louvre em Paris.
A ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) informou que os extremistas colocaram explosivos no domingo dentro do templo de Bel e destruíram parcialmente o edifício.
Mohamed Hasan al-Homsi, um militante de Palmira, também afirmou que o templo foi destruído parcialmente.
"Utilizaram recipientes e barris repletos de explosivos, preparados com antecedência", afirmou.
Mas o diretor geral de Antiguidades e de Museus da Síria, Maamun Abdelkarim, afirmou que não tinha condições de confirmar a informação.
"Sempre circulam este tipo de rumores sobre as ruínas, mas temos que ter cuidado com as informações", disse Abdelkarim, que confirmou a destruição do templo de Baalshamin.
Palmira, que fica na província de Homs, região central da Síria, é considerada patrimônio da humanidade pela Unesco. A localidade foi conquistada em maio pelo EI, que destruiu várias joias arqueológicas no Iraque, país vizinho da Síria, no qual também está bem implantado.
Depois assumir o controle de Palmira, o EI espalhou minas em junho na cidade antiga e executou mais de 200 pessoas.

Lula defende volta da CPMF e diz que tributo nunca deveria ter sido extinto

Em visita tumultuada, Lula reafirma disposição para concorrer à presidência em 2018
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu neste sábado a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para financiar a saúde e disse que o tributo, extinto em 2007, nunca deveria ter acabado. Lula falou a uma plateia lotada durante um debate no Seminário Internacional Participação Cidadã, Gestão Democrática e as Cidades no Seculo 21, promovido pela prefeitura de São Bernardo do Campo.

Lula defendeu o governo Dilma Rousseff e disse que vai aparecer mais para que a oposição deixe a presienta em paz. O ex-presidente afirmou que tem evitado dar palpites e entrevistas porque ex-presidentes devem ficar calados e aprender a viver com o título.

“Ontem fazia cinco anos que eu não dava uma entrevista, mas resolvi começar a falar mais, viajar, dar entrevista. Vou ver se dão um pouco de sossego para a Dilma e começam a se incomodar comigo outra vez. Eu aprendi uma coisa: você só consegue matar um pássaro se ele ficar parado no galho olhando para você. Se ele ficar voando de galho em galho, é mais difícil. Então eu vou voar”, afirmou o ex-presidente.

O ex-presidente do Uruguai José Pepe Mujica, que também participou do seminário, ressaltou que não há democracia sem partidos políticos, que são a vontade coletiva de grupos que têm o sonho de construir coisas melhores. “Não há homens imprescindíveis, há causas imprescindíveis. Por maior que seja o homem, nunca será tão grande se tão tiver um grupo de pessoas por trás lhe dando força. Os partidos lutam pelo amanhã, pela utopia”, afirmou Mujica.

Mujica, que exerce atualmente mandato de senador, disse que é preciso lutar por partidos republicanos e que os dirigentes aprendam a viver como a maioria da população, e não como a minoria.

“Não se pode separar a economia da ética, da filosofia, porque o homem tem que sonhar, imaginar e caminhar fazendo o melhor e o que lhe dá conteúdo nesta vida, como indivíduo e sociedade. Não podemos mudar o mundo, mas podemos mudar um pouco de nós", afirmou Mujica. Segundo o senador, se a mudança começar, sobretudo os que estão nos partidos vão entender que não devem visar ao próprio enriquecimento
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Espanhola Telefónica diz estar ganhando mercado no Brasil

SANTANDER, Espanha (Reuters) - A operadora de telecomunicações espanhola Telefónica está ganhando participação de mercado no Brasil, onde controla a Telefônica Brasil, dona da marca Vivo, disse o diretor operacional José Maria Alvarez-Pallete a jornalistas, ao minimizar a recessão econômica no país.
O Brasil é um dos maiores mercados para muitas empresas espanholas, incluindo Santander, Repsol e Iberdrola.
A economia brasileira entrou em recessão no segundo trimestre, em sua maior desaceleração em aproximadamente três décadas.
A Telefónica fechou acordo no ano passado para a compra da operadora de banda larga GVT da francesa Vivendi, parte de uma tentativa de se expandir na América Latina, uma região que responde por cerca da metade das receitas da companhia.
"Estamos ganhando participação de mercado no Brasil", disse Alvarez-Pallete a jornalistas em uma conferência em Santander.
"Os atuais problemas da economia brasileira são temporários. O Brasil está no caminho certo, e no curto e médio prazos o Brasil se sairá bem."
(Por Andres Gonzalez)

Confiança do comércio tem 4ª queda seguida em agosto e atinge menor nível histórico, diz FGV

SÃO PAULO (Reuters) - O Índice de Confiança de Comércio (Icom) recuou 4,1 por cento em agosto na comparação com julho, caindo pela quarto mês consecutivo e atingindo o menor nível da série histórica, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira.
Em agosto, o Icom marcou 86,1 pontos, ante 89,8 pontos no mês anterior, quando apresentou queda de 0,9 por cento.
"A deterioração da percepção sobre o nível atual de demanda mostra que o comércio continua enfrentando dificuldades no terceiro trimestre", disse em nota o superintendente-adjunto para ciclos econômicos da FGV/IBRE, Aloisio Campelo Jr.
O Índice da Situação Atual (Icom), segundo a FGV, recuou 12,1 por cento em agosto sobre o mês anterior, para 56,5 pontos, o menor nível da série iniciada em março de 2010. O Índice de Expectativas (Icom) ainda conseguiu ficar em território positivo, com leve alta de 0,4 por cento, a 115,7 pontos.
(Por Camila Moreira)

CPIs de Cunha fecham o cerco contra o PT, mas não atingem parlamentares Comissão da Petrobras mira Dirceu e Vaccari. E a do BNDES quer convocar Lula

Luciano Coutinho, na CPI do BNDES. / ANTONIO CRUZ (AG. BRASIL)
O PT é o foco. É dessa forma que duas das principais Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) instaladas na Câmara dos Deputados com o apoio do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), têm atuado nos últimos dias. A da Petrobras mira diretamente o partido ao convocar o ex-ministro José Dirceu e o tesoureiro afastado da legenda João Vaccari Neto para deporem na próxima semana. O ex-presidente Lula também pode ser chamado, segundo requerimento de um dos integrantes. A do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pretende atingir os dois governos petistas ao intimar para esclarecimentos todos os presidentes do banco estatal desde 2003, entre eles  Guido Mantega, que foi o ministro da Fazenda por quase nove anos. Juntas, as duas querem, de alguma maneira, chegar ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que nesta sexta-feira admitiu, pela primeira vez, que poderia voltar a participar de uma disputa presidencial em 2018. O deputado Alexandre Baldy (PSDB-GO) anunciou neste domingo (30) que vai apresentar requerimento na segunda para convocar Lula.
“No momento que atravessamos, o PT é um alvo permanente em todas as frentes políticas. E na CPI não seria diferente”, analisou Luiz Sérgio, deputado petista pelo Rio de Janeiro e relator dessa comissão da Petrobras.A CPI da Petrobras vai interrogar boa parte dos que estão ao redor de Lula e representam ou representaram o partido que ele ajudou a fundar. Além de Dirceu e de Vaccari, estão previstos depoimentos do megaempreiteiroMarcelo Bahia Odebrecht, da construtora Odebrecht, e de Alexandrino Alencar, o diretor dessa mesma empresa que foi flagrado em um grampo Polícia Federal conversando com Lula sobre o BNDES. A Odebrecht é uma contumaz doadora eleitoral de vários partidos, inclusive do PT. Já Alencar era um dos representantes da empreiteira mais próximos ao ex-presidente, sendo ele o responsável por organizar as viagens internacionais que o petista fez a convite da construtora.
Ao mesmo tempo, nenhuma das duas CPIs tem o objetivo de expor, punir ou ao menos investigar com maior profundidade deputados ou senadores que já foram citados em esquemas criminosos como o que desviou ao menos 6 bilhões de reais da Petrobras e foi descoberto pela operação Lava Jato. Nenhum dos 23 deputados nem dos 13 senadores (entre eles os presidentes das duas Casas de leis, Eduardo Cunha e Renan Calheiros) que estão na ativa serão chamados para se explicar na CPI da Petrobras. É o que garante o relator Luiz Sérgio.
“A Câmara já tem um foro criado para investigar os deputados, que é a Corregedoria, que envia as informações para a Comissão de Ética. Se nas investigações encontrarmos irregularidades de parlamentares, comunicamos a Corregedoria, mas não vamos nos aprofundar nessa questão porque não podemos pedir a cassação de nenhum mandato”, explicou.
A semelhança entre as duas CPIs é que elas são comandadas por peemedebistas fiéis aliados de Cunha, Hugo Motta (PB) e Marcos Rotta (AM), e relatadas por membros da base governista. A principal diferença entre elas é que a primeira trabalha em cima de fatos públicos, a maioria descobertos pela operação Lava Jato, enquanto a outra se baseou em suposto uso político de recursos do banco estatal para financiar obras no Brasil e no exterior.
A CPI da Petrobras tem sido usada  para tentar desmentir delatores que entregaram os políticos
“As denúncias que temos são apenas suposições de irregularidades. Começamos um trabalho do zero”, explicou o relator da CPI do BNDES, José Rocha (PR-BA). Apesar de ser o responsável pelo relatório que vai nortear o trabalho dessa comissão, Rocha viu uma manobra de Cunha para lhe tirar poder. Foram criadas quatro subcomissões, sendo que três delas foram entregues a oposicionistas que atacam diretamente o Governo Dilma Rousseff.
Outra característica da CPI da Petrobras é que ela tem sido usada desde fevereiro deste ano para tentar desmentir delatores que entregaram os políticos, como Eduardo Cunha, acusado de achaques para receber propinas milionárias. A comissão até contratou uma empresa de investigação, a Kroll, por 1 milhão de reais, para levantar informações sobre os personagens chaves que desencadearam a operação Lava Jato: o doleiro Alberto Youssef, o lobista Julio Camargo, que denunciou Cunha, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, o ex-gerente Pedro Barusco, o empresário Augusto Mendonça, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, entre outros.
Até o momento, não conseguiram  êxito. Pelo contrário. Na semana passada, durante uma acareação entre dois desses colaboradores, os réus Alberto Youssef, doleiro operador do esquema, e Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Petrobras, foram reavivadas informações de que outros políticos estariam envolvidos nos desvios da estatal, entre eles, o oposicionista PSDB, como o ex-senador Sergio Guerra (morto em 2014) e o senador Aécio Neves, informação que o partido refuta. Yousef chegou a travar um diálogo curioso com o deputado Celso Pansera (PMDB-RJ), que integra a CPI, quando este lhe perguntou sobre as reclamações do doleiro, de que estaria sofrendo intimidações de membros da comissão.
Pansera insistiu, durante o depoimento ao vivo, que Yousef dissesse a quem ele se referia. “Olha, é Vossa Excelência”, respondeu Youssef, citando requerimentos feitos pelo deputado para convocar as filhas do delator para a CPI. “Vossa Excelência sabe que as minhas filhas nunca foram investigadas, elas nunca participaram de nenhum esquema fraudulento, ou tiveram contas-fantasma ou qualquer coisa que seja. Mas Vossa Excelência insiste nisso, em me intimidar e desvirtuar a situação”, continuou Yousef. “Vossa Excelência sabe que está errado. Eu estou aqui para elucidar situações sobre a Petrobras, e contratos que eu participei, para colaborar com a verdade. O deputado reagiu dizendo que se sentia ameaçado.
Agora, a CPI corre contra o tempo para terminar. “Se não acabarmos a CPI no prazo previsto (23 de outubro) corremos o risco de ela se voltar contra si própria, como aconteceu na acareação da última semana”, disse Luiz Sergio.
As denúncias que temos são apenas suposições de irregularidades. Começamos um trabalho do zero
Deputado José Rocha (PR-BA), relator da CPI do BNDES
Já a do BNDES, segundo o relator, não quer ser tão midiática. “Não queremos que ela seja usada como palanque político. Temos de nos prender aos critérios técnicos. Senão, não vamos chegar a lugar nenhum”, avaliou José Rocha.

Influência política

Na semana que passou, o economista Luciano Coutinho, que há quase oito anos preside o BNDES, foi à CPI que investiga o banco e negou qualquer interferência política na escolha das empresas financiadas no Brasil e no exterior. A suspeita surgiu por conta de empréstimos para empreendimentos na Venezuela, em Cuba e em países africanos. Também por conta de falsos rumores de que um dos filhos de Lula, Fábio Luís Lula da Silva (o Lulinha), seria sócio da JBS-Friboi, uma das empresas que mais recebeu recursos do BNDES nos últimos anos. Requerimentos tentando convocar Lula e seu filho para deporem nesta comissão chegaram a ser apresentados, por deputados, mas não prosperaram até o momento.
Por outro lado, antes mesmo de ser convocado pela CPI, Coutinho já havia se colocado à disposição dos deputados para esclarecer qualquer dúvida dos parlamentares. A estratégia é se mostrar o mais transparente possível. A mudança de comportamento do BNDES ocorreu apenas neste ano, depois que surgiram os rumores de que o banco seria o próximo alvo da Polícia Federal, o que não ocorreu até agora. Foi só em 2015 que o BNDES começou a publicar parte das informações referentes às empresas financiadas.
Outra alteração no cenário político-econômico foi a inesperada movimentação de parte do alto empresariado brasileiro. Três congressistas da base dilmista ouvidos pela reportagem disseram que, em princípio, surpreenderam-se com as manifestações de apoio a um pacto pela governabilidade assinado no início do mês pelas federações das indústrias do Rio de Janeiro e de São Paulo, assim como comemoraram a aproximação da presidenta com representantes de algumas das principais empresas nacionais. Nas últimas duas semanas, por exemplo, Rousseff se reuniu com empresários em Pernambuco, Ceará, Bahia e recebeu lideranças empresariais em Brasília. A razão, na opinião desses parlamentares, seria o temor de terem seus nomes expostos de maneira negativa pela CPI do BNDES. Afinal, boa parte deles foi financiada pelo banco público.

Morre brasileiro comandante de missão da ONU no Haiti General do Exército, José Luiz Jaborandy Júnior tinha 57 anos. Militar ocupava o cargo desde março do ano passado.

General Jaborandy discursa durante evento no Haiti (Foto: UN)

General Jaborandy discursa durante evento no Haiti (Foto: UN)
Morreu neste domingo (30), aos 57 anos, o general do Exército, José Luiz Jaborandy Júnior, comandante militar da missão da ONU no Haiti. O brasileiro assumiu a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah) em 15 de março do ano passado em substituição ao general Edson Leal Pujol.
Jaborandy também já serviu como assessor parlamentar do Gabinete do Comandante do Exército. Além de ter sido observador militar do Grupo de Observação das Nações Unidas na América Central (Onuca), em 1991, e da Missão de Observação das Nações Unidas em El Salvador (Onusal), em 1992.A informação da morte foi confirmada ao G1 pelo filho do militar. Jaborandy teria sofrido um infarto fulminante durante uma viagem do Haiti a Manaus, onde iria conhecer sua neta, nascida há poucos meses. Ainda não há informações sobre o funeral do general.

Carreira
Antes de atuar no Haiti, a última missão de Jaborandy foi comandar a 8ª Região Militar, em Belém (PA), ligada ao Comando Militar do Norte. Ele ingressou no Exército Brasileiro em 1976 e se formou pela Escola de Comando e Estado-Maior do Brasil e pelo Instituto de Estudos Superiores Militares de Portugal.

(*) Colaborou G1 AM

CPI da Petrobras vai a Curitiba ouvir presos da Operação Lava Jato Ex-ministro da Casa Civil José Dirceu será ouvido nesta segunda-feira (31). Comitiva de deputados realizará sessões da CPI na cidade até quinta (3).

José Dirceu é preso pela PF na Operação Lava Jato (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)José Dirceu foi preso pela PF na 17ª fase da
Operação Lava Jato (Foto: Dida Sampaio/Estadão
Conteúdo)
Integrantes da CPI da Petrobras começam a ouvir presos da Operação Lava Jato a partir desta segunda-feira (31), em Curitiba. A comitiva de deputados deve ficar na cidade até quinta-feira (3) para, além de ouvir os presos, fazer acareações entre eles. As sessões serão realizadas às 9h, no prédio da Justiça Federal.
Esta é segunda vez que os parlamentares vão à capital do Paraná para ouvir investigados que estão detidos na cidade. A primeira vez foi em maio.
Entre os presos que serão ouvidos, já nesta segunda, está o ex-ministro José Dirceu, que foi preso na 17ª fase da operação, no dia 3 de agosto. Segundo o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal , Dirceu participou da instituição do esquema de corrupção da Petrobras quando ainda estava na chefia da Casa Civil, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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Também serão ouvidos nesta segunda-feira: Jorge Luiz Zelada, ex-diretor da Área Internacional da Petrobras; Otávio Marques de Azevedo e Elton Negrão de Azevedo, executivos da Andrade Gutierrez; e João Antônio Bernardi, funcionário da empresa Saipem.