sábado, 9 de setembro de 2017

Os R$ 51 milhões são só do Geddel? Ou é faturamento do quadrilhão?



  • 09/09/2017
Já faz tempo que os procuradores responsáveis pela operação Cui Bono desconfiavam que o grupo conhecido como “PMDB da Câmara” poderia ter um “tesouro perdido”. Em suas delações, executivos da Odebrecht, da JBS e de outras empresas revelaram uma quantidade de propina que não batia com os valores encontrados nas contas no Brasil e no exterior dos políticos envolvidos nos crimes.

A hipótese de que o montante estivesse sendo guardado em espécie surgiu após o doleiro Lúcio Funaro contar que fez várias viagens em seu avião particular ou em voos fretados para entregar malas de dinheiro para o ex-ministro Geddel Vieira Lima.


NA SALA VIP – Funaro foi específico em seu depoimento: disse que as entregas aconteciam na sala VIP do hangar da Aerostar, no aeroporto de Salvador (BA). Que, pelo menos duas vezes, fez paradas rápidas na cidade para deixar malas ou sacolas de dinheiro com Geddel.
O que surpreendeu a Polícia Federal e o Ministério Público foi a quantidade de dinheiro. Pelas contas iniciais, esperavam encontrar R$ 15 milhões. Acharam R$ 51 milhões. E faz sentido que esse dinheiro estivesse com Geddel. O empresário Joesley Batista contou em sua delação que o ex-ministro era o “arrecadador” do PMDB da Câmara.
O grupo parece ter uma predileção por dinheiro vivo. O ex-deputado Rodrigo da Rocha Loures, homem da “estrita confiança” do presidente Michel Temer e indicado por ele para substituir Geddel na interlocução com o empresário, foi gravado pela PF correndo com uma mala de dinheiro.

QUADRILHEIROS – Não é segredo quem são os principais integrantes do “PMDB da Câmara”: Geddel Vieira Lima, Eduardo Cunha, Henrique Eduardo Alves, Eliseu Padilha, Moreira Franco e Michel Temer. Por essas maluquices que só acontecem no Brasil, os três primeiros estão na cadeia, enquanto os três últimos seguem no Palácio do Planalto.
Com exceção de Cunha, que já estava a caminho do presídio da Papuda na época, Temer nomeou os amigos de décadas para cargos estratégicos depois do impeachment de Dilma Rousseff. Coube a Geddel a sensível Secretaria de Governo, que faz a articulação política.
O baiano só caiu em desgraça após o então ministro da Cultura, Marcelo Calero, acusá-lo de fazer pressão para liberar a construção de um prédio em uma área tombada de Salvador.

ERA UMA BOBAGEM… – Nas palavras de Temer na famosa gravação feita por Joesley, era uma “bobagem, sem consequência nenhuma” e “aquele idiota (o então ministro Marcelo Calero) aproveitou para fazer um Carnaval”. Pois é. Perto de guardar R$ 51 milhões de propina em dinheiro, realmente a denúncia de Calero parece uma bobagem.
Com suas digitais espalhadas pelo apartamento e pelas malas, Geddel não tem como negar a posse da fortuna e voltou para a cadeia. Agora cabe a ele esclarecer se esse dinheiro é só seu ou se, além de arrecadar, também guardava a grana para os comparsas.

Na primeira hipótese, é provável que existam outros “tesouros” escondidos por aí. Na segunda, é preciso que Geddel diga de quem são esses R$ 51 milhões.

Geddel: Acusado De Desvios Desde 1983, Em Seu Primeiro Cargo Público.




  • 09/09/2017
Aos 25 anos, recém- saído da faculdade de Administração de Empresas, Geddel Vieira Lima assumia seu primeiro cargo público. Era 1983, e ele foi indicado para o posto de diretor da corretora de valores do Banco Estadual da Bahia (Bandeb). Começava ali também uma sucessão de denúncias de corrupção contra o ex-ministro, preso na sexta-feira pela Polícia Federal, que lhe renderia os apelidos de “Geddel 20%”, “agatunado” e “boca de jacaré”, em referência ao “grande apetite por negociatas”, segundo explicação de um político baiano.
Bastou um ano para uma auditoria interna do Bandeb mostrar um desvio de cerca de R$ 2,7 milhões (em valores atualizados) da corretora, fruto de um esquema que teria beneficiado Geddel, seu irmão, o hoje deputado Lúcio Vieira Lima, seu pai, o ex-deputado Afrísio Vieira Lima, e sua mãe, Marluce. Todos os envolvidos negam a acusação de que usaram o banco público para ter rendimentos acima das taxas de mercado. A única punição a Geddel foi a demissão, em 1984.



Por Aguiasemrumo:Romulo Sanches de Oliveira.

É como eu sempre digo: Político e Representante na vida pública corrupto devem ser enxergado com o mesmo ódio e repulso que enxergamos os assassinos, estupradores ou os pedófilos. Pois é isso que eles são, a escória da humanidade. Suas ações corruptas dão inicio a acontecimentos trágicos para a nossas vidas, a criança, a idosa que morre de fome, Os animais domésticos que são membros da família que passam por todas as dificuldades em um país prospero como o nosso, foi porque um vagabundo desses surrupiou milhões para sua conta. A idosa que morre na fila de um hospital por falta de médicos, leitos e remédios foram porque um vagabundo desses meteu a mão nos cofres públicos. A mulher que é estuprada na esquina por falta de uma viatura policial foi porque um político patife desviou milhões para sua conta fantasma no exterior, para comprar carrões, iates e joias caras para sua prostituta de luxo. Eles são a causa primária desse degradante efeito borboleta.. Político corrupto é o pior bandido que possa existir na face da terra. Suas atitudes decidem o que será de nossas vidas, o que será de nosso país?


Um imperador Romano já dizia: O PIOR DOS CRIMINOSOS É  O LADRÃO  DO DINHEIRO PUBLICO....PRQ ROUBAM DE TODOS....

Dirceu Manda Indireta E Diz Que Prefere Morrer A Delatar Como Palocci




  • 09/09/2017
Do ex-ministro José Dirceu sobre as declarações de Antônio Palocci no depoimento prestado ao juiz Sergio Moro:
“Só luta por uma causa quem tem valor. Os que brigam por interesse têm preço. Não que não me custe dor, sofrimento, medo e às vezes pânico. Mas prefiro morrer que rastejar e perder a dignidade”, afirmou.


A declaração foi publicada na coluna Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. Segundo a nota, Dirceu disse que Palocci semre batalhou pelos próprios interesses, não por uma causa coletiva.
A declaração de Dirceu remete a uma frase de Dias Gomes, na peça O Santo Inquérito: “Há um mínimo de dignidade que não se pode negociar. Nem mesmo em troca do sol, nem mesmo em troca da liberdade”.

Chico Pinheiro: Geddel, dos R$ 51 milhões, é Temer




  • 09/09/2017

O ex-ministro Geddel Vieira Lima voltou a ser preso, na manhã desta sexta-feira (8), em Salvador, três dias após a Polícia Federal encontrar mais de R$ 51 milhões, atribuídos a ele, em um apartamento. Duas viaturas da PF estiveram no condomínio residencial onde Geddel cumpria prisão domiciliar, no Bairro da Barra, região nobre da capital baiana. A prisão ocorreu pouco antes das 7h.

O ex-ministro Geddel Vieira Lima foi encaminhado para o Aeroporto de Salvador, de onde viaja a Brasília e ficará à disposição da Justiça.

O Ministério Público Federal (MPF) faz parte da força-tarefa denominada Greenfield, que cumpre dois mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão. Todos ocorrem em Salvador e fazem parte de mais uma fase da Operação Cui Bono, que investiga desvios de recursos em vice-presidências na Caixa Econômica Federal. O segundo mandado de prisão foi emitido contra o superintendente da Defesa Civil de Salvador, Gustavo Ferraz.
O pedido de prisão de Geddel argumenta a necessidade de medidas para evitar “a destruição de elementos de provas imprescindíveis à elucidação dos fatos”. Após a solicitação, o juiz federal Wallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal em Brasília, autorizou o cumprimento dos mandados, para recolher provas de crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Na última terça-feira (5), a Polícia Federal apreendeu malas e caixas de dinheiro, em um apartamento na Graça, em Salvador. O proprietário, Sílvio Silveira, confirmou em depoimento, que emprestou o imóvel a Geddel, que teria pedido para guardar pertences do pai, que morreu no ano passado. Até a manhã de hoje, Geddel cumpria prisão domiciliar.

Decisão judicial

A decisão do juiz Wallisney contém 14 páginas e foi assinada ontem (7). Os mandados de busca e apreensão determinaram a ida da PF ao endereço de Geddel, ao endereço da mãe do ex-ministro e da residência de Gustavo Ferraz. O documento explica que Ferraz é apontado como pessoa indicada por Geddel para buscar, em 2012, “valores ilícitos” remetidos por um emissário do ex-presidente da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha.
O despacho cita que os R$ 51 milhões “certamente têm origem ilícita” e que “há fortes indícios” de que o valor pertence a Geddel. Os indícios apontados pelo juiz federal são faturas em nome de uma funcionária do irmão de Geddel, o deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), e o depoimento prestado pelo dono do apartamento da Graça, onde foi encontrado o dinheiro. Sílvio Silveira confirmou o empréstimo a Geddel, para que guardasse pertences do pai, que morreu no ano passado. Além disso, o juiz menciona que a PF localizou “fragmentos de impressões digitais” de Geddel e de Gustavo Ferraz, no dinheiro apreendido.

Operação Cui Bono

A primeira fase da Operação Cui Bono foi deflagrada pela PF em 13 de janeiro deste ano e investigou esquema de fraude na liberação de créditos da Caixa Econômica Federal no período entre 2011 e 2013. De acordo com a investigação, entre março de 2011 e dezembro de 2013, a vice-presidência de Pessoa Jurídica da instituição era ocupada por Geddel Vieira Lima.
A investigação da Operação Cui Bono – expressão latina que em português significa “a quem beneficia?” – é um desdobramento da Operação Catilinárias, deflagrada em dezembro de 2015, no âmbito da Operação Lava Jato, quando policiais federais encontraram um telefone celular na residência do então presidente da Câmara dos Deputados, o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que revelou intensa troca de mensagens eletrônicas entre Cunha e Geddel. A operação tinha a finalidade de evitar que provas importantes fossem destruídas por investigados da Lava Jato.

Defesa

Após o cumprimento de prisão preventiva, a defesa do e-ministro informou, em nota, que se manifestará “somente quando tiver acesso aos autos”. Segundo informou o advogado de Geddel, Gamil Föppel, ele ainda não teve acesso aos documentos que são mencionados no decreto de prisão.

Na mesma nota, o advogado lamenta que o direito de defesa “seja tão reiteradamente desrespeitado”, porque alega que o acesso “a elementos de prova, já documentado nos autos” não pode ser impedido.



sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Janot Quer ‘Quadrilhão’ Do PMDB Fora Do Senado E Cobra R$ 200 Milhões



  • 09/09/2017
Ao denunciar os senadores da cúpula do PMDB Edison Lobão (MA), Jader Barbalho (PA), Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR) e Valdir Raupp (RO) e os ex-senadores José Sarney (AP) e Sérgio Machado (CE), por organização criminosa, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, cobrou dos peemedebistas R$ 100 milhões a título de danos morais e R$ 100 milhões para reparar os cofres da Petrobrás e da Transpetro.
Na denúncia contra o ‘quadrilhão do PMDB’, levada nesta sexta-feira, 8, ao Supremo Tribunal Federal, ainda consta requerimento para que eles percam seus cargos públicos.

Espaço Aberto Animal : Amor de Bicho não tem Preço 18/08/2016

Janot denuncia Romero Jucá por organização criminosa





CORRUPÇÃO


PGR aponta que atuais e ex-senadores do PMDB receberam R$ 864,5 milhões em propina paga por fornecedores da Petrobras

Por Folha Web
Em 08/09/2017 às 19:00

Denunciados negam irregularidades. Jucá responde a 14 inquéritos no STF (Foto: Pesquisa por imagem)

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (8) denúncia contra políticos do PMDB do Senado.
Foram denunciados os senadores Romero Jucá(RR), Edison Lobão (MA), Jader Barbalho (PA), Renan Calheiros (AL) e Valdir Raupp (RO), além do ex-senador e ex-presidente José Sarney. Também foi denunciado o ex-senador pelo PSDB e ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.
De acordo com as investigações, os sete políticos receberam R$ 864,5 milhões em propina paga por fornecedores da Petrobras e sua subsidiária Transpetro (veja mais abaixo nesta reportagem).
A acusação aponta crime de organização criminosa, cuja pena varia entre 3 a 8 anos de prisão, além de multa.
Para a PGR, há indícios de que o grupo mantinha controle sobre as diretorias Internacional e de Abastecimento da Petrobras, além da Transpetro, para angariar propinas de fornecedores da estatal.
Além da pena de prisão, Janot quer que os atuais senadores percam seus mandatos e que todos paguem R$ 200 milhões, metade como devolução de desvios e outra metade como indenização por danos morais. O restante do valor desviado poderá ser cobrado em outros processos, segundo a PGR.
O que dizem os denunciados - Em nota, o senador Romero Jucá afirmou que "acredita na seriedade do STF ao analisar as denúncias apresentadas pelo PGR" e que "espera, contudo, celeridade nas investigações."
Também em nota, o senador Renan Calheiros informou que "para criar uma cortina de fumaça tentando desviar o assunto e encobrir seus malfeitos, o procurador-geral começa a disparar mais denúncias defeituosas."
"Essa é mais uma tentativa de vincular-me aos desvios criminosos da Petrobras, me denunciando várias vezes pela mesma acusação. Ocorre que eu nunca mantive qualquer relação com os operadores citados e o procurador já sabe disso", afirmou Calheiros.
O senador Jader Barbalho disse que a denúncia "é uma cortina de fumaça lançada por Janot, nos seus últimos dias de PGR, para confundir a opinião pública, depois que ele beneficiou a J&F com imunidade processual, inexistente na legislação."
Fonte: O Globo