segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Receita libera consultas ao 6º lote do Imposto de Renda 2016 nesta terça

08/11/2016 00h00 - Atualizado em 08/11/2016 00h00

Constam no lote 2,2 milhões de contribuintes, que receberão R$ 2,6 bilhões.
Quem não estiver nesse lote, e nem no de dezembro, está na malha fina.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília

Acadêmicos estão realizando declaração gratuitamente (Foto: Magda Oliveira/G1)Consulta ao sexto lote será liberada nesta terça-feira (8). (Foto: Magda Oliveira/G1)
Receita Federal  libera às 9h desta terça-feira (8) as consultas ao sexto lote de restituições do Imposto de Renda 2016 e a lotes residuais, de quem caiu na malha fina, de 2008 a 2015.
Estão incluídos nesse sexto lote de restituição do IR deste ano 2.207.477 contribuintes, totalizando R$ 2,6 bilhões em restituições. O pagamento será feito no dia 16 de novembro.
Quem não estiver neste lote de novembro do Imposto de Renda, nem no de dezembro, que é o último deste ano, está automaticamente na malha fina do Leão, ou seja, quando a declaração é retida para verificação de inconsistências.
Considerando também os lotes residuais (para quem havia caído na malha fina, mas regularizou a situação com o Fisco), o pagamento será feito para 2,24 milhões de pessoas neste mês, no valor de R$ 2,75 bilhões.
"Desse total, R$  68.281.658,86 referem-se ao quantitativo de contribuintes de que trata o
Art. 69-A da Lei nº 9.784/99, sendo 14.710 contribuintes idosos e 2.026 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave.", acrescentou a Receita Federal.
 
IMPOSTO DE RENDA
Tudo sobre o IR 2016
Receita Federal lembrou que há ainda o aplicativo para tablets e smartphones que facilita consulta às declarações do IRPF e situação cadastral no CPF, diretamente nas bases de dados da Receita Federal.
Ordem de recebimento
Após o pagamento das restituições para contribuintes idosos e com deficiência física, mental ou moléstia grave, as restituições serão pagas pela ordem de entrega da declaração do Imposto de Renda, desde que o documento tenha sido enviado sem erros ou omissões.
Geralmente, são liberados sete lotes do IR a cada ano, entre junho e dezembro. Os valores das restituições do Imposto de Renda são corrigidos pela variação dos juros básicos da economia, atualmente em 14% ao ano. Em 2016, o Fisco recebeu quase 28 milhões de declarações de Imposto de Renda até 30 de abril – o prazo legal.
Malha fina
No fim de abril, a Receita Federal informou que 716 mil declarações já estavam retidas na malha fina do IR devido a inconsistências das informações prestadas. Nos últimos anos, a omissão de rendimentos foi o principal motivo para cair na malha fina, seguido por inconsistências na declaração de despesas médicas.
Para saber se está na malha fina, os contribuintes podem acessar o "extrato" do Imposto de Renda no site da Receita Federal no chamado e-CAC (Centro Virtual de Atendimento). Clique aqui para acessar o e-CAC
Para acessar o extrato do IR é necessário utilizar o código de acesso gerado na própria página da Receita Federal, ou certificado digital emitido por autoridade habilitada.
Após verificar quais inconsistências foram encontradas pela Receita Federal na declaração do Imposto de Renda, o contribuinte pode enviar uma declaração retificadora. Quando a situação for resolvida, o contribuinte sai da malha fina e, caso tenha direito, a restituição será incluída nos lotes residuais do Imposto de Renda

Saúde do DF transfere pacientes para implantar prótese de quadril em Goiás

07/11/2016 21h13 - Atualizado em 07/11/2016 21h13

Acordo prevê 90 operações, incluindo 30 pacientes que já estão internados.
Material não foi comprado em 2015 por falta de dinheiro, segundo o GDF.

Do G1 DF

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal decidiu transferir para a rede pública de Goiás 90 pacientes que aguardam cirurgias para implantar próteses no quadril. O governo do DF não conseguiu comprar os materiais no ano passado, por falta de verba, e celebrou convênio com o governo goiano para as cirurgias.
O "pacote" de 90 procedimentos inclui os prontuários dos 30 pacientes que já estão internados na rede pública à espera das próteses – as outras 60 cirurgias ainda serão definidas. A decisão do Colegiado de Gestão da Secretaria de Saúde foi publicada no Diário Oficial do DF desta segunda (7).
Assinada pelo secretário Humberto Fonseca, a resolução prevê "transferência de até 90 pacientes via Tratamento Fora de Domicílio (TFD) [...] ou transporte de urgência de acordo com o quadro clínico do paciente informado pelos Superintendentes das Regiões de Saúde do Distrito Federal, para realização de cirurgia ortopédica".
O valor do convênio não está estabelecido – segundo a deliberação, as cirurgias devem ser detalhadas ao GDF, que fará o pagamento posteriormente. A expectativa da pasta é de que os procedimentos sejam feitos ainda nesta semana.
Sem próteses
A secretária-adjunta de Saúde, Eliene Berg, afirmou à TV Globo nesta segunda que o edital de licitação para a compra de novas próteses de quadril já foi publicado. A previsão da pasta é que os materiais cheguem ao estoque em até 60 dias. Com isso, as cirurgias no DF só devem ser retomadas no início de 2017.
Em maio de 2015, a Secretaria de Saúde "encontrou" próteses, pinos, parafusos e marcapassos hospitalares armazenados em hospitais da rede pública. O material era suficiente para 50 anos de abastecimento, mas estava mal armazenado e perto do prazo de validade.
O então secretário de Atenção à Saúde, José Tadeu Palmieri, afirmou à época que o governo tentava combater esse tipo de prática, e classificou o estoque desordenado como "desperdício de dinheiro público".
"O que nós estamos fazendo é procurar uma solução de logística que não permita que isso continue acontecendo. Isso é desperdício de dinheiro público. Faltando tanta coisa, inclusive na área de órtese e prótese, nós não podemos ter itens faltando enquanto tem outros sobrando. Tem que ter equilíbrio nesse sentido", afirmou
.

Hillary e Trump percorrem vários estados em último dia de campanha

07/11/2016 20h03 - Atualizado em 07/11/2016 21h36

Projeção Reuters/Ipsos dá à democrata 90% de chances de ganhar.
Republicano começou o dia na Flórida e encerrou em Michigan.

Do G1, em São Paulo
Donald Trump em Saratosa, na Flórida, e Hillary Clinton em Pittsburgh, na Pensilvânia, sorriem durante comícios no último dia da campanha presidencial, na segunda (7) (Foto: Reuters/Carlo Allegri/ Justin Sullivan/Getty Images/AFP)Donald Trump em Saratosa, na Flórida, e Hillary Clinton em Pittsburgh, na Pensilvânia, sorriem durante comícios no último dia da campanha presidencial, na segunda (7) (Foto: Reuters/Carlo Allegri/ Justin Sullivan/Getty Images/AFP)
Na véspera da eleição que irá definir o próximo presidente dos EUA, os dois principais candidatos, Donald Trump e Hillary Clinton, cumpriram uma extensa agenda, atravessando diversos estados e tentando atrair os ainda indecisos.
Também na segunda-feira, uma pesquisa do Projeto Estados da Nação, da Reuters/Ipsos, apontou que a candidata democrata tem 90% de ganhar. Segundo a avaliação, qualquer virada de Trump depende de uma improvável combinação de reviravoltas de eleitores brancos, negros e hispânicos em seis ou sete Estados.
As duas campanhas concentraram suas últimas horas em estados que não são tradicionalmente fieis a um partido específico, os “swing estates”, onde a predominância democrata ou republicana varia a cada eleição.

Trump começou o dia em Saratosa, na Flórida, estado decisivo por seu grande colégio eleitoral, e onde as pesquisas apontam um empate técnico. Ele depois seguiu para Raleigh, na Carolina do Norte, e Scranton, na Pensilvânia. À noite, ainda discursa em mais dois estados, onde tem a companhia de seu vice, Mike Pence. Os dois sobem ao palco juntos em Manchester, New Hampshire, e Grand Rapids, Michigan.

Antes de se encontrar com Trump para os eventos da noite, Pence também fez comícios sozinho, em Duluth, Minnesota, Traverse City, em Michigan e Erie, na Pensilvânia.
Já Hillary contou com diversos colaboradores em seus últimos eventos de campanha. Ela fez quatro comícios, em Oakland, na Pensilvânia, Allendale, Michigan, Raleigh, na Carolina do Norte, onde teve a companhia do marido, Bill, e da filha, Chelsea, e em Filadélfia, na Pensilvânia, onde foi acompanhada pela família e também pelo presidente Barack Obama e pela primeira dama, Michelle Obama.

Já o candidato à vice democrata, Tim Kaine, fez dois comícios na Carolina do Norte e dois em cidades do estado de Virginia. Bill Clinton falou em outra cidade da Carolina do Norte, Al Gore discursou em duas cidades do Colorado, o vice-presidente, Joe Biden, esteve em Tallahassee e St. Petesburg, na Flórida, e Obama fez comícios em Ann Harbor, Michigan, e Durham, New Hampshire.

Na terça, Hillary e Trump irão votar no estado de Nova York, onde permanecerão para acompanhar a votação e o anúncio do resultado, que deve ser feito nas primeiras horas da quarta-feira.
Donald Trump brinca com uma máscara no palco de um comício em Saratosa, na Flórida, na segunda (7) (Foto: Reuters/Carlo Allegri)Donald Trump brinca com uma máscara no palco de um comício em Saratosa, na Flórida, na segunda (7) (Foto: Reuters/Carlo Allegri)
Ambos têm festas programadas na cidade para comemorar a possível vitória. A de Trump está marcada para o hotel New York Hilton Midtown e a de Hillary será no Jacob K. Javits Convention Center.
Pesquisas
Em uma série de pesquisas divulgadas nesta segunda, Hillary Clinton lidera as intenções de voto. O site Real Clear Politics lista oito pesquisas onde os eleitores não consideraram outros candidatos além dos dois, e Trump aparece na frente em apenas uma, do LA Times/USC Tracking, com vantagem de 5 pontos.
Nas outras sete, Hillary lidera por uma margem que vai de 1 ponto (IBD/TIPP Tracking) a 7 pontos (NBC News/SM). CBS News, Fox News dão a ela 4 pontos de vantagem, Bloomberg e ABC/Washington Post apontam 3 e Monmouth 6.
A projeção dos 90% de chances de vitória de Hillary, segundo a Reuters, indica que ela estava a caminho de obter 303 votos no Colégio Eleitoral, ante os 235 de Trump, chegando aos 270 necessários para a vitória.
As chances de Trump estão em sua performance na Flórida, Michigan, Carolina do Norte e Ohio, que tinham a disputa ainda muita acirrada para que se pudesse prever uma definição no domingo, quando a pesquisa foi encerrada, e na Pensilvânia, onde Hillary tem uma pequena vantagem de 3 pontos percentuais. Para que Trump vença, ele precisa vencer na maioria desses Estados.
Qualquer combinação de duas perdas nos três Estados da Flórida, Michigan e Pensilvânia, praticamente garantiria a vitória a Hillary. Ao mesmo tempo, Trump precisa conseguir a vitória no Arizona, Estado tradicionalmente republicano, em que a corrida eleitoral está apertada, e esperar que o candidato independente Evan McMullin não vença em outro baluarte republicano, Utah.
Para vencer, Trump precisa de um resultado maior entre os eleitores republicanos brancos do que a que se materializou em 2012, uma queda no número de eleitores afroamericanos e um aumento menor que o previsto no número de eleitores hispânicos, mostrou a projeção.
O Projeto Estados da Nação é um levantamento feito junto a 15 mil pessoas todas as semanas nos 50 Estados norte-americanos, mais a capital Washington D.C..
Hillary Clinton durante evento de campanha em Pittsburgh, na Pensilvânia, na segunda (7)  (Foto: Justin Sullivan/Getty Images/AFP)Hillary Clinton durante evento de campanha em Pittsburgh, na Pensilvânia, na segunda (7) (Foto: Justin Sullivan/Getty Images/AFP)

Força de um candidato é a fraqueza do outro no duelo de propostas nos EUA

Edição do dia 07/11/2016
07/11/2016 21h39 - Atualizado em 07/11/2016 21h39

Eleição é uma das mais polarizadas dos últimos anos nos EUA. Diferença de posicionamento entre os candidatos democrata e republicano é acentuada.


Nesta terça-feira (8), os Estados Unidos vão eleger o seu 45º presidente. E, como acontece desde 2004, o Jornal Nacional acompanha esse momento histórico na cidade onde estão jornalistas do mundo todo.
A importância do cargo de presidente dos Estados Unidos, por si, justifica a presença da imprensa mundial em Washington. Mas essa eleição tem um grau de interesse maior por causa da polarização da disputa. A diferença de posicionamento entre os candidatos democrata e republicano em 2016 é muito mais acentuada. A campanha eleitoral deste ano tem uma agressividade muito grande.
Os eleitores que participam dos comícios têm perfis diferentes, mas principalmente os discursos dos candidatos são muito diferentes.  No sábado (5) à noite, a equipe do JN foi ao comício da Hillary Clinton, na Filadélfia. O tema geral dos discursos era, basicamente, o de que Hillary é a candidata mais preparada, mais experiente no trato dos grandes temas nacionais e internacionais, e que vai cuidar do bem-estar social, da saúde, da educação.
Teve discursos de artista, teve show de Katy Perry, uma estrela pop, uma jovem, e o público era muito diversificado. Não tinha uma característica predominante que saltasse aos olhos.
Já no domingo (6), no comício de Trump, era tudo muito diferente. A equipe do JN foi para Leesburg, no estado da Virgínia. O local do comício era uma espécie de parque de exposições com acesso por uma alameda estreita. A polícia bloqueou esse acesso num determinado momento e a equipe teve que ir a pé. Foi parecido com o que aconteceu com a equipe do JN em 2008, num comício de Obama.
O comício de Trump tem diferenças muito claras em relação ao da Hillary. No dele, os discursos eram só de políticos. Não tinha artista. O tema que mais se repetiu era o de reafirmação dos Estados Unidos como uma potência militar que precisa ser respeitada e do uso dessa força militar. É um discurso agressivo: “vamos esmagar esse terror dos radicais islâmicos como se deve”, “vamos construir o muro na fronteira com o México”, “vamos recuperar os empregos que os chineses nos tiraram nos últimos anos”.  E palavras de ordem e cartazes contra Hillary: "Lock her up"  (prendam-na), “Ela mente, os e-mails não”, “Impeachment para o Obama” e “Vamos fazer a América ser grande de novo”.
Também teve discurso de Oliver North, que foi um militar envolvido em operações secretas e ultra polêmicas na década de 1980. Hoje ele é um comentarista político aliado com os republicanos. E o público chamava atenção por uma coisa: era todo de pessoas brancas, de 3 a 4 mil. Os organizadores falavam em 9 mil. E a nossa equipe só viu um homem negro. Ele estava trabalhando, parecia ser um funcionário do centro de exposições.

Trump chegou com umas três horas de atraso, passava da meia-noite. Falou por muito mais tempo do que Hillary no comício dela e foi festejado como um herói ou um super-herói. Teve gente que passou muitas horas de pé para vê-lo de perto. Numa eleição com a população dividida, é possível sentir que aquilo que o eleitor de Trump vê como um ponto forte dele, o eleitor de Hillary enxerga como maior defeito do Trump e vice-versa.
À esquerda, pelo Partido Democrata, Hillary Clinton, 69 anos, mulher, advogada, ex-primeira-dama, ex-secretária de Estado, ex-senadora.
À direita, pelo Partido Republicano, Donald Trump, 70 anos, bilionário do ramo da construção civil, ex-astro de televisão.  
O cientista político Ian Bremmer acha que "os dois têm personalidades e experiências que são, ao mesmo tempo, fatores positivos ou negativos para os diferentes grupos de eleitores".
Donald Trump conquistou milhões de eleitores investindo na imagem de um candidato que diz tudo o que pensa, que é autêntico, que é sincero. Mas para outros milhões de eleitores, isso é assustador, porque o discurso dele é de xenofobia, de racismo, de intolerância.
Algumas declarações dele nessa campanha espantaram o mundo. Trump chamou os mexicanos de traficantes, criminosos, estupradores. E, do jeito dele, fez uma ressalva para aliviar. Disse que "alguns são boas pessoas”.

Bremmer explica que o americano médio que quer votar em Trump vê o candidato como a resposta para tudo que está errado com Washington. Alguém que diz o que pensa mesmo que isso crie problemas.
Cada movimento da campanha de Hillary Clinton costuma ser muito estudado, muito cuidadoso. Ela não é uma candidata de sair muito do script. Isso ajuda a explicar por que nas pesquisas de opinião a candidatura dela é vista como mais segura, menos arriscada. Só que para as pessoas que querem mudar tudo na política, isso não chega a ser uma vantagem.
“Para quem acredita que o sistema é corrupto, arcaico e não funciona, ela é a candidata mais integrada ao sistema que você pode ter", diz Bremmer. "Isso pode ser negativo para ela", acrescenta.
Trump cultiva a imagem do não-político e faz questão de ressaltar que é rico, muito rico, bilionário.
O cientista político explica que essa imagem, para muitos eleitores, representa a concretização do sonho americano.
"Trump é uma pessoa com quem o americano médio consegue se identificar, é ‘gente como a gente’. Pode ser uma sensação falsa, mas faz sucesso principalmente com os eleitores brancos de nível educacional mais baixo”, afirma.
Mas o currículo do magnata tem manchas. Uma sequência de pedidos de falência ou a revelação de que, no período de um ano, perdeu quase US$ 1 bilhão.
Na secretaria de Estado, Hillary viajou o mundo como a diplomata mais graduada dos Estados Unidos por quatro anos. Ela estava no centro das tomadas de decisão quando tropas de elite mataram Osama bin Laden.
Mas os críticos lembram fracassos americanos no Iraque e na Síria e a formação do grupo terrorista Estado Islâmico nos últimos anos.
O ataque ao posto diplomático em Benghazi, na Líbia, é visto não só como falha, mas como uma tentativa da então secretária de Estado de enganar o público ao demorar a reconhecer que o país tinha sofrido um atentado.
A falta de confiança do eleitorado em Hillary é uma das maiores fraquezas dela. E ter usado um e-mail pessoal para tratar de assuntos de governo alimentou a imagem de uma candidata pouco transparente.
Só que o adversário dela também causa essa mesma impressão.
"O problema com Trump é o nível de incerteza sobre o tamanho do estrago que ele pode causar se virar presidente", diz Ian Bremmer. "Com Hillary, o problema é que as pessoas consideram que ela não é confiável porque acha que as regras não se aplicam a ela", acrescenta.
E isso tudo ajuda a explicar por que depois de mais de um ano de campanhas com ataques pessoais e escândalos, mais da metade dos americanos não gosta de Hillary, e uma parcela maior ainda rejeita Trump
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Piauiense de 25 anos é o juiz federal mais jovem do Brasil

Pedro-Felipe-de-Oliveira
Um jovem de 25 anos é o juiz federal mais jovem do Brasil. Ele foi aprovado em primeiro lugar no concurso do Tribunal Regional Federal da Primeira Região que oferecia 29 vagas e teve 8,3 mil inscritos, atraídos pelo salário de quase R$ 22 mil. O candidato, Pedro Felipe de Oliveira Santos, nasceu em Teresina, no Piauí, em 1987. O site Folha Dirigida foi o primeiro a divulgar a aprovação dele. Segundo o portal, especializado em concursos públicos, ele é filho único de pais servidores públicos. A notícia começou a ser vinculada neste sábado, 29, nas redes sociais.
Ele deixou um recado: “O candidato jamais se sentirá integralmente preparado. O conteúdo é vasto. Estuda-se Constitucional, esquecem-se alguns detalhes de Administrativo; volta-se para Administrativo, esquecem-se outros temas essenciais de Direito Penal, e assim por diante. Nunca me senti 100% em nenhuma prova. Não tenho dúvidas de que isso seria humanamente impossível. No meu caso, embora aprovado em primeiro lugar, fico tenso ao me recordar de uma série de conteúdos que ainda considero não ter aprendido a contento, e que certamente serão objeto de profunda revisão até a posse. Ainda conforme a Folha Dirigida, Pedro Felipe já foi aprovado em diversos concursos como de técnico do Ministério Público da União, do Tribunal Superior Eleitoral e do Tribunal Regional da 1ª Região, procurador do estado de Alagoas e defensor público do Piauí. Atualmente, exercia o cargo de defensor público da União em Brasília (DF), onde estudou Direito na Universidade de Brasília (UnB), entre 2004 e 2009. Sobre o sucesso, explicou: Não devemos ter medo de ‘dar a cara a tapa’. É preciso perder o receio da reprovação, de ser zoado pelos colegas, de decepcionar os familiares ou a si.

Tesoureiro de Serra aderiu à repatriação de recursos


Parte do dinheiro do caixa dois de R$ 23 milhões de Serra, foi transferida por meio de uma conta na Suíça





POLÍTICA IRREGULARIDADEHÁ 1 HORAPOR NOTÍCIAS AO MINUTO


O empresário e banqueiro Ronaldo Cezar Coelho, apontado pela Odebrecht como um dos operadores de R$ 23 milhões repassados pela construtora, via caixa dois, à campanha presidencial de José Serra (PSDB-SP) em 2010, aderiu ao programa de repatriação de recursos do governo.

De acordo com a coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo, parte do dinheiro do caixa dois de Serra foi transferida por meio de uma conta na Suíça. Serra nega irregularidades. Coelho não se manifestou até agora. "Advogados de Ronaldo Cezar Coelho também não se manifestaram sobre a repatriação já que a operação está protegida por sigilo.
Brasileiros que admitiram manter recursos não declarados no exterior e pagaram impostos e multas estão anistiados de crimes como sonegação, falsificação de documentos, falsidade ideológica e evasão de divisas. O perdão das irregularidades está previsto na lei que permitiu a repatriação. No total, 25.114 brasileiros e 103 empresas regularizaram R$ 169,9 bilhões."

Em quantas guerras EUA estão envolvidos (e o que muda com novo presidente)?

BBC
07/11/2016 09h48 - Atualizado em 07/11/2016 09h51

Forças americanas atuam em pelo menos sete países; segundo analistas, operações podem se intensificar se Hillary for eleita.

João FelletBBC
Soldados norte-americanos do 3º Regimento de Cavalaria participam de um exercício de artilharia em uma base operacional na província de Laghman, no Afeganistão (Foto: Lucas Jackson/Reuters)Soldados norte-americanos do 3º Regimento de Cavalaria participam de um exercício de artilharia em uma base operacional na província de Laghman, no Afeganistão (Foto: Lucas Jackson/Reuters)
Formalmente, os Estados Unidos não declaram guerra contra outro país desde 1941, quando o Congresso americano aprovou uma ofensiva contra o Japão durante a Segunda Guerra Mundial.
Desde então, porém, forças americanas atuaram em dezenas de conflitos mundo afora e hoje estão envolvidas em pelo menos sete (confira a lista abaixo), nos quais muitas vezes se valem de veículos aéreos não tripulados (drones) para atacar seus alvos.
Em pelo menos um dos conflitos, na Síria, os dois principais candidatos à Presidência, Donald Trump e Hillary Clinton, prometem intensificar os ataques contra o grupo autointitulado Estado Islâmico.
Hillary é vista como mais intervencionista que Barack Obama: quando era secretária de Estado de seu governo, ela por vezes colidiu com o chefe ao defender uma linha mais dura nos conflitos no Iraque, Afeganistão e na Síria.
Analistas avaliam que, se chegar à Casa Branca, ela poderá ampliar as operações militares americanas, ainda que venha a seguir as linhas gerais da política externa de Obama.
As ideias de Trump quanto à participação dos EUA em conflitos no exterior são ambíguas. Ele defende que os EUA integrem uma coalizão internacional que promova operações "agressivas" contra o Estado Islâmico e promete modernizar as forças americanas. Por outro lado, costuma criticar o envolvimento dos EUA na Guerra da Líbia e intervenções em outros países.
O empresário também prega que os EUA reduzam os gastos militares na Ásia.
Veja abaixo os principais conflitos que mobilizam forças americanas com que o próximo presidente terá de lidar.
1) Síria
Desde 2014, os Estados Unidos lideram uma coalizão que combate o Estado Islâmico e outros grupos envolvidos na guerra civil da Síria. Os EUA participam da operação com aviões, mísseis e drones.
Em setembro, dois aviões e um drone americanos bombardearam por engano bases do Exército da Síria, matando 62 soldados e ferindo ao menos 100. Os EUA reconheceram o erro (militares disseram a jornalistas que buscavam atacar o Estado Islâmico). Os EUA também fornecem treinamento e armas a grupos locais.
2) Iraque
Após quase nove anos de ocupação iniciada com a guerra que derrubou o líder Saddam Hussein, em 2003, tropas americanas deixaram o Iraque em 2011. Em 2014, porém, os EUA voltaram a atacar alvos no país como parte da ofensiva contra o Estado Islâmico na região.
O grupo extremista controla áreas ao norte de Bagdá, como a cidade de Mossul (desde outubro, forças americanas integram uma ofensiva que tenta recapturar a cidade). Desta vez, a intervenção americana tem o respaldo do governo iraquiano.
3) Afeganistão
Iniciada após os ataques de 11 de setembro de 2001, a Guerra do Afeganistão se encerrou formalmente em 2014, mas até hoje milhares de soldados americanos e de outros países da Otan(aliança militar do Atlântico Norte) permanecem no país. As tropas apoiam forças afegãs no combate ao Talibã, grupo que, mesmo após 14 anos de ofensiva, ainda controla várias partes do país.
Em outra frente, militares americanos combatem insurgentes associados ao Estado Islâmico, que começou a atuar no Afeganistão em 2014 incorporando combatentes que deixaram o Talibã e outros grupos.
4) Paquistão
Os EUA promovem ataques de drones no Paquistão desde 2004. As ações se intensificaram no governo Barack Obama. Segundo o Bureau of Investigative Journalism, organização baseada em Londres, dos 424 ataques ordenados pelos EUA desde 2004, 373 ocorreram sob a presidência de Obama.
As operações são conduzidas pela CIA, a agência de inteligência do governo americano, e se concentram na fronteira do país com o Afeganistão, em áreas tribais sob influência da Al-Qaeda e do Talibã Paquistanês.
5) Líbia
Em 2011, uma coalizão integrada pelos EUA derrubou o governo de Muamar Khadafi. Desde então, o país se fragmentou e passou a ser controlado por milícias rivais - entre as quais o Estado Islâmico.
Os EUA hoje combatem forças do grupo no país. Em agosto, militares americanos passaram a conduzir ataques de drones na Líbia a partir da Jordânia. A ofensiva - que também contou com milícias locais - conseguiu limitar o domínio do Estado Islâmico a alguns bairros da cidade costeira de Sirte.
Soldados americanos no norte do Afeganistão  (Foto: Reuters)Soldados americanos no norte do Afeganistão (Foto: Reuters)
6) Iêmen
Em 2002, os EUA começaram a usar drones para atacar bases da Al-Qaeda no Iêmen. Desde 2015, o país na Península Arábica se tornou ainda mais instável com uma guerra entre forças leais ao governo do presidente Abdrabbuh Mansour Hadi e milícias aliadas ao movimento rebelde Houthi.
Segundo o Bureau of Investigative Journalism, desde 2002, os EUA promoveram entre 137 e 157 ataques de drones no Iêmen, que mataram entre 581 e 848 pessoas. Entre todos os mortos, segundo o órgão, ao menos 101 eram civis.
7) Somália
Em 2007, os EUA começaram a usar mísseis e navios para atacar alvos da Somália. As forças americanas dizem combater bases do grupo extremista Al Shabaab, que disputa o controle do país com o governo central em Mogadíscio, apoiado pelos EUA.
Nos últimos anos, os EUA também passaram a usar drones nos ataques no país. Segundo o Bureau of Investigative Journalism, desde 2007 houve entre 32 e 36 ataques de drones, dos quais 11 ocorreram nos nove primeiros meses de 2016.