terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Devotos fazem cortejo em homenagem a Iemanjá no Rio

02/02/2016 10h57 - Atualizado em 02/02/2016 11h36

Eles caminharam da Lapa em direção à Praça XV.
Durante o cortejo, também foi pedido o fim da intolerância religiosa.

Do G1 Rio
Cortejo em homenagem a Iemanjá  (Foto: Elisa de Souza / G1)Cortejo em homenagem a Iemanjá (Foto: Elisa de Souza / G1)
Devotos acompanharam na manhã desta terça-feira (2) um cortejo em homenagem a Iemanjá, que seguiu da Lapa em direção à Praça XV. Entre cantos e homenagens, também foi pedido o fim da intolerância religiosa contra as religiões de matriz africana.

Bruna Maimone, de 27 anos, é atriz e devota e diz ir todos os anos ao cortejo. "Esse ano, vou pedir saúde para a minha filha de três meses", contou. Já Tainá Machado, de 26 anos é atriz e diz que sua devoção é antiga. "Sou da umbanda, filha de Oyá, mas minha mãe de santo é filha de Iemanja e eu louvo a Iemanja hoje e sempre"
Devotos fizeram homenagem a Iemanjá no Centro do Rio (Foto: Elisa de Souza / G1)Devotos fizeram homenagem a Iemanjá no Centro do Rio (Foto: Elisa de Souza / G1)

Também nesta terça-feira, será realizada uma procissão no mar, onde a CCR Barcas disponibilizará uma barca especial saindo às 13h da Praça XV para acompanhar o passeio até Niterói. A viagem dura duas horas e, depois, volta para o Rio.
Cortejo do Filhos de Ghandi na Cinelândia  (Foto: Elisa de Souza / G1)Cortejo do Filhos de Ghandi na Cinelândia (Foto: Elisa de Souza / G1)
Público acompanhava o cortejo de Filhos de Ghandi (Foto: Elisa de Souza / G1)Público acompanhava o cortejo de Filhos de Ghandi (Foto: Elisa de Souza / G1)

Flores em homenagem a Iemanjá no mar da Praia de Copacabana (Foto: José Raphael Berrêdo / G1)Flores em homenagem a Iemanjá no mar da Praia de Copacabana (Foto: G1)
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Gmail chega a 1 bilhão de usuários 11 anos após lançamento

02/02/2016 10h17 - Atualizado em 02/02/2016 10h57

Serviço foi lançado em um 1º de abril e muita gente achou que era mentira.

Outros serviços do Google já atingiram marca, como YouTube e Maps.

Do G1, em São Paulo
Gmail, serviço de correio eletrônico do Google. (Foto: Divulgação/BBC)Gmail, serviço de correio eletrônico do Google. (Foto: Divulgação/BBC)
A Alphabet, controladora o Google, anunciou nesta segunda-feira (1º) que o Gmail chegou a um bilhão de usuários no quarto trimestre de 2015.
Atingir a marca de um bilhão de usuários foi um feito alcançado pelo WhatsApp e também anunciado nesta segunda pelo Facebook . Outros serviços do Google já conseguiram isso, como Chrome, Google Play, YouTube, Android, Maps e a busca.
As informações sobre o número de usuários de seus produtos foram divulgadas pela Alphabet em seu primeiro relatório financeiro após o Google ter modificado a estrutura da empresa em agosto de 2015. A controladora do Google anunciou ter faturado US$ 21,33 bilhões no quarto trimestre, 17,8% sobre o mesmo período do ano anterior.
Após o fechamento dos mercados, as classes de ações combinadas da Alphabet valiam US$ 568 bilhões, mais do que as da Apple, com valor de mercado de US$ 535 bilhões. Com isso, a Alphabet se tornou a companhia mais valiosa do mundo.
Gmail, pegadinha
Um dos mais tradicionais serviços do Google, o Gmail só conseguiu alcançar a marca após quase 12 anos do lançamento. Nesse período, o Gmail viu seu principal concorrente de então, o Hotmail, deixar de existir para se transformar no Outlook.com.
O serviço de correio eletrônico do Google foi lançado em 2004 no sugestivo 1º de abril, data na qual a empresa apresenta uma série de ferramentas absurdos para embarca na onda das zoeiras do “Dia da Mentira”. Muita gente achou que era pegadinha.
Reformulação do Google (Foto: Arte/G1)

WhatsApp alcança 1 bilhão de usuários 'Quase uma em cada sete pessoas na Terra', comenta Zuckerberg. 'Poucos serviços conectam mais de um bilhão de pessoas', frisou.

Da France Presse

Ícone do aplicativo de conversa Whatsapp em um smartphone (Foto: Fábio Tito/G1)Ícone do aplicativo de conversa Whatsapp em um smartphone (Foto: Fábio Tito/G1)
O serviço de mensagens instantâneas WhatsApp, que pertence ao Facebook, alcançou a marca de 1 bilhão de usuários, de acordo com uma publicação do presidente-exeucitvo e cofundador da rede social, Mark Zuckerberg.
"Um bilhão de pessoas estão usando o WhatsApp agora", disse Zuckerberg em uma publicação em sua página do Facebook. "Existem poucos serviços que conectam mais de um bilhão de pessoas", frisou.

"Isso é quase uma em cada sete pessoas na Terra que usa WhatsApp todo mês para estar em contato com seus amados, amigos e família", disse o time do WhatsApp em um post de seu blog.
O número de pessoas usando o WhatsApp mais que dobrou desde que o Facebook, baseado na Califórnia, comprou o serviço em transação concluída por US$ 22 bilhões no final de 2014, de acordo com Zuckerberg.
Após comprar o WhatsApp, o Facebook tornou o serviço completamente gratuito. O próximo passo, de acordo com Zuckerberg, foi facilitar o uso do serviço para os negócios. Levar o WhatsApp para o intercâmbio entre negócios e consumidores tem o potencial de criar oportunidades de lucro para o Facebook.
Recentes relatórios da mídia indicam que o Facebook está trabalhando nos bastidores para integrar o WhatsAppp de forma mais adequada à rede social líder no mundo, fornecendo a capacidade de compartilhar informação entre os serviços
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Fim do Java plug-in: por que a web 'pura' é melhor e mais segura Terça-feira, 02/02/2016, às 11:00, por Altieres Rohr

Se você tem alguma dúvida sobre segurança da informação (antivírus, invasões, cibercrime, roubo de dados etc.) vá até o fim da reportagem e utilize o espaço de comentários ou envie um e-mail para g1seguranca@globomail.com. A coluna responde perguntas deixadas por leitores no pacotão, às quintas-feiras.

40% dos usuários usa uma versão vulnerável do Flash, e 30% uma versão vulnerável do JavaA web está passando por uma importante e positiva mudança: os chamados "plug-ins" - programas criados para "aumentar" as funcionalidades dos navegadores - estão, aos poucos, entrando em extinção. A lista de tecnologias que se tornarão obsoletas em um futuro próximo engordou na semana passada com o anúncio da aposentadoria do plug-in do Java.

Plug-ins são, por natureza, uma gambiarra. Eles foram criados para que sites de internet pudessem realizar funções que os navegadores não eram capazes de realizar apenas com tecnologia própria. Isso tem um impacto direto na segurança, pois a segurança de um programa tem a ver com a sua capacidade de limitar sua funcionalidade. É mais difícil deixar um programa seguro quando ele realiza muitas ações e não há muito que um navegador pode fazer para manter os plug-ins seguros.

Muitos ataques têm se aproveitado disso. Plug-ins como o Flash e Java funcionam em praticamente todos os navegadores. Um ataque contra eles funciona contra quase qualquer internauta. E eles têm sido o principal alvo dos criminosos.

É importante esclarecer que um plug-in é diferente de uma extensão de navegador. A extensão tem como objetivo principal oferecer recursos ao usuário. Os plug-ins oferecerem recursos aos sites.

Quando navegadores não eram capazes de exibir animações, criou-se um plug-in para animações. O mesmo aconteceu com vídeo e áudio. Depois apareceram concorrentes nessas categorias - programas para fazer mais ou menos a mesma coisa, mas de outro jeito. Microsoft e a Sun Microsystems tiveram a ideia de integrar melhor o navegador ao sistema operacional, de onde nasceram os plug-ins do Java e do ActiveX, ambos altamente inseguros e explorados frequentemente para a instalação de programas indesejados ou até vírus.

Mesmo fora da área de segurança, essa bagunça teve inúmeras consequências negativas. Sites deixavam de ser compatíveis com todos os navegadores quando determinados plug-ins não estavam disponíveis.

Os plug-ins, claro, tiveram alguma razão de existir. Navegadores web não tinham atualizações constantes pelo menos até a metade da década de 2000. Hoje, eles têm atualizações tão frequentes que quase não se fala mais em número de versão. Quem quer saber que estamos no Chrome 48 ou no Firefox 43?

As coisas mudaram. Navegadores evoluem em um ritmo acelerado, trazendo ainda avançados recursos de segurança e isolamento em suas próprias funções - e esses recursos nem sempre são compatíveis com os plug-ins que, além de desempenhar suas funções, precisam manter funcionando o canal de comunicação com o navegador, o que nem sempre é trivial.

Os retardatários passaram a ser os plug-ins. Os mecanismos de atualização deles tendem a ser inferiores aos utilizados pelos navegadores. Tanto usuários como equipes de TI de empresas têm mil dores de cabeça para gerenciar tantas atualizações: atualizar o navegador não basta, pois, se um único plug-in não for atualizado, o computador continua vulnerável. A situação piora ainda mais quando uma versão nova de um plug-in é incompatível com o site que precisa dele, levando alguns internautas a se arriscarem com versões antigas.

Uma web livre de plug-ins pode permitir que os navegadores utilizem melhor seus recursos de segurança. Também viabiliza um ambiente mais previsível para os internautas - plug-ins não usam elementos de interface iguais aos dos navegadores e, portanto, tendem a ser pouco intuitivos. Quantas fraudes na web fizeram uso da ideia de que "você precisa instalar um plug-in para exibir este conteúdo"? A ausência de influência de um programa externo também tende a deixar o navegador mais estável, o que significa menos travamentos.

Janela fraude Flash
Mensagem fraudulenta exibida por site infectado para download do plug-in do Flash. (Foto: Reprodução)

Finalmente, uma web sem plug-ins pode facilitar a compatibilidade de sites para uso em qualquer dispositivo, seja PC, tablet ou celular. E não temos nada a perder - os navegadores hoje já são capazes de reproduzir áudio e vídeo e de processar animações. É difícil pensar, nesta altura, em algo negativo.

Que venha a web sem plug-ins.

Imagem: Logo do Java e Flash (Reprodução)

Moro suspende prazo das alegações finais da defesa na ação da Odebrecht Pessoas ligadas à empresa são rés em processo que surgiu na Lava Jato. Informações da Suíça foram enviadas para o Brasil de maneira incorreta. Bibiana Dionísio e Thais Kaniak Do G1 PR

Marcelo Odebrecht, presidente da construtora Odebrecht e réu na Operação Lava Jato, sorri durante sessão da CPI da Petrobras em Curitiba. Ele se recusou a falar sobre o processo judicial e negou a possibilidade de assinar acordo de delação premiada (Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters)Marcelo Odebrecht é réu na Lava Jato e está preso
desde junho de 2015 (Foto: Rodolfo Buhrer/
Reuters)
02/02/2016 15h48 - Atualizado em 02/02/2016 16h43
O juiz federal Sérgio Moro determinou a suspensão do prazo para as alegações finais da defesa na ação penal que envolve a empreiteira Odebrecht. A decisão é desta terça-feira (2) e foi tomada porque, conforme Moro, informações da Suíça foram enviadas para o Brasil de maneira incorreta.
A apresentação das alegações finais é o último trâmite do processo antes da sentença do juiz.
A Justiça suíça avaliou que a forma como as informações sobre as contas da Odebrecht foram encaminhadas ao Brasil foi ilícita. De acordo com o documento, disponibilizado pelo Ministério Público Federal (MPF) já traduzido, é necessário verificar se a transmissão atendeu aos requisitos materiais de auxílio judicial internacional.
Na avaliação do MPF, a Odebrecht sofreu uma derrota judicial porque a decisão da Suíça deu o direito à empresa para "apenas" um recurso interno.De qualquer forma, a Justiça do país europeu não solicita a devolução das informações. "De todo modo, não existe obrigação fundamental, por parte do Estado rogante, de cooperar neste sentido, dado que o mesmo não pode ser responsabilizado por medidas falhas de órgãos públicos suíços", diz trecho da decisão da Justiça suíça. Isso significa, conforme o MPF, que a decisão não interfere na denúncia apresentada.
Odebrecht na Lava Jato
A Odebrecht foi alvo da 14ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada em junho de 2015. Desde então, pessoas ligadas à empresa, entre elas, Marcelo Odebrecht, presidente afastado da holding, estão detidas no Paraná.
De acordo com o MPF, a Odebrecht agia de forma mais sofisticada no esquema de corrupção e fraudes de licitações da Petrobras. Esse diferencial, conforme o MPF, estava no pagamento de propina a diretores da estatal via contas bancárias no exterior.
Petição
O pedido para a suspensão havia sido feito pela defesa de Márcio Faria da Silva, ex-diretor da Odebrecht que está preso desde junho do ano passado. "Peticiona a Defesa de Márcio Faria da Silva, juntando cópia de recente decisão do Tribunal Penal Federal da Suíça no sentido de que a remessa de documentos da conta em nome da off-shore Havinsur S/A, que tem como beneficiária econômica e controladora a Odebrecht, padeceria de irregularidade procedimental", consta na decisão de Moro.
A reportagem entrou em contato com a advogada Dora Cavalcanti Cordani, defensora de Márcio Faria da Silva, que ficou de retornar a ligação para comentar o assunto.
Questão complexa
Moro afirma no despacho que, "para resolver em definitivo tal questão relativamente complexa", é necessário ouvir o MPF local.
O juiz pede para que o MPF seja intimado com urgência, há que há acusados presos, para a manifestação sobre o ocorrido em três dias: "Na oportunidade, deverá apresentar cópia dos pedidos de cooperação ativo aos quais se reporta a decisão da Corte na Suíça ou outros documentos que possam ser relevantes para decisão da questão em foco".
Contas na Suíça
Uma investigação das autoridades suíças apontou que empresas do Grupo Odebrecht utilizaram contas bancárias naquele país para pagar propina a ex-diretores da Petrobras. Segundo o MPF, a Suíça informou que os pagamentos foram feitos a Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento; Renato Duque, ex-diretor de Serviços; Pedro Barusco, ex-gerente de Serviços; Jorge Zelada e Nestor Cerveró, ambos ex-comandantes da área Internacional.
De acordo com as informações da investigação suíça, os pagamentos aos dirigentes da Petrobras eram feitos por meio de subsidiárias da Odebrecht, como Smith&Nash, Arcadex, Havinsur, Golac e Sherkson. O dinheiro também transitava em contas intermediárias mantidas em offshores em outros países, como Panamá, Antigua e Barbuda e Áustria.

Ministra da Justiça quer reabrir tribunais, mas não diz quantos

Francisca Van Dunem acredita que reforma do mapa judiciário teve um "efeito perverso". Questionada pelos deputados da oposição, a ministra não adianta se vai reabrir todos os tribunais ou só alguns.
A ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, diz que a reforma dos tribunais realizada pela sua antecessora Paula Teixeira da Cruz teve um "efeito perverso", ao afastar as populações da justiça, e promete corrigir a situação, reabrindo edifícios fechados pela reforma do chamado mapa judiciário, que levou ao encerramento de 47 tribunais. Questionada pelos deputados da oposição, a ministra não adianta se vai reabrir todos os tribunais ou só alguns.
Na sua primeira audição na comissão parlamentar de direitos, liberdades e garantias, a decorrer esta terça-feira à tarde, a governante traçou um quadro pouco risonho da justiça portuguesa. Falou em estabelecimentos prisionais em que os reclusos vivem em condições "desumanas" , como em Lisboa, e na situação "tóxica" em que a reforma dos tribunais deixou a base do Ministério Público, por via da promoção e da transferência de muitos procuradores. 
Van Dunem assegurou que a reforma do mapa judiciário será "revisitada comarca a comarca, município a município", tanto mais que o novo desenho territorial teve "alguns efeitos perversos", ao alargar distâncias, afastando os tribunais das populações. A governante, ex-procuradora-geral distrital de Lisboa, salientou que os problemas detectados são mais acentuados nos tribunais de famílias e Menores. 
Acelerar o andamento dos processos nos tribunais é um dos objectivos de Francisca Van Dunem - que quer que os utentes da justiça sejam informados do prazo previsível de resolução das acções em que estão envolvidos. "Isso já é feito no tribunal de Vila Real", observou a ministra. Aproximar os tribunais das populações, obter uma maior resposta judicial e melhorar o tratamento de casos ligados à criminalidade mais grave e complexa são outras prioridades da governante, que tenciona anunciar em breve medidas destinadas a simplificar os procedimentos relacionados com os passaportes e cartões do cidadão. 
 Van Dunem alertou ainda os deputados para o congestionamento que atinge os tribunais administrativos e de comércio e para as dificuldades sentidas, por "juízes isolados", nos tribunais tributários, ao lidarem com processos complexos e de elevado valor. Admitiu a possibilidade de serem revistas as alçadas dos tribunais fiscais.
A governante reconheceu que a Polícia Judiciária precisa de reforços, mas sobretudo de outra "capacitação", designadamente no domínio da criminalidade económico-financeira.
Um dia após dar posse ao novo diretor dos serviços prisionais, Van Dunem reiterou que o sistema prisional está "violentamente pressionado" pela sobrelotação e pelas restrições orçamentais, observando que nos últimos anos registou-se um subfinanciamento das cadeias, tendo em 2015 as prisões perdido 29 milhões de euros. A magistrada de carreira admitiu que, em alguns estabelecimentos prisionais, as condições de detenção são "desumanas" e que o "Estado não tem o direito de privar a dignidade" aos reclusos, pelo que a questão deve preocupar todas as bancadas parlamentares.
A ministra justificou a abertura do concurso para formação de mais 126 magistrados com o défice destes profissionais, notando que, em 2015, nos tribunais judiciais 37 magistrados cessaram funções e outros sete estão em condições de se aposentarem. Alertou também para o facto de vários magistrados estarem muito perto de completar os 70 anos (idade máxima para o exercício de funções), designadamente no Supremo Tribunal de Justiça, pelo que renovação de quadros não pode ser negligenciada.
Questionada sobre a aplicação informática Citius, a ministra reconheceu que se trata de um "corpo frágil e pequeno", mas, segundo depoimento dos técnicos, está actualmente "estável e a funcionar", estando a registar melhorias no seu desempenho. A ministra falou ainda das custas judiciais, tendo referido que o aumento destas taxas, no passado recente, teve por objectivo bloquear e restringir o acesso aos tribunais como forma de evitar o seu "congestionamento". Não adiantou, contudo, medidas concretas para tornar a justiça menos onerosa para os cidadãos. Com Lusa

O PT, o partido que está acabando, começa a levar hoje ao ar o seu microfascismo passivo-agressivo de exaltação 02/02/2016 08h16 - Atualizado em 02/02/2016 10h23

Por Reinaldo Azevedo/Jovem Pan
fonte: Divulgação
Um dos filmetes acusa uma grande conspiração contra Lula, comandada por aqueles que não aceitariam a justiça social que ele praticou, mas o partido propõe, nos demais vídeos, que todos nos unamos, acima das diferenças
O PT começa a levar ao ar nesta terça-feira suas pequenas inserções do horário político gratuito. Serão veiculadas ainda nos dias 4, 6, 9 e 11 deste mês. Vão coincidir com a semana do Carnaval. Nem Lula, o homem mais honesto do mundo, segundo ele próprio, nem Dilma, a governanta mais capaz do mundo, segundo ela própria, estarão presentes. O Rei Momo também não vai dar as caras.
O programa de 10 minutos, com a ausência igualmente garantida da dupla, ficou para o dia 23. Vocês vão ter de esperar até lá para o panelaço, que servirá de esquenta para o grande ato em favor do impeachment, marcado para 13 de março. As inserções de 30 segundos reservadas para essas duas primeiras semanas dão conta dos desatinos que tomaram o partido. Eu diria que o PT resolveu aderir ao que poderia ser chamado de microfascimo passivo-agressivo de exaltação. Vamos ver.

Num dos filmetes, o presidente do PT, Rui Falcão, alquebrado além da conta para seus 72 anos, afirma, para a crença de ninguém — a não ser, talvez, da militância mais fanática e ignorante —, que Lula “tem sido alvo de ataques, provocações e perseguições”. Os maus seriam “os preconceituosos de sempre”, que estariam perseguindo o herói porque este lutou para “melhorar a vida do povo brasileiro”. Segundo Falcão, que fala com voz mansa, de quem conta uma historinha infantil, esses malvadões não aceitam que Lula continue a “morar no coração do povo brasileiro”. Ou por outra: investigar o petista é ser contra a justiça social. Entenderam? Alguém ainda cai nessa conversa?
Contra partidos
Um programa que é partidário, garantido pela legislação que dá às legendas o direito de ocupar os meios de comunicação, o que custa aos cofres públicos algo em torno de R$ 1 bilhão por ano, faz, vejam vocês, a apologia da despolitização. Um dos vídeos assegura que a tarefa dos brasileiros “é ajudar o país; não é para ficar brigando nem por poder nem por partido, não”. Os petistas querem que os brasileiros esqueçam que o país é governado pelo… PT.
Todos contra a crise
O mais estúpido dos textos, no que concerne à história, é um que assegura que a crise faz parte de todos os países e que estes só a venceram com trabalho e união. Logo, não critique nem conteste o governo. Vamos todos nos juntar. E então se listam os problemas que os brasileiros já venceram: “a escravidão, a ditadura, a hiperinflação e a pobreza extrema”. Os exemplos são tão despropositados que nem chegam a ser errados. Trata-se apenas de uma bobagem.
Se estamos todos juntos, contra quem vamos lutar
Quando eu era menino e pertencia a um grupelho de esquerda , contestávamos os que pregavam “união episódica com adversários da burguesia” com um refrãozinho: “Se estamos todos juntos/ contra quem vamos lutar?” Fiquei com vontade de cantarolá-lo de novo ao ver um dos vídeos. Um monte de gente com bandeiras coloridas, simbolizando diferenças de opinião, se junta alegremente para formar o mapa do Brasil. E diz o locutor ao fundo: “Todo mundo tem o direito de defender as suas ideias. Mas tem uma hora em que a gente tem de ser maior do que nós mesmos. Em que a gente precisa conversar, ir além das nossas opiniões”. Do ponto de vista lógico, é o mais bucéfalo, uma vez que sustenta, ora vejam, que defender uma ideia é, então, ser menor dos que nós mesmos e que, para conversar, é preciso abrir mão de uma opinião. Entenderam a que chamo de “microfascismo passivo-agressivo de exaltação?”
Patacoada
O PT que instituiu na luta política a guerra permanente do “Nós (eles) contra Eles (nós)”, descobriu agora as virtudes da união de forças.
Vai ver Dilma Rousseff não dá as caras no programa porque traria à memória dos brasileiros as acusações que fez a seu principal oponente em 2014, o tucano Aécio Neves. Ela o acusou de pretender pôr em prática algumas das medidas a que ela se viu obrigada em razão de erros cometidos no seu primeiro mandato e de outras bobagens feitas por seu antecessor. Na disputa, Dilma deixou claro que ela encarnava o “Bem” e que o outro representava o “Mal”.
“Ah, em disputa eleitoral, é assim mesmo!” Errado! Mentir com a determinação com que se mentiu na disputa de 2014 é coisa inédita na história brasileira e, creio, das democracias ocidentais.
A verdade
A verdade é bem outra. O caminho que o PT propõe é justamente aquele que não conduz a lugar nenhum porque significa um país incapaz de fazer escolhas.
Então um dos filmetes petistas acusa uma grande conspiração contra Lula, comandada por aqueles que não aceitariam a justiça social que ele praticou, e o partido propõe, nos demais vídeos, que todos nos unamos, acima das diferenças?.
A propósito: essa união implica garantir a Lula a inimputabilidade e a impunidade?
Lula está morto. E o PT está acabando.
Duas boas notícias.
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