sábado, 14 de novembro de 2015

Cavaco Silva endereça mensagem de pesar aos franceses

Mundo

O Presidente da República já enviou uma mensagem a François Hollande onde exprime a consternação em relação aos "hediondos ataques terroristas" em Paris.

14/11/2015 10h05 - Atualizado em 14/11/2015 10h05 Veja quais foram os ataques mais mortais na Europa Ataques em Paris nesta sexta são os mais mortais dos últimos 40 anos. Em 2004, quase 200 morreram em ataque da Al Qaeda. Da France Presse

casa de shows Bataclan, em Paris, após atentado terrorista (Foto: Thibault Camus/AP)
Os ataques que deixaram ao menos 120 mortos na sexta-feira (14) em Paris, segundo um balanço provisório, são os mais mortais dos últimos 40 anos na Europa ao lado dos atentados lançados em 11 de março de 2004, em Madri.
Corpo de vítima é retirado da casa de shows Bataclan, em Paris, após atentado terrorista (Foto: Thibault Camus/AP)
- 7 de janeiro de 2015 - FRANÇA: dois jihadistas franceses, os irmãos Kouachi, matam 12 pessoas, entre elas cinco desenhistas, na sede do semanário Charlie Hebdo, em Paris, alvo de ameaças de morte por ter publicado caricaturas de Maomé em 2006 e 2012. Foram abatidos pela polícia ao fim de três dias de fuga.
Simultaneamente, outro jihadista francês, Amédy Coulibaly, mata 5 pessoas incluindo uma agente municipal e quatro judeus, antes de ser abatido. Os três jihadistas reivindicavam ser da Al Qaeda na Península Arábica (AQPA) ou do grupo Estado Islâmico (EI).
- 22 de julho de 2011 - NORUEGA: um extremista de direita, Anders Behring Breivik, explodiu uma bomba perto da sede do governo em Oslo, causando oito vítimas, antes de abrir fogo contra um acampamento das juventudes trabalhistas na ilha de Utoya, matando 69 pessoas, em sua maioria, adolescentes. Cumpre pena de 21 anos de prisão, a máxima na Noruega, que poderia se estender indefinidamente enquanto for considerado perigoso para a sociedade.
- 7 de julho de 2005 - GRÃ-BRETANHA: quatro atentados suicidas coordenados em horário de pico em três trens do metrô e um ônibus londrino deixam 56 mortos e 700 feridos. São reivindicados por um grupo vinculado à Al Qaeda.
- 11 de março de 2004 - ESPANHA: uma dezena de bombas explodem por volta das 7h40, em Madri, e em seus subúrbios a bordo de quatro três, causando 191 mortos e cerca de 2.000 feridos. O atentado foi reivindicado em nome da Al Qaeda por uma célula islamita radical.
- 15 de agosto de 1998 - GRÃ-BRETANHA: a explosão de um carro-bomba em Omagh, pequena cidade do noroeste da Irlanda do Norte, deixa 29 mortos e 220 feridos, inclusive vários jovens, entre eles dois turistas espanhóis. O atentado foi reivindicado por um pequeno grupo dissidente do Exército Republicano irlandês (IRA). O drama atingiu a Irlanda do Norte na euforia do processo de paz, quatro meses depois dos acordos de abril de 1998, conhecidos como Sexta-feira Santa.
- 19 de junho de 1987 - ESPANHA: um atentado com carro-bomba cometido pela organização separatista basca ETA no estacionamento de um centro comercial Hipercor de Barcelona deixa 21 mortos e 45 feridos.
- 2 de agosto de 1980 - ITÁLIA: uma bomba explode na sala de espera da estação de Bolonha (norte), deixando 85 mortos e 200 feridos. Foi o atentado mais mortal da história do país. Dois membros de um grupo terrorista de extrema direita foram condenados à prisão perpétua, mas os autores intelectuais nunca foram identificados.

Agencia EFE 14/11/2015 09h46 - Atualizado em 14/11/2015 09h46 Atentados fecham Eurodisney, Torre Eiffel e Museu do Louvre Competições esportivas também foram suspensas em toda a região. Ataque terrorista matou mais de 120 em Paris, na noite desta sexta (13).

Entrada do museu do Louvre fechada na manhã deste sábado (14), após os ataques da véspera na capital francesa (Foto: AFP)
O complexo de parques temáticos Eurodisney, a Torre Eiffel e o Museu do Louvre anunciaram que manterão suas portas fechadas neste sábado (14) por causa da série de atentados ocorrida ontem em Paris, que deixou mais de 120 mortos e 180 feridos.
Entrada do museu do Louvre na manhã deste sábado (14), após os ataques da véspera na capital francesa (Foto: AFP)
Um porta-voz da emblemática "Dama de Ferro" de Paris declarou à Agência Efe que o fechamento do monumento responde às medidas decretadas pelo presidente da França, François Hollande, e pelo governo francês.
O parque Disneylândia e o Disney Studios, que se encontram na cidade de Marne-la-Vallée, ao leste da periferia parisiense, também não abrirão hoje ao público.
"À luz dos trágicos eventos ocorridos na França e em apoio de nossa comunidade e das vítimas destes ataques atrozes, a Disneylândia Paris decidiu não abrir seus parques temáticos este sábado", declarou a empresa em comunicado.
Os responsáveis pela companhia acrescentaram que seus "pensamentos e orações vão para todos os que se viram afetados por estes horríveis eventos".
O Museu do Louvre, no entanto, chegou a abrir e fechou duas horas depois por ordem do Ministério de Cultura, segundo disse à Efe um funcionário, que acrescentou que o número de visitantes não foi elevado durante o tempo que permaneceu aberto.
As competições esportivas também foram suspensas em toda a região de Paris por causa dos atentados, informou a secretaria de Estado de Esportes da França.
Em comunicado, a pasta disse que repassou a medida às federações e dirigentes esportivos do país.

14/11/2015 09h25 - Atualizado em 14/11/2015 10h17 Atentados em Paris: perguntas e respostas sobre os ataques Pior ataque da história da França deixou 128 mortos e 250 feridos. Presidente diz que ataques foram organizados no exterior da França.

Quantas são as vítimas dos ataques? Ao menos 128 pessoas foram mortas na série de ataques em Paris, sendo 70 na casa de shows Bataclan. É o pior ataque à França na história recente.
Quantos ataques aconteceram? Onde foram? Ao menos cinco locais foram alvo deataques simultâneos em uma região boêmia de Paris, onde as pessoas costumam sair para se divertir em uma sexta-feira à noite:
Na casa de shows Bataclan, na boulevard Voltaire, no 11º distrito, atiradores fizeram reféns e abriram fogo contra o público que assistia ao show da banda Eagles of Death Metal. Mais de 70 reféns foram mortos.
- No bar Le Carillon e no restaurante Le Petit Cambodge, na rua Alibert, no 10º distrito, frequentadores foram mortos por disparos. Segundo agências internacionais, foram 14 mortos.
- No bar La Belle Equipe, na rua Charonne, também no 11º distrito, atiradores abriram fogo contra os clientes. Ao menos dezenove pessoas foram mortas e há outras 13 feridas.
- Nas proximidades do Stade de France, bairro de Saint Dennis, no norte de Paris, um ataque supostamente lançado por um suicida ocorreu próximo ao estádio, onde França e Alemanha disputavam uma partida de futebol. Autoridades confirmaram quatro mortos e mais de 50 feridos.
- Na localidade na rua Beaumarchais foram 7 feridos, sendo 3 em estado grave.
De quem é a autoria dos ataques? O grupo radical Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade neste sábado (14) por ataques que mataram mais de 120 pessoas em Paris, segundo agências internacionais. Em uma declaração oficial, o grupo disse que seus combatentes presos a cintos com explosivos e carregando metralhadoras realizaram os ataques em vários locais no centro da capital francesa que foram cuidadosamente estudados. Antes, Hollande já havia anunciado que o grupo era o autor da ação terrorista.
Os terroristas foram mortos? O chefe de polícia de Paris, Michel Cadot, afirmou que, quando a polícia invadiu o local, quatro terroristas se suicidaram, detonando explosivos que três deles tinham em seus cintos. Ele afirmou ainda, segundo o jornal britânico "The Guardian", que antes de entrar no local os homens dispararam tiros de metralhadoras em cafés que ficam do lado de fora do Bataclan. A emissora de TV BFM e o jornal "Liberation", que cita o procurador de Paris, François Molins, dizem que cinco terroristas foram "neutralizados" no total. Agências internacionais de notícias, no entanto, informam que 8 terrositas morreram, dos quais 7 se suicidaram.
4 VALE ESTE - Ataques terroristas em Paris deixam mortos; houve explosões e há reféns (Foto: Arte/G1)
Há brasileiros entre os feridos? Os dois brasileiros - um homem e uma mulher - feridos nos ataques de Paris na noite desta sexta estão fora de risco, segundo informou a cônsul-geral do Brasil na França, Maria Edileuza Fontenele Reis, em entrevista ao "Hora 1". Eles estavam no restaurante Le Petit Cambodge, nas proximidades do Canal Saint-Martin, no 10° distrito da capital, um dos locais onde ocorreram tiroteios que deixaram dezenas de mortos e feridos em estado grave. Um dos brasileiros feridos tomou três tiros nas costas e foi operado. Ele é um arquiteto que está de passagem por Paris para eventos profissionais, segundo informormou a cônsul à BBC.
Os integrantes da banda Eagles of Death Metal estão bem? Sim, a banda está a salvo. No início do ataque à casa de shows Bataclan, o grupo escapou do palco pelos bastidores, segundo afirmou o irmão de um dos membros, Michael Dorio. O irmão dele, Julian Dorio, é o baterista do grupo. Em entrevista à CNN, Michael disse que os músicos chegaram a ver os atiradores, mas encerraram o show quando notaram o ataque e fugiram. "Quando eles ouviram os tiros, eles apenas correram para o backstage. Ele me disse que viu os atiradores, mas não ficou por ali", explicou Dorio. O Eagles of Death Metal é atração do festival Lollapalooza São Paulo, em 2016.
Como está a França agora? Em estado de emergência. O exército francês patrulhará as ruas de Paris nos próximos dias para evitar novos atentados, anunciou François Hollande. "As forças de segurança e o exército, a quem agradeço sua atuação ontem, estão mobilizadas ao maior nível de suas possibilidades", disse Hollande. Seis mil agentes vistoriam fronteiras e aeroportos. A polícia emitiu um alerta, pedindo que os parisienses não deixem suas casas, "a não ser em caso de absoluta necessidade". Lugares públicos devem reforçar a segurança nas entradas e acolher aqueles que estiverem em necessidade. A polícia também ordenou que se interrompam as manifestações e eventos em áreas externas. Em Paris, os hospitais entraram em "Plano Branco", um estado de emergência e crise, segundo o "Le Monde". Cinco linhas de metrô tiveram seus serviços interrompidos.
O que o presidente da França declarou? François Hollande disse neste sábado, em uma declaração à nação, que os atentados da noite de sexta em Paris "são um ato de guerra do Estado Islâmico contra a França". Além disso, Hollande afirmou que os ataques foram organizados "no exterior da França" e que contaram com "cúmplices no interior" do país.
O que líderes mundiais falaram? Barack Obama, presidente dos EUA, disse em entrevista na Casa Branca: "Esse é uma ataque não apenas contra Paris e o povo da França. É um ataque contra a humanidade e os valores que compartilhamos (...) Aqueles que acham que podem aterrorizar o povo da França e os valores que eles representam estão errados". No Twitter, a presidente Dilma Rousseff que está "consternada pela barbárie terrorista". "Expresso meu repúdio à violência e manifesto minha solidariedade ao povo e ao governo francês". Leia mais declarações aqui.
O que os brasileiros que estavam em Paris disseram? "Vi as pessoas correndo, caindo por cima das outras, após sair do estádio", relatou o pernambucano Thiago Luna, de 19 anos, que mora em Paris há 8 meses e assistia ao jogo entre França e Alemanha, no Stade de France. Welliton Caixeta Maciel contou que está em Paris para fazer sua pesquisa de doutorado. Ele estava se dirigindo a um local próximo a onde houve um dos ataques para encontrar alguns amigos, mas foi alertado para voltar para casa. "Um dos meus amigos me escreveu mandando mensagem dizendo para não sair porque tinha acontecido tiroteios. Até então eles não sabiam o que era aquilo. Voltei pra casa e fui ler o que estava havendo. Em menos de duas horas isso foi tomando uma proporção terrível". Leia mais depoimentos.
Ferido é retirado de maca da casa de shows Bataclan, local que sofreu ataque terrorista em Paris (Foto: Thibault Camus/AP)Ferido é retirado de maca da casa de shows Bataclan, local que sofreu ataque terrorista em Paris (Foto: Thibault Camus/AP)
Trio se abraça perto da casa de shows Bataclan após ataque terrorista em Paris (Foto: Christian Hartmann/Reuters)Trio se abraça perto da casa de shows Bataclan após ataque terrorista em Paris (Foto: Christian Hartmann/Reuters)

“Foi uma carnificina. Todos os meus amigos ficaram lá dentro” Foram cenas de pânico nos arredores da casa de espetáculos Bataclan, em Paris

A operação para a libertação de reféns na casa de espetáculos Bataclan em Paris deixou uma centena de mortos, o mais sangrento da série de atentados que sacudiu a capital francesa nesta sexta-feira, 13. Na operação policial que pôs fim ao sequestro também morreram três terroristas. No momento do ataque, 1.500 pessoas se encontravam no local.
Eduard Veilly, de 39 anos, foi um dos poucos que conseguiram escapar do Bataclan. Ao cruzar o cordão policial estava abalado. “Tinha saído para fumar um cigarro e comecei a ouvir tiros. Entrei correndo, mas com a música ninguém percebia o que estava acontecendo. De repente alguém começou a correr e houve uma debandada. Caí no chão, mas alguém me levantou e consegui escapar, mas todos os meus amigos ficaram lá dentro. Foi horrível, uma carnificina”, explicava Veilly ao EL PAÍS, logo após conseguir sair com vida. Pouco depois, dezenas de ambulâncias deixavam o local. Com sirenes desligadas. Iam para o instituto médico legal.Minutos antes de a polícia intervir, a 300 metros da casa de shows, foram ouvidos até sete disparos e seis detonações. Os policiais temiam que os terroristas pudessem explodir o prédio, um dos alvos dos ataques em Paris.
“Depois de cada rajada, tentávamos nos jogar o mais longe possível dos atiradores”, contou ao Figaro um jovem que estava no Bataclan durante o massacre. “Foi um caos. Uma música do grupo, Eagles of Death Metal, estava terminando quando ouvi algo parecido com rojões. O cantor levantou a guitarra, virei-me e vi um cara com uma arma automática atirando para cima. Todo mundo se abaixou. A partir daí começou o instinto de sobrevivência, e a cada rajada tentávamos nos jogar o mais longe possível dos atiradores”.
Um jornalista do Europe 1 presente no Bataclan contou no site da rede: “Dois ou três indivíduos com o rosto descoberto entraram com armas automáticas do tipo Kalashnikov e começaram a disparar a esmo contra a multidão. Durou uns 10 ou 15 minutos. Foi muito violento e houve um ataque de pânico. Todo mundo correu para o palco pisando uns nos outros”. “Os agressores dispararam umas três vezes. Não usavam máscaras. Eram muito jovens”.
O repórter do Europe 1 explicou que, ao escapar por uma saída de emergência, viu “uma dezena de cadáveres no chão entre poças de sangue”. “Um dos feridos era uma garota com dois impactos de bala que carreguei 50 metros nos braços até entregá-la aos bombeiros”, acrescentou.
Em um raio de dois quilômetros do Bataclan, a cidade está vazia. As poucas pessoas que estavam nos bares da região estão trancadas nesses locais, com as grades meio baixadas. Existe uma sensação de toque de recolher nos arredores.

Ataques em Paris deixam 127 mortos; Estado Islâmico ameaça França sábado, 14 de novembro de 2015 08:53

Por Ingrid Melander e Marine Pennetier
PARIS (Reuters) - Atiradores e homens-bomba atacaram restaurantes, uma casa de shows e um estádio em Paris na noite de sexta-feira, matando 127 pessoas em um ataque mortal sem precedentes que presidente da França, François Hollande, afirma ser trabalho do Estado Islâmico.
O Estado Islâmico lançou um vídeo sem data na qual um militante disse que a França não iria viver em paz enquanto participasse dos ataques liderados pelos Estados Unidos contra seus combatentes.
Uma autoridade da prefeitura de Paris disse que homens armados assassinaram sistematicamente pelo menos 87 pessoas que assistiam a um show de rock na casa Bataclan. Comandos antiterrorismo iniciaram uma ofensiva no local. Os atiradores detonaram cintos explosivos e dezenas de sobreviventes chocados foram resgatados, enquanto corpos ainda estavam sendo removidos na manhã deste sábado.
Cerca de outras 40 pessoas foram mortas em até cinco outros ataques na região de Paris, afirmou a autoridade municipal, incluindo um aparente duplo atentado suicida no lado de fora do estádio nacional onde Hollande e o ministro das Relações Exteriores alemão assistiam a um amistoso de futebol. Cerca de 200 pessoas ficaram feridas.
Foi o pior ataque do tipo na Europa desde os atentados aos trens de Madri de 2004, em que 191 pessoas morreram.
Hollande disse que o número de mortos ficou em 127. Autoridades disseram que oito agressores morreram, sete dos quais detonaram cintos com explosivos em vários locais, enquanto um tinha sido morto a tiros pela polícia. Não ficou claro se todos os atacantes foram contabilizados.

Estado islâmico reivindica a responsabilidade por ataques Paris sábado, 14 de novembro de 2015 08:58 BRST

CAIRO (Reuters) - O grupo militante Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade neste sábado por ataques que mataram 127 pessoas em Paris.
Em uma declaração oficial, o grupo disse que seus combatentes presos a cintos com explosivos e carregando metralhadoras realizaram os ataques em vários locais no centro da capital francesa que foram cuidadosamente estudados.
(Reportagem de Eric Knecht)