Funcionários da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) entram em greve a partir da 0h desta terça-feira (3/11). De acordo com o sindicato da categoria, o serviço ficará limitado a oito dos 24 trens durante a paralisação. Já o Metrô-DF afirma que está tomando medidas para manter mais que oito vagões em circulação.
Os metroviários exigem o cumprimento do acordo coletivo, firmado em abril deste ano, do reajuste salarial para a categoria com a reposição da inflação — 8,4%.
Mas os aumentos nos salários não são a única reivindicação dos metroviários. Eles pedem a convocação dos aprovados no concurso da companhia no início de 2014 e há a crítica de um "excesso de comissionados" nos quadros da estatal.
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ordenou ao exército e às elites científicas do país que fabriquem mísseis "mais modernos e precisos", adaptados "às exigências de uma guerra moderna", numa nova iniciativa para reforçar as capacidades de defesa
O ditador de 32 anos dirigiu-se aos militares e cientistas norte-coreanos num discurso durante um exercício de tiro na zona ocidental da área fronteiriça com a Coreia do Sul, informou a agência de notícias estatal KCNA, que não especificou a data ou lugar das manobras.
Kim "destacou que o setor das ciências da defesa nacional tem de desenvolver novos mísseis, de vários tipos, adaptados às exigências de uma guerra moderna", escreve hoje a agência.
O objetivo, destacou o líder, é "defender com firmeza o céu azul da pátria de qualquer ataque aéreo dos inimigos", numa alusão à Coreia do Sul e Estados Unidos da América.
A notícia chega um dia depois de o ministro da Defesa sul-coreano, Han Min-koo, e o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, anunciarem, durante um encontro em Seul, novas diretrizes operativas para responder a hipotéticos ataques de mísseis da Coreia do Norte.
Os dois dirigentes destacaram que "não vão tolerar qualquer tipo de agressão ou provocação militar" e comprometeram-se a implementar as operações antimísseis "4D", desenhadas para defender a Coreia do Sul contra as ameaças de mísseis do regime norte-coreano, "incluindo ogivas nucleares, químicas e biológicas".
Os Estados Unidos mantêm 28.500 tropas na Coreia do Sul e comprometem-se a defender o seu aliado no caso de um conflito com o Norte.
A companhia aérea russa Kogalymia afirmou nesta segunda-feira que a queda do Airbus A321 na Península do Sinai, no Egito, teria sido motivada por "ação externa", embora autoridades russas tenham afirmado que ainda é "prematuro" especular sobre as possíveis causas do desastre que não deixou sobreviventes.
A aeronave caiu no último sábado logo após decolar do balneário Sharm El-Sheik, no Egito, com direção a São Petersburgo, na Rússia. Todos os 224 passageiros morreram.
Durante entrevista a jornalistas em Moscou nesta segunda-feira, o vice-diretor da companhia, que passou a operar com o nome fantasia de Metrojet em 2012, descartou falha técnica ou erro humano como causas do acidente.
"A única explicação razoável para o avião ter se desintegrado no ar é um impacto específico, uma influência puramente mecânica, física no aparelho", afirmou Alexander Smirnov.
Outro funcionário da companhia aérea, no entanto, reconheceu que a cauda do avião já havia sofrido avarias em 2001 depois de decolar.
Mas ele disse que o defeito foi reparado e não teria tido qualquer envolvimento no acidente.
Uma investigação conduzida por especialistas em aviação usando dados das caixas-pretas ainda não foi concluída.
Em uma entrevista a um canal de TV russo, no entanto, o chefe da Agência Federal de Aviação do país, Aleksandr Neradko, afirmou que ainda é prematuro especular sobre o que teria causado o desastre.
"Essas discussões... não são baseadas em fatos apropriados", disse Neradko.
Enquanto o mistério sobre o acidente continua, conheça quatro principais teorias por trás da queda da aeronave.
Falha técnica?
O primeiro-ministro do Egito, Sherif Ismail, afirmou que uma falha técnica teria sido a provável causa do acidente, mas que caberia aos investigadores "comprovar ou não" a tese.
Já o ministro da Aviação Civil do país, Hossam Kamal, disse não haver sinais de problemas a bordo da aeronave, contrariando relatos iniciais de que o piloto havia requisitado um pouso de emergência após problemas técnicos.
Na Rússia, a mulher do copiloto do avião, Sergei Trukhachev, afirmou à emissora local NTV que seu marido teria se queixado da condição do avião pouco antes da decolagem. Segundo ela, durante uma conversa por telefone, ele teria dito que a aeronave "deixava muito a desejar".
A direção da companhia aérea insiste, no entanto, que o avião de 18 anos estava em pleno funcionamento.
Kamal disse não ter havido "relatos de que o avião apresentava falhas, e as checagens feitas antes da decolagem não revelaram nada de incomum".
Segundo o órgão de segurança aéreo egípcio, o avião sofreu uma avaria na cauda ainda na pista quando aterrissava em 2001, no Cairo. O problema levou três meses para ser resolvido.
O mesmo tipo de defeito provocou a queda do voo 123, da Japan Airlines, em 1985, o pior acidente individual na história da aviação mundial, quando 520 das 524 pessoas a bordo morreram.
Funcionários da Kogalymavia disseram, contudo, que o avião foi completamente reparado depois do incidente de 2011, e que o conserto não teve qualquer impacto na segurança do aparelho.
A companhia aérea informou que o piloto –identificado como Valery Nemov– tinha mais de 12 mil horas de experiência de voo, incluindo quase 4 mil horas em Airbus A321, e que não havia razão para suspeitar que um "erro humano" tenha causado o desastre.
Mas as caixas-pretas do avião –tanto o CVR (Cockpit Voice Recorder, ou Gravador de Voz) quanto o FDR (de Flight Data Recorder, ou Gravador de Dados)– já foram encontradas e devem fornecer mais detalhes aos investigadores sobre os últimos minutos do avião.
A informação contida nelas também permitirá deduzir se qualquer ação tomada pela tripulação provocou o acidente, que aconteceu com o tempo bom.
Especialistas em segurança minimizaram a chance de que o avião tenha sido derrubado por jihadistas aliados ao grupo autodenominado "Estado Islâmico", que são ativos na área da Península do Sinai e reivindicaram a autoria do suposto atentado. A hipótese está sendo investigada por autoridades russas, que estão neste momento analisando os destroços da aeronave e o local da queda.
No entanto, o avião estava viajando acima do alcance máximo dos mísseis terra-ar que os jihadistas teriam. Este armamento é consideravelmente menos poderoso do que o Buk (sistema de defesa antiaéreo) que derrubou o voo MH17 da Malaysia Airlines na Ucrânia no ano passado.
Especialistas também levantaram dúvidas sobre por que o braço do "EI" no Sinai correria o risco de sofrer retaliação internacional pelo ataque quando seu objetivo é derrubar primeiramente o Estado egípcio.
O correspondente de segurança da BBC Frank Gardner diz que tanto a Rússia, que está lutando contra o "EI" na Síria, quanto o Egito, que busca desesperadamente atrair turistas devido à fragilidade da economia, esperam que o acidente não tenha sido causado por ataque terrorista.
Bomba a bordo?
Uma análise das caixas-pretas ajudará os investigadores a determinar o que causou a queda abrupta do avião.
Nenhuma prova contundente surgiu até agora sugerindo que uma bomba a bordo tenha provocado a tragédia.
Além disso, na hipótese de ter sido um ataque suicida, não se sabe como o autor teria conseguido passar pelo forte esquema de segurança do aeroporto de Sharm El-Sheikh.
No entanto, um especialista afirmou à BBC que o estado dos destroços da aeronave indica que a possibilidade não pode ser descartada.
"Informações iniciais indicam que o avião se partiu em dois, o que não parece uma falha mecânica, mas talvez uma explosão a bordo", afirmou Michael Clarke, diretor-geral do think tank britânico Royal United Services Institute.
"Se tivesse de fazer uma suposição, estaria muito mais propenso a pensar que a tragédia foi provocada por uma bomba em vez de um míssil lançado do chão."
Especialistas em segurança reiteram que essa hipótese só poderá ser completamente descartada após a análise minuciosa dos destroços e do local da queda.
Após vários escândalos de evasão ilegal de dinheiro e forte pressão internacional, a Suíça tenta mudar sua imagem de maior paraíso fiscal do planeta.
O país está reformando suas práticas bancárias e passou a cooperar de maneira mais espontânea em investigações sobre contas secretas de estrangeiros no país, como vem ocorrendo atualmente no caso da Lava Jato.
O maior passo nesse sentido foi dado recentemente pelo Conselho Nacional (a câmara baixa do Parlamento) do país, que aprovou, em setembro, a troca automática de informações tributárias com administrações fiscais internacionais a partir de janeiro 2018.
Na prática, isso porá fim ao famoso sigilo bancário suíço, praticado desde o século 19 e regulamentado por uma lei de 1934.
As instituições financeiras do país serão obrigadas a comunicar ao Fisco suíço os dados bancários de estrangeiros, que serão repassados às autoridades fiscais dos países dos titulares das contas.
Em maio, a Suíça já havia firmado com a União Europeia (da qual o país não faz parte) um acordo sobre a troca automática de informações fiscais de cidadãos europeus não residentes na Suíça.
Para analistas, o fim do sigilo bancário suíço é uma etapa importante para a "normalização" do país, criticado durante décadas por sua falta de transparência e sua recusa em cooperar com as administrações tributárias ou a Justiça de países estrangeiros em casos de investigações fiscais.
"A Suíça tem sofrido forte pressão internacional. A transparência fiscal está no foco da comunidade internacional nos últimos dois anos", disse à BBC Brasil Monica Bhatia, chefe do secretariado do Fórum Mundial para a Transparência e Troca de Informações Tributárias, integrado por 129 membros, entre eles a Suíça e o Brasil.
"Há cada vez menos lugares para esconder dinheiro no mundo. Estamos avançando fortemente nesta direção", assegura Bhatia.
O fórum foi criado em 2000, organizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). No total, 96 países já se comprometeram a realizar a troca automática de informações tributárias.
A Suíça sofreu pressão nos últimos anos sobretudo dos Estados Unidos. Em 2009, o banco suíço UBS aceitou - sob a ameaça de ter sua licença retirada nos Estados Unidos - entregar à Justiça americana o nome de algumas centenas de clientes acusados de fraude fiscal, apesar de não haver, na época, um acordo de cooperação administrativa com o país.
Cooperação com o Brasil
Contas não declaradas representam evasão fiscal, mas isso não significa que os recursos foram obtidos com atividades ilegais. Para evitar que o país receba recursos de práticas criminosas como tráfico de armas ou corrupção – o que afeta sua imagem - a Suíça tem reforçado sua colaboração com investigações internacionais.
O Ministério Público (MP) suíço informou em março ter bloqueado cerca de US$ 400 milhões ligados ao escândalo da Petrobras, dos quais US$ 120 milhões já foram devolvidos ao Brasil.
"O escândalo de corrupção no Brasil afeta a praça financeira suíça e seu sistema de defesa contra lavagem de dinheiro. Por isso, o Ministério Público da Confederação tem todo o interesse em participar da melhor forma possível por meio de suas próprias investigações para elucidar esse escândalo", afirma um comunicado do órgão suíço.
O MP da Suíça informou que as investigações permitiram descobrir mais de 300 contas suspeitas ligadas à operação Lavo Jato em cerca de 30 bancos do país
Em abril, a Suíça também devolveu ao Brasil US$ 19,4 milhões (cerca de R$ 77,4 milhões) ligados a uma organização criminosa que negociava decisões judiciais, desmantelada na operação Anaconda.
O dinheiro havia sido depositado na Suíça pelo ex-juiz federal João Carlos da Rocha Mattos.
Em 2009, entrou em vigor um acordo de cooperação judicial em assuntos penais entre o Brasil e a Suíça.
"A cooperação entre os dois países, que já é forte, será facilitada", havia afirmado, na época, o MP suíço.
Houve outros casos de colaboração com o Brasil. Alguns exemplos: em 2010, a Suíça bloqueou uma conta de US$ 13 milhões de Fernando Sarney, filho do ex-presidente José Sarney. Em 2013, o Ministério Público do RS obteve o bloqueio de contas na Suíça de um advogado acusado de arquitetar um esquema de fraudes no sistema do ICMS do Rio Grande do Sul.
Para mostrar seu empenho na luta por "limpeza", o país lançou, em setembro, um serviço online para permitir denúncias anônimas à polícia de supostos atos de corrupção.
"A nova plataforma tem o objetivo de apoiar de forma eficaz a luta contra a corrupção internacional, o que representa um dos principais objetivos do Ministério Público da Confederação", diz um comunicado.
No ano passado, o escritório suíço de luta contra lavagem de dinheiro (MROS, na sigla em inglês) recebeu 1,7 mil denúncias de atividades suspeitas (assinaladas pelos bancos do país), um recorde - que representa aumento de 25% na comparação com o ano anterior.
Apesar do fim do segredo bancário previsto para 2018, a Suíça permanece o primeiro centro offshore do planeta, com mais de US$ 2,1 trilhões de ativos privados depositados por clientes estrangeiros.
Sua participação de mercado no "private banking" internacional é de 25%, segundo a associação dos bancos estrangeiros na Suíça.
Caso HSBC
E em meio aos esforços de limpar a imagem de seus bancos, continuaram a aparecer escândalos de evasão fiscal e lavagem de dinheiro, como o ocorrido no início deste ano com a filial suíça do banco britânico HSBC, no caso batizado de "Swissleaks”.
Segundo dados vazados por um ex-funcionário da filial, o banco facilitou a abertura de contas sem se importar com a origem dos recursos e ainda ajudando clientes com dicas sobre como contornar tributos - um esquema de evasão fiscal que envolveu mais de 100 mil contas de clientes e de 20 mil empresas offshore que movimentaram mais de 180 bilhões de euros.
Nesta segunda-feira, começou na Suíça o julgamento de Hervé Falciani, ex-analista de informática do HSBC que furtou os documentos do banco e os repassou para o Fisco francês, no final de 2008.
Falciani foi indiciado por "espionagem econômica, furto de dados e violação do segredo bancário e comercial" e decidiu não comparecer ao seu julgamento no Tribunal Penal Federal suíço.
Cidadão francês, ele reside na França e não será extraditado.
Já o HSBC pagou cerca de US$ 40 milhões às autoridades suíças para encerrar as investigações por lavagem de dinheiro com fatores agravantes contra o banco.
SEUL (Reuters) - O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, disse ao presidente da Coreia do Sul na segunda-feira que ele quer a cooperação entre os dois países e os Estados Unidos para manter aberto e pacífico o mar do sul da China, disse um porta-voz do governo japonês.
Abe foi no passado crítico da assertividade da Pequim no mar da China meridional, através do qual muito do comércio do Japão e da Coreia do Sul e do suprimento de energia passam.
"Ele disse que o Japão gostaria de colaborar com a Coreia do Sul e os Estados Unidos em várias ocasiões para preservar o mar aberto, livre e pacífico", disse o vice-chefe de gabinete Koichi Hagiuda a repórteres depois de Abe manteve conversações com o presidente Park Geun-hye da Coréia do Sul em Seul.
Hagiuda não entrou em detalhes, mas na sexta-feira, o ministro da Defesa japonês Gen Nakatani reiterou que Tóquio não tem planos de tomar parte nas "patrulhas de liberdade de navegação" lideradas pelos EUA no mar do sul da China.
SÃO PAULO (Reuters) - O Itaú Unibanco, maior banco privado brasileiro, informou nesta terça-feira que teve lucro líquido de 5,945 bilhões de reais no terceiro trimestre.
Excluindo efeitos extraordinários, o lucro da instituição financeira no período somou 6,117 bilhões de reais. A previsão média de analistas consultados pela Reuters era de lucro recorrente de 5,761 bilhões de reais. [nL1N12R0B5]
Leões são animais venerados por todo o mundo, mas as perspectivas para eles na África estão cada vez mais sombrias. Tendo perdido 80 por cento de sua faixa de habitat histórica, a sua população selvagem encolheu em 42 por cento nas duas últimas décadas. E de acordo com um estudo recém publicado, as coisas estão se tornando ainda piores para esses animais icônicos. As informações são do Mother Nature Network.
As populações de leões nas regiões central e ocidental da África estão projetadas para declinar outros 50 por cento nas próximas duas décadas, conforme reportado por pesquisadores na Proceedings of the National Academy of Sciences, a menos que “um grande esforço de preservação” possa ser convocado a seu favor. Esses felinos também estão desaparecendo na África Oriental, que vinha sendo há muito tempo considerada um reduto para a espécie. De todas as populações de contavam com pelo menos 500 indivíduos, aproximadamente todas estão em declínio.
No entanto, ainda há esperança. O estudo, que é baseado em dados de tendência para as populações de 47 diferentes grupos da África, também revelou que os números de leões estão aumentando em quatro países do sul: Botsuana, Namíbia, África do Sul e Zimbábue. Tais ganhos não são suficientes para compensar os problemas nas demais partes da África, mas eles podem lançar luz sobre como os humanos podem ajudar outros leões a voltar da beira do abismo.
“Essas descobertas indicam claramente que o declínio dos leões pode ser interrompido e até mesmo revertido no sul da África”, diz Hans Bauer, autor do estudo e especialista em leões da Unidade de Preservação da Vida Selvagem da Universidade de Oxford (WildCRU), em um comunicado sobre o novo estudo. “Infelizmente, a conservação dos leões não está acontecendo em mais largas escalas, levando a um status de vulnerabilidade global. Na verdade, a queda em muitos países é por demais severa e tem enormes implicações”.
Estima-se que 75.000 leões selvagens ainda existiam em 1980, mas graças a ameaças de humanos – ou seja, perda de habitat, caça, envenenamento e matança de suas presas – eles diminuíram para cerca de 20.000. A África Ocidental e a Central viram os piores declínios, porém o novo estudo sugere que a Oriental possa também estar perdendo os seus leões.
O estudo prevê uma chance de 67 por cento dos leões das Áfricas Ocidental e Central perderem metade de sua população nos próximos vinte anos. E encontra uma tendência similar, embora menos acelerada, na África Oriental, calculando uma chance de 37 por cento dos leões da região também perderem metade de sua população até 2035. Por outro lado, os autores do estudo afirmam que os leões do sul da África estão desafiando essa tendência, largamente graças a uma melhor proteção.
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Embora muitos leões ainda vivam livremente na África Oriental, seus parentes do sul estão confinados a reservas menores e cercadas, que são financiadas e mais intensivamente gerenciadas. Essas reservas ajudam a manter leões isolados das pessoas, reduzindo não só a caça dos leões como também de suas presas, o que frequentemente força esses animais a caçar animais em fazendas, resultando em matanças retaliatórias por fazendeiros locais e representando mais um problema a colocar os leões em uma espiral descendente.
Segundo a reportagem, além de isolá-los, os governos também podem reverter essa situação através do aumento de recursos para fiscalização e segurança contra caçadores. “Nós temos as soluções”, disse o co-autor do estudo e presidente da ONG Panthera Luke Hunter à Scientific American, “mas o desafio é trazê-las a uma escala massiva”.
Apesar de ser encorajador que os leões ainda estejam prosperando em alguns lugares, a velocidade na qual eles estão desaparecendo em outros ameaça transformar a espécie de um ícone da África para uma novidade regional. “Se os orçamentos de gerenciamento de terras selvagens não pode acompanhar os níveis crescentes de ameaças”, disse o autor, “a espécie pode depender cada vez mais das áreas do sul e não será mais uma espécie emblemática dos ecossistemas naturais outrora vastos no resto do continente”.
Essas podem ser más notícias não só para os leões, aponta Hunter, como também para ecossistemas inteiros. “O leão desempenha um papel fundamental como carnívoro no continente”, diz ele, “e a queda livre das populações dos leões africanos que estamos assistindo hoje poderá mudar inexoravelmente toda a paisagem dos ecossistemas africanos”.
“Se não lidarmos com esses declínios urgentemente e em uma escala massiva, as populações intensivamente gerenciadas do sul da África serão pobres substitutas para as que vagam livremente nas icônicas savanas da África Oriental”, acrescentou o co-autor Paul Funston, diretor do programa de leões da Panthera. “No nosso ponto de vista, esta não é uma opção”.