Forças de segurança egípcias mataram por engano 12 pessoas, entre elas pelo menos dois turistas mexicanos, durante uma operação de segurança no domingo. Os turistas viajam em quatro carros que teria entrado em uma área restrita do Deserto Ocidental, em que tropas do Exército e da polícia militar perseguiam supostos militantes islâmicos. Dez pessoas ficaram feridas.
Os veículos foram alvejados por um helicóptero Apache numa área próxima ao oásis de Bahariya. Nos últimos meses, o Egito tem sido alvo de uma série de incidentes levados a cabo por extremistas, em especial na região do Sinai. Entre os mortos estavam dois guias egípcios.
O presidente do México, Enrique Pena Nieto, condenou o incidente e exigiu uma investigação rigorosa. O ministério das Relações Exteriores do país ainda não confirmou as identidades de todas as vítimas. Já o embaixador mexicano no Cairo, Jorge Alvarez Fuentes, visitou os turistas mexicanos feridos que foram levados ao hospital.
Segundo um porta-voz do Ministério do Interior, a empresa de turismo responsável pelo passeios não informou às autoridades que viajaria para a região do deserto. O porta-voz disse ainda que a área não é aberta para turistas e que a empresa não tinha autorização para operar na região.
Mas uma fonte ouvida pela BBC disse que a empresa não apenas tinha obtido permissão das autoridades como ainda contava com uma escolta policial. Com uma vasta área, o Deserto Ocidental é um destino popular para turistas visitando o Egito, mas também é uma área que atrai militantes islâmicos.
No mês passado, um engenheiro croata feito refém pelo grupo extremista autointitulado "Estado Islâmico" ('EI') foi executado na região. O deserto fica perto da fronteira com a Líbia, país em que as atividades de grupos extremistas estão se intensificando.
No domingo, o "EI" disse ter enfrentado tropas egípcias no deserto.
Atividades insurgentes no Egito ganharam força depois do golpe militar de julho de 2013, que derrubou o então presidente Mohammed Morsi, líder da Irmandade Muçulmana.
Segundo o governo, centenas de policias e soldados foram mortos e incidentes. Há dois meses, militantes do "EI" no Sinai mataram mais de 100 pessoas em ataques.
O turismo é uma dos principais motores da economia egípcia, mas desde 2011, quando ocorreram os levantes da Primavera Árabe, o número anual de pessoas visitando o país caiu de 15 para 10 milhões.
A Universidade de São Paulo (USP) perdeu 11 posições no ranking das melhores instituições de ensino superior do mundo elaborado anualmente pela empresa britânica Quacquarelli Symonds (QS).
Ainda assim, a USP aparece como a universidade brasileira melhor posicionada na 12ª edição do QS World University Rankings, em 143º lugar. Em 2014, estava em 132º.
Por sua vez, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) subiu 11 posições, para o 195º lugar, sendo a única outra universidade do Brasil a ficar entre as 200 melhores do mundo.
"A queda da USP se deve em grande parte a um ajuste de nossa metodologia. Mudamos a forma como avaliamos as citações de pesquisas por cada área de conhecimento", explica Simona Bizzozero, porta-voz da QS.
"Antes, universidades que eram mais fortes em áreas de Ciências da Vida e Medicina acabavam levando vantagem – pois as pesquisas nestas áreas costumam ser mais divulgadas em publicações científicas e em inglês, o que facilita que sejam citadas por outros pesquisadores – do que pesquisas feitas em outras áreas, como Ciências Sociais, que acabam sendo publicadas em livros e em idiomas locais."
Ao todo, 22 universidades brasileiras aparecem na lista, tornando o Brasil o país da América Latina com mais instituições na avaliação feita pela QS, à frente da Argentina, com 16, e do México, com 14.
"A performance do Brasil variou. Algumas universidades ganharam posições, enquanto outras perderam. Mas, em comparação com outros Brics, o Brasil vai bem", afirma Bizzozero.
"Neste ano, por exemplo, a Índia teve pela primeira vez duas universidades no top 200, algo que o Brasil já tem há muito tempo. Claro que são duas realidades bem diferentes, mas com desafios bastante semelhantes. O Brasil fez um grande investimento nas últimas décadas para internacionalizar seu ensino superior, mas ainda há espaço para melhorar."
As melhores universidades brasileiras
POSIÇÃO EM 2015
POSIÇÃO EM 2014
INSTITUIÇÃO
143
132
Universidade de São Paulo
195
206
Universidade Estadual de Campinas
323
271
Universidade Federal do Rio de Janeiro
451-460
471-480
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
481-490
421-430
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
491-500
551-600
Universidade de Brasília
491-500
421-430
Universidade Federal de São Paulo
501-550
501-550
PUC-Rio
501-550
551-600
PUC-SP
551-600
451-460
Universidade Federal de Minas Gerais
651-700
701+ (acima da posição 701)
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
651-700
551-600
Universidade Federal de São Carlos
701+
651-700
PUC-RS
701+
701+
Universidade Estadual de Londrina
701+
601-650
Universidade Federal da Bahia
701+
651-700
Universidade Federal de Santa Catarina
701+
701+
Universidade Federal de Santa Maria
701+
701+
Universidade Federal de Viçosa
701+
701+
Universidade Federal do Ceará
701+
651-700
Universidade Federaldo Paraná
701+
701+
Universidade Federal de Pernambuco
701+
701+
Universidade Federal Fluminense
Avaliação
Para ser avaliada pela QS, uma universidade precisa cumprir dois requisitos: ter cursos de graduação e de pós-graduação e atuar em ao menos duas áreas de conhecimento.
Com isso, das cerca das 20 mil universidades existentes no mundo, 3.500 foram avaliadas e 891 entraram no ranking de 2015.
Neste ano, o Massachusetts Institute of Technology (MIT), dos Estados Unidos, manteve-se na primeira posição, assim como em 2014.
A Universidade de Harvard, também nos Estados Unidos, subiu duas posições, para a vice-liderança da lista, ocupada no ranking anterior pela Universidade de Cambridge, do Reino Unido, que agora está em 3º lugar.
As melhores universidades do mundo
POSIÇÃO EM 2015
POSIÇÃO EM 2014
INSTITUIÇÃO
1
1
Massachussets Institute of Technology (EUA)
2
4
Universidade de Harvard (EUA)
3
2
Universidade de Cambridge (Reino Unido)
4
7
Universidade de Stanford (EUA)
5
8
Instituto de Tecnologia da Califórnia (EUA)
Reputação
No ranking de 2015, a USP ainda aparece bem colocada em dois quesitos. Foi a 51ª em reputação acadêmica, baseado na resposta de 77 mil acadêmicos, e a 57ª em reputação entre empregadores, segundo a avaliação de 40 mil empresas.
"É interessante que as posições em ambos os quesitos sejam próximas, ainda mais se você considerar o tamanho da amostra da pesquisa. É um sinal de prestígio entre os pares da academia e no mercado", diz Bizzozero.
A USP também teve quatro áreas de conhecimento entre as cem melhores do mundo. Foi a 81ª em Ciências Sociais e Administração, a 90ª em Artes e Humanidades, a 99ª em Engenharia e Tecnologia e a 100ª em Ciências da Vida e Medicina.
Mas as universidades brasileiras ainda deixam a desejar quando é analisado o número de citações de estudos científicos realizados por elas.
Nenhuma universidade brasileira conseguiu ficar entre as 300 melhores do mundo. A melhor colocada foi a Unicamp, na 343ª posição.
"Isso mostra que, apesar de ter faculdades excelentes, as universidades brasileiras ainda enfrentam dificuldades para ter obter reconhecimento para seu trabalho de pesquisa", diz a QS na apresentação dos resultados do ranking.
Segundo a empresa, "pesquisas sobre o ensino superior no país reconhecem que é indispensável que este setor seja de alta qualidade para que haja desenvolvimento científico e tecnológico e de capital humano".
"Mas não há um consenso sobre a melhor forma de promover uma melhoria da performance do ensino superior brasileiro."
"Se o ensino superior for servir de catalisador para o retorno do crescimento de longo prazo do Brasil, será necessário atingir este consenso", afirma a QS.
O ministro Mangabeira Unger durante evento em Cuiabá no mês passado (Foto: Mayke Toscano/ Secom-MT)
O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, pediu demissão nesta segunda-feira (14), informou em nota oficial a Presidência da República.
Mangabeira Unger informou à presidente Dilma Rousseff que precisaria deixar o cargo por “motivo de doença familiar grave”.
De acordo com a nota oficial, Dilma aceitou o pedido de demissão e disse esperar que Unger continue contribuindo com o governo na condição de consultor.
Filósofo e professor da Universidade Harvard, nos EUA, ele assumiu o cargo em fevereiro deste ano, em substituição a Marcelo Néri. Unger já havia comandado a pasta entre 2007 e 2009, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Até o final do mês, o governo pretende extinguir cerca de dez ministérios. A intenção é economizar R$ 200 milhões com corte de pastas e de cargos comissionado no Executivo.
A expectativa é que, com o corte de ministérios, a Secretaria de Assuntos Estratégicos seja extinta. Enquanto isso, ocupará o cargo interinamente o secretário-executivo, Victor Chaves.
É atribuição da pasta assessorar o presidente da República “no planejamento nacional e na formulação de políticas públicas de longo prazo voltadas ao desenvolvimento nacional”.A secretaria foi criada oficialmente 2008, em substituição à então Secretaria de Planejamento a Longo Prazo.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculado à secretaria, faz estudos que servem de base para formulação de políticas públicas e programas do governo.
Nota oficial Leia íntegra da nota oficial divulgada pela Presidência da República:
Nota à Imprensa Pedido de demissão do Ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos
A Presidenta da República Dilma Rousseff recebeu o pedido de demissão do ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger. A Presidenta aceitou o pedido e agradeceu todo trabalho prestado por Unger durante sua gestão no comando da Pasta, esperando que ele possa continuar contribuindo com seus valorosos serviços como consultor do Governo Federal.
Secretaria de Imprensa Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
Como o próprio nome diz, o governo é obrigado a pagá-las. Não há opção de não realizar o pagamento, a não ser que sejam tomadas decisões administrativas, ou que as leis, que regem as despesas, sejam alteradas
São aquelas que o governo pode ou não executar por decisão própria. A realização destes gastos não é determinada por nenhum ato legal, apesar do compromisso de atender a algumas regras constitucionais, como, cumprir um piso de despesas para Saúde e Educação (as chamadas “proteções orçamentárias”).
São compostos, basicamente, pelo orçamento dos Ministérios (excluindo a folha de pessoal), divididos em despesas correntes (manutenção do dia a dia de programas de governo) e investimentos, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que engloba o Minha Casa Minha Vida
Os juros não são gastos considerados primários (gasto primário é o feito para pagar todas as contas exceto os juros da dívida). Assim, esse valor não tem influência no ajuste fiscal.