sexta-feira, 28 de agosto de 2015

O primeiro ministro da Finlândia, Juha Sipila, diz que a medida simplificará o sistema de seguridade social do país

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O que você diria se o presidente de seu país anunciasse que a partir de hoje cada cidadão – trabalhando ou não – receberá uma renda básica?
Isso parece um sonho, mas pode se tornar realidade em breve na Finlândia, onde o governo avalia implementar em curto prazo um projeto piloto que estabeleceria o pagamento de um salário básico a seus habitantes, independentemente da situação de trabalho.
Ainda não se sabe o valor desse pagamento nem quem poderia se candidatar a recebê-lo, mas o anúncio já despertou interesse em todo o país sobre como funcionaria a medida.
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Image captionA proposta do governo estabelece quatro faixas de salário básico mensal, que iriam de US$ 445 a US$ 785
A proposta inicial foi formulada pelo primeiro-ministro do país, Juha Sipila. "Na minha opinião, outorgar um pagamento básico simplifica o sistema de seguridade social", afirmou.
O principal alvo do projeto são os desempregados. Na Finlândia, o desemprego atinge 10% da força de trabalho, cerca de 280 mil pessoas.
Com o índice de desemprego em alta, a medida já conta com apoio de 4 entre 5 finlandeses consultados.

A favor

"O pagamento de um salário básico para todos? Sim, ficaria muito feliz em receber US$ 1,1 mil (cerca de R$ 3,9 mil) por mês", comentou um homem em um centro de busca por emprego em Pori, na costa oeste do país.
No entanto, a estimativa é que o valor do pagamento fique longe dessa cifra.
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Renda básica:
  • Não é preciso ter emprego
  • Será concedida mesmo se a pessoa tiver renda de outras fontes
  • Pagamentos adicionais estarão sujeitos ao imposto de renda
  • Finlândia implementará a medida como programa piloto
  • A cidade holandesa de Utrecht iniciará um programa semelhante em setembro
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"Um pagamento mínimo estimularia as pessoas a ter um trabalho temporário", disse Paivi Hietikko, que colabora no centro de empregos.
Embora ela não tenha renda fixa no momento, recebe um pagamento pelo trabalho no local.
"Ter uma renda básica significaria que a burocracia que encontrei na agência de emprego iria diminuir", afirmou.

Mudança fundamental

Na Finlândia, quem trabalha ganha menos benefícios sociais do Estado.
Os apoiadores da renda mínima também apontam que isso pode ser uma alternativa para o complexo e caro sistema estatal de benefícios.
Para Hietikko, a proposta deve levar em conta potenciais desvantagens. "Os jovens podem perder a motivação a buscar emprego se tiverem a possibilidade de receber uns US$ 785 (R$ 2.785) por mês."
Especialistas consideram, contudo, que ainda é cedo para traçar esse tipo de cenário.
"O salário básico terá um impacto positivo ou negativo? Realmente, não podemos prever como as pessoas reagirão a essa medida", avalia Ohto Kanninen, do centro de estudos Taenk.
Image captionA igualdade de sexos, idade e origem está prevista na Constituição da Finlândia
Medidas semelhantes foram adotadas em outros países da Europa. Em Utrecht, na Holanda, um pagamento mínimo começará a ser realizado para toda a população a partir de setembro.
No Reino Unido, o Partido Verde propôs uma iniciativa parecida a todos os cidadãos britânicos durante o último processo eleitoral.

Igualdade como obstáculo

O primeiro-ministro finlandês se mostrou favorável a fazer um teste em uma região específica do país, com participantes selecionados em diferentes áreas residenciais.
Kanninen propôs testar a medida com 8 mil pessoas provenientes de grupos de baixa renda, fixando quatro níveis de pagamentos mensais, entre US$ 445 (R$ 1.579) a US$ 785 (R$ 2.785).
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Image captionCom o desemprego em 10%, alguns analistas avaliam que jovens poderão perder a motivação a procurar emprego
"Se o resultado nos índices de emprego forem catastróficos durante o experimento, a medida não será implementada em escala nacional", disse.
Diante disso, um dos principais obstáculos a esse projeto piloto é a Constituição da Finlândia, que estabelece que todos os cidadãos são iguais.
E a medida, em menor escala, traria uma situação de desigualdade na população.
No entanto, tendo em conta as implicações para a sociedade finlandesa como um todo, a população poderia se mostrar flexível nessa questão, de olho na recompensa ao final.
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Image captionCentenas protestaram na Finlândia contra cortes no sistema de seguridade social

Quatro ameaças ao crescimento constante da economia chinesa Marcelo Justo BBC Mundo

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Image captionInvestidores, consumidores e endividados na China podem ser afetados pelos atuais problemas
A queda acentuada da bolsa de valores de Xangai, nesta semana, e o seu impacto global levantaram temores sobre a saúde da economia chinesa.
Além disso, a China desvalorizou a moeda local, o yuan, numa tentativa de tornar suas exportações mais competitivas após as vendas internacionais do país terem registrado queda. A produção interna também caiu.
Em dia menos tenso, o mercado financeiro de Xangai fechou em -1,3% nesta quarta-feira, mesmo após estímulos promovidos pelo governo, e a baixa foi acompanhada pelas bolsas europeias - mas não pelas americanas e pelo Ibovespa. Este último subiu 2,7%. Mas analistas preveem que a volatilidade continuará nos mercados internacionais.
Seria o fim do milagre chinês? Não, opina John Ross, professor do Instituto de Estudos Financeiros Chongyang da Universidade Renmin, de Pequim, em entrevista à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC.
"A China está crescendo a 6,5% ou 7%, três vezes mais do que os Estados Unidos e quatro vezes mais que a Europa. É uma economia que tem saído de um ritmo de crescimento 'super sensacional' de 10% por ano para um 'sensacional', que é o atual", disse Ross.
Outro dado comparativo: enquanto Estados Unidos e Europa têm taxas de juros de quase zero para estimular suas economias há quase sete anos, a China reduziu sua principal taxa de juro em 0,25 ponto percentual, para 4,6%.
Mas isso não significa que não haja problemas na China. E, devido ao papel central que desempenha no comércio global, um recuo em sua economia tem consequências em todo o mundo, Brasil incluído.
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O futuro da segunda maior economia do mundo depende da solução de quatro temas-chave:

1. Queda de investimentos e mudança de modelo de crescimento

O crescimento econômico chinês nos últimos dez anos sedeve muito mais ao investimento do que à exportação de produtos 'Made in China'. Neste período, o país teve um ritmo impressionante de crescimento de dois dígitos.
O investimento aumentou durante a crise financeira de 2008 - representava 35% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2000 e ultrapassou os 50% após a queda do banco de investimentos americano Lehman Brothers.
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Image captionBanco Central chinês desvalorizou iuan numa tentativa de tornar exportações mais atraentes
Em comparação, o consumo interno como motor do crescimento mal superou os 30% neste período.
Uma economia baseada excessivamente no investimento pode estimular bolhas imobiliárias, dívidas insustentáveis e problemas financeiros.
Consciente dos limites deste modelo, o governo iniciou em 2010 uma transição a outro, mais baseado no crescimento do consumo interno.
Segundo Kamel Mellahi, especialista em mercados emergentes da britânica Warwick Business School, os problemas chineses que causam temores no mundo são fruto dos inevitáveis desajustes produzidos por essa mudança.
"Uma mudança num país das dimensões da China é mais fácil de propor que de executar. O mundo vai ter que se adaptar a esses altos e baixos porque vai levar tempo", disse.

2. Desvalorização e exportações

O sinal de alarme sobre a China soou forte com a desvalorização cambial realizada em agosto.
Em junho, as exportações caíram 8,3% devido a queda da demanda mundial e alta do custo de trabalho chinês, consequência da mudança do modelo que estipula aumentos salariais para estimular o consumo.
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Image captionDeflação pode afetar diretamente grandes e pequenos empresários endividados que deverão vender produtos com preços menores
Em 11 de agosto, o Banco Central chinês iniciou um processo de desvalorização do yuan que se prolongou por três dias. A cotação da moeda caiu 3%, e gerou-se um temor global de uma "guerra cambial" - quando países desvalorizam suas moedas para ganhar vantagem competitiva para suas exportações.
Muitos analistas avaliam que a desvalorização está mais vinculada ao desejo chinês de resposicionar o yuan como divisa internacional, incorporando-a às moedas com direitos especiais de giro do Fundo Monetário Internacional (FMI). Até agora, apenas euro, libra, iene e dólar americano têm essa classificação.
"É uma estratégia a longo prazo para situar o yuan neste cenário", disse Mellahi.
Com uma moeda atada ao valor do dólar, a China sofreu com a valorização da moeda americana nos últimos 12 meses, que encareceu sua própria moeda em cerca de 10%.
Mas desvalorizar a moeda até recuperar esse valor tornaria a dívida do país insustentável.

3. Dívida e inflação

Um dos efeitos mais perigosos do modelo baseado no investimento é a emissão de títulos de dívida necessária para sustentá-lo, algo que pode sair do controle.
Há outro perigo concreto que enfrenta a economia chinesa: deflação. Os preços médios têm caído nos últimos 40 meses.
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Image captionIncertezas sobre saúde da economia chinesa causaram pânico entre investidores
Este fenômeno pode levar a um processo deflacionário, no qual uma empresa teria que vender seus produtos por menos do que pagou por eles, o que aumentaria o montante de sua dívida e o perigo de falências.

4. Desemprego

Um fator estratégico para o governo chinês é o nível de desemprego, crucial para a paz social - e um dos debates sobre a mudança do modelo econômico chinês é o impacto que ele terá no mercado de trabalho.
Segundo dados oficiais, a taxa de desemprego variou pouco nos últimos cinco anos. Em 2014, foi de 4,09%, pouco mais alta que os 4,05% registrados em 2013.
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Image captionDesemprego tornou-se um problema após mudança no modelo do crescimento chinês
Mas o Labour China Bulletin (LCB), editado em Hong Kong e especializado em assuntos trabalhistas, diz que esse índice subestima o número real de desempregados.
"O índice oficial registra apenas o número de pessoas que buscam emprego em relação ao total de empregados urbanos. Ignora os trabalhadores rurais, os imigrantes e os que têm trabalho parcial ou casual", disse.
De acordo com o FT Confidential, serviço de investigações do jornal Financial Times, houve uma contração da demanda de trabalho em julho.
Segundo Mellahi, a "China tem uma linha vermelha: o emprego. Se a situação piorar e afetar o nível de emprego, então, vai ser irresistível a tentação de voltar a estimular a economia com um novo plano de investimento em infraestrutura".

Renan diz que não vai 'sonegar' trâmite da PEC que reduz idade penal Para ele, alteração do ECA aprovada por senadores 'é o mais consequente'. Cunha diz que Câmara não delibera sobre ECA se Senado não votar PEC.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou na tarde desta quinta-feira (27), que não vai "sonegar" a tramitação da proposta de emenda constitucional (PEC) aprovada pela Câmara que reduz de 18 para 16 anos a maioridade penal em casos de crimes contra a vida.
Renan Calheiros é contra a proposta. Pela manhã, indagado se pretende colocar em votação nas próximas semanas a PEC da Câmara, disse que não por considerar "mais eficiente" o projeto de lei aprovado pelos senadores que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para aumentar o tempo de internação de menores de 18 anos. Em reação, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que os deputados não votarão a mudança no ECA enquanto o Senado não deliberar sobre a PEC da maioridade penal.
"O Senado já votou, já aprovou mudanças no ECA. Essa foi a prioridade do Senado Federal. Claro que essa matéria que reduz a maioridade vai tramitar aqui na Casa. Não vamos sonegar a sua tramitação. Mas o Senado já fez aquilo que o Senado entende que é o mais consequente, que é alteração do ECA", disse Renan Calheiros.
Levantamento do G1 publicado nesta quinta mostrou que a maioria dos senadores (45 dos 81) é contrária à PEC aprovada na Câmara. No levantamento, o G1 ouviu todos os 81 senadores – 45 se manifestaram contra a PEC, 27 a favor e 9 não quiseram se posicionar. Para uma alteração na Constituição ser aprovada no Senado, são necessários os votos favoráveis de pelo menos três quintos do plenário – ou seja, 49 dos 81 senadores.

STF decide nesta quinta-feira se delação de Youssef é válida Três dos onze ministros que já votaram e acreditam na legalidade da decisão de Teori Zavascki, relator da Lava-Jato na Corte, de homologar acordo do doleiro Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/brasil/stf-decide-nesta-quinta-feira-se-delacao-de-youssef-valida-17312996#ixzz3k6SBXfDL © 1996 - 2015. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

BRASÍLIA - O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) deve concluir nesta quinta-feira julgamento do recurso que questiona a validade do acordo de delação premiada firmado entre o doleiro Alberto Youssef e o Ministério Público Federal. Três dos onze ministros do tribunal afirmaram nesta quarta que houve legalidade na decisão do ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no STF, de homologar o acordo. Outros sete ministros ainda votarão nesta quinta-feira. Teori não participa do julgamento, porque é dele a decisão que está sendo questionada. A tendência do tribunal é manter válida a delação premiada do doleiro.

O acordo foi questionado pela defesa de Erton Medeiros Fonseca, executivo da Galvão Engenharia preso na Lava-Jato. Em abril, o advogado José Luís de Oliveira Lima entrou com pedido de nulidade da decisão de Teori. O instrumento jurídico usado foi um habeas corpus. O caso foi sorteado para a relatoria do ministro Dias Toffoli. Em uma primeira análise, ele negou o pedido. Diante de um recurso da defesa, o ministro decidiu mandar o processo para o plenário.

ENXURRADA DE HABEAS CORPUS NO STF

A primeira fase da sessão de quarta-feira terminou em empate: cinco ministros sequer examinaram o mérito do pedido. Ponderaram que o habeas corpus não poderia ser usado contra decisão de um ministro do STF. A outra metade do tribunal considerou esse tipo de recurso adequado. Como o empate beneficia o réu em assuntos penais, saiu vitoriosa a tese que legitima o habeas corpus.
A decisão parece inofensiva, mas pode provocar uma enxurrada de habeas corpus no STF e em outros tribunais do país como forma aceitável para questionar qualquer decisão proferida por juiz ou ministro. Inclusive outras delações homologadas por Teori — como a do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e a do lobista Júlio Camargo. Por lei, o habeas corpus tem prioridade na pauta, especialmente quando há réu preso.
— É hora de, como guardas da Constituição, resgatarmos esse instituto da maior valia, que é o habeas corpus — declarou Marco Aurélio Mello.


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Lava-Jato: PF indicia ex-presidente da Eletronuclear por corrupção Investigadores suspeitam que Othon Luiz possa ter recebido até R$ 30 milhões desviados de contratos para construção da usina nuclear Angra 3 Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/brasil/lava-jato-pf-indicia-ex-presidente-da-eletronuclear-por-corrupcao-17329155#ixzz3k6RL3Hi4 © 1996 - 2015. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

SÃO PAULO - A Polícia Federal indiciou, nesta quinta-feira à noite, o ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva e outras sete pessoas pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e organização criminosa. Othon, que é almirante, foi preso na 16ª fase da Operação Lava-Jato, batizada de Radiotividade. Os investigadores suspeitam que o almirante possa ter recebido até R$ 30 milhões desviados de contratos para a construção da usina nuclear Angra 3. Além do militar, foram indiciados a filha dele, Ana Cristina Toniolo, e o presidente da Andrade Gutierrez Energia, Flávio David Barra.

Em abril deste ano, o ex-presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, afirmou em depoimento de delação premiada que houve “promessa” de pagamento de propina ao PMDB e a dirigentes da Eletronuclear nas obras da usina nuclear Angra 3. Segundo Avancini, a Camargo Corrêa foi informada em agosto de 2014 de que havia “compromissos” de pagamento de propina equivalente a 1% dos contratos das obras da usina ao PMDB e aos diretores da Eletronuclear. Somados, os contratos de Angra 3 chegam a R$ 3 bilhões, de acordo com o executivo.
De acordo com a PF, ha evidências de que as empresas que venceram a licitação para a montagem eletromecânica da usina “fizeram um ajuste para que houvesse a divisão das partes que seriam licitadas na obra”. Os investigadores informaram ainda que houve direcionamento das licitações.

O relatório aponta que dos R$ 30 milhões que teriam ido para o militar, R$ 4,5 milhões foram pagos para a Aratec Engenharia, controlada por ele. Em depoimento à PF, o almirante negou as irregularidades e disse que o pagamento foi feito por conta de serviços de tradução prestado por sua filha.


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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

PCDF ganhará mais que Coronéis da PMDF e CBMDF


PF faz operação contra a venda de drogas ilícitas em farmácias do país Grupo era comandado em GO e agia em SP, PR, TO, BA, MG e DF. Segundo a PF, eles movimentaram R$ 240 milhões em 8 meses.

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (27), uma operação para desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas sintéticas que atuava em Goiás, noDistrito Federal e em mais cinco estados. Eles vendiam os entorpecentes em farmácias. Segundo os investigadores, se trata da “maior quadrilha do Brasil” do ramo. Ao todo, são cumpridos 145 mandados judiciais.
Os investigadores calculam que a organização movimentou, em apenas oito meses, R$ 240 milhões. Comandada em Goiás, a quadrilha possui colaboradores em São PauloParaná,TocantinsBahiaMinas Gerais e no Distrito Federal.
Segundo a PF, os agentes desmontaram, no decorrer das investigações, oito laboratórios do grupo. Somente em um deles, a quantidade de drogas apreendidas é maior do que a recolhida durante todo o ano de 2015.Denominada Quinto Elemento, a operação conta com 400 policiais federais. São cumpridos 30 mandados de prisão temporária, 8 de prisão preventiva, 40 de condução coercitiva, 55 de busca e apreensão e 12 sequestro de bens de imóveis, incluindo um prédio residencial de 20 apartamentos.
De acordo com os policiais federais, a quadrilha era extremamente organizada. Os traficantes são suspeitos de adquirir produtos químicos em empresas regulares para produzir inúmeros tipos de droga, como anfetamina e cocaína.
Os investigadores informaram ainda que o esquema contava com a participação de farmácias e laboratórios. A venda dos entorpecentes era feita por vendedores em veículos de luxo.
Policiais federais deflagram operação contra quadrilha suspeita de tráfico de drogas em Goiás (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)PF deflagra operação contra quadrilha suspeita de tráfico de drogas (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)