quinta-feira, 9 de julho de 2015

Bolsas nos EUA fecham em forte queda por temores sobre a China Turbulência no mercado da China ofuscou preocupação com a Grécia. Sessão foi marcada por grande queda no sistema da Bolsa de Nova York.

Os principais índices acionários dos Estados Unidos fecharam com queda expressiva nesta quarta-feira (8), com a turbulência no mercado da China ofuscando a preocupação com a crise da dívida grega, em meio a uma grande queda no sistema da Bolsa de Nova York (NYSE).
Temores de que uma piora no mercado chinês de ações poderia prejudicar seriamente a economia do país e contaminar outros mercados empurraram o S&P 500 para abaixo de sua média de 200 dias pela primeira vez desde outubro e para o território negativo no ano.
A NYSE, uma unidade da Intercontinental Exchange, retomou o pregão no fim da sessão, depois que um problema técnico forçou a suspensão dos negócios por mais de três horas, na maior interrupção a afetar o mercado financeiro norte-americano em quase dois anos.O índice Dow Jones fechou em queda de 1,47%, a 17.515 pontos. O S&P 500 perdeu 1,66%, a 2.046 pontos. O Nasdaq recuou 1,75%, a 4.909 pontos.
As ações chinesas caíram mais de 30% nas últimas três semanas, e alguns investidores temem que a turbulência da China seja agora um risco maior do que a crise grega.
"Não acho que a situação na Grécia é um foco nos mercados para além do curto prazo", disse o diretor de investimentos da Solaris Group, Tim Ghriskey, em Bedford Hills, Nova York. "A questão é realmente sobre a China, onde a onda de vendas continua inabalável, apesar dos esforços do banco central da China para impedir isso."

Dilma pede mais espaço para Brics e diz que grupo é 'força motriz' global Presidente discursou em cúpula dos Brics na cidade de Ufa, na Rússia. Ela defendeu reformulação no FMI e falou da 'persistência' da crise mundial.

O presidente russo, Vladimir Putin; o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi; a presidente Dilma Rousseff; o presidente da China, Xi Jinping; e o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, após cerimônia da VII Cúpula do Brics (Foto: Sergei Karpukhin / Reuters)O presidente russo, Vladimir Putin; o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi; a presidente Dilma Rousseff; o presidente da China, Xi Jinping; e o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, após cerimônia da VII Cúpula do Brics (Foto: Sergei Karpukhin / Reuters)

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira (9), na cidade russa de Ufa, que a crise financeira internacional persiste afetando países ricos e os em desenvolvimento e que, na visão dela, os Brics (grupo de países que reúne Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul), continuarão a impulsionar o desenvolvimento global. Ela ainda pediu mais espaço para os países do grupo em organismos de governança mundial, como o Fundo Monetário Internacional e o Conselho de Segurança da ONU.
Dilma fez as declarações durante discurso na sessão plenária da VII Cúpula dos Brics, realizada na Rússia. Em sua fala, ela disse ainda que chegou o fim do "super ciclo" das commodities e que, com a crise financeira, "a recuperação dos países desenvolvidos ainda é lenta e frágil e o crescimento dos países em desenvolvimento foi agora afetado".
"A persistência da crise passou a exigir das nossas políticas econômicas novas respostas. Sabemos que chegamos ao fim do super ciclo das commodities. Sabemos que ainda permanece muita volatildidade no setor financeiro. Os emergentes, principalmente os Brics, estou certa disso, continuarão a ser a força motriz do desenvolvimento global. Seu peso deve se refletir nas instituições de governança internacional, o que reforça a necessidade de reformulação do fundo monetário", afirmou a presidente.
O discurso de Dilma foi acompanhado pelo presidente russo, Vladimir Putin; o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi; o presidente da China, Xi Jinping; e o presidente da África do Sul, Jacob Zuma.
Dilma defendeu também reformulação no Conselho de Segurança da ONU. "O Brasil acredita que um Conselho de Segurança da ONU reformado e ampliado será mais legítimo e eficaz no sentido de garantir a paz internacional e a segurança coletiva", afirmou a presidente.

China proíbe grandes acionistas de vender ações nos próximos 6 meses Tentativa é conter queda nos preços das ações que afeta mercados globais. Agência reguladora irá tratar com severidade qualquer violação da regra.

 80% dos investidores chineses são cidadãos (Foto: Reuters)80% dos investidores chineses são cidadãos (Foto: Reuters)
A agência reguladora de valores mobiliários da China tomou a medida drástica de proibir que acionistas com participações superiores a 5% vendam seus papéis nos próximos seis meses, numa tentativa de conter uma queda nos preços das ações que está começando a perturbar os mercados financeiros globais.
A China Securities Regulatory Commission (CSRC) afirmou em seu site na noite da quarta-feira (8) que irá tratar com severidade qualquer violação da regra. A medida parece já ter surtido efeito e fez os mercados asiáticos fecharem em alta nesta quinta-feira.
A proibição também parece se aplicar a investidores estrangeiros que detêm participações em empresas listadas nas bolsas de Xangai ou Shenzhen, embora a maioria de suas participações seja inferior a 5%.A polícia e a agência reguladora de valores mobiliários da China estão investigando mais de 10 pessoas e organizações por “má intenção” nas negociações das ações, segundo informou nesta quinta-feira (9) a agência Reuters, citando o jornal estatal “China Securities Journal”. A investigação foi centrada sobre as vendas de blue chips (as mais negociadas).
Separadamente, os principais acionistas dos maiores bancos chineses, incluindo ICBC, e empresas, como a Sinopec, prometeram manter suas participações e aumentar suas cotas nas companhias listadas.
Os anúncios ocorrem após o mercado de ações da China mostrar sinais de congelamento nesta quarta-feira, depois que as empresas correram para escapar da turbulência ao suspender suas ações e a CSRC alertou para um "sentimento de pânico" atingindo os investidores.
As ações chinesas perderam mais de 30% dos seus valores desde meados de junho. Para alguns investidores globais, o medo de que a turbulência no mercado chinês desestabilize a economia real é agora um risco maior do que a crise na Grécia.
De fato, o governo dos Estados Unidos está preocupado que a quebra do mercado acionário poderia atrapalhar a agenda de reforma econômica de Pequim.
"A preocupação, que é real, é sobre o que isso significa em relação ao crescimento de longo prazo na China", disse o secretário do Tesouro norte-americano, Jack Lew, nesta quarta-feira, durante um evento em Washington sobre a estabilidade financeira.
"Como é que as autoridades chinesas reagirão a isso e o que isso significa em termos de condições fundamentais da economia?"
Mais de 500 empresas chinesas listadas anunciaram a suspensão das negociações de suas ações nas bolsas de Xangai e Shenzhen na quarta-feira, elevando o total de suspensões a cerca de 1.300 - 45% do mercado ou cerca de 2,4 trilhões de dólares em ações, com as empresas procurando se afastar da carnificina.

Desemprego fica em 8,1% no trimestre até maio, diz IBGE Foi a maior taxa de desocupação para um trimestre até maio desde 2012. Índice supera a do trimestre encerrado em março (7,9%) e em abril (8%).

A taxa de desemprego subiu nos últimos três meses até maio deste ano e chegou a 8,1%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice está acima do registrado no mesmo trimestre do ano anterior (7%) e supera ainda a do trimestre encerrado em fevereiro (7,4%). No trimestre encerrado em março a taxa foi de 7,9%, e em abril, de 8%.
TAXA DE DESEMPREGO
em % (o mês apontado é quando acaba o trimestre)
76,86,96,96,86,66,56,56,87,47,988,1em %Mai/14Jun/14Jul/14Ago/14Set/14Out/14Nov/14Dez/14Jan/15Fev/15Mar/15Abr/15Mai/156,577,5868,5
legenda
Foi a maior taxa de desocupação para um trimestre de março a maio desde 2012, segundo o IBGE.
Havia 8,2 milhões de pessoas de 14 anos ou mais idade desocupadas no país, na semana em que foi feita a pesquisa, informou o IBGE. "Esta estimativa era de 7,4 milhões no trimestre terminado em fevereiro, apontando aumento de 756 mil pessoas, ou seja, 10,2% que não estavam ocupadas e procuraram trabalho", analisou o IBGE. Em um ano, o contingente de desocupados cresceu 1,3 milhão, ou seja, 18,4%, informou o instituto.
“Foi a maior variação [aumento de 18,4% da desocupação no ano] da série [iniciada no primeiro trimestre de 2012] para este período de comparação”, informou o IBGE.
Segundo Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, o aumento de 10,2% da desocupação, em comparação aos três trimestres móveis anteriores (terminado em fevereiro) também foi o aumento mais intenso do que o observado em anos anteriores para o período analisado.

Os números fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que substitui a tradicional Pnad anual e a Pesquisa Mensal de Emprego (PME). São investigados 3.464 municípios e aproximadamente 210 mil domicílios em um trimestre, informou o coordenador do IBGE.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Sancionada lei que que torna assassinato de policiais crime hediondo


PSDB não possui moral para atacar ninguém, diz vice-presidente do PT

Sem projeto, convenção do PSDB instala corrida para 2018 

Ataques à presidenta Dilma Rousseff e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dão o tom da 12ª Convenção Nacional do PSDB que ocorreu, neste domingo (5), em Brasília. O evento reconduziu o senador Aécio Neves ao posto de presidente nacional da sigla.  


Foto: André Dusek/ Estadão Conteúdo
  
Com discursos inflamados, a tônica da convenção foi de ataques à presidenta Dilma Rousseff e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso, mesmo sem assumir publicamente a bandeira do impeachment, os tucanos professam que o atual governo pode acabar antes do previsto. “O governo vai retroceder em 2% da sua economia este ano e pode acabar, talvez, antes do que se imagina”, disse o senador Aécio Neves, derrotado por Dilma nas eleições de 2014.

Durante sua fala, Fernando Henrique Cardoso destacou que “o PSDB já mostrou que sabe governar”, ressaltou o ex-presidente, ao acrescentar que “o voto no PSDB é o voto na democracia, na decência e no desenvolvimento”. Um ponto alto da convenção foi a comemoração dos benefícios das privatizações dos governos FHC.

Na linha oposta, quando temas como o fim do fator previdenciário, a redução da maioridade penal e a legalização do aborto, apareciam no debate os caciques tucanos desconversavam.

Mesmo assim, Aécio Neves ainda destacou que o PSDB já deu provas de sua “maturidade política para conduzir o país” e reafirmou que “a história não se reescreve nem é referência de circunstâncias. O que foi construído nos governos do partido [PSDB] está aí para provar”.

Mesmo evitando falar em 2018, muitos dos presentes insinuaram o nome de Aécio Neves, derrotado em 2014, para concorrer nas próximas eleições. Ao final da convenção, o cenário de disputa deixou claro que 2018 já começou.

No entanto, até aqui, a sigla não apresentou projeto de país, pelo contrário, a cantilena dos tucanos continua sendo a de desgastar o governo Dilma, surfar na crise econômica e jogar na conta do governo os esquemas históricos de corrupção, agora investigados no governo Dilma.

Muito cacique para uma oca só

Com a tentativa de anuviar as cisões internas da sigla, a convenção previu que juntamente com a recondução de Aécio Neves ao cargo de presidente, na composição da nova executiva nacional, três nomes de São Paulo foram indicados pelo governador paulista Geraldo Alckmin.

São eles, o deputado federal Eduardo Cury (PSDB-SP), o deputado federal Sílvio França Torres (PSDB-SP), e o ex-deputado José Aníbal, presidente do Instituto Teotônio Vilela. Já o ex-governador Alberto Goldman permaneceu como um dos vice-presidentes da legenda. Os quatro são tidos como homens de Alckmin dentro do PSDB.

O clima de divisão interna do PSDB, ficou claro na última terça-feia (30/06), quando Goldman enviou uma carta à direção nacional da sigla na qual escreve com todas as letras: "Nós não temos um projeto de país".

Ele ainda disparou contra o senador tucano de Minas Gerais e destacou "a falta de debate interno se agravou no período recente de Aécio Neves"

Petrobras na mira dos tucanos

Com um discurso inflamado sobre a retomada do crescimento, o senador José Serra (SP) criticou a política acesso população à serviços e produtos implementada pelo governo desde 2003. "O PT torrou recursos em consumo", disparou o tucano ao falar sobre a política de ampliação da renda de uma parcela dos brasileiros.

Como receita, Serra voltou a destilar seu veneno contra o regime de partilha proposto pelo governo Dilma e a maior empresa brasileira, a Petrobras.

Nordeste 

A Convenção do PSDB também refletiu sobre os resultados das eleições de 2014 e reconfigurou sua estratégia em relação ao Nordeste, região considerada, nas últimas eleições, um dos principais trunfos eleitorais do PT para a vitória de Dilma Rousseff.

A deputada estadual Terezinha Nunes (PSDB-PE) afirmou que a sigla está unida no Nordeste e o objetivo será reverter o cenário em favor dos tucanos. “O Nordeste virou a página e abandonou o PT. E vamos virar a página com um novo governo em 2018”, afirmou a deputada.

Sobre vexame na Venezuela

Na oportunidade foi apresentado um vídeo gravado pela deputada venezuelana Maria Corina, que faz oposição ao presidente Nicolás Maduro. Em poucas palavras, a parlamentar disse que foi importante para os venezuelanos terem recebido a visita de senadores capitaneados por Neves.

A apresentação tentou sanar o vexame da ida dos parlamentares de direita à Venezuela, que sofreu várias críticas de deputados e senadores de diferentes partidos, que taxaram de desastrosa a inciativa do senador mineiro de viajar e se intrometer em assuntos políticos daquele país.
 

Nova prefeita de Madri quer retirar os nomes franquistas das ruas Governo quer garantir o cumprimento da Lei de Memória Histórica

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Cruzamento das ruas dos generais Yagüe e Varela. / LUIS SEVILLANO
A Prefeitura de Madri prevê a retirada de todos os nomes das ruas e praças que tenham relação com o bando franquista da Guerra Civil e com a ditadura. Segundo explicou ontem a porta-voz municipal, Rita Maestre, os funcionários querem realizar assim uma das promessas de campanha e garantir o cumprimento, ao pé da letra, da Lei de Memória Histórica – algo que não ocorreu com os governantes municipais anteriores do Partido Popular (PP).
Um dos objetivos do novo governo de Madri é aplicar a Lei de Memória Histórica em relação à simbologia e à nomenclatura que ainda são mantidas na cidade. Ontem, a porta-voz da Prefeitura, Rita Maestre, do Ahora Madrid, disse que o partido prevê “abordar” os nomes das ruas da capital que recordam pessoas, entidades e fatos relacionados com o franquismo. No entanto, admitiu que ainda “não existe um plano concreto” para o início da retirada das placas das ruas.

O Regime em 167 placas de rua

Não existe uma lista oficial. Em 2004, o grupo municipal da Esquerda Unida elaborou uma lista de ruas e praças a partir do livro Toponimia Madrileña. Proceso Evolutivo, de Luis Miguel Aparis. A obra foi publicada na Espanha em 1997.
Nomes duvidosos. Restam ruas como a dos generais Moscardó ou Fanjul que têm uma relação direta com o regime de Franco. Mas outras são mais duvidosas, como o falangista Agustín de Foxá, que também foi escritor, poeta e jornalista.
“Estamos avaliando a aplicação da Lei de Memória Histórica. Acreditamos que ela não está sendo 100% cumprida nas ruas”, informou a funcionária, lembrando que a Prefeitura receberá as propostas dos moradores para rebatizar os logradouros públicos em questão. “Mudaremos os nomes que não se ajustem à Lei estatal de Memória Histórica. Há propostas, mas não existe um plano concreto. Queremos que isto seja feito em coordenação com os distritos e as organizações sociais”, afirmou.
Os outros nomes que deverão submeter-se ao cumprimento da lei incluem, por exemplo, a rua dos Caídos de la División Azul, um contingente espanhol que integrou a Wehrmacht e que, entre 1941 e 1943, lutou junto ao Exército da Alemanha nazista. Outro caso é o da praça Arriba España, situada ao lado do parque Berlim, em Chamartín, e que foi batizada assim em 1947 em homenagem ao lema da Falange Espanhola.
Há também ruas, ginásios municipais ou mesmo institutos que terão de mudar os nomes, como o IES Eijo Garay que foi, além de bispo de Madri-Alcalá, conselheiro nacional das JONS (Juntas de Ofensiva Nacional-Sindicalista) e procurador dos tribunais franquistas.
Também destaca que é um dever democrático a "retirada dos espaços públicos daqueles que deram um golpe de Estado e que fizeram o terrível uso da violência como seu método de acesso ao poder”, segundo um comunicado da associação.Esses dados são compilados em um relatório elaborado pela Associação para a Recuperação da Memória Histórica, que também acrescenta outros nomes de ruas como Juan Ignacio Luca de Tena, que foi diretor do jornal conservador Abc, e que também perderia sua rua, segundo a Europa Press. A Associação pede que não se repita o que ocorreu quando a estátua de Franco foi removida do bairro Nuevos Ministerios, retirada "à noite e sem aviso prévio", e exige a explicação de quem era cada pessoa cujo nome está sendo retirado do espaço em questão.
Em dezembro de 2004, o grupo municipal da Esquerda Unida (IU) tentou que o plenário retirasse todos os nomes de ruas associados com o franquismo. Mas sua proposta foi rejeitada pela maioria no plenário do Partido Popular. Naquela época, o vice-prefeito Manuel Cobo justificou a decisão dizendo que considerava estúpido apagar "40 anos de história".
Por sua vez, o porta-voz municipal do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), Miguel Antonio Carmona, anunciou que apoiaria a iniciativa do Agora Madri. "Os socialistas criaram a Lei da Memória Histórica", lembrou.