quinta-feira, 14 de maio de 2015

Natalie Portman chama Netanyahu de racista Atriz israelense estreia primeiro filme como diretora e agora encarnará Jacqueline Kennedy


Natalie Portman, en Cannes.
Natalie Portman, em Cannes. / VINCENT DESAILLY (GETTY IMAGES)
Se uma coisa ficou evidente desde que Natalie Portman surgiu pela primeira vez nas telas em O Profissional (1994) quando era ainda uma menina é que a atriz nascida em Israel fala às claras. Daí que inclusive nos tempos de correção política que correm não duvide em criticar abertamente a reeleição de Benjamim Netanyahu como primeiro-ministro israelense. “Seus comentários racistas são horrendos”, afirmou contrariada e decepcionada com sua reeleição. Essas declarações fazem parte de uma longa entrevista concedida à revista The Hollywood Reporter por conta da estreia de seu primeiro longa-metragem como diretora, A Tale of Love & Darkness, baseado no romance homônimo de Amós Oz.
Natalie Portman y su marido Benjamin Millepied.
Natalie Portman e seu marido, Benjamin Millepied. / TONY BARSON (FILMMAGIC)
Sem televisão em sua nova casa e com um francês que não lhe permite muito mais do que ver revistas, o passatempo favorito de Natalie Portman em Paris é a cozinha. E seu trabalho, que agora a levou além da interpretação, ao campo da direção e da produção. Quanto à família, a atriz afirma em uma conversa que ela mesma gravou em seu iPhone para não ser mal interpretada, que se houver algo decepcionante em sua relação é ela mesma. “Quando alguém te olha diariamente é como se enfrentasse um espelho no qual pode ver seu melhor comportamento e o pior. E é um grande desafio ver nesse espelho a melhor pessoa que se pode ser”, afirma a atriz igualmente ambiciosa e insegura, segundo sua própria descrição.

Taxa, horários, segurança: veja o que muda nas regras do Enem 2015 O MEC anunciou nesta quinta as novas regras para o Enem 2015. Inscrições abrem em 25 de maio; provas serão em 24 e 25 de outubro.


A edição de 2015 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já tem as datas definidas, mas, neste ano, o Ministério da Educação anunciou diversas mudanças em relação aos anos anteriores. A principal alteração é o aumento da taxa de inscrição, que desde 2004 era de R$ 35, e neste ano vai subir para R$ 63.
Nesta edição, o horário do início das provas foi alterado, mas o horário de provas dos sabatistas no sábado continua o mesmo. Candidatos transexuais também poderão ser tratados pelo nome social de sua escolha durante as provas, assim como ocorreu no ano passado.
Mas os estudantes deverão prestar atenção em outros detalhes inéditos no exame do MEC. Veja abaixo as principais mudanças:
Enem 2015 - Taxa de inscrição (Foto: G1)
COMO ERA: A taxa custava R$ 35 e só era cobrada de estudantes que estavam cursando ou tinham cursado o ensino médio na rede particular. Todos os alunos e ex-alunos de escola pública estavam isentos.
COMO FICOU: A taxa foi reajustada após 11 anos e subiu para R$ 63. Além disso, só estarão isentos os estudantes da escola pública que estejam matriculados no terceiro ano do ensino médio em 2015, e candidatos que comprovem os requisitos socioeconômicos definidos no edital.
MOTIVO: Há anos o governo federal estuda maneiras de reduzir a taxa de abstenção e os custos do exame. "Quando você deixa muito tempo fixo [o valor da taxa], o reajuste causa um choque, enquanto o reajuste deveria vir com naturalidade", explicou o ministo. Segundo ele, a ideia é que a taxa do Enem seja reajustada "a cada dois ou três anos" a partir de agora.

Em 2013, a taxa de ausência chegou a 29% do total de inscritos, ou mais de 2 milhões de pessoas. No Enem 2014, 65% dos alunos faltosos não pagaram para se inscrever. "Houve a ideia de cancelar a isenção, optamos pela maneira mais leve", disse ele, afirmando que estudantes isentos de pagar a taxa precisam respeitar o fato de que o custo da prova está sendo bancada com "recursos que a sociedade está pagando". Segundo Janine, "há uma responsabilidade moral que é preciso assumir. E no escopo educacional, a ética é fundamental. Educação é também ter responsabilidade com os próprios atos".
Enem 2015 - Horário das provas (Foto: G1)
COMO ERA: Os portões dos locais de prova sempre fechavam às 13h do horário de Brasília; as provas do primeiro dia aconteciam entre 13h e 17h30; as do segundo dia eram aplicadas entre 13h e 18h30. Os sabatistas no Acre, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Roraima poderão fazer as provas do sábado às 19h do horário local. Nos demais estados, a prova do primeiro dia para os sabatistas começa às 19h do horário de Brasília.
COMO FICOU: Os portões continuarão sendo fechados às 13h do horário de Brasília, e quem ficar de fora não poderá participar da prova. Porém, a partir de 2015 as provas começaram 30 minutos após o fechamento dos portões. No primeiro dia, o horário das provas será entre 13h30 e 18h. No segundo, será entre 13h30 e 19h.
MOTIVO: Segundo o ministro Janine Ribeiro, há duas razões para mudar esse horário: segurança e concentração dos candidatos. "Vamos supor que uma pessoa chega em cima da hora, essa pessoa vai ter que passar pelo corredor, eventualmente passar pelo detector de metal, ir ao banheiro... Isso tudo conturba a prova. Tem que ter tudo em ordem. Ter alguém abrindo pacote de provas na hora em que as pessoas estão entrando, isso não é bom pra nada. Não é bom para a segurança e não é bom para a concentração dos candidatos."
Enem 2015 - Segurança (Foto: G1)
COMO ERA: No Enem 2014, todos os malotes com as provas tinham lacres eletrônicos que eram abertos às 13h pelo coordenador da sala.
COMO FICOU: No Enem 2015, os malotes ainda terão lacre eletrônico, mas serão abertos após as 13h e até 13h30, depois que todos os estudantes já estejam sentados, pelos coordenadores, na presença de uma terceira pessoa, para reduzir as possibilidades de vazamento das provas.
MOTIVO: "O malote será aberto com uma novidade. Mais uma pessoa estará presente na abertura do malote", explicou o presidente do Inep, Francisco Soares. Ele diz que a ideia é aumentar a segurança em relação a possíveis vazamentos do caderno de provas. "Estamos garantindo que o malote seja aberto de maneira uniforme. Antes das 13h não terá malote aberto. Temos um grande sistema que nos protege. No instante em que abrimos, temos 850 mil pessoas. Elas não chegam por acaso, chegam por processo de verificação e segurança. É melhor termos um sistema que diga se algum malote foi aberto antes", disse ele.

No ano passado, uma foto da página do caderno de provas que continha a proposta de redação do Enem vazou momentos antes do início do segundo dia do exame. A Polícia Federal confirmou o vazamento, denunciado inicialmente por um estudante do Piauí.
Enem 2015 - Inscrições (Foto: G1)
COMO ERA: As inscrições eram feitas exclusivamente pela internet e os estudantes precisavam informar detalhes como o CPF e o endereço residencial, além de dados pessoais, escolares e socioeconômicos. Também era possível usar o mesmo e-mail para a inscrição de mais de uma pessoa.
COMO FICOU: As inscrições continuam sendo feitas apenas pela web, mas, a partir deste ano, além dos dados já pedidos, os candidatos precisaram informar um telefone (fixo ou celular) válido, e um endereço de e-mail só poderá ser usado para efetuar uma inscrição. Ele também deverá criar uma pergunta e resposta de segurança para recuperar a senha.
MOTIVO: Segundo o ministro Janine Ribeiro, as novas instruções no sistema de inscrições servem para aumentar a segurança dos estudantes e do próprio sistema informatizado. Janine lembrou que diversos sites já pedem, no cadastro dos usuários, uma pergunta de segurança, com uma resposta que deve ser do conhecimento apenas do próprio usuário, para que seja mais fácil a recuperação da senha para efetuar o login.
Enem 2015 - Cartão com o local de provas (Foto: G1)
COMO ERA: Poucas semanas antes das provas, o governo começava o processo de entrega dos cartões e confirmação do local de prova a cada um dos candidatos. Até 2014, era possível acessar o cartão no site do Enem, ou esperar até que os Correios entregassem o cartão impresso no endereço indicado no formulário de inscrições.
COMO FICOU: Em 2015, o MEC decidiu acabar com a entrega do cartão de confirmação na versão impressa. Neste ano, os candidatos só poderão checar seu local de provas acessando o site oficial do Enem, e fazendo o login no sistema.
MOTIVO: A principal razão desta mudança, segundo o ministro, é a economia de gastos com a impressão de envelopes e dos cartões. "São quase R$ 18 milhões nessa operação", explicou ele. Segundo o presidente do Inep, Francisco Soares, a mudança não deverá ter grande impacto nos hábitos dos candidatos. "O número de pessoas que baixavam o cartão já era um número muito alto. A gente não está mudando muito a rotina. Frequentemente as pessoas utilizavam as duas, esperava chegar em casa e depois baixa."

Juiz da Lava Jato é ovacionado em sessão de autógrafos de livro em SP Moro disse não se considerar um herói, mas que apoio é 'importante'. Mulher do magistrado escreveu prefácio do livro "Bem-Vindo ao Inferno".

 O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo processo da Operação Lava Jato em primeira instância, foi ovacionado nesta quinta-feira (14) em uma livraria durante uma sessão de autógrafos de um livro em São Paulo.
Moro participou do evento pois sua mulher, a advogada Rosângela Moro, escreveu o prefácio do livro "Bem-Vindo ao Inferno", do jornalista Cláudio Julio Tognoli. O livro narra a história de Vana Lopes, uma das vítimas do médico Roger Abdelmassih, que condenado a 278 de prisão por 48 abusos sexuais em 37 clientes.
Manifestantes levaram cartazes em apoio a Moro (Foto: Roney Domingos/G1)Manifestantes levaram cartazes em apoio a Moro
(Foto: Roney Domingos/G1)
Ao chegar no local, manifestantes que pediam o aprofundamento das investigações da Lava Jato e o impeachment da presidente Dilma Rousseff, começaram a cantar o hino nacional e gritar "Fora PT".
Ao ser questionado por jornalistas, Moro disse que não se considera um herói. Ele, no entanto, disse que "é importante ter o apoio da população". "Eu fico feliz com essa recepção, mas não quero ser o foco da atenção", completou.
Em março, Moro recebeu o prêmio do jornal "O Globo" “Faz Diferença” de “Personalidade do Ano" por conta de seu trabalho na Operação Lava-Jato. Na ocasião, o magistrado afirmou que não vê a corrupção como um problema "insuperável".
"A democracia brasileira já enfrentou desafios muitos maiores no passado [...] A corrupção é apenas mais um problema que dentro de um sistema democrático não vejo nenhum problema como insuperável. Com o apoio das instituições democráticas e da sociedade, acredito que vamos conseguir superar esse problema com tranquilidade", afirmou.
Sérgio Moro, juiz federal responsável pelo processo da Operação Lava Jato, é ovacionado durante lançamento de livro em São Paulo. Durante sua chegada manifestantes, que pediam o impeachment de Dilma Rousseff, cantaram o hino nacional e gritaram 'Fora PT' (Foto: Alex Silva/Estadão Conteúdo)Sérgio Moro, juiz federal responsável pelo processo da Operação Lava Jato, é ovacionado durante lançamento de livro em São Paulo (Foto: Alex Silva/Estadão Conteúdo)
Perfil
Sergio Fernando Moro, 42 anos, titular da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba/PR, atualmente à frente daquele que já é considerado um dos maiores casos de corrupção no país: a Operação Lava Jato, que apura suposto cartel entre empreiteiras para fraudar licitações e obter contratos na Petrobras, mediante pagamento de propina a agentes públicos.
Formado pela Universidade Estadual de Maringá em 1995, Moro fez concurso e tornou-se juiz federal um ano depois. Em 1998, cursou programa para instrução de advogados na escola de direito da Universidade de Harvard, considerada a melhor do mundo. Além disso, ele é mestre e doutor pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e desde 2007 é professor adjunto da UFPR.

Juiz revisa decisão e rejeita denúncia contra 7 funcionários de empreiteiras Sérgio Moro, da Justiça Federal, retirou os acusados de ação penal. Representantes da OAS e da Mendes Júnior alegaram falta de dolo.

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo processo da Operação Lava Jato em primeira instância, reviu denúncias do Ministério Público Federal (MPF) contra sete representantes ligados às empreiteiras OAS e Mendes Júnior. Eles haviam se tornado réus em março, conforme o juiz, por terem assinado contratos ideologicamente falsos. Na quarta (13), porém, Moro reviu essa decisão e rejeitou parte da denúncia que já havia aceito.
 
Deixam de ser réus neste processo:
OAS e consórcios
Luiz Ricardo Sampaio de Almeida
Marcus Vinicius Holanda Teixeira
Renato Vinicios de Siqueira

Mendes Júnior e consórcios
José Humberto Cruvinel Resende
Francisco Claudio Santos Perdigão
Vicente Ribeiro de Carvalho
José Américo Diniz
De acordo com o juiz, as defesas destes então acusados alegaram falta de dolo, uma vez que haviam assinado contratos fraudulentos por determinação superior, sem conhecimento de que eram ilícitos. “Considerando os depoimentos dos acusados colaboradores, nos quais a denúncia em muito se funda, constata-se que, segundo eles, o conhecimento a respeito da prática dos crimes circunscrevia-se à cúpula diretiva das empresas envolvidas”, pondera o juiz.
“Nessas condições, reputo mais prudente rever, como requereram as Defesas, o recebimento das denúncias em relação a esses empregados subordinados, rejeitando-as e sem prejuízo de nova denúncia caso surjam novas provas”, continua Moro no despacho.
Continuam réus nestre processo:
-Adir Assad
-Agenor Franklin Magalhães Medeiros
-Alberto Elísio Vilaça Gomes
-Alberto Youssef
-Ângelo Alves Mendes
-Augusto Ribeiro de Mendonça Neto
-Dario Teixeira Alves Júnior
-João Vaccari Neto
-José Aldemário Pinheiro Filho
-Julio Gerin de Almeida Camargo
-Lucélio Roberto Von Lehsten Góes
-Mario Frederico Mendonça Góes
-Mateus Coutinho de Sá Oliveira
-Paulo Roberto Costa
-Pedro José Barusco Filho
-Renato de Souza Duque
-Rogério Cunha de Oliveira
-Sérgio Cunha Mendes
-Sonia Mariza Branco
-Waldomiro de Oliveira

Empresas investigadas na Lava Jato têm mais de R$ 540 mi bloqueados Valores pertencem à construtora Camargo Corrêa e à empresa Sanko Sider. Engevix teve outros R$ 154 milhões bloqueados em abril pela Justiça.

O Ministério Público Federal anunciou, nesta quinta-feira (14), que a Justiça determinou o bloqueio de R$ 241.541.922,12 da construtora Camargo Corrêa e da empresa Sanko Sider e outros R$ 302.560.926,48 da Galvão Engenharia. As três empresas são citadas em processos da Operação Lava Jato, em curso desde março de 2014 e que investiga, entre outros crimes, fraudes em contratos de empreiteiras junto à Petrobras.
A divulgação se soma a outro bloqueio de dinheiro feito pela Justiça Federal contra a construtora Engevix, anunciado no dia 24 de abril. A decisão foi tomada por uma vara cível em Curitiba, na qual seguem alguns dos processos da Lava Jato. Ao todo, foram bloqueados R$ 153.957.199,60 da empresa. Somando todas as quantias já são cerca de R$ 697 milhões bloqueados dessas construtoras.
Os procuradores do MPF passaram ainda um panorama geral dos números obtidos até esta quinta-feira na Lava Jato, quando anunciaram a apresentação de mais três denúncias à Justiça. Entre as pessoas citadas nos processos estão os ex-deputados federais André Vargas (sem partido), João Argôlo (SD), Pedro Corrêa e a filha dele, também ex-deputada federal, Aline Corrêa.
Além deles, outras nove pessoas foram denunciadas.  As três denúncias são relacionadas à 11ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada em abril, e são referentes ao núcleo de cada ex-parlamentar.
Veja os acusados e os crimes em cada denúncia:
- Núcleo André Vargas
André Luiz Vargas Ilário - Corrupção, Lavagem de dinheiro, Organização Criminosa.
Leon Dênis Vargas Ilário - Corrupção, Lavagem de dinheiro, Organização Criminosa.
Milton Vargas Ilário - Corrupção, Lavagem de dinheiro, Organização Criminosa.
Ricardo Hoffmann – Corrupção, Lavagem de dinheiro, Organização Criminosa.
-Núcleo Pedro Corrêa
Pedro Corrêa - Corrupção passiva, Lavagem de dinheiro, Peculato.
Ivan Vernon - Lavagem de dinheiro, Peculato, Organização criminosa.
Márcia Danzi - Lavagem de dinheiro, Organização criminosa.
Aline Corrêa - Peculato.
Alberto Youssef - Lavagem de dinheiro.
Rafael Ângulo Lopez - Lavagem de dinheiro.
Fábio Corrêa - Lavagem de dinheiro, Organização Criminosa.
- Núcleo Luiz Argôlo
Luiz Argôlo – Corrupção, Lavagem de dinheiro, peculato.
Alberto Youssef – Corrupção, Lavagem de dinheiro.
Rafael Ângulo Lopez - Corrupção, Lavagem de dinheiro.
Carlos Alberto Costa - Corrupção, Lavagem de dinheiro.
Os ex-parlamentares estão entre os sete presos da 11ª etapa da ação da Polícia Federal (PF). Eles seguem presos na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Paraná, Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo foram os seis estados envolvidos na 11ª etapa da operação, que foi batizada de "A Origem".
"Hoje é o primeiro dia em que se oferece acusações criminais contra pessoas que estão dentro de núcleos políticos", afirmou o procurador Deltan Dallagnol, que classificou o momento como o "fim de um ciclo".
Na segunda-feira (11), a PF havia encaminhado ao Ministério Público Federal 30 indiciamentos contra 22 pessoas, após concluir sete inquéritos policias que apuram a responsabilidade criminal dos ex-parlamentares presos na 11ª fase da operação.
Com as denúncias apresentadas pelo MPF, caberá à Justiça Federal apreciá-las. Se aceitar, os denunciados passarão a ser réus.
Pedro Corrêa
Com relação ao núcleo de Pedro Corrêa, os crimes denunciados foram de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, peculato e organização criminosa. “Pedro Corrêa era um dos responsáveis pela distribuição interna do PP e recebeu valores específicos em benefício próprio”, afirmou Dallagnol.
Conforme o procurador, Corrêa foi denunciado por 280 atos de corrupção passiva - segundo a denúncia, os valores envolvidos nestes atos são de R$ 398.645.680,52. Foram denunciados ainda 569 atos de lavagem de dinheiro, e 123 atos de peculato do ex-deputado.
Luiz Argôlo
Conforme os procuradores, Luiz Argôlo criou uma relação com o doleiro Alberto Youssef diferente dos demais parlamentares envolvidos. "Ele criou relação de sociedade com Youssef. Então, muitas vezes, Alberto repassava dnheiro diretamente para o Argôlo", afirmou o procurador Paulo Galvão. Conforme o procurador, Youssef tinha interesse especial na carreira do então deputado.
Foram encontrados registros de 78 visitas de Argôlo aos escritórios de Youssef. Com o cruzamento das passagens aéreas, o MPF sustenta que em 40 oportunidades essas viagens aconteceram com recursos da Câmara Federal. "O valor gasto nessas passagens é de R$ 55.192,43", explicou Galvão.
Argôlo foi denuncido por dez atos de corrupção - segundo a denúncia, os valores envolvidos nestes atos são de R$ 1.603.400,00. Foram denunciados ainda dez atos de lavagem de dinheiro e 93 atos de peculato do ex-deputado.
André Vargas
No caso do ex-parlamentar do PT, os procuradores sustentam que a corrupção aconteceu em contratos da Caixa Econômica Federal e do Ministério da Saúde, e ocorriam através da agência de publicidade Borghi Lowe e da empresa Labogen.
"Em relação ao Ministério da Saúde, nós temos evidências de que o Vargas conseguiu um termo de parceria entre o ministério e a Labogen. Já quanto à Caixa, várias ligações para um diretor da Caixa foram feitas pelo celular do próprio Vargas", afirmou o procurado Deltan Dallagnol.
Vargas foi denunciado por três atos de corrupção ativa - segundo a denúncia, os valores envolvidos nestes atos são de R$ 1.103.950,12. Foram denunciados ainda 64 atos de lavagem de dinheiro e um ato de organização criminosa do ex-deputado.
Entenda a operação
A Operação Lava Jato foi deflagrada pela PF em março do ano passado e investiga um esquema  bilionário de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
A 11ª fase da investigação foi feita a partir da remessa das apurações do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre fatos criminosos atribuídos a três grupos de ex-agentes políticos. Os crimes investigados nesta fase, conforme a PF, são: organização criminosa, quadrilha ou bando, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude em procedimento licitatório, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e tráfico de influência.
A investigação desta fase também abrange, além de fatos ocorridos no âmbito da Petrobras, desvios de recursos ocorridos em outros órgãos públicos federais, segundo a PF.
Depois da 11ª fase, ainda foi realizada a 12ª, quando o então tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), João Vaccari Netto, foi preso. Ele também segue detido na carceragem da PF, em Curitiba.

MPF denuncia André Vargas, Pedro Corrêa e Luiz Argôlo à Justiça Federal Ex-deputados foram presos na 11ª fase da Operação Lava Jato, em abril. Cabe à Justiça analisar se aceita, ou não, as denúncias contra 13 acusados.

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou os ex-deputados André Vargas, Pedro Corrêa e Luiz Argôlo à Justiça Federal do Paraná, nesta quinta-feira (14). Além deles, outras 10 pessoas foram denunciadas, dentre elas a filha de Pedro Corrêa, Aline Corrêa, que também foi deputada federal. As três denúncias são relacionadas à 11ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada em abril, e são referentes ao núcleo de cada ex-parlamentar.
Veja os acusados e os crimes em cada denúncia:
- Núcleo André Vargas
André Luiz Vargas Ilário - Corrupção, Lavagem de dinheiro, Organização Criminosa.
Leon Dênis Vargas Ilário - Corrupção, Lavagem de dinheiro, Organização Criminosa.
Milton Vargas Ilário - Corrupção, Lavagem de dinheiro, Organização Criminosa.
Ricardo Hoffmann – Corrupção, Lavagem de dinheiro, Organização Criminosa.
-Núcleo Pedro Corrêa
Pedro Corrêa - Corrupção passiva, Lavagem de dinheiro, Peculato.
Ivan Vernon - Lavagem de dinheiro, Peculato, Organização criminosa.
Márcia Danzi - Lavagem de dinheiro, Organização criminosa.
Aline Corrêa - Peculato.
Alberto Youssef - Lavagem de dinheiro.
Rafael Ângulo Lopez - Lavagem de dinheiro.
Fábio Corrêa - Lavagem de dinheiro, Organização Criminosa.
- Núcleo Luiz Argôlo
Luiz Argôlo – Corrupção, Lavagem de dinheiro, peculato.
Alberto Youssef – Corrupção, Lavagem de dinheiro.
Rafael Ângulo Lopez - Corrupção, Lavagem de dinheiro.
Carlos Alberto Costa - Corrupção, Lavagem de dinheiro.
Os ex-parlamentares estão entre os sete presos da 11ª etapa da ação da Polícia Federal (PF). Eles seguem presos na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Paraná, Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo foram os seis estados envolvidos na 11ª etapa da operação, que foi batizada de "A Origem".
"Hoje é o primeiro dia em que se oferece acusações criminais contra pessoas que estão dentro de núcleos políticos", afirmou o procurador Deltan Dallagnol, que classificou o momento como o "fim de um ciclo".
Na segunda-feira (11), a PF havia encaminhado ao Ministério Público Federal 30 indiciamentos contra 22 pessoas, após concluir sete inquéritos policias que apuram a responsabilidade criminal dos ex-parlamentares presos na 11ª fase da operação.
Com as denúncias apresentadas pelo MPF, caberá à Justiça Federal apreciá-las. Se aceitar, os denunciados passarão a ser réus.
Pedro Corrêa
Com relação ao núcleo de Pedro Corrêa, os crimes denunciados foram de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, peculato e organização criminosa. “Pedro Corrêa era um dos responsáveis pela distribuição interna do PP e recebeu valores específicos em benefício próprio”, afirmou Dallagnol.
Conforme o procurador, Corrêa foi denunciado por 280 atos de corrupção passiva - segundo a denúncia, os valores envolvidos nestes atos são de R$ 398.645.680,52. Foram denunciados ainda 569 atos de lavagem de dinheiro, e 123 atos de peculato do ex-deputado.
Luiz Argôlo
Conforme os procuradores, Luiz Argôlo criou uma relação com o doleiro Alberto Youssef diferente dos demais parlamentares envolvidos. "Ele criou relação de sociedade com Youssef. Então, muitas vezes, Alberto repassava dnheiro diretamente para o Argôlo", afirmou o procurador Paulo Galvão. Conforme o procurador, Youssef tinha interesse especial na carreira do então deputado.
Foram encontrados registros de 78 visitas de Argôlo aos escritórios de Youssef. Com o cruzamento das passagens aéreas, o MPF sustenta que em 40 oportunidades essas viagens aconteceram com recursos da Câmara Federal. "O valor gasto nessas passagens é de R$ 55.192,43", explicou Galvão.
Argôlo foi denuncido por dez atos de corrupção - segundo a denúncia, os valores envolvidos nestes atos são de R$ 1.603.400,00. Foram denunciados ainda dez atos de lavagem de dinheiro e 93 atos de peculato do ex-deputado.
André Vargas
No caso do ex-parlamentar do PT, os procuradores sustentam que a corrupção aconteceu em contratos da Caixa Econômica Federal e do Ministério da Saúde, e ocorriam através da agência de publicidade Borghi Lowe e da empresa Labogen.
"Em relação ao Ministério da Saúde, nós temos evidências de que o Vargas conseguiu um termo de parceria entre o ministério e a Labogen. Já quanto à Caixa, várias ligações para um diretor da Caixa foram feitas pelo celular do próprio Vargas", afirmou o procurado Deltan Dallagnol.
Vargas foi denunciado por três atos de corrupção ativa - segundo a denúncia, os valores envolvidos nestes atos são de R$ 1.103.950,12. Foram denunciados ainda 64 atos de lavagem de dinheiro e um ato de organização criminosa do ex-deputado.
Os ex-deputados Luís Argôlo (esquerda), Pedro Corrêa (centro) e André Vargas (direita) denunciados pelo Ministério Público Federal (Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados e Geraldo Bubniak/AGB/Estadão Conteúdo)Luís Argôlo (esquerda), Pedro Corrêa (centro) e André Vargas (direita) denunciados pelo Ministério Público Federal (Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados e Geraldo Bubniak/AGB/Estadão Conteúdo)
Os advogados de Luiz Argôlo e André Vargas não foram localizados para comentar as denúncias.Outro lado
O advogado Michel Saliba, que representa Pedro e Aline Corrêa, disse que não teve acesso ao conteúdo da denúncia. "Se ela está embasada no indiciamento da Polícia Federal, entendo que isso deve ser competência do Supremo Tribunal Federal. Nós temos a reclamação de que as delações que embasaram esse inquérito deveriam tramitar em Brasília", disse.
O advogado Antônio Figueiredo Basto, que representa Alberto Youssef, afirmou que não teve conhecimento das denúncias contra o cliente, e por isso não comentaria.
O advogado Marlus Arns, que representa Ricardo Hoffmann e Ivan Vernon, afirmou que ainda deve analisar as denúncias antes de falar sobre o assunto.
A Defensoria Pública da União, que defende Carlos Alberto Pereira da Costa, não atendeu às ligações da reportagem.
Entenda a operação
A Operação Lava Jato foi deflagrada pela PF em março do ano passado e investiga um esquema  bilionário de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
A 11ª fase da investigação foi feita a partir da remessa das apurações do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre fatos criminosos atribuídos a três grupos de ex-agentes políticos. Os crimes investigados nesta fase, conforme a PF, são: organização criminosa, quadrilha ou bando, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude em procedimento licitatório, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e tráfico de influência.
A investigação desta fase também abrange, além de fatos ocorridos no âmbito da Petrobras, desvios de recursos ocorridos em outros órgãos públicos federais, segundo a PF.
Depois da 11ª fase, ainda foi realizada a 12ª, quando o então tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), João Vaccari Netto, foi preso. Ele também segue detido na carceragem da PF, em Curitiba.

Google lança seu primeiro aplicativo para Apple Watch; confira

Google já lançou seu primeiro aplicativo para o Apple Watch. É o Google News & Weather (Google Notícias & Clima), que mostra os títulos das notícias em destaque no mundo no relógio inteligente da Apple. Apesar de ter o “Clima” no nome, curiosamente, ele só oferece a parte das “Notícias”, sem nenhum conteúdo climático.
Apple Watch se conecta apenas a partir do iPhone 5 (Foto: Divulgação/Apple) (Foto: Apple Watch se conecta apenas a partir do iPhone 5 (Foto: Divulgação/Apple))Interface com ícones dos aplicativos do Apple Watch (Foto: Divulgação/Apple)

Nem mesmo as notícias completas o aplicativo disponibiliza para o usuário. O que o Google News & Weather faz é destacar as headlines das principais notícias para os consumidores. No caso deste texto, por exemplo, seria possível ver assim: “Google lança seu primeiro app para Apple Watch”, nada mais.
Apple Watch ganhou app do Google (Foto: Divulgação)Google News & Weather é o primeiro app do Google para Apple Watch  (Foto: Divulgação/Google)

A ideia é interessante, e parece útil, mas o que este aplicativo realmente causa é uma grande expectativa por ver quais programas o Google levará ao Apple Watch. Com a concorrência entre ele e o Android Wear, ainda não se sabe se os principais serviços, como e-mail, mapas e armazenamento na nuvem, terão versões no relógio da Apple.
Porém, com um toque na tela sobre a matéria, a pessoa consegue salvá-la para ler depois, utilizando o Safari no celular. Com o comando de passar o dedo na tela, da esquerda para a direita ou vice-versa, o usuário vai navegando pelas notícias para buscar conteúdos mais relevantes para ele.