sexta-feira, 1 de maio de 2015

Dilma, Cunha e Renan falam sobre direitos do trabalhador no 1º de Maio Dilma divulgou vídeos em rede social e defendeu limites à terceirização. Cunha defendeu projeto sobre FGTS e Renan criticou ajuste do governo.

(SELO Dia do Trabalho) - Eduardo Cunha, Renan Calheiros, Dilma Rousseff, Aécio Neves e Lula (Foto: Paulo Lopes/Futura Press/Estadão Conteúdo; Reprodução; Presidência da República; Mario Ângelo/Sigmapress/Estadão Conteúdo; Carla Carniel/Frame/Estadão Conteúdo)Eduardo Cunha, Renan Calheiros, Dilma Rousseff, Aécio Neves e Lula se manifestaram para celebrar o Dia do Trabalho. (Foto: Paulo Lopes/Futura Press/Estadão Conteúdo; Reprodução; Presidência da República; Mario Ângelo/Sigmapress/Estadão Conteúdo; Carla Carniel/Frame/Estadão Conteúdo)
Nas celebrações do Dia do Trabalho, a presidente Dilma Rousseff e os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fizeram pronunciamentos nesta sexta-feira (1º) sobre direitos dos trabalhadores. Dilma abriu mão de falar em cadeia nacional de rádio e TV, mas divulgou três vídeos nas redes sociais.
Em uma das mensagens em vídeo divulgadas pelo Palácio do Planalto no Facebook, a petista voltou a falar sobre o projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional que regulamenta o trabalho terceirizado. Na rede social, ela defendeu aregulamentação das atividades terceirizadas no Brasil, porém, ressalvou que, na opinião dela, as mudanças nas regras de terceirização não podem ocorrer de forma irrestrita, como foi aprovado pela Câmara dos Deputados (assista ao vídeo acima).
O projeto avalizado pelos deputados prevê a terceirização de todas as atividades, inclusive as chamadas “atividades-fim” das empresas. Atualmente, uma universidade particular, por exemplo, pode contratar serviços terceirizados de limpeza e segurança, mas não professores terceirizados.
Em outro vídeo, a presidente defende a política do governo para a valorização do salário mínimo. Segundo ela, em seu primeiro mandato, o mínimo cresceu 14,8% acima da inflação. Dilma afirmou que essa política beneficia 45 milhões de trabalhadores da ativa e aposentados.
No terceiro vídeo divulgado na rede social, a presidente defendeu a legitimidade de manifestações pelo país e afirmou que os protestos não podem ser enfrentados com “violência”. Ela destacou que vivemos em uma democracia e, por isso, temos de "nos acostumar" com as manifestações e as vozes das ruas.
Já Renan Calheiros, que criticou Dilma nesta quinta (30) por ela ter optado por se manifestar somente pelas redes sociais, fez um pronunciamento nesta sexta na TV Senado para celebrar o Dia do Trabalho(veja o vídeo ao lado). No comunicado, ele afirmou que o Congresso Nacional não será um "mero espectador" do ajuste fiscal proposto pelo governo federal.
Na fala, o presidente do Senado voltou a dizer que as medidas provisórias encaminhadas pelo Executivo federal ao Legislativo para tentar reequilibrar a economia são, na verdade, um "desajuste".

"O Congresso Nacional não será um mero espectador do ajuste fiscal. O Congresso é o próprio fiscal do ajuste. Ajuste que penaliza o trabalhador é desajuste. Proponho, em nome do Congresso Nacional, o pacto pela defesa do emprego", declarou.
O presidente da Câmara, Eduado Cunha (PMDB-RJ), participou das celebrações do Dia do Trabalho em SP (Foto: Paulo Lopes/Futura Press/Estadão Conteúdo)Cunha participou das festa organizada pela Força
Sindical para comemorar o Dia do Trabalho.
(Foto: Paulo Lopes/Futura Press/Estadão Conteúdo)
Em um evento promovido pela Força Sindical em São Paulo, o presidente da Câmaraanunciou nesta sexta que apresentará, na próxima semana, um projeto de lei para reajustar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) a partir do índice da caderneta de poupança.

No ato que celebrou o Dia do Trabalho, Cunha destacou que sua proposta, caso aprovada, valerá a partir de janeiro de 2016. Segundo ele, o texto não prejudicará as operações atuais.
"Somente os novos depósitos sofrerão reajuste. É um projeto que vamos tramitar e votar em regime de urgência. Será apresentado na semana que vem, quando terá o trancamento da pauta devido à votação do ajuste fiscal. Vamos ver ainda a data em que ele será votado", ressaltou o peemedebista.
O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva durante a festa do Dia do     Trabalho no Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo, nesta sexta-  feira (Foto: Vanessa Carvalho/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo)Lula discursou na festa de 1º de Maio organizada
pela CUT no Vale do Anhangabaú, em São Paulo.
(Foto: Vanessa Carvalho/Estadão Conteúdo)
Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (1º), durante ato da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em São Paulo pelo Dia do Trabalho, que não é candidato a nada, mas vai percorrer o país para garantir a manutenção do governo Dilma Rousseff.
Lula reagiu ao que chamou de insinuações sobre o seu suposto envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Operação Lava Jato e disse que parte da elite tem medo de que ele volte a ser candidato.
"Eu 'tô notando, todo santo dia, insinuações. Ah, lá na Operação Lava Jato estão esperando que alguém cite o nome do Lula. Ah, estão tentando fazer com que os empresários citem o nome de Lula. Eu estou quietinho no meu lugar. Não me chame para a briga. Eu não tenho intenção de ser candidato a nada. 'Tá aceita a convocação. Eu agora vou começar a andar o país outra vez", afirmou o petista.
Lula deixou claro ainda que vai se mobilizar para defender o governo da presidente Dilma.
Aécio Neves durante as comemorações de   1° de Maio na organizada pela Cut e   movimentos sindicais na Praça Campo de   Bagatelle, em Santana.  (Foto: Mário Âneglo/Sigma Press/Estadão Conteúdo)Aécio discursou no ato de 1º de Maio realizado na
Praça Campo de Bagatelle, em São Paulo.
(Foto: Mário Âneglo/Sigma Press/Estadão Conteúdo)
Aécio Neves
O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse nesta sexta-feira, em ato do Dia do Trabalho em São Paulo, que o Senado vai "aprimorar" o projeto da terceirizaçãoaprovado na Câmara. O tucano afirmou ainda que vai propor um limite para terceirização das atividades, proposta que já foi defendida por Renan Calheiros.
"Nós vamos no Senado discutir a terceirização com enorme responsabilidade. De um lado vamos garantir a regulamentação para aqueles que são terceirizados. Nos vamos tb propor um limite para que as empresas possam terceirize algumas de suas atividades. Portanto o senado federal vai aprimorar o projeto votado na Câmara", disse o senador no evento promovido pela Força Sindical.
Ao público presente, Aécio criticou o fato de a presidente Dilma Rousseff não ter feito pronunciamento do Dia do Trabalho em cadeia nacional de rádio e TV.
O tucano também lamentou o confronto entre policiais militares e professores ocorrido nesta semana no Paraná, estado governado por seu colega de partido Beto Richa. Aécio, no entanto, disse que o tema não deve ser alvo de "ironia" por parte de ninguém.
"Lamento profundamente pelo que aconteceu [...] Nada que ocorreu deve ser objeto de ironia, de quem quer que seja", ressaltou o senador.

Carrapato encontrado nos EUA pode transformar uma pessoa carnívora em vegetariana, obrigatoriamente!

Notícia publicada no portal NBC está atraindo grande curiosidade.
Seria possível um ser vivo tão pequeno forçar uma pessoa carnívora, que aprecia um belo bife, ser vegetariana, obrigatoriamente?
Ao que tudo indica, sim! O fato não é de conhecimento científico recente. Os pesquisadores já sabiam dessa capacidade e agora dizem que o problema pode se agravar, já que a espécie parece estar se espalhando, com 200 casos oficiais confirmados de vítimas nos EUA.
O problema é tão grave que, pessoas que foram picadas por ele, não podem comer nem mesmo um simples hambúrguer, pois a carne ingerida provoca uma reação alérgica seríssima, obrigando as pessoas a procurarem o serviço de emergência.
Pouquíssimas pessoas sabem do problema e demoram muito tempo para reconhecer que algo está errado. De acordo com o portal NBC, o alergologista Greg Cergol, comentou que a espécie é um tipo de carrapato estrela solitário. Apesar do aparente “pânico” que se instaurou no Texas, um dos estados americanos que mais consomem carne, existem outras espécies de carrapato no Japão, Espanha, Suécia, Alemanha, França, Austrália e Coréia do Sul que também podem provocar alergia à carne nos usuários picados por eles.
A chave está na bioquímica. O carrapato possui uma substância chamada galactose-alfa. Trata-se de um tipo de açúcar que também pode ser encontrado nas carnes vermelhas, especialmente bovina, mas também está presente em suínos, na carne do veado, de coelho, além de produtos que usem leite.
Quando você ingere essa substância via oral e cai no estômago, não existe nenhum mal, mas ao entrar pela corrente sanguínea através da picada do carrapato, o corpo reage de modo enérgico, com grande resposta imunitária.
O seu corpo começa a entender que esse açúcar no sangue é algo estranho e maléfico, e começa a tentar eliminá-lo através da ação de potentes anticorpos.
O que acontece a seguir é uma memória imunitária, ou seja, todas as vezes que o indivíduo ingerir carne ou qualquer alimento que contenha galactose, desencadeará uma reação alérgica no corpo.
Em um dos depoimentos mais dramáticos, Louise Danzig, de 63 anos, comentou sua experiência: “Eu acordei com as mãos muito inchadas, estavam pegando fogo de tanta coceira. Eu podia sentir meus lábios e língua, estavam inchados”. Ela apenas teve tempo de ligar e pedir ajuda. Rapidamente começou a ver suas vias respiratórias fecharem e perder a capacidade de fala. Tudo isso ocorreu após ela comer um hambúrguer. Ela não sabia que havia sido picada pelo carrapato.
Tratamento
As reações alérgicas são tratadas com anti-histamínicos, para aliviar a coceira e, em casos mais graves, adrenalina intravenosa. Os médicos aconselham que pacientes levem consigo adrenalina, para casos de extrema emergência, se comerem carne novamente, sem perceber, em algum alimento industrializado.
Os médicos não sabem dizer se a alergia é permanente ou por quantos anos ela dura. As pesquisas mostraram que alguns pacientes enfrentam queda desses anticorpos ao longo do tempo, e muitos não admitem parar de comer carne e consomem salsichas, hambúrgueres, carne e derivados, mesmo sabendo que a reação desagradável começará em questão de minutos ou horas.
Fonte: NBC Foto: Reprodução / Backroads / Pbbase

ZyCoo UC510: Aprenda a realizar as primeiras configurações

O ZyCoo UC510 é router wireless e wired mas também uma central telefónica que foi especialmente concebida para funcionar como IP PBX para pequenas empresas e também em ambientes domésticos.
Depois de termos feito uma breve apresentação desde interessante e poderosos equipamentos, hoje vamos ensinar como realizar as configurações básicas.
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O ZyCoo UC510 oferece uma interface web muito intuitiva para a gestão de todas as funcionalidades. Além disso, este equipamento tem também um servidor SSH que nos permite remotamente proceder a várias configuração e também a execução de scripts.

Como aceder à Interface de Gestão

Para acederem à interface de gestão do equipamento, basta que liguem um cabo do vosso PC a uma porta LAN do equipamento e acedam ao endereço 192.168.1.1 (Nota: A configuração no PC deve ser atribuída via DHCP).  O acesso poderá também ser realizado via interface wireless. As credências de acesso  (de fábrica) são:
  • Username: admin
  • Password: admin
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Após a autenticação com sucesso, somos de imediato alertados que devemos proceder à alteração da password que vem de fábrica.
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A alteração da password pode ser facilmente realizada acedendo a System > Administration > Managmente depois em Adminstrator Settings
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Uma vez alterada a password vamos explorar o menu PBX onde temos os sub-menus:
  • Extensions
  • Inbound Control
  • Advanced
  • Report

Extensions

Com uma interface baseada no popular Asterisk, a criação de extensões é um processo bastante simples. Para criar uma extensão basta que carregue em New User (É possível criar utilizadores em “massa” carregando em Batch Add Users).
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Dentro da interface de criação de uma nova extensão/utilizador, o utilizador pode decidir se pertente uma extensão com suporte para o protocolo de SIP ou IAX2. Depois é necessário que defina o número da extensão a criar, indique a respectiva password da extensão e mais um conjunto de opções que iremos analisar em outros artigos.
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Dentro do SubMenu Extensions é ainda possível criar Trunks (VoIP Trunks ou FXO Trunk) e Outbound Routes (podendo ser definido um conjunto de Dial Patterns/regras e a respectiva sequência de Trunks criados).
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No Submenu Inbloud Control estão disponíveis as seguintes opções:
  • Inbound Routes
  • IVR
  • IVR Promps
  • Call Queues
  • Ring Groups
  • Black List
  • Time based Rules
Tal como o nome sugere, as Inbound Routes permitem-nos criar rotas de entrada no iPBX.
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“Aguarde por favor… Vamos transferir a sua chamada”, ouvir o pressionar de uma tecla, aguardar ao som de um toque musical são certamente sons e expressões que já todos ouvimos em algum ponto do passado, provavelmente até já ouvimos hoje e pela a evolução que se constata vamos continuar a ouvir. Tudo isso é possível definir na opção IVR.
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Os Ring Groups são também bastante importantes uma vez que nos permitem criar um número e associar vários números. Por exemplo,  ligando para a extensão 640, as extensões 800, 803 e 807 devem tocar  em simultâneo ou de acordo com a acção definida. Caso ninguém atenda a chamada para 0 640 poderá ser automaticamente reencaminhada para o 802.
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E por hoje é tudo. Num próximo artigo vamos continuar a explorar a interface Web para depois ensinarmos a implementar um pequeno cenário. Alguma dúvida ou questão não hesitem em questionar via zona de comentários.

Anistia critica violência da polícia contra professores no Paraná

Manifestante é carregado por colegas durante protesto. / LEONARDO SALOMAO (AFP)
A Anistia Internacional, entidade que é referência mundial em questão de Direitos Humanos, criticou a ação da Polícia Militar do Paraná durante protesto de professores realizado ontem em frente à Assembleia, em Curitiba. “O governador do Estado, Beto Richa, e o comando da PM precisam assumir total responsabilidade pela repressão violenta à manifestação de professores”, afirmou a organização em nota. “Isso é um agressão à liberdade de expressão e ao direito à manifestação pacífica”, disse Atila Roque, diretor executivo da Anistia no Brasil.
A entidade criticou também a reação das autoridades após a ação da polícia. O governador Beto Richa acusou black blocs e o PT de estarem por trás da manifestação, e um porta-voz da PM disse à BBC que “desproporcional seria usar armas letais”, numa referência ao fato da tropa ter usado balas de borracha e bombas de gás. “A polícia não age por conta própria, e as falas das autoridades mostram que para o Governo a ação policial foi adequada”, diz a nota.

A Secretaria de Segurança Pública (SESP), que nesta quarta-feira enviou nota oficial contabilizando apenas quatro manifestantes feridos e depois alterou o número para 44, explicou que só levou em conta feridos encaminhados para hospitais, e por isso os números do serviço de saúde municipal divulgou balanço tão diferente - 217. Além dos manifestantes, a SESP contou 21 policiais atendidos.No texto divulgado a Anistia cita os 17 PMs que supostamente foram presos por terem se recusado a disparar contra manifestantes. O EL PAÍS ouviu de policiais que não quiseram se identificar que mais de 50 colegas estão presos e já passam por processo de exoneração por terem desobedecido as ordens do comandante da operação. A assessoria de imprensa da corporação nega. O sub comandante geral da PM, Cel. Nerino Mariano de Brito reiterou ao El País que as informações são falsas. "Até o presente momento não existem prisões. Se essas informações fossem verdadeiras seria fácil desmentir pelo 'princípio legal da publicidade', processos de prisão e exoneração precisam gozar de transparência e legalidade", afirmou pelo telefone.
O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, disse à revista Época que “a violência, praticada por qualquer parte, prejudica a todos, estudantes, professores, pais e sociedade”. Ele se colocou à disposição para intermediar o impasse entre Governo e professores.
O cenário de guerra na praça Cívica começou perto das 15 horas, quando manifestantes, aos gritos de “sem violência” e “ei, polícia, prende o Beto Richa” começaram a forçar grades que faziam o isolamento da Assembleia, enquanto os deputados estaduais começaram a sessão para votar o projeto de lei que altera a Paraná Previdência, e que, segundo os professores, acarretaria perda de benefícios. Agressões com cacetete e jatos de spray de pimenta foram registradas. Alguns dos atingidos revidaram contra a polícia, atirando copos de água vazios. A resposta veio com uso de bombas e balas de borracha, que continuaram a ser lançados de forma ininterrupta durante mais de uma hora. Uma creche localizada na região foi atingida, e funcionários e crianças presentes precisaram ser retirados às pressas.

Governo cede a pressão de sindicatos para garantir ajuste fiscal


Dilma Rousseff recebe representantes das Centrais Sindicais / ROBERTO STUCKERT FILHO (PR)
O largo Eixo Monumental de Brasília que passa pelo Congresso Nacional e pelo Palácio do Planalto parece uma coleção de estandartes de blocos carnavalescos. Em mais de duas dezenas de postes há cartazes de centrais sindicais reclamando das medidas do Governo Dilma Rousseff que afetam os trabalhadores. A pressão dessas entidades já dura quase cinco meses e, agora, começa a surtir efeitos.
A presidenta Rousseff, que desistiu de fazer um discurso televisionado no dia dos trabalhadores por temer protestos, iniciou um movimento de reaproximação das centrais sindicais. Nesta quinta, ela se encontrou com os principais representantes e anunciou a criação de um fórum multissetorial para discutir políticas de emprego, trabalho e previdência.
No discurso que durou cerca de 20 minutos, ela defendeu a necessidade das medidas de ajuste fiscal que o Governo tem adotado para reequilibrar as contas públicas, justificando que elas são "essenciais" para recuperar o crescimento econômico. Entre as propostas estão as duas MPs que alteram o acesso da população  a benefícios trabalhistas, como seguro-desemprego, pensão por morte e abono salarial. "É importante afirmar que nós mantivemos os direitos trabalhistas, mantivemos os direitos previdenciários e mantivemos nossas políticas sociais. O que nós propusemos ao Congresso Nacional foram correções nas políticas de seguridade social para evitar distorções e excessos, não para tirar direitos dos trabalhadores", disse. 

A principal mudança foi na redução dos prazos de carência (que é o período de vínculo formal) que os funcionários terão de cumprir para ter acesso ao seguro-desemprego e ao abono salarial. A MP 665 previa que o trabalhador dispensado sem justa causa só poderia solicitar o seguro-desemprego depois de 18 meses de trabalho ininterruptos nos dois anos anteriores à demissão. O relator dessa medida, o senador Paulo Rocha (PT-RS) reduziu a carência para 12 meses de trabalho.As duas novas regras, as MPs 664 e 665, devem ser votadas na próxima semana no Congresso Nacional e, se aprovadas como querem os relatores das propostas, abrirão mão de 3,2 bilhões dos 18 bilhões de reais previstos inicialmente do ajuste fiscal orquestrado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Entre as outras mudanças sugeridas pelos relatores estão: a redução do prazo mínimo para contribuição para que a pensão por morte seja concedida ao cônjuge; a obrigação da empresa pagar 30 dias de salário para o funcionário afastado por doença e a ampliação do tempo de pagamento de pensões por faixa etária. “São medidas que centrais sindicais e especialistas nos pediam. Analisamos o assunto e decidimos alterar isso na MP”, afirmou o relator da MP 664, o deputado Carlos Zarattini (PT-SP).
Apesar dos esforços da base governista, parte das centrais ainda reclama das MPs. Na terça-feira, um grupo de presidentes de confederações se reuniu com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para tratar dessa questão e do projeto que regula a terceirização de trabalhadores. Após essa reunião, o presidente da Centra Única dos Trabalhadores (CUT) disse que as centrais não vão tolerar a retirada de direitos. “Não vamos permitir que o governo faça ajuste fiscal no lombo dos trabalhadores dificultando o acesso a direitos adquiridos”.
A pressão continuou na quarta-feira, quando um grupo de 15 manifestantes protestou durante a audiência pública da Comissão de Finanças da Câmara na qual era ouvido o ministro da Fazenda. Os militantes levantaram cartazes pedindo que a presidenta não mexesse em direitos como seguro desemprego, abono salarial e seguro defeso (esse para pescadores). Os últimos dois temas continuam em suspensão. Não está claro como eles serão tratados pelos congressistas nas sessões de votação da semana que vem.
Os esforços do Governo abrangem também a atuação de Levy. Nas últimas semanas ele tem participado de encontros com empresários e entidades de classe para apresentar o pacote de ajuste econômico da gestão petista. Com relação às medidas 664 e 665 ele disse nesta quarta-feira na audiência da Câmara: “Ninguém está passando a conta para o trabalhador. Estamos buscando medidas para crescer e para diminuir o desemprego”. (Colaborou Heloísa Mendonça)

Ministro diz que grau de investimento depende de pacote fiscal

A. B.
Sem o pacote fiscal o Brasil pode perder o grau de investimento. O alerta, com um tom de cobrança, foi feito pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a deputados federais que participaram de uma audiência com ele na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, nesta quarta-feira em Brasília. Não bastou o alerta, Levy fez questão de mostrar uma apresentação na qual dizia com letras maiúsculas em amarelo sob um fundo vermelho da importância de manter o investment grade.
O panorama apresentado por Levy aos deputados da comissão não era nada animador. “Os gastos foram maiores do que a receita no ano passado”, explicou o ministro. Por isso, diz que o ajuste é necessário. “Desde que recebemos oinvestment grade aumentamos os investimentos estrangeiros. Não podemos perder isso”, defendeu Levy aos deputados. Na audiência, o ministro apresentar uma tabela mostrando que, em 2007, antes de receber a nota positiva de agências de classificação de riscos, o Brasil recebeu 35 bilhões de dólares de investimento estrangeiro. No ano passado, esse valor subiu para 62 bilhões.
No mesmo dia em que o Fundo Monetário Internacional anunciou que o Brasil deve ter a pior desaceleração da economia em 20 anos, o ministro também reforçou que o Governo conta com o apoio dos congressistas para reduzir as desonerações. Anualmente o Brasil deixa de receber 113 bilhões de reais em impostos. “O valor equivale a mais de sete vezes o programa habitacional Minha Casa Minha Vida. Precisamos rever essas desonerações”, ressaltou Levy.
Desse total, 25,2 bilhões ocorrem por conta da desoneração da folha de pagamento dos trabalhadores. Dentro do pacote fiscal elaborado pela equipe econômica há a previsão de reduzir essa renúncia fiscal para 12,4 bilhões. Dessa forma, haveria a redução de número de beneficiados pela renúncia, cairia de 89.000 empresas para 56.000.
Essas alterações já deveriam ter entrado em vigor por meio de uma medida provisória, a 669. Ocorre que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), devolveu o texto ao Planalto por entender que a matéria não deveria ser analisada em regime de urgência, como queria a gestão Dilma Rousseff (PT). Dessa forma, o Governo agora pressiona o Congresso para votar o assunto e tentar economizar esses recursos.

Temer rebate Renan e diz que não usará cargo para atacar outros Poderes

BRASÍLIA (Reuters) - O vice-presidente Michel Temer rebateu as declarações feitas nesta quinta-feira pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que criticou a presidente Dilma Rousseff e a articulação política do governo, e disse, sem citar Renan, que não usará seu cargo para atingir autoridades de outros poderes.
"Não usarei meu cargo para agredir autoridades de outros Poderes. Respeito institucional é a essência da atividade política, assim como a ética, a moral e a lisura", disse Temer, que também é o responsável pela articulação política do governo, em nota divulgada por sua assessoria.
Mais cedo nesta quinta-feira, Renan declarou que o PMDB, partido presidido por Temer, não poderia transformar a coordenação política e sua participação no governo em "uma articulação de RH, para distribuir cargos e boquinhas".
O presidente do Senado também classificou de "coisa ridícula" a ausência de um pronunciamento em rede nacional da presidente para lembrar o Dia do Trabalho, em 1º de maio.
Ao afirmar que não irá estimular um debate "que só pode desarmonizar" as instituições, Temer disse trabalhar "com o objetivo de construir a estabilidade política e a harmonia ensejadoras da retomada do crescimento econômico em benefício do povo brasileiro".
"Se outros querem sair desta trilha, aviso que dela não sairei", afirmou o vice-presidente.
Ao criticar a articulação política, Renan disse ainda que falta "fundamento" à coalizão que apoia Dilma. Disse ainda que seu partido não poderia adotar "o que de pior" faz o PT, "que é o aparelhamento do Estado".
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
 

Surface Hub: testamos o telão smart da Microsoft que revoluciona reuniões

Uma das grandes surpresas da Microsoft para o Windows 10 é o Surface Hub. O telão gigante e smart, que parece uma TV, é a aposta da companhia para conquistar o publico corporativo e mostrar a força da nova plataforma para negócios. Sensível ao toque com os dedos das mãos e canetas especiais, esse que promete ser o sucessor do quadro branco tem versão 4K e dois tamanhos: 55 ou 84 polegadas. 
O TechTudo teve acesso ao aparelho na Build 2015, evento para desenvolvedores que acontece em San Francisco, e traz as primeiras impressões desse "giga tablet" que promete revolucionar reuniões.
Veja, no vídeo abaixo, as principais novidades do Windows 10 apresentadas na Build 2015


Parece TV, mas não é
O primeiro contato com o Surface Hub engana muita gente. Afinal, o aparelho traz um design já conhecido por todos nós, é usado sem mouse e teclado e lembra muito uma SmartTV. No entanto, a função dele é bem distinta: ser um computador central nas salas de reunião e, por que não, de aulas.
O aparelho da Microsoft vem equipado com dois alto falantes na sua parte lateral. Traz duas câmeras, sendo uma de cada lado, que poderão ser usadas para vídeo conferências via Skype. O mensageiro VoIP, aliás, é totalmente preparado para o dispositivo e oferece recursos pensados para empresas.
Surface Hub 6 (Foto: Elson Junior/TechTudo)Surface Hub terá integração com Skype para reuniões a distância (Foto: Elson Junior/TechTudo)
O Surface Hub não traz botões em sua superfície, já que toda interação deve ser feita pela tela, sensível ao toque. O dispositivo traz uma barra de navegação inferior bastante semelhante com a do Windows para tablets, apresentando um botão inicial, um para voltar e a assistente Cortana, que ainda não estava disponível neste primeiro teste.
Caneta turbinada
A Microsoft parece disposta a querer repetir o sucesso que a Surface Pen fez no tablets Pro 3. O Hub chegará equipado com duas canetas, que podem ser fixadas em ganchos laterais  e carregadas.
Surface Hub 4 (Foto: Elson Junior/TechTudo)O Surface Hub vem com duas canetas que podem ser fixadas no aparelho (Foto: Elson Junior/TechTudo)
As canetinhas do Surface Hub receberam um grande upgrade. Além de anotações e desenhos precisos no OneNote, o acessório é capaz de apagar o tracejado com a ponta contrária. Para ter uma ideia, é como se a Surface Pen fosse um daqueles lápis com a borrachinha na ponta, muito prático.
Apps e funcionalidades
O Surface Hub será também a casa dos aplicativos universais do Windows 10. Durante a Build 2015, foi possível conferir as versões do Word, PowerPoint e Excel para o aparelho. O apps de produtividades funcionam muito bem no telão smart e permitem a edição completa do conteúdo.
Outro app que já está portado é o Microsoft Edge, ainda com nome de Project Spartan. De acordo com uma funcionária da Microsoft, presente no local de testes, o Surface Hub roda a versão móvel do Windows 10, ou seja, com acesso apenas aos aplicativos modernos, projetados em blocos dinâmicos. 
Surface Hub 5 (Foto: Elson Junior/TechTudo)Pacote Office está presente no Surface Hub para ajudar em reuniões de negócios (Foto: Elson Junior/TechTudo)
Uma diferença entre o aparelho e a maioria dos produtos com Windows é que este não terá a loja de aplicativo instalada, a Windows Store. O Surface Hub não terá conta de usuário e todos os aplicativos instalados serão negociados diretamente com a Microsoft. Segundo a empresa, isso é necessário para que as corporações tenham total controle sobre o que é instalado no Hub e que não haja nenhuma informação pessoal de funcionários "logados" no aparelho, evitando também o risco de vazamentos.
A interface do sistema operacional é totalmente adaptada para o aparelho e não apresenta as live tiles doWindows 8 e 10 para computadores. O sistema também é multitarefas e permite que as aplicações sejam rodadas em tela cheia ou juntamente com outras, como já é feito na atual versão.
Veja no vídeo abaixo como funciona o Surface Hub

Outra função de destaque é o botão “I’m done” (Algo como “Terminei”). A ideia dele é simples, porém excelente: ao ser pressionado, o Surface Hub vai fechar todos os aplicativos abertos e voltar para a tela inicial, como se tivesse reiniciado. A proposta é permitir uma troca rápida entre reuniões e aulas.
Duas versões gigantes
O Surface Hub tem duas versões: a primeira tem 55 polegadas e a segunda traz 84 polegadas com resolução 4K. A Microsoft ainda não revelou a data de lançamento do aparelho e nem o preço.
O SurfaceHub é sem dúvida um ótimo aparelho para reunião em empresas, trabalhos em grupo e videoconferências. A Microsoft conseguiu produzir um computador totalmente adaptado para apresentações e que tende a ganhar espaço em empresas e até na sala de aula, tamanha sua versatilidade.Corporativo 
Qual é o melhor Windows de todos os tempos? Comente no Fórum do TechTudo.
Surface 12 (Foto: Elson Junior/TechTudo)Surface Hub está disponível para testes na Build 2015, da Microsoft (Foto: Elson Junior/TechTudo)
Os consumidores comuns, por outro lado, não tem muito o que fazer com ele. Não que o aparelho seja uma aquisição ruim, mas a sua proposta tende a acrescentar muito pouco a quem procura apenas por entretenimento em casa ou não vai utilizar suas ferramentas com objetivo profissional. Além disso, o preço não deve ser nada convidativo, compatível apenas com o bolso de grandes empresas.