domingo, 5 de abril de 2015

Desvio de Collor parece dinheiro de café comparado à Petrobras, diz Taques à Veja

Desvio de Collor parece dinheiro de café comparado à Petrobras, diz Taques à Veja
O governador Pedro Taques (PDT) criticou o governo Dilma Rousseff (PT) e afirmou que o escândalo na Petrobras poderia levar a presidente a um processo de impeachment, lembrando dos protestos feitos em várias cidades do país no mês passado. Em entrevista à web TV da revista Veja, ele comparou as denúncias de corrupção atuais com aqueles da era Collor e afirmou que a situação hoje é mais grave.

“Do ponto de vista legal, do crime de responsabilidade, lembremos que o ex-presidente e hoje senador Fernando Collor perdeu seu mandato em razão de uma perua Elba e de um jardim cafona na Casa da Dinda. Hoje isso aí parece dinheiro de café”, afirmou. “A presidente da República tem que ter uma melhor interlocução com os agentes políticos, inclusive os governadores. A presidente está perdendo também as ruas. Ela precisa ouvir o que vem das ruas, e o que vem das ruas não é bom para essa administração”, completou.

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Para Pedro Taques, a Petrobras foi de fato saqueada. Parafraseando o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ele afirma que “roubaram o orgulho nacional”, e condena os que minimizam os desvios ocorridos na Petrobras e afirmam haver uma ação planejada para enfraquecer a estatal.

“Roubaram a Petrobrás, saquearam. Alguns entendem, de forma equivocada ou má-fé, que a Petrobrás não foi roubada. Isso é conversa mole para boi dormir. Falar que uma elite está fazendo isso com a Petrobras, que existem movimentos internacionais para esvaziar a Petrobras, pregar a defesa da estatal depois que ela foi roubada é entender que a população não tem consciência do momento histórico que está vivendo. Em poucas palavras, roubaram a Petrobras e esse roubou foi não de poucas pessoas, mas de uma organização criminosa com o objetivo de pôr dinheiro no bolso, comprar iates, comprar navios, não com outras finalidades”, afirmou.

O governador admitiu sua preferência pelo candidato derrotado à Presidência da República Aécio Neves (PSDB), para quem fez campanha em 2014. Ao ser questionado sobre a avaliação que fazia do Governo Federal, Taques foi taxativo. “Digamos que o governo esteja descambando do regular para o péssimo”.

Ele também criticou a política econômica em vigor. “Houve um prejuízo para a sociedade brasileira nos últimos anos. É só notar a volta da inflação, o desemprego subiu nesse período, a indústria está sucateada. Os investimentos no nosso estado e no Brasil têm diminuído. Na economia o que vale é a confiança e essa confiança me parece que está esquecida por parte dos investidores. É só analisar nas agências internacionais o rebaixamento do Brasil”, pontuou.

Mudança de partido

Pedro Taques voltou a cobrar um posicionamento contundente do PDT nacional a respeito dos escândalos envolvendo o governo petista, e lembrou que sempre defendeu o afastamento do partido do governo, desde que era senador. Taques não descartou avaliar uma nova filiação, diante do desconforto dentro do PDT.

“Eu sou governador eleito pelo PDT, mas o momento é do PDT escolher o seu caminho, e não tenho visto isso internamente no nosso partido. A democracia mostra caminhos e, em determinado momento, você tem que tomar decisões. Eu não quero ser morno. Eu sou quente ou sou frio”, disse, questionado sobre a possibilidade de mudar de partido.

“Não é possível, num momento como este, o partido não se manifestar sobre a roubalheira, sobre o que fizeram com o orgulho nacional. Eu estou conversando com nosso grupo político a respeito desse momento histórico que o Brasil passa. Não podemos pensar só no nosso estado, mas no Brasil. Me parece que o PDT junto do governo não seja o melhor caminho”, criticou.

O grupo político a que ele se refere atua na oposição ao Governo Federal, e inclui companheiros no PSB e PSDB, entre outros partidos. Não por acaso, as duas siglas já o convidaram a se filiar.

“Eu sempre recebi convites de vários partidos, inclusive do PSB. Tenho amizade com Aécio, com Marina Silva (PSB – Rede), que eu conheço há muito tempo. Eu converso e tenho amigos no PSDB, no PSB, na construção da Rede. Eu fui um daqueles que assinou o manifesto e fui ao STF com mandado de segurança para que a Rede pudesse ser um partido”, observou.

União Europeia encontrou "problemas" com reguladora alemã de aviação

BRUXELAS (Reuters) - A Agência Europeia de Segurança Aérea (EASA, na sigla em inglês) encontrou "problemas" na autoridade de aviação da Alemanha em uma avaliação periódica da aplicação de segurança aérea, disse a Comissão Europeia neste sábado.
A declaração não especificou quando a análise foi realizada, mas o Wall Street Journal disse que a Comissão disse a Berlim "para remediar os problemas de longa data" em novembro, meses antes da queda do voo da Germanwings na semana passada, que matou todas as 150 pessoas a bordo.
O jornal citou duas pessoas familiarizadas com o assunto dizendo que autoridades da UE haviam identificado que a autoridade alemã da aviação, a Luftfahrtbundesamt (LBA), tinha falta de pessoal, o que pode ter limitado sua habilidade para conduzir revisões em aviões e tripulantes, como exames médicos.
O veto à tripulação em aviões entrou no centro das atenções após o voo da companhia alemã de baixo custo ter caído nos Alpes franceses. Promotores franceses acreditam que o co-piloto Andreas Lubitz colidiu o avião deliberadamente.
"Com base nas recomendações da EASA a Comissão levou as questões para a Alemanha para exigir seu cumprimento. Respostas da Alemanha estão sendo avaliadas", disse um porta-voz da Comissão em comunicado enviado por email.
"Todos os Estados membros da UE têm resultados e isso é uma ocorrência normal e regular. É parte de um sistema contínuo de fiscalização: os resultados são seguidos por uma ação corretiva, semelhante a um processo de auditoria", acrescentou o porta-voz, sem especificar os resultados encontrados pela EASA na Alemanha.
O porta-voz não estava imediatamente disponível para comentar o assunto.
Uma porta-voz da LBA disse que a autoridade havia respondido pontos levantados durante as auditorias, da ordem de um dígito único, e que essas respostas estavam agora sendo avaliadas pela EASA.
A Lufthansa, controladora da Germanwings, afirmou que Lubitz disse a funcionários em uma escola de treinamento que tinha passado por um período de depressão severa no passado, levantando questões acerca dos controles médicos para a tripulação por autoridades de regulação aérea serem suficientemente rigorosos.
O Wall Street Journal disse que não estava claro se as deficiências identificadas na LBA haviam sido fatores no acidente.
(Por Foo Yun Chee)

PT faz 'ajuste fiscal' interno para não quebrar após escândalo da Petrobras De acordo com depoimentos colhidos pela Polícia Federal, empresas que prestavam serviços à Petrobras repassavam parte da propina ao PT por meio de doações oficiais ao partido

A crise financeira do PT está diretamente ligada à Operação Lava Jato
Foto: ​Reprodução
Demissões, cortes de gastos, aperto orçamentário. Não é apenas o ajuste fiscal proposto pelo governo Dilma Rousseff que tem incomodado o PT. Em meio a uma queda brutal de arrecadação provocada pela redução das doações privadas desde que o tesoureiro João Vaccari Neto passou a ser investigado pela Operação Lava Jato, o partido está enfrentando um ajuste drástico em suas próprias contas.
Depois de mais de uma década de bonança, o partido está sendo forçado a economizar por falta de dinheiro, mesmo diante de um forte aumento do Fundo Partidário neste ano - o Congresso aprovou a elevação de R$ 289,56 milhões pagos em 2014 para R$ 867,56 milhões.
O uso de passagens aéreas por dirigentes foi limitado, diretórios regionais demitiram funcionários, o aluguel de espaços para eventos foi otimizado e até o uso de telefones foi restrito.
Integrantes da Executiva Nacional do PT, órgão responsável pela administração direta do partido, tiveram a verba de telefonemas reduzida de R$ 500 para R$ 100. Muitos deles preferiram trocar de celular, optando por operadoras mais baratas.
Verbas com táxi, combustível, alimentação, serviços técnicos de terceiros, advogados e gráficas também foram contingenciadas. Segundo a direção do partido, a única área que não foi afetada é a de comunicação, para onde são direcionados todos recursos economizados em outras despesas. Apesar disso a implantação da TV PT está atrasada em quase um mês.
Na reunião do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com presidentes estaduais e dirigentes, na segunda-feira passada, quase toda a executiva petista viajou com passagens pagas do próprio bolso ou compradas com pontos acumulados em programas de fidelidade.
Desde o início deste ano, o único dirigente que tem autonomia para reservar passagens aéreas sem pedir autorização é o presidente nacional do partido, Rui Falcão. Depois dos gastos com pessoal, que em 2013 somaram R$ 13 milhões, as viagens são o principal item de despesas do PT, com R$ 7 milhões.
No aniversário de 35 anos realizado em Belo Horizonte, em fevereiro, dirigentes de outros Estados que participaram de um seminário de formação política pagaram as despesas do próprio bolso. Vários deles percorreram centenas de quilômetros de automóvel e fizeram vaquinhas para pagar o combustível. Alguns se hospedaram de favor nas casas de amigos ou correligionários.
A festa contrastou com a época das vacas gordas, quando dezenas de convidados eram hospedados nos melhores hotéis das cidades com todas despesas custeadas pelo partido. O evento, que nos primeiros anos do PT no governo incluía shows musicais, jantares, bancas de charutos e produções hollywoodianas, este ano contou apenas com um ato político no Minas Centro. A música ficou por conta de um violeiro solitário.
Estados
Embora tenham relativa autonomia financeira em relação ao diretório nacional, os diretórios estaduais do partido também estão fazendo ajustes. O partido não tem números fechados mas estima que mais de 30 pessoas foram demitidas nos escritórios estaduais do partido este ano. Os mais afetados foram Rio Grande do Sul e São Paulo que, além de perderem o apoio nacional, tiveram os repasses do fundo partidário suspenso por erros de contabilidade.
Em 2013, ano do último balanço disponível, a direção nacional repassou R$ 92,5 milhões para estados e municípios, dos quais cerca de R$ 35 milhões são frutos de doações privadas - o restante saiu do Fundo Partidário.
A crise financeira do PT está diretamente ligada à Operação Lava Jato. De acordo com depoimentos colhidos pela Polícia Federal, empresas que prestavam serviços à Petrobras repassavam parte da propina ao PT por meio de doações oficiais ao partido. Segundo eles, o operador do esquema era Vaccari, que é réu na ação que julga os desvios na estatal. Embora tenham sido feitas dentro da legislação eleitoral, com recibos e registros contábeis, as doações são investigadas como dinheiro de corrupção. Isso afugentou outros doadores. Vaccari tem dito que as doações privadas ao PT simplesmente acabaram.
De acordo com a prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) relativa a 2013, as contribuições de pessoas jurídicas foram o principal item de receitas do PT, responsável por R$ 79,7 dos R$ 170 milhões recebidos pelo partido. Em segundo lugar vem o Fundo Partidário, com R$ 58,3 milhões e em terceiro o "dízimo" cobrado dos filiados que ocupam cargos eletivos ou comissionados em administrações petistas, de onde saíram R$ 32,6 milhões.
Vaccari diz que não há porcentual específico para o ajuste, mas confirma a contenção. Segundo ele, as atividades fundamentais do PT serão preservadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Prefeitos do PT querem saída de Vaccari, mas Lula impede

João Vaccari Neto, tesoureiro do PT
João Vaccari Neto, tesoureiro do PT
CLÁUDIO HUMBERTO
Prefeitos petistas engrossam coro e pedem a cabeça de João Vaccari Neto, tesoureiro do PT. O grupo teme que a permanência de Vaccari desgaste o partido e sirva como munição para opositores nas eleições mais próximas, de 2016. No PT, uma corrente defende o afastamento do tesoureiro antes da oitiva na CPI da Petrobras, que, prevista para 23 de abril, graças a manobra tucana, pode ser realizada no próximo dia 9.

PT, Lula e ministros lamentam morte do filho do governador de SP - Portal Vermelho

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Amigo do Lula, nome de revolucionário e neto de exilado: conheça Luxa na política.

Vanderlei Luxemburgo na partida contra o Bangu, no Maracanã
Vanderlei tentou se candidatar ao Senado, mas não conseguiu
Vanderlei Luxemburgo protagonizou nesta sexta-feira provavelmente uma das principais cenas do ano do futebol brasileiro. Cobrindo sua boca com um esparadrapo, o treinador passou sua mensagem de protesto contra os cartolas que ocupam a Federação Carioca, com quem o Flamengo vem brigando desde o início do ano.

O comandante do time rubro-negro ganhou apoio de toda a diretoria e também de milhares de pessoas nas redes sociais. Torcedores até criaram uma hashtag para a ação do técnico: #FechadocomoLuxa.
Para quem conhece o passado de Vanderlei, a atitude não surpreendeu.
Nome de revolucionária, filho de comunistas, neto de um exilado da ditadura militar, amigo de Luiz Inácio Lula da Silva, filiado ao Partido dos Trabalhadores e até pré-candidato ao Senado. Essas são algumas das influências políticas que Luxa teve em seus 52 anos de vida.
"Eu peguei pouco daquela ditadura, mas ainda peguei um pouco, tive avô perseguido, exilado, minha mãe era fã de Rosa Luxemburgo, vivemos muitos problemas em casa - disse o treinador em coletiva de imprensa de 2007, quando estava no Santos, sobre o regime militar implantado no Brasil em 1964.
Seu sobrenome, conhecido internacionalmente, foi, na verdade, uma homenagem. Seu avô, um ferroviário sindicalista que lutou pela democracia no país e também pela construção do socialismo, colocou o nome de sua filha, mãe do técnico, de Rosa Luxemburgo.
Rosa Luxemburgo foi uma revolucionária nascida na Polônia, em uma época que o país fazia parte do Império Russo, seguidora do marxismo, e uma das fundadoras do que seria mais tarde o Partido Comunista Alemão. Foi assassinada em 1919, em Berlim, no meio da onda transformadora que assolava a Europa - 1917 foi a data histórica da Revolução Russa, que gerou lutas em outros diversos países do continente.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, em 2009, o técnico falou sobre a sua filiação ao PT e sobre sua amizade com Lula.
"Sempre me identifiquei com coisas que o PT fazia, mas achava o partido radical. Passou a ser mais moderado e se encaixa mais com a minha cabeça, com o meu pensamento político-ideológico. Tenho amizade com o Lula, que foi o petista que mais evoluiu. Se você pegar o Lula de anos atrás e pegar o de hoje, verá que evoluiu na ideologia. Algumas coisas que fazia com radicalismo no partido foram mudando. Isso mostra que o PT evoluiu", afirmou à época.
De acordo com amigos e assessores do técnico, durante o mandato de Luiz Inácio, Luxa chegou a ir dormir na Alvorada, casa oficial do Presidente da República, em Brasília, a convite do corintiano Lula, demonstração do respeito e da amizade que havia entre os dois naquela época.
Logo depois tentou a candidatura ao Senado, por Tocantins, mas esbarrou na legislação eleitoral. Ele tentou pedir domicílio eleitoral no estado, mas a Justiça não concedeu. Dois anos depois, inclusive, foi condenado por ter tentado a manobra, já que nunca morou lá.
Na coletiva desta sexta, aproveitou o momento de protesto para deixar uma mensagem mais genérica, para além do futebol carioca, reflexo do seu passado e, quem sabe, do seu futuro político.
"Vou continuar buscando viver em um país melhor e que minhas filhas e meus netos encontrem um processo democrático ainda melhor", se posicionou.

Em escuta da PF, conselheiro diz que Carf virou ‘balcão de negócios’ Gravações revelam como funcionava venda de decisões no conselho. Conselheiros estão entre os 24 investigados na Operação Zelotes, da PF.



Escutas telefônicas feitas com autorização da Justiça dentro da Operação Zelotes, da Polícia Federal, revelam como funcionava o suposto esquema de venda de decisões dentro do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Em um dos telefonemas gravados, um dos conselheiros do órgão, Paulo Roberto Cortez, diz que o Carf se transformou em um "balcão de negócio."

No áudio, Cortez diz: "[...] tem que acabar com o Carf imediatamente [...] tem que fechar aquilo, mudar, vai pro judiciário, não pode, não pode isso aí. Virou balcão de negócio. É de dar vergonha, cara".
 
Segundo as investigações, conselheiros suspeitos passavam informações privilegiadas de dentro do Carf para “escritórios de assessoria, consultoria ou advocacia.” Pelo menos 24 conselheiros, ex-conselheiros, advogados e lobistas são investigados na
Operação Zelotes.

Esses escritórios, apontam as investigações, procuravam empresas multadas pela Receita Federal e prometiam controlar o resultado dos julgamentos de recursos. Para isso, a PF diz que além de promover tráfico de influência, o grupo corrompia conselheiros envolvidos com o julgamento dessas multas e manipulava o andamento dos processos com a venda de pedidos de vista ou alteração da pauta de julgamentos.

Muitas dessas consultorias, ainda segundo as investigações, tinham como sócios conselheiros e ex-conselheiros do Carf. A PF suspeita que, em troca dessas facilidades, empresas multadas pagavam propina. Segundo os investigadores, boa parte dos supostos honorários pagos pelas empresas a título de consultoria era, na verdade, repasse de propina.

A PF diz que há indícios de que conselheiros e ex-conselheiros do Carf também receberam dinheiro. De acordo com um relatório da Polícia Federal, em um telefonema Paulo Roberto Cortez e um sócio comentam que um ex-conselheiro “teria se corrompido para decidir a favor de um banco.”

Ele relata ainda que esse mesmo ex-conselheiro, para evitar chamar a atenção no aeroporto, chegou a voltar de ônibus de São Paulo para Brasília com uma “mala cheia de dinheiro”, de acordo com a PF.

No áudio captado pelas investigações, Cortez diz: "Entendeu? Você entendeu o espírito da coisa?" O sócio responde "No aeroporto, como é que vai justifica uma mala cheia de dinheiro?"

Em outro trecho gravado, Cortez explica como agia a suposta organização criminosa.

"Quem paga imposto é só os coitadinho, quem não pode fazer acordo, acerto.  [...] eles tão mantendo absurdos lá contra os pequenininho e esses grandões aí tão passando tudo livre, tudo isento de imposto, é só pagar, passa."

Segundo a Polícia Federal, Cortez chegou a ser sócio do advogado José Ricardo da Silva, ex-conselheiro. José Ricardo é filho de Eivany Antonio da Silva, que teve sociedade com o conselheiro Jorge Victor Rodrigues numa consultoria. Todos são investigados.

As decisões suspeitas reduziram ou anularam mais de R$ 5 bilhões em multas e débitos de empresas. A Operação Zelotes apreendeu R$ 800 mil na casa de Leonardo Manzan, ex-conselheiro do Carf e genro do ex-presidente do órgão, Otacílio Cartaxo, que também já ocupou o cargo de secretário da Receita Federal e é citado em conversas dos investigados.

Procurada, a defesa de Manzan afirmou que o dinheiro é proveniente de honorários advocatícios
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