O governador Pedro Taques (PDT) criticou o governo Dilma Rousseff (PT) e afirmou que o escândalo na Petrobras poderia levar a presidente a um processo de impeachment, lembrando dos protestos feitos em várias cidades do país no mês passado. Em entrevista à web TV da revista Veja, ele comparou as denúncias de corrupção atuais com aqueles da era Collor e afirmou que a situação hoje é mais grave.
“Do ponto de vista legal, do crime de responsabilidade, lembremos que o ex-presidente e hoje senador Fernando Collor perdeu seu mandato em razão de uma perua Elba e de um jardim cafona na Casa da Dinda. Hoje isso aí parece dinheiro de café”, afirmou. “A presidente da República tem que ter uma melhor interlocução com os agentes políticos, inclusive os governadores. A presidente está perdendo também as ruas. Ela precisa ouvir o que vem das ruas, e o que vem das ruas não é bom para essa administração”, completou.
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Pedro Taques é assediado por outros partidos e avalia sair do PDT
Para Pedro Taques, a Petrobras foi de fato saqueada. Parafraseando o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ele afirma que “roubaram o orgulho nacional”, e condena os que minimizam os desvios ocorridos na Petrobras e afirmam haver uma ação planejada para enfraquecer a estatal.
“Roubaram a Petrobrás, saquearam. Alguns entendem, de forma equivocada ou má-fé, que a Petrobrás não foi roubada. Isso é conversa mole para boi dormir. Falar que uma elite está fazendo isso com a Petrobras, que existem movimentos internacionais para esvaziar a Petrobras, pregar a defesa da estatal depois que ela foi roubada é entender que a população não tem consciência do momento histórico que está vivendo. Em poucas palavras, roubaram a Petrobras e esse roubou foi não de poucas pessoas, mas de uma organização criminosa com o objetivo de pôr dinheiro no bolso, comprar iates, comprar navios, não com outras finalidades”, afirmou.
O governador admitiu sua preferência pelo candidato derrotado à Presidência da República Aécio Neves (PSDB), para quem fez campanha em 2014. Ao ser questionado sobre a avaliação que fazia do Governo Federal, Taques foi taxativo. “Digamos que o governo esteja descambando do regular para o péssimo”.
Ele também criticou a política econômica em vigor. “Houve um prejuízo para a sociedade brasileira nos últimos anos. É só notar a volta da inflação, o desemprego subiu nesse período, a indústria está sucateada. Os investimentos no nosso estado e no Brasil têm diminuído. Na economia o que vale é a confiança e essa confiança me parece que está esquecida por parte dos investidores. É só analisar nas agências internacionais o rebaixamento do Brasil”, pontuou.
Mudança de partido
Pedro Taques voltou a cobrar um posicionamento contundente do PDT nacional a respeito dos escândalos envolvendo o governo petista, e lembrou que sempre defendeu o afastamento do partido do governo, desde que era senador. Taques não descartou avaliar uma nova filiação, diante do desconforto dentro do PDT.
“Eu sou governador eleito pelo PDT, mas o momento é do PDT escolher o seu caminho, e não tenho visto isso internamente no nosso partido. A democracia mostra caminhos e, em determinado momento, você tem que tomar decisões. Eu não quero ser morno. Eu sou quente ou sou frio”, disse, questionado sobre a possibilidade de mudar de partido.
“Não é possível, num momento como este, o partido não se manifestar sobre a roubalheira, sobre o que fizeram com o orgulho nacional. Eu estou conversando com nosso grupo político a respeito desse momento histórico que o Brasil passa. Não podemos pensar só no nosso estado, mas no Brasil. Me parece que o PDT junto do governo não seja o melhor caminho”, criticou.
O grupo político a que ele se refere atua na oposição ao Governo Federal, e inclui companheiros no PSB e PSDB, entre outros partidos. Não por acaso, as duas siglas já o convidaram a se filiar.
“Eu sempre recebi convites de vários partidos, inclusive do PSB. Tenho amizade com Aécio, com Marina Silva (PSB – Rede), que eu conheço há muito tempo. Eu converso e tenho amigos no PSDB, no PSB, na construção da Rede. Eu fui um daqueles que assinou o manifesto e fui ao STF com mandado de segurança para que a Rede pudesse ser um partido”, observou.
“Do ponto de vista legal, do crime de responsabilidade, lembremos que o ex-presidente e hoje senador Fernando Collor perdeu seu mandato em razão de uma perua Elba e de um jardim cafona na Casa da Dinda. Hoje isso aí parece dinheiro de café”, afirmou. “A presidente da República tem que ter uma melhor interlocução com os agentes políticos, inclusive os governadores. A presidente está perdendo também as ruas. Ela precisa ouvir o que vem das ruas, e o que vem das ruas não é bom para essa administração”, completou.
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Para Pedro Taques, a Petrobras foi de fato saqueada. Parafraseando o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ele afirma que “roubaram o orgulho nacional”, e condena os que minimizam os desvios ocorridos na Petrobras e afirmam haver uma ação planejada para enfraquecer a estatal.
“Roubaram a Petrobrás, saquearam. Alguns entendem, de forma equivocada ou má-fé, que a Petrobrás não foi roubada. Isso é conversa mole para boi dormir. Falar que uma elite está fazendo isso com a Petrobras, que existem movimentos internacionais para esvaziar a Petrobras, pregar a defesa da estatal depois que ela foi roubada é entender que a população não tem consciência do momento histórico que está vivendo. Em poucas palavras, roubaram a Petrobras e esse roubou foi não de poucas pessoas, mas de uma organização criminosa com o objetivo de pôr dinheiro no bolso, comprar iates, comprar navios, não com outras finalidades”, afirmou.
O governador admitiu sua preferência pelo candidato derrotado à Presidência da República Aécio Neves (PSDB), para quem fez campanha em 2014. Ao ser questionado sobre a avaliação que fazia do Governo Federal, Taques foi taxativo. “Digamos que o governo esteja descambando do regular para o péssimo”.
Ele também criticou a política econômica em vigor. “Houve um prejuízo para a sociedade brasileira nos últimos anos. É só notar a volta da inflação, o desemprego subiu nesse período, a indústria está sucateada. Os investimentos no nosso estado e no Brasil têm diminuído. Na economia o que vale é a confiança e essa confiança me parece que está esquecida por parte dos investidores. É só analisar nas agências internacionais o rebaixamento do Brasil”, pontuou.
Mudança de partido
Pedro Taques voltou a cobrar um posicionamento contundente do PDT nacional a respeito dos escândalos envolvendo o governo petista, e lembrou que sempre defendeu o afastamento do partido do governo, desde que era senador. Taques não descartou avaliar uma nova filiação, diante do desconforto dentro do PDT.
“Eu sou governador eleito pelo PDT, mas o momento é do PDT escolher o seu caminho, e não tenho visto isso internamente no nosso partido. A democracia mostra caminhos e, em determinado momento, você tem que tomar decisões. Eu não quero ser morno. Eu sou quente ou sou frio”, disse, questionado sobre a possibilidade de mudar de partido.
“Não é possível, num momento como este, o partido não se manifestar sobre a roubalheira, sobre o que fizeram com o orgulho nacional. Eu estou conversando com nosso grupo político a respeito desse momento histórico que o Brasil passa. Não podemos pensar só no nosso estado, mas no Brasil. Me parece que o PDT junto do governo não seja o melhor caminho”, criticou.
O grupo político a que ele se refere atua na oposição ao Governo Federal, e inclui companheiros no PSB e PSDB, entre outros partidos. Não por acaso, as duas siglas já o convidaram a se filiar.
“Eu sempre recebi convites de vários partidos, inclusive do PSB. Tenho amizade com Aécio, com Marina Silva (PSB – Rede), que eu conheço há muito tempo. Eu converso e tenho amigos no PSDB, no PSB, na construção da Rede. Eu fui um daqueles que assinou o manifesto e fui ao STF com mandado de segurança para que a Rede pudesse ser um partido”, observou.