terça-feira, 6 de janeiro de 2015

06/01 às 19h57 Após polêmica, ministra evita 'latifúndios' e recebe críticas de movimentos

País

Após polêmica, ministra evita 'latifúndios' e recebe críticas de movimentos

Ministra Kátia Abreu fez declarações polêmicas em entrevista e provocou indignação de ativistas

Jornal do Brasil
Após declaração polêmica de que o Brasil não precisa de uma reforma agrária pontual, pois o país não tem mais latifúndio, a nova ministra da Agricultura, Kátia Abreu, evitou o assunto nesta terça-feira (6/1). Em outro momento da sua entrevista à Folha de São Paulo, publicada nesta segunda (5/1), Abreu afirmou que não tem medo de cortes estimados pelo ministro Joaquim Levy, da Fazenda, porque a sua pasta "não é carne podre".
Segundo Kátia Abreu, a reforma agrária tem que ser pontual, para os vocacionados. E ainda acrescentou que se o governo tiver dinheiro, não é para dar terras, mas para garantir a qualidade dos assentamentos. "Há projetos de colonização maravilhosos que podem ser implementados. Agora, usar discurso velho, antigo, irreal, para justificar reforma agrária?", afirmou a ministra.
Ministra da Agricultura, Kátia Abreu
Ministra da Agricultura, Kátia Abreu
E as respostas polêmicas continuaram no decorrer de toda a conversa com a jornalista Mônica Bergamo. A ministra disse que conflitos entre agricultores e povos originários ocorrem porque “os índios saíram da floresta e passaram a descer nas áreas de produção”. Abreu garantiu ainda que vai “criar uma nova classe média no campo”, nem que tenha “que fazer igual babá, decidir o que vai produzir”. No final da entrevista, a ministra comentou uma das questões que ela considerou mais importantes da sua pasta: a construção de hidrovias, que o governo deve entregar para a iniciativa privada coordenar. “Temos de apostar tudo na privatização”. 
Os movimentos sociais reagiram com indignação às declarações da ministra. Ativistas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) bloquearam rodovias no Mato Grosso do Sul, em protestos à posse de Kátia Abreu na pasta da Agricultura. Os ativistas reivindicam reforma agrária imediata.
Na sua página no Facebook, o MST comenta a declaração de Kátia Abreu sobre a questão da reforma agrária. Segundo o movimento, o cadastro de imóveis do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) aponta que a concentração de terra e a improdutividade vem crescendo no país, o que contradiz as opiniões da ministra. 
O MST declara em uma das suas postagens no Facebook que "acompanhou a posse de Patrus Ananias [novo ministro do Desenvolvimento Agrário]". "O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias (PT), defendeu a necessidade de fazer a reforma agrária no país e disse que não basta derrubar a cerca do latifúndio no Brasil", destaca a postagem do movimento. 
O Conselho Missionário Indigenista (Cimi) também repudiou nesta terça (6) a afirmação da ministra de que são os índios que invadem as terras produtivas, considerando como “ridícula”, “esdrúxula” e “tão descabida e desconectada da realidade do nosso país só pode ser fruto de uma total ignorância e de uma profunda má fé”.
“Quem realmente conhece a história de nosso país sabe que não são os povos indígenas que saíram ou saem das florestas. São os agentes do latifúndio, do ruralismo, do agronegócio que invadem e derrubam as florestas, expulsam e assassinam as populações que nela vivem”, diz a nota emitida pelo Conselho. 
Jornal do Brasil entrou em contato com o ministério da Agricultura na manhã desta terça-feira (6), mas a equipe de reportagem foi informada de que a ministra Kátia Abreu não iria trabalhar.
Tags: agrária, ativistas, indígenas, kátia abreu, patrus, reforma, sem terra

Mercado reage bem à posse da nova equipe econômica

Economia

Mercado reage bem à posse da nova equipe econômica

Dólar tem queda 0,25% e Bovespa, alta de 1,02% 

Jornal do Brasil
O mercado reagiu positivamente à posse de Joaquim Levy no Ministério da Fazenda e aos nomes de sua equipe econômica. O dólar teve a primeira queda do ano (0,25%) e fechou cotado a R$ 2,7019 na venda, após chegar a R$ 2,7240 na máxima da sessão e atingir R$ 2,6920 na mínima do dia.
Os investidores também seguem atentos à política monetária americana. Na quarta-feira, será divulgada a ata da última reunião do Federal Reserve, na qual o banco central norte-americano prometeu ser "paciente" ao elevar os juros.
Nesta manhã, o Banco Central vendeu a oferta total de até 2 mil swaps (venda futura de dólares) pelas atuações diárias, após reduzir pela metade a oferta neste ano. Foramvendidos 1,2 mil contratos para 1º de setembro e 800 para 1º de dezembro de 2015, com volume correspondente a 98 milhões de dólares.
O BC também vendeu a oferta integral de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de fevereiro, equivalentes a 10,405 bilhões de dólares. 
Bovespa fecha em alta
Já a Bovespa fechou em alta de 1,02%, a 48.000 pontos, após três pregões seguidos de queda, puxada pelos ganhos das ações da Vale e do setor siderúrgico, em dia de alta dos preços do minério na China. Gerdau teve ganhos de 9,17% e Usiminas, 6,22%.
Já as ações da Petrobras amargaram novas quedas. Petrobras ON caiu 2,54% e Petrobras PN, 3,48%. As ações do setor de educação também voltaram a registrar quedas expressivas, em meio a novas mudanças nas regras de programas voltados ao financiamento do ensino superior. Kroton e Estácio lideraram as perdas do Ibovespa.
Outra pressão negativa veio da JBS, maior produtora mundial de carnes, após reportagem ligando a controladora da empresa à operação Lava Jato da Polícia Federal.
Tags: alta, bolsa, dólar, economia, mercado

Planilha sugere acordo de J&F com ex-diretor da Petrobras

País

Planilha sugere acordo de J&F com ex-diretor da Petrobras

Jornal do Brasil
Uma planilha encontrada no computador do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa sugere que ele teria firmado contrato para prestar serviços de consultoria para o Grupo J&F, controlador do frigorífico Friboi (JBS) e maior doador de campanhas eleitorais de 2014. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
De acordo com a reportagem, o documento consta de um dos inquéritos da Operação Lava Jato. Policiais federais também teriam encontrado anotações na agenda do Costa que citam como os valores supostamente recebidos do J&F seriam divididos. Nessa indicação de partilha, há a sugestão de que parte do dinheiro seria devolvida ao grupo controlador da Friboi. Ainda de acordo com a reportagem, a J&F nega que tenha fechado contrato com Costa e que tenha desembolsado qualquer valor ao ex-diretor da Petrobras.
Contudo, a planilha do computador e as anotações foram consideradas suspeitas pela Polícia federal, que passou a investigar se o grupo empresarial teve participação ou se beneficiou do esquema que abasteceu o caixa 2 de políticos e partidos.
Esquemas similares, realizados em outros casos e envolvendo empresas e políticos, já levaram à suspeita de uma suposta lavagem de dinheiro. 

Tenente-coronel revelando admiração pelo nazismo e deixando nítido que, para ele, o caminho era a agressão pura e simples.

Rio
06/01 às 14h01 - Atualizada em 06/01 às 18h47
Coronel que mandou matar manifestantes deve ser processado
Jornal do Brasil
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O Ministério Público deve qualificar como mandante de crime o tenente-coronel Fábio Almeida de Souza, ex-comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, protagonista de milhares de mensagens trocadas entre oficiais da PM via WhatsApp, entre dezembro de 2013 e janeiro de 2014. Essas mensagens mostram o então tenente-coronel revelando admiração pelo nazismo e deixando nítido que, para ele, o caminho era a agressão pura e simples.

Numa das mensagens, quando um major sugere aos colegas o uso de uma técnica de imobilização com um bastão chamado tonfa, o coronel Fábio reage: "Mata! Assim imobiliza para sempre". E prossegue: "Tonfa é o c...!7.62 (calibre de fuzil) mata eles tudo".

Em outro trecho das mensagens, o coronel Fábio confessa: "Na última manifestação que fui, dei de AM 640 inferno azul nas costas de um black bobo, no máximo 30 metros!!! Que orgulho!".

Quando um colega observa: "Coronel Fábio pela instauração do Reich", ele retruca: "Isso".

No período em que as mensagens foram trocadas, a ação dos black blocs estava no auge, com ataques a prédios públicos e lojas comerciais, além de incêndios de ônibus. Em agosto de 2013, o coronel Fábio foi substituído no comando do Batalhão de Choque pelo tenente-coronel Márcio Rocha.

>> O Estado assassino

>> Siro Darlan: 'Manifestantes reagiram em legítima defesa contra violência da PM'

Com todas essas evidências, Fábio Almeida de Souza deve ser qualificado como mandante de crime, já que a palavra "MATA" foi ouvida claramente nas gravações reproduzidas por todos os jornais e televisões. Além do mais, ele comandava um batalhão com centenas de homens. A situação pode se complicar para o coronel que, além de ser afastado, pode ter que responder por crime qualificado.

Agora: se o comando da Polícia Militar tinha conhecimento dessas gravações e se omitiu até hoje, o Código Penal também prevê punições para a omissão. Quando o coronel mandou MATAR, fica explícito que houve crime, mas a omissão também é crime.

Legítima defesa

O advogado criminalista, professor de Direito da UnB e juiz federal aposentado Pedro Paulo Castelo Branco Coêlho conversou com o JB sobre o polêmico caso.

"Se as manifestações ocorridas foram de conteúdo pacífico, sem qualquer provocação contra quem quem quer que seja, policiais ou não, e tendo os manifestantes sido alvo de violência ou injusta agressão, é claro que a sua reação aos seus algozes corresponderá a verdadeira legítima defesa. É evidente a posição antípoda, tendo em vista que a cada ação corresponde uma reação", afirmou.

O advogado esclarece que a legítima defesa se caracteriza pela rejeição, ou simples modo de rechaçar uma agressão injusta, atual ou iminente, usando moderadamente dos meios necessários à defesa de  direito seu ou de outrem. "Isso é o que diz o normativo contido no artigo 25, do Código Penal: 'Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem'.

Pedro Paulo prossegue afirmando que, sendo meio de defesa, caracteriza-se como exclusão de ilicitude, ou caso de imputabilidade penal. "De forma que essa reação praticada por quem sofre injusta agressão, atual ou iminente, retira de quem reage a prática de conduta delituosa."

Tags: crime, mandante, mensagens, polícia, whatts

Relatório traz 10 companhias aéreas mais seguras; 2014 teve 21 acidentes fatais

Relatório traz 10 companhias aéreas mais seguras; 2014 teve 21 acidentes fatais

Por BBC  - Atualizada às 
Texto

Empresa australiana Qantas foi considerada a mais segura, segundo ranking que avaliou 449 companhias de aviação

BBC
A companhia aérea australiana Qantas foi considerada a mais segura em um ranking do site AirlineRatings.com, que avaliou 449 empresas de aviação segundo critérios de segurança.
O levantamento leva em conta se a companhia aérea é certificada pelo sistema de avaliação de segurança da Associação Internacional de Transportes Aéreos, se está na lista de empresas banidas dos espaços aéreos da União Europeia e dos Estados Unidos (que vetam empresas de histórico negativo de manutenção ou de países com baixa regulação do setor), se a empresa teve algum acidente fatal nos últimos dez anos e se o seu país de origem segue parâmetros de segurança aérea, entre outros critérios
Ao lado da Qantas, que nunca registrou um acidente fatal na atual era de aviões a jato, ficaram no topo do ranking do AirlineRatings.com as empresas (em ordem alfabética) Air New Zealand, Cathay Pacific Airways, British Airways, Emirates, Etihad Airways, EVA Air, Finnair, Lufthansa e Singapore Airlines, que são originárias da Europa, Ásia, Oceania e Oriente Médio.
No total, 149 companhias aéreas avaliadas obtiveram sete estrelas, a nota máxima. Além disso, a equipe do site avalia o histórico operacional das companhias para escolher as líderes do ranking.
As empresas brasileiras Gol, TAM e Azul tiveram seis estrelas. A Avianca (que apesar de colombiana tem subsidiária no Brasil) e a Passaredo obtiveram sete estrelas.
O AirlineRatings.com também identificou as que considera mais seguras no segmento de baixo custo, lista que inclui Aer Lingus, Alaska Airlines, Jetblue, Jetstar, entre outras.
Em contrapartida, quase 50 companhias aéreas avaliadas tiveram três estrelas ou menos no ranking de segurança do AirlineRatings.
"Cinco delas conseguiram apenas uma estrela: Agni Air, Nepal Airlines, Tara Air (as três são nepalesas), Kam Air (Afeganistão) e Scat (Cazaquistão)", diz o site.
Desastres aéreos de 2014
O AirlineRatings lembra que 2014 foi um ano de acidentes marcantes e trágicos na história da aviação civil: foram 21 deles, com 986 mortes, número superior à média dos últimos dez anos.
Estão nessa lista os acidentes envolvendo os aviões da Malaysia Airlines (um deles derrubado no espaço aéreo ucraniano; o outro, desaparecido no oceano Índico) e o da AirAsia, cujas buscas ainda estão em curso.
Mas, segundo o site, esses números ofuscam alguns fatos: "Claro que 21 acidentes com 986 mortes é algo triste. Mas as empresas de aviação globais transportaram um recorde de 3,3 bilhões de passageiros em 27 milhões de voos. Se voltarmos 50 anos no tempo, tivemos a assombrosa marca de 87 acidentes com 1.597 mortes, quando as empresas transportavam apenas 5% do total de passageiros atual".
Veja quais foram os desastres aéreos mais misteriosos do mundo:
Varig 967: o avião desapareceu no Pacífico cerca de 20 minutos após decolar do Japão rumo ao Brasil. Destroços jamais foram achados. Foto: Reprodução/Youtube
Malaysia Airlines: avião desapareceu no dia 8 com 239 pessoas a bordo para a China. Ainda não há dados concretos sobre sua localização. Foto: AP
Malaysia Airlines: parentes dos passageiros chineses desaparecidos choram após pedir informações sobre o sumiço da aeronave. Foto: AP
Helios Airways: voo 522 ia do Chipre à Grécia e caiu. Mas, segundo investigação, os 117 passageiros morreram sufocados horas antes da queda. Foto: Reprodução/Youtube
Helios Airways: investigações sobre o voo, que ia do Chipre à Grecia, afirmam que pilotos não conseguiram pressurizar a cabine. Foto: Reprodução/Youtube
Steve Fosset: americano sumiu com seu monomotor ao sobrevoar o deserto de Nevada em 2007. Destroços foram encontrados um ano depois. Foto: Getty Images
Steve Fosset: destroços do monomotor que o aventureiro americano pilotava quando desapareceu sobre o deserto de Nevada, EUA, em 2007. Foto: Getty Images
Trans World Airlines: voo 800 dos EUA explodiu ao decolar e as 230 pessoas a bordo morreram. Investigação aponta curto-circuito 'suspeito'. Foto: Wikimedia Commons
Egypt Air: voo 990 ia dos EUA ao Egito e caiu no Atlântico em 1999, deixando 217 mortos. EUA dizem que copiloto derrubou avião de propósito. Foto: Wikimedia Commons
B47: aeronave com material para armas nucleares sumiu no Mediterrâneo em 1956. Nem avião ou seus três tripulantes foram encontrados. Foto: Wikimedia Commons
Air France: avião caiu no Atlântico em 2009 e as caixas-pretas foram encontradas 2 anos depois. As 228 pessoas a bordo morreram. Foto: Wikimedia Commons
Aer Lingus: avião irlandês sumiu em 1968 após 'algo incomum' atingir a aeronave e matar os 61 a bordo. Foto: Wikimedia Commons
Torpedeiros: na 2ª Guerra Mundial, Marinha dos EUA enviou 5 aviões com 14 tripulantes ao Triângulo das Bermudas. Eles nunca mais voltaram. Foto: Wikimedia Commons
Pan Am: em 1957, voo 7 sumiu entre a Califórnia e o Havaí e foi encontrado após 5 dias. Autópsias indicaram que pessoas a bordo morreram intoxicadas. Foto: Reprodução/Youtube
Voo 571: avião uruguaio caiu nos Andes em 1972 e teve 19 sobreviventes, que recorreram ao canibalismo até ser resgatados dois meses depois. Foto: Reprodução/Youtube
Star Dust: em 1947, avião da British Avro Lancastrian caiu nos Andes da Argentina rumo ao Chile. Destroços foram descobertos 50 anos após a queda. Foto: Reprodução/Youtube
Lady Be Good: avião de bombardeio saiu da Itália em 1943 e nunca mais voltou à base na Líbia. Soube-se, 15 anos depois, que sua rota foi alterada. Foto: Reprodução/Youtube
Amelia Earhart: 1ª mulher a pilotar avião que cruzou o Atlântico, desapareceu em 1937 no Pacífico e foi declarada morta 2 anos depois. Foto: © AP
Tiger Line 739: em 1962, o voo saiu da ilha de Guam, EUA, com 90 a bordo rumo às Filipinas e nunca mais foi encontrado. Foto: Reprodução/Youtube
Vittorio Missoni: estilista italiano e sua família morreram a bordo de um avião venezuelano. Eles só foram encontrados 6 meses após o acidente. Foto: Getty Images
Varig 967: o avião desapareceu no Pacífico cerca de 20 minutos após decolar do Japão rumo ao Brasil. Destroços jamais foram achados. Foto: Reprodução/Youtube