terça-feira, 6 de janeiro de 2015

DEMOCRATAS não muda postura


Desesperados com vida em meio a escombros, palestinos cortam cerca de Gaza cientes de que serão presos em Israel


Desesperados com vida em meio a escombros, palestinos cortam cerca de Gaza cientes de que serão presos em Israel


Armados apenas com alicates, pelo menos 66 já foram detidos tentando cruzar a fronteira — jovens palestinos preferem prisão a conviver com destroços da guerra
Armados com alicates, jovens palestinos vêm tentando cortar a cerca eletrônica construída por Israel ao redor da Faixa de Gaza. Segundo o Exército israelense, desde o fim da guerra em agosto, 66 jovens tentaram entrar no país e foram imediatamente detidos pelas tropas que patrulham a fronteira. Os soldados israelenses costumam chamá-los de "desesperados", pois não portam armas e não são considerados "terroristas".
Muhammad Sabah, B’Tselem/Opera Mundi

Imagem do bairro de Beit Hanun, na Faixa de Gaza, destruído após os mais de 50 dias da ofensiva israelense Margem Protetora
A vida deprimente no enclave palestino, em meio à destruição gerada pelos bombardeios israelenses e à falta de perspectiva de futuro, leva os jovens a preferirem as prisões de Israel à dura realidade da Faixa de Gaza.
Na prisão pelo menos eles não terão que enfrentar as chuvas e o frio deste inverno em meio aos destroços de bairros inteiros, sem água e eletricidade e com o esgoto jorrando pelas ruas, depois que grande parte da infraestrutura da região foi destruída durante a ofensiva militar israelense. Meses antes, em julho, Israel havia deflagrado a chamada Operação Margem Protetora, que deixou mais de 2,2 mil mortos — a maioria entre eles civis palestinos em Gaza.
"É muito perigoso o que esses jovens fazem, eles podem até ser mortos ao tentar cortar a cerca, mas o desespero fala mais alto", disse o psiquiatra Sami Owaida a Opera Mundi. O profissional de saúde, que trabalha na Clinica de Saúde Mental da cidade de Gaza e trata principalmente de crianças e adolescentes, é testemunha do grau de desesperança desses jovens.
Via de escape
"Tenho pacientes que foram vitimas de traumas durante a ofensiva israelense contra Gaza em 2009, muitos deles já estavam melhorando, mas agora, com o novo ataque que sofremos em julho e agosto, houve um retrocesso no estado emocional deles", disse.

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"Vivemos em uma grande prisão, não temos saída, nem em direção a Israel nem em direção ao Egito, então esses jovens fazem um ato de desespero e tentam cortar a cerca com alicates, procurando uma via de escape", continua Owaida.
Na Faixa de Gaza, o índice de desemprego entre jovens de 15 a 29 anos chega a 63%. Além disso, mais de 100 mil pessoas perderam suas casas durante a última guerra e fábricas e plantações que antes forneciam empregos para os trabalhadores locais foram destruídas.
Agência Efe

Oficial israelense en guarda em frente a máquina escavadeira que realiza demolição de casa palestina em Hebrón
Reconstrução lenta
Apesar das promessas de Israel de que iria "facilitar" a reconstrução do enclave palestino, o ritmo de abastecimento de materiais de construção é lento. Segundo cálculos de ONGs de direitos humanos, no ritmo atual a reconstrução duraria mais de 20 anos.
"De 5 milhões de toneladas de materiais de construção necessários para reconstruir Gaza, apenas 180 mil entraram desde o fim da guerra", disse Shai Grunberg, porta-voz da ONG israelense Gisha.  E concluiu: "O governo israelense afirmou que considera importante que os palestinos possam reconstruir a Faixa de Gaza, mas infelizmente há uma diferença enorme entre a retórica e a realidade".
Muitas das famílias que perderam suas casas nos bombardeios estão morando entre os escombros, utilizando plásticos para cobrir os buracos deixados pelas explosões nos tetos e nas paredes.
Muhammad Sabah, B’Tselem/Opera Mundi

Morador de Beit Hanun, na Faixa de Gaza, diante de edifício destruído após ofensiva militar israelense
"Desde o fim da guerra nenhuma casa foi reconstruída. Das promessas dos países doadores de transferir US$ 5 bilhões para a reconstrução de Gaza, apenas US$ 100 milhões foram de fato enviados", disse Grunberg.
Para o psiquiatra Sami Owaida o desespêro dos jovens que tentam cortar a cerca israelense deve servir como um "sinal de alerta" para o mundo. "Estamos vivendo uma verdadeira catástrofe aqui em Gaza e o mundo fica só olhando, esses jovens não veem mais sentido na vida e temem uma nova guerra", afirmou.
(*) Guila Flint cobre o Oriente Médio para a imprensa brasileira há 20 anos e é autora do livro 'Miragem de Paz', da editora Civilização Brasileira.

O primeiro-ministro, Passos Coelho, vai presidir à cerimónia de assinatura do acordo que cria o consórcio entre as universidades do Porto, Minho e Trás-os-Montes e Alto Douro.

O primeiro-ministro, Passos Coelho, vai presidir à cerimónia de assinatura do acordo que cria o consórcio entre as universidades do Porto, Minho e Trás-os-Montes e Alto Douro.
As três universidades do Norte - Porto, Minho e Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) - vão juntar-se em consórcio e a cerimónia de assinatura do acordo, na próxima sexta-feira, será presidida pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
O objectivo deste consórcio é reforçar a cooperação e alinhar estratégias conjuntas em várias áreas, sobretudo na promoção internacional da região e oferta conjunta de ensino à distância. A autonomia e independência institucional será mantida e não faz sentido, pelo menos para já, falar numa fusão futura como aconteceu em Lisboa com as universidades Clássica e Técnica, garantiram ao Diário Económico os reitores do Porto e Minho.
"Este consórcio é um primeiro passo para um incremento do esforço integrado de forte cooperação das três instituições", resume Sebastião Feyo de Azevedo, o reitor da Universidade do Porto, a maior das três, com cerca de 32 mil estudantes.
Salvaguardando a sua autonomia, a ideia é as três universidades tirarem partido de um reforço da articulação estratégica conjunta em múltiplos domínios de interesse mútuo, como a captação de alunos e investigadores internacionais, a criação de plataformas conjuntas de conteúdos para ensino à distância e cursos online, mas também outras como mobilidade de estudantes, investigação, investimento em áreas de interesse comum, bases de dados ou infraestruturas científicas, representação conjunta em redes transnacionais e até partilha de recursos humanos, etc.
António Cunha, reitor da Universidade do Minho e actual presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), faz questão de reiterar que as três instituições "continuarão autónomas a nível institucional", o que vão fazer é um esforço por desenvolverem uma "cumplicidade e alinhamento de estratégias para o desenvolvimento regional".
"Estamos claramente longe de uma fusão como aconteceu em Lisboa", sublinha Sebastião Feyo de Azevedo, explicando que o cenário no Norte é muito diferente, já que não há uma complementaridade de áreas como havia entre a Clássica e a Técnica. No caso do Norte existem muitas áreas de sobreposição das três universidades.
A assinatura do acordo terá lugar na Fundação Casa de Mateus, em Vila Real, contando com a presença dos três reitores: Sebastião Feyo de Azevedo (Porto), António Cunha (Minho) e António Fontainhas Fernandes (UTAD).
Universidade do Porto
32 mil alunos: fica apenas atrás da Universidade de Lisboa.
Universidade do Minho
16 mil alunos: tem cerca de metade dos alunos da Universidade do Porto.
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
7 mil: é a universidade, das três que compõem o consórcio, que tem menos alunos.

Vegetação na Europa absorve mais CO2 do que era esperado

Vegetação na Europa absorve mais CO2 do que era esperado

A vegetação na Europa absorve um volume anual de dióxido de carbono (CO2) duas vezes maior do que se esperava inicialmente, segundo um estudo elaborado a partir de informações fornecidas pelos satélites e divulgado pela ESA (Agência Espacial Europeia).

O relatório, elaborado por um grupo de cientistas da Universidade de Bremen (Alemanha), analisou pela primeira vez as medições de dióxido de carbono registadas conjuntamente pelos satélites da ESA, da NASA e do Instituto Nacional de Estudos Ambientais do Japão.
Os resultados coincidem ao calcular que a quantidade anual de dióxido de carbono absorvida pelas florestas europeias é duas vezes superior ao indicado por medições anteriores, realizadas a partir de estudos de campo tradicionais.
O coordenador do relatório, Maximilian Reuter, esclareceu que, apesar de tudo, «o volume de CO2 presente na atmosfera ainda é bastante alto».
O dióxido de carbono constitui o principal gás causador do efeito de estufa emitido como consequência de actividades humanas - a queima de combustíveis fósseis - e a sua forte presença na atmosfera explica o actual processo de aquecimento global.
Sem a acção das grandes áreas florestosas, que agem como «escoadouros de dióxido de carbono» ao extrair parcialmente este gás da camada atmosférica num ciclo fundamental para a vida, as taxas de CO2 seriam «muito mais elevadas», conclui o estudo.

Levy reforça compromisso fiscal e diz que tributos poderão ser ajustados

Levy reforça compromisso fiscal e diz que tributos poderão ser ajustados

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015 19:38 BRST
 
Por Maria Carolina Marcello e Alonso Soto
BRASÍLIA (Reuters) - O novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, assumiu o posto nesta segunda-feira com a promessa de reequilibrar as contas públicas e afirmou que possíveis ajustes em alguns tributos serão considerados, mas não anunciou nenhuma medida efetiva nessas frentes.
Em seu primeiro discurso no comando da economia do país, Levy disse que o cumprimento das metas fiscais nos próximos anos será um fundamento do novo ciclo de crescimento, acrescentando que o Brasil possui condições de obter equilíbrio nas contas públicas sem redução de benefícios sociais.
Ele ressaltou ainda que qualquer iniciativa tributária terá que ser coerente com a trajetória dos gastos públicos.
"O equilíbrio fiscal em 2015... será fundamento de um novo ciclo de crescimento, assim como a responsabilidade fiscal exercitada na primeira metade da década dos anos 2000 foi condição indispensável para o Brasil ter sucesso na política de inclusão social de milhões de brasileiros", disse o ministro.
Ele ressaltou que o controle das contas públicas nos primeiros anos da década passada também permitiu que o país conduzisse "pela primeira vez na história uma política anticíclica eficaz, como fez em seguida à crise global de 2008".
O novo ministro assume o cargo em meio à crescente deterioração das contas públicas e foi escolhido pela presidente Dilma Rousseff, reeleita em outubro passado, numa tentativa de recuperar a credibilidade da política econômica e criar as condições para o Brasil voltar a crescer, depois de um ano de estagnação em 2014.
Levy admitiu que esse compromisso fiscal "nem sempre é fácil", ainda mais levando em conta as "legítimas" demandas da população e a "natural" tendência de se buscar mais conforto imediato. Mas argumentou que muitas vezes isso se dá "com insuficiente atenção ao futuro, mesmo próximo".
"Esse equilíbrio fiscal é indispensável para... a confiança e para o desenvolvimento do crédito, que permite mais empreendedores levarem à frente seus projetos e com isso contribuindo para a geração de emprego, do bem-estar geral."

"Policial" do Estado Islâmico é decapitado, diz grupo de monitoramento

"Policial" do Estado Islâmico é decapitado, diz grupo de monitoramento

terça-feira, 6 de janeiro de 2015 08:47 BRST
 
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BEIRUTE (Reuters) - Uma figura proeminente da autodeclarada força policial do Estado Islâmico na Síria, que cometeu decapitações, foi encontrado decapitado na província de Deir al-Zor, no leste do país, disse nesta terça-feira o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
O homem, um egípcio, era conhecido como "vice-emir" da força al-Hesbah na província, segundo o Observatório, com sede na Grã-Bretanha. Seu corpo, com sinais de tortura, foi encontrado perto de uma estação de energia na cidade de al-Mayadeen, de acordo com o grupo.
O Estado Islâmico conquistou território na Síria e no vizinho Iraque e tem sido alvo de ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos nos dois países desde setembro.
O Observatório, que reúne informações por meio de uma rede de fontes no terreno, disse que a mensagem "Este é o mal, seu xeique" também foi encontrada escrita no corpo, que tinha um cigarro na boca.
Não ficou claro quem cometeu a decapitação. Moradores de áreas controladas pelo Estado Islâmico têm dito que o grupo proibiu fumar em público.
Agressores desconhecidos também tentaram matar dois militantes do Estado Islâmico na cidade, disse o Observatório.
A primeira tentativa aconteceu quando um carro tentou atropelar um combatente perto de uma rotatória. Outro foi atingido por um agressor com uma arma de metal em uma motocicleta, e ficou gravemente ferido.
O Estado Islâmico tem combatido outros insurgentes e reprimido a população local. O grupo ocasionalmente também mata seus próprios membros pelo que considera serem violações.
Moradores e ativistas dizem que os militantes decapitaram e apedrejarem dezenas de pessoas nas áreas que controlam por serem combatentes adversários ou por tomarem ações consideradas pelo Estado Islâmico como violações à sua interpretação da lei islâmica, como adultério e blasfêmia.
(Reportagem de Sylvia Westall)

GM diz que vendas de automóveis na China cresceram 12% em 2014

GM diz que vendas de automóveis na China cresceram 12% em 2014

terça-feira, 6 de janeiro de 2015 07:21 BRST
 
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XANGAI (Reuters) - A General Motors e suas joint ventures chinesas venderam um recorde de 3.539.970 veículos na China em 2014, alta de 12 por cento em relação ao ano anterior, disse a montadora norte-americana nesta terça-feira.
Somente em dezembro, a GM vendeu 357.375 veículos, aumento de 31,9 por cento contra o mesmo mês um ano antes.
O aumento no mês passado se seguiu a um crescimento na base anual de 5,3 por cento em novembro e aumento de 3,2 por cento em outubro.
A GM disse que planeja investir 12 bilhões de dólares na China entre 2014 e 2017 e construir mais cinco fábricas para ampliar sua capacidade de produção.
A GM produz veículos na China em parceria com a chinesa FAW Group Corp e a SAIC Motor Corp.
(Por Samuel Shen e Brenda Goh)