domingo, 9 de novembro de 2014

Investigação confirma suicídio do ator Robin Williams

BAND9 de Novembro de 2014 | 03h00

(Foto: DIVULGAÇÃO)
O ator Robin Williams se suicidou por asfixia, segundo a conclusão das investigações realizadas pelas autoridades americanas. O astro de Hollywood foi encontrado morto dentro de casa, na Califórnia, no dia 11 de agosto. 
As provas toxicológicas também revelaram que o ator não ingeriu álcool ou drogas antes de cometer suicídio. O laudo diz, no entanto, que "foram detectados medicamentos prescritos em doses terapêuticas", que são antidepressivos. 
Nos últimos meses de vida, Robin Williams procurou ajuda para superar uma profunda depressão agravada pelo vício em drogas e no álcool.
Três dias depois da morte do ator, a viúva Susan Schneider revelou que Williams havia sido diagnosticado recentemente com Mal de Parkinson. Segundo ela, uma doença "sobre a qual ele ainda não estava preparado para falar publicamente". "Foi corajoso, enquanto lutava contra a depressão, a ansiedade e os primeiros estágios da doença de Parkinson", disse a Susan na época.
Robin Williams foi encontrado morto com um cinto ao redor do pescoço e com cortes no punho esquerdo. O ator é lembrado por uma coleção de filmes de drama e comédia. Williams ganhou o Oscar pela atuação no filme "Gênio indomável", escrito por Ben Affleck e Matt Damon.

País

Especialistas defendem uso de água de esgoto tratada para combater crise

No entanto, como medida mais imediata, a economia de água é imprescindível

Jornal do BrasilFernanda Távora
Anunciada na quarta-feira (5) pelo governo de São Paulo, a primeira estação para captar o esgoto e transformar a água de reuso em água própria para o consumo está em fase de projeto e tem previsão de entrega para o final de 2015. Serão duas estações que abastecerão as bacias dos sistemas Guarapiranga e Alto Cotia. Além da estação detratamento, o governo de São Paulo anunciou a construção de 29 reservatórios, que aumentarão em 10% a capacidade de reserva de água tratada na Região Metropolitana.
Em meio à maior crise hídrica registrada no Estado de São Paulo, soluções e paliativos vão surgindo. Segundo o professor Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp (FEC), Edson Aparecido Abdul Nour, o tratamento de esgoto, transformado em água de reuso, não é novidade. O processo já é utilizado para uso em indústrias, lavagem urbana e irrigação. “Geralmente quando se faz isso já tem comprador específico, tanto que a legislação responsabiliza o comprador pelo uso final. É um controle. Em alguns processos na indústria se usa muita água e a água de reuso acaba sendo mais barata do que a do abastecimento normal”, explica o professor.
O professor, especialista em saneamento e meio ambiente, destaca a iniciativa de São Paulo como vantajosa. Para ele é uma questão de saneamento básico, assunto pouco discutido, mas muito necessário em cidades brasileiras. “Em questão de saneamento muita coisa precisa ser feita. Somos extremamente atrasados em termos de resolver o problema do saneamento básico de uma forma geral”, explica.
Segundo ele, o estado de São Paulo ainda sai na frente em algumas iniciativas, mas ainda há um déficit muito grande das estações de tratamento de esgoto. “Então qualquer tipo de ação é importante, é o tipo de política de estado que deveria ter uma postura melhor do governo, não só de São Paulo, mas de outros estados também”.
A nova medida, adotada pelo governo de São Paulo, tem como objetivo diminuir a pressão por demanda hídrica no sistema da Cantareira
A nova medida, adotada pelo governo de São Paulo, tem como objetivo diminuir a pressão por demanda hídrica no sistema da Cantareira
 Para o também professor da FEC - Unicamp, especialista em recursos hídricos, Antônio Carlos Zuffo, a atitude imediata, para sanar os problemas resultantes da estiagem, é a economia de água. Segundo ele a situação é crítica. "De imediato agora é a economia de água. É previsto que nessa segunda-feira a primeira parcela do volume morto chegue ao fim, se não chover entre sábado e domingo. O nível da Cantareira tem diminuído 0,11% por dia”, afirma.
Assim como Edson, Zuffo destaca a iniciativa do governo de São Paulo como algo favorável, devido à crise hídrica no estado. "Estamos numa situação onde não temos mais de onde tirar a água, temos que nos adaptar de outra forma. A água de reuso vai entrar na bacia ou não vai ter como atender essa demanda".
Segundo o professor da Unicamp, o governo de São Paulo pretende lançar na bacia do Rio Guarapiranga a água resultante do esgoto tratado. A intenção é que com essa carga de água tratada a disponibilidade hídrica da bacia aumente, diminuindo a dependência do sistema da Cantareira, que atualmente já está no segundo volume morto para tender a necessidade de abastecimento.
O professor explica que essa água lançada na bacia do Guarapiranga vai ser tratada como é feito normalmente com a água do rio, que abastece a represa de mesmo nome. " O efluente que hoje é descartado vai para um grande reservatório e lá ele vai passar por uma redução bioquímica e você tem a expectativa de diminuir o lançamento bruto de esgoto, melhorando a situação da qualidade de água do Guarapiranga, melhorando o disponibilidade hídrica".
Segundo Zuffo, o pior seria continuar com a atual situação de despejo de esgoto bruto. A água de reuso despejada melhora a qualidade da água do rio, que já recebe em algum ponto o esgoto bruto da cidade de São Paulo. "Muitas vezes, nos efluente, o esgoto é jogado na forma bruta e essa água é poluída. Para você falar de reuso, de que a água não pode ter qualidade porque já foi esgoto, o que é feito hoje no Guarapiranga é muito pior, são vários lançamentos de esgoto bruto nas águas. O tratamento dessa água fica muito mais caro, por causa da concentração de fósforo e nitrogênio. Se você faz o tratamento do efluente e essa água é lançada no rio, ela recebe um tratamento terciário e depois essa água é captada para o abastecimento. Isso melhora a qualidade da água", explica o professor da Unicamp.
Zuffo destaca que a economia de água é uma medida paliativa, porém necessária nesse momento de crise hídrica. "O que dá para aprender com essa crise é que devemos tratar os efluentes desses locais poluídos. Lembrando a população que essas últimas chuvas não vão surtir o efeito desejado. O sistema da Cantareira vai continuar usando o volume morto por enquanto, então as pessoas tem que continuar com a economia de água". O professor critica também a falta de informação oficial vindo do próprio governo de São Paulo, apesar da iniciativa da construção das estações de tratamento. As campanhas que existem são ou das ONGs ou das redes sociais, não tem nada mais expressivo nesse sentido, vindo de fontes oficiais do governo. A postura é de negação da crise hídrica". 
Tags: água de reuso, alckmin, crise, governo, hídrica, são paulo

Coligação ataca reunião de líderes do Estado Islâmico no Iraque

09.11.2014 - 00:43
A coligação militar comandada pelos Estados Unidos atacou líderes do grupo radical Estado Islâmico, que estavam reunidos no norte do Iraque.
 
Os militares norte-americanos anunciaram que os ataques aéreos ocorreram perto de Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, controlada pelos rebeldes do movimento Estado Islâmico (EI), onde estavam reunidos os líderes da organização. No entanto, os Estados Unidos não conseguiram confirmar se o chefe do EI, Abu Bakr al-Baghdadi, estava presente no encontro.
Informações não confirmadas transmitidas pela televisão árabe davam conta de o líder do EI ter sido ferido ou morto nos ataques.
"Os aparelhos da coligação conduziram na sexta-feira à noite uma série de ataques aéreos no Iraque contra o que se pareceu tratar-se de um encontro de dirigentes do EI, perto de Mossul", indicou num comunicado o comando norte-americano para o Médio Oriente e a Ásia Central.
Estas operações militares "destruíram um comboio de veículos, formado por dez camiões armados do EI", de acordo com o exército norte-americano, que não precisou se foram os Estados Unidos ou outros países da coligação os autores dos ataques aéreos.
A coligação internacional ataca quase diariamente, desde agosto no Iraque e desde o final de setembro na Síria, o grupo EI, que controla vastas áreas de territórios nestes dois países.
 

Americanos libertados pela Coreia do Norte chegaram a Washington

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Oi segue a Vivo e corta internet ao fim da franquia | Economia: Diario de Pernambuco

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09/11/2014 05h00 - Atualizado em 09/11/2014 05h00

Veja 25 fatos sobre o Muro de Berlim

Símbolo da Guerra Fria dividiu maior cidade alemã por décadas.
Neste domingo, derrubada completa 25 anos.

Do G1, em São Paulo
Queda do muro que dividia Alemanha completa 25 anos neste ano (Foto: Gerard Malie/AFP)Queda do muro que dividia Alemanha completa 25 anos neste domingo (Foto: Gerard Malie/AFP)
A Alemanha celebra neste domingo (9) os 25 anos da queda do Muro de Berlim, barreira construída no meio da maior cidade alemã para separar o lado oriental, comunista, do ocidental, capitalista. Veja abaixo 25 fatos ligados a esse símbolo da Guerra Fria:
1 - Fechamento da noite para o dia
Na madrugada de 13 de agosto de 1961, o governo comunista da Alemanha Oriental fez uma operação para fechar a fronteira de Berlim Oriental para Berlim Ocidental em poucas horas. Soldados passaram arame farpado ao redor do lado ocidental, que permanecia como um enclave capitalista no meio da Alemanha Oriental. Isso ocorreu porque, depois da 2ª Guerra Mundial, o lado ocidental da capital alemã havia ficado sob controle de potências ocidentais (Estados Unidos, Reino Unido e França), enquanto a outra parte, assim como a porção leste de toda a Alemanha, haviam caído sob o controle da União Soviética. Para evitar que mais e mais cidadãos fugissem para o lado ocidental, o governo oriental fechou a fronteira em poucas horas. Nos meses seguintes, o arame farpado deu lugar a uma estrutura caríssima de muros, torres de guarda e sistemas de vigilância diversos.
Bloso de concreto são colocados para formar o muro, em 1961 (Foto: Helmut Wolf/Deutsches Bundesarchiv)Bloso de concreto são colocados para formar o muro, em 1961 (Foto: Helmut Wolf/Deutsches Bundesarchiv)
2 - Muro sem fim
Os números são impressionantes: eram 43 km de fronteira fechada entre Berlim Ocidental e Oriental, no meio da cidade, com muro, cercas, torres e todo o aparato de segurança. Outros 112 km cercavam Berlim Ocidental pela parte externa, para impedir o acesso por outros lados. A instalação tinha 302 torres, 20 bunkers e 259 recintos para cães de guarda. 127 km de cercas com detectores ajudavam a transformar Berlim Ocidental numa ilha à qual ninguém em volta podia ter acesso.

3 - Real propósito
Embora o governo da Alemanha Oriental chamasse a estrutura de “Muro de Proteção  Antifascista”, o próprio posicionamento das cercas e dos guardas já deixava claro que seu objetivo não era impedir “agressores” de entrarem na Alemanha Oriental, mas sim impedir que fugitivos deixassem esse país (veja foto abaixo)
Imagem feita desde o lado Ocidental mostra o muro e, atrás dele, uma faixa de areia, cercas e barreiras para carros, deixando claro que o objetivo era impedir a aproximação pelo lado oriental  (Foto: AP)Imagem feita desde o lado Ocidental mostra o muro e, atrás dele, uma faixa de areia, cercas e barreiras para carros, deixando claro que o objetivo era impedir a aproximação pelo lado oriental (Foto: AP)

4 - Decisão súbita
Muitas pessoas tiveram de escolher rapidamente de que lado ficar
O fechamento repentino, em 1961, pegou muita gente de surpresa. Inúmeras pessoas tiveram de escolher, em questão de horas, se ficariam do lado comunista ou capitalista, muitas vezes ficando separados de famílias e amigos separados por décadas.
5 - Plano ultrassecreto
A decisão de fechar a fronteira, acertada pela Alemanha Oriental com a União Soviética, foi mantida em sigilo absoluto. O serviço secreto alemão ocidental só ficou sabendo que isso ocorreria três dias antes da onstrução do muro.
6 - Fugas permanentes
Mais de cem mil alemães orientais tentaram fugir para o lado capitalista pelo Muro de Berlim ou pela fronteira entre as duas Alemanhas (outra divisa vigiada com centenas de quilômetros de extensão) entre 1961 e 1988. Mais de  600 deles foram mortos a tiros por soldados ou morriam afogados tentando atravessar algum rio ou nos mais diversos tipos de acidentes. Alguns também se suicidaram ao serem flagrados na tentativa de fuga.
7 - Desistência ou bala
“Alto! Parado! Posto de Fronteira!” eram os comandos que a guarda do Muro de Berlim usava para mandar que os fugitivos parassem. Um tiro de advertência também poderia ser dado. Caso as ordens não fossem respeitadas, os guardas tinham autorização para usar a arma para “impedir” violações da fronteira.
Soldado oriental vigia a construção do Muro de Berlim  (Foto: Stöhr/Deutsches Bundesarchiv)Soldado oriental vigia a construção do Muro de Berlim (Foto: Stöhr/Deutsches Bundesarchiv)
8 - Soldados sob suspeita
Perto do muro de concreto que dava para o lado ocidental, que podia ter até 3,6 metros de altura, havia uma faixa de areia com postes de iluminação que deixavam a fronteira clara como o dia, mesmo durante a noite. Os próprios soldados que vigiavam a fronteira não podia passar dos postes de iluminação, do contrário seriam considerados fugitivos também. A areia servia para que pegadas de eventuais infratores ficassem registradas.

9 - A primeira morte
Ida Siekmann, de 58 anos, vivia no 3º andar de um edifício no centro de Berlim, no lado oriental. Exatamente em sua rua passava a divisa.
Ida Siekmann (Foto: Brewer Bob / Wikimedia Commons)Ida Siekmann (Foto: Brewer Bob /
Wikimedia Commons)
Quando viu que a porta de seu prédio, que era acessível pelo lado Ocidental, fora fechado pela polícia oriental, ela decidiu pular pela janela. Logo após o fechamento, era comum moradores do lado oriental pularem das janelas de casas que ficavam exatamente no limite, como a de Ida.
Muitos tinham a queda amortecida por bombeiros do lado ocidental. Ela jogou alguns de seus objetos da janela e pulou em seguida, mas, como o fez rapidamente, caiu no chão, morrendo em decorrência dos ferimentos.
Ela tinha uma irmã do lado ocidental, para o qual tentava fugir. Foi a primeira pessoa a morrer tentando pular o muro.


10 - A última morte
Em março de 1989, poucos meses antes da queda do Muro, Winfried Freudenberg e sua esposa tentaram fugir de balão para o lado ocidental. Eles passaram meses planejando a operação e construindo a aeronave, sem que ninguém percebesse. No dia em que inflaram o balão, a polícia foi avisada e somente ele decolou, pois tiveram medo de que não estivesse cheio o bastante.
Com menos peso do que o previsto, o balão subiu demais, chegando possivelmente a 2 mil metros de altitude. Winfred ficou vagando por horas sobre Berlim, até que, por algum motivo, caiu dele no jardim de uma casa, quebrando praticamente todos os seus ossos e danificando a maioria de seus órgãos internos, o que o levou à morte. Foi a última pessoa a morrer atravessando a fronteira.

11 - Soldados também morreram
Não só cidadãos fugitivos morreram por causa do Muro de Berlim. Pelo menos oito soldados de fronteira orientais também caíram na cidade tentando defender o limite.
Ulrich Steinhauer, morto por um colega que queria fugir (Foto: Christian Gering /Wikimedia Commons)Ulrich Steinhauer, morto por um
colega (Foto: Christian Gering /
Wikimedia Commons)
A maioria morreu pouco depois da construção do muro, na década de 1960. O último a morrer foi Ulrich Steinhauer, morto por um colega soldado quando patrulhavam a zona proibida.
Egon Bunge matou Steinhauer para em seguida fugir para o lado ocidental, onde se entregou às autoridades.



12 - Inúmeros apelidos
Além de simplesmente “o Muro”, a construção foi chamada de inúmeros nomes e apelidos pelos alemães e berlinenses em especial: “Muro da Vergonha”, “Muro do Ulbricht” (por causa de Walter Ulbricht, líder comunista responsável pela construção do muro), “Muro de prisão”, “Muro de campo de concentração”, “Muralha de Gulag” (campo de prisioneiros soviético), “Muro da SED” (partido comunista que governava a Alemanha Oriental), “Muro das Lamentações”.

13 - Mão de ferro
Erich Honeker (Foto: Deutsches Bundesarchiv)Erich Honeker (Foto: Deutsches Bundesarchiv)
O governo alemão oriental, liderado por Erich Honecker até pouco antes da queda, não queria seguir as medidas de abertura implantadas na União Soviética, que nos anos 1980 fazia a Glasnost e a Perestroika, sob liderança de Mikhail Gorbachev.
Honecker insistia em manter seu estado altamente vigiado e com pouquíssima liberdade política.A situação foi ficando insustentável até que Honecker foi forçado a renunciar pelos seus colegas de partido. Foi sucedido por Egon Krenz, que realizou a abertura. Honecker morreria exilado no Chile.

14 - Até tu, URSS?
ex-presidente soviético Mikhail Gorbachev e seu ministro das Relações Exteriores na época, Eduard Shevardnadze, pediram ao líder a Erich Honecker, que derrubasse o muro de Berlim em 1987, dois anos antes da queda. O pedido não foi atendido e ficou escondido nas anotações de um dos funcionários mais próximos a Shevardnadze. Foi encontrado pelo historiador da London School of Economics Wladislaw Subok.

15 - Abertura repentina
No dia 9 de novembro de 1989, Egon Krenz, sucessor de Honecker e secretário-geral da SED e mandatário da Alemanha Oriental na época, depois que ficou definido que o Muro iria mesmo cair,  passou a um funcionário chamado Günter Schabowski as informações sobre como seria a abertura de fronteira.  Schabowski seria o porta-voz que anunciaria a medida à imprensa. Em meio à tensão, Krenz esqueceu de avisar que a passagem seria liberada apenas no dia seguinte. Quando estava ao vivo na TV falando que a fronteira seria aberta, Schabowski foi perguntado por um jornalista a partir de quando valeria a medida ele, sem saber o que dizer, respondeu: “ Isso vale, pelo que sei...a partir de agora, impreterivelmente”. Minutos depois já havia gente na fronteira querendo passar.
Em entrevista coletiva no dia 9 de novembro, autoridades anunciaram que fronteira seria aberta (Foto: Thomas Lehmann/Deutsches Bundesarchiv)Em entrevista coletiva no dia 9 de novembro, autoridades anunciaram que fronteira seria aberta (Foto: Thomas Lehmann/Deutsches Bundesarchiv)
16 - A primeira passagem
Às 23h29 do dia 9 de novembro foi aberta a primeira passagem entre os dois lados. O tenente-coronel Harald Jäger, a cargo de um bloqueio na Rua Bornholmer, ao norte da cidade, entra para a história ao deixar os primeiros cidadãos passarem, sem opor resistência. Àquela altura, ele só antecipou o inevitável.
17 - Enquanto isso, na TV
No dia 9 de novembro, o telejornal da TV estatal oriental ainda tentou refrear as massas que iam para o lado ocidental, divulgando que era possível passar pelo muro, mas que era necessária uma autorização, o que não era verdade. Milhares e milhares já estavam cruzando a fronteira e a cidade estava em festa.
18 - Presente para os visitantes
Os cidadãos orientais que obtinham a rara autorização para ir para o lado ocidental só podiam levar pouquíssimo dinheiro. Por isso, a Alemanha Ocidental decidiu que todo visitante oriental teria direito a um dinheiro de “boas-vindas”. Quando o muro estava fechado, eram poucos os pedidos, já que quase ninguém podia cruzar a fronteira. Quando ele caiu, no entanto, milhões de alemães orientais queriam receber os 100 marcos, em valor da época, oferecidos pelos vizinhos capitalistas, o que levou a enormes filas nos primeiros dias de abertura.
Fila de alemães orientais para receber o dinehrio de boas-vindas em 11 de novembro de 1989 (Foto: Roehrensee/Wikimedia Commons)Fila de alemães orientais para receber o dinehrio de boas-vindas em 11 de novembro de 1989 (Foto: Roehrensee/Wikimedia Commons)
19 - Unificação ou incorporação?
A Queda do Muro é chamada de reunificação, mas na verdade foi mais uma incorporação da parte oriental, comunista, pelo lado ocidental, capitalista. O sistema de governo, a economia, as instituições, a bandeira, o hino, toda a estrutura da Alemanha Oriental deixou de existir, prevalecendo o que já existia na Alemanha Ocidental. Claro que isso deixou parte da população oriental ressentida, já que o mundo em que viviam desmoronou.
20 - Líder preso
Egon Krenz, o último líder oriental, foi condenado em 1997 a seis anos de prisão por causa da morte de quatro pessoas que tentaram fugir para o lado ocidental. Cumpriu quatro anos de cadeia, depois foi libertado sob condicional.
21 - Diferenças prosseguem
Até hoje as partes Ocidental e Oriental da Alemanha têm muitos indicadores diferentes, que mostram que a integração ainda não foi total. Os alemães ocidentais têm cerca de 6% de desemprego, enquanto os orientais enfrentam 10% (dado de 2013).  Os orientais empregados, por sua vez, atualmente ganham 25% a menos de salário, em média.
22 - Divisão que se vê do espaço
Até do espaço é possível ainda ver que Berlim já foi dividida. Uma foto publicada em abril do ano passado pelo astronauta Chris Hadfield, tirada a bordo da Estação Espacial Internacional, revela a iluminação branca do lado ocidental, em contraste com a luz amarelada da iluminação de rua oriental.
Imagem do astronauta Chris Hadfield mostra luz branca na parte ocidental e amarelada na oriental (Foto: Reprodução/Twitter/Chris Hadfield)Imagem do astronauta Chris Hadfield mostra luz branca na parte ocidental e amarelada na oriental (Foto: Reprodução/Twitter/Chris Hadfield)
Souvenir
Pedaço do Muro de Berlim com 'certificado de autenticidade' (Foto: Brocken Inaglory/Wikimedia Commons)Pedaço do Muro de Berlim com 'certificado de
autenticidade' (Foto: Brocken Inaglory/
Wikimedia Commons)
Depois da derrubada, pedaços do Muro de Berlim ainda estão à venda em lojas para turistas, assim como na internet, para colecionadores interessados em um "pedaço" da Guerra Fria.
Há no entanto, muitos rumores sobre a autenticidade desses restos de concreto.
Corre entre os berlinenses a piada de que seria possível erguer vários muros com o que já se vendeu desse tipo de lembrancinha.

24 - Processo gradual
Embora o dia 9 de novembro de 1989 seja comemorado como o dia da Queda do Muro, a reunificação só ocorreu formalmente quase um ano depois, em 3 de outubro de 1990, quando a República Democrática Alemã (RDA) foi dissolvida e todo seu território passou a fazer parte da República Federal da Alemanha, conhecida como Alemanha Ocidental.
Bandeira da Alemanha Oriental (Foto: Jwnabd/Wikimedia Commons)Bandeira da Alemanha Oriental (Foto: Jwnabd/Wikimedia Commons)
25 - Demolição
Quando a fronteira foi aberta, a população animada começou a quebrar o muro, derrubando as placas de concreto de que era formado. Isso, no entanto não foi suficiente para dar um fim à extensa instalação. Foi necessário um ano inteiro de obras para remover os 45 mil elementos de concreto e demais sistemas de proteção, permitindo a reabertura de mais de cem ruas que haviam sido bloqueadas.
Festa após anúncio da derrubada do Muro de Berlim em 9 de novembro de 1989 (Foto: Herbert Knosowki/Reuters/Arquivo)Festa após anúncio da derrubada do Muro de Berlim em 9 de novembro de 1989 (Foto: Herbert Knosowki/Reuters/Arquivo)

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