sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Obama pedirá ao Congresso US$ 3,2 bi para combater o EI | Mundo: Diario de Pernambuco

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Empresas/Finanças

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Segredos do magnata mais discreto das telecomunicações

ANTÓNIO SARMENTO
Segredos do magnata mais discreto das telecomunicações
Patrick Drahi entrou este ano para a lista da Forbes e é descrito como um ‘self made man’. Começou a vender assinaturas de TV Cabo de porta-em-porta e construiu um império. Depois da Oni e da Cabovisão, investimentos em Portugal, o fundador da Altice ambiciona comprar a Portugal Telecom. Nasceu em Marrocos e vive entre Paris, Genebra e Tel-Aviv.
Drahi pertence à lista dos mais ricos do mundo mas evita mostrar sinais de ostentação: veste fatos simples, gosta de ir a pizzarias (não gosta dos restaurantes exclusivos para homens de negócios) e dispensa motorista. O fundador da Altice, empresa que esta semana ofereceu sete mil milhões de euros pela PT, raramente aparece nos holofotes das conferências de imprensa e prefere crescer na sombra. 

É filho de dois professores de matemática, nasceu no seio de uma classe média, e nunca quis trabalhar para um patrão. Por isso, começou de porta-em-porta a vender assinaturas de TV Cabo - hoje em dia, a empresa tem presença em Portugal (Oni e Cabovisão), França, Israel, Bélgica, Luxemburgo, Suíça e Caraíbas. A Altice foi fundada com o português Armando Pereira e com o francês Bruno Moineville e emprega 20 mil colaboradores. 

A luta com o poderoso grupo Bouygues pela operadora francesa SFR, que pertencia à Vivendi, foi o negócio que o fez sair da sombra e saltar para as manchetes dos jornais. Segundo um artigo publicado no diário norte-americano, "The Wall Street Journal" (WSJ), ninguém da Vivendi acreditava que Drahi pudesse angariar o dinheiro necessário para a operação.

Em 2012, quando o investidor abordou esta companhia, o ‘chairman', Jean-René Fourtou, perguntou-lhe se ele era "louco". E continuou com palavras pouco simpáticas: "falta-lhe dinheiro" e pouco preparado para "lutar com pesos-pesados". 

Fourtou enganou-se. Drahi arranjou 17 mil milhões de euros e comprou a SFR, a segunda maior operadora móvel francesa depois da Orange. O negócio foi aprovado pelo regulador na semana passada. "Eu tenho sonhos ambiciosos", disse Drahi, citado pelo WSJ. A companhia tem também uma posição de relevo na Numericable e é em França que gera grande parte das receitas.

Os sonhos começaram a ganhar forma nos anos 90, quando iniciou a venda de pacotes de telecomunicações, em França. Tocava à campainha e seguia sempre a mesma regra para conquistar os clientes: em primeiro lugar mostrava as assinaturas para a TV Cabo. Antes disto, Drahi tinha trabalhado em cargos superiores: foi chefe de produto na Philips, em Eindhoven, trabalhou para um grupo escandinavo chamado Kinnevik-Millisat, onde era responsável pela rede de cabo até que em 1993 fundou a CMA, uma empresa de consultoria em telecomunicações.

"Não conseguia ser assalariado a vida toda. Sou um empreendedor", disse. Mais tarde, fundou duas empresas de serviços por cabo, Câble Services (1994) e Mediaréseaux (1995). Foi nesta altura que desempenhou todas as funções, desde a comercial até à gestão. Em 2002, abriu a Altice, entrando em bolsa este ano.

Nascido em Casablanca, em 20 de Agosto de 1963, mudou-se com os pais para a cidade de Montpellier. Tinha 15 anos e vinha habituado ao clima quente. Na escola era conhecido por ter sempre frio e poucos amigos. Depois, formou-se nas prestigiadas École Polytechnique e École Nationale Supérieure de Télécommunications de Paris.
Um pianista virtuoso

A Altice entrou em Portugal com a compra da Cabovisão e da Oni, operadora de comunicações empresariais. Em declarações ao Diário Económico, o presidente-executivo da Altice, Dexter Goei, garantiu que o interesse na PT é de longo prazo e quer reforçar o investimento na operadora. O grupo tem a ambição de se tornar, pelo menos, no segundo maior operador em Portugal. A empresa está ainda à procura de boas oportunidades de negócio na Alemanha, América Central e do Sul. 

Também esta semana, os empresários Isabel dos Santos e Paulo Azevedo entraram na corrida pela PT e mostraram interesse em fazer parte de uma solução para a operadora. Em Lisboa estão ainda representantes do fundo Apax Partners, que, em parceria com a CVC Capital Partners e a Bain Capital Partners, devem apresentar uma proposta pelos activos da empresa portuguesa. 

Casado e com quatro filhos, Drahi vive com a família na cidade suíça de Genebra. Ali, aproveita para esquiar nos tempos livres e dedicar-se ao coleccionismo de obras de arte. Já os negócios levam-no frequentemente a Paris e a Tel-Aviv, em Israel - adoptou as nacionalidades francesa e israelita. "Instalei-me nesta cidade sem falar uma palavra de hebraico, mas comprei a operadora Hot. É uma cidade formidável, em crescimento, e com um ambiente empresarial fantástico", disse em entrevista à "Le Point". Depois, investiu no I24 News, um canal de notícias que pretende concorrer com a Al-Jazeera. 

Em Israel, ajudou financeiramente a escola de música Keshet Eilon. O estilo clássico é uma paixão: estudou piano e tem um conhecimento enciclopédico de Rachmaninoff, Listz ou Brahms. A capacidade de lidar com números é um dos pontos fortes do magnata, colocado no 131º lugar da revista Forbes, com uma fortuna estimada em 9,4 mil milhões de dólares (7,5 mil milhões de euros) e considerado um ‘self made man'. 

Durante as negociações financeiras, o magnata impressiona pela rapidez a tomar decisões sem recorrer a gráficos, tabelas de Excel ou máquinas calculadoras. "Já vi alguns dos melhores banqueiros perderem-se nas suas ideias, o que não aconteceu com Drahi", explicou Patrice Giami, vice-presidente da operadora Hot, à imprensa francesa. 

Drahi encontrou-se recentemente com o presidente François Hollande para uma reunião sobre o papel das empresas no desenvolvimento económico e falaram sobre as doações do empresário para que as instituições de ensino apostem em cursos de telecomunicações. 

Seja ou não bem-sucedida na Portugal Telecom, a Altice é um adversário para levar a sério no mercado. O factor surpresa já deixou de fazer efeito. Recentemente, Drahi, o empresário "invisível", confidenciou aos colaboradores mais próximos: "Ao longo dos últimos meses apanhámos algumas pessoas de surpresa. Agora, as coisas estão mais sérias."


Drahi inspirou-se em John Malone

Há duas décadas, quando decidiu investir no negócio do cabo, o magnata francês inspirou-se em John Malone, o filantropo norte-americano. Actual CEO da Liberty Media, liderou durante décadas a gigante Tele-Communications. Em Fevereiro de 2011, Malone ultrapassou Ted Turner como o maior proprietário de terras nos EUA, tendo uma área equivalente a 8500 quilómetros quadrados, sobretudo no estado do Maine, mas também em New Hampshire, Wyoming, Colorado e Novo México.
Além das comunicações, investe ainda em imobiliário e tem um castelo na Irlanda. Numa entrevista ao canal CNBC, o investidor anunciou que era dono de um iate e que ambicionava comprar mais terrenos. No programa revelou ainda que boa parte da sua fortuna será destinada para Fundações de caridade geridas pelos filhos e netos. Ao contrário de outros magnatas, como Rupert Murdoch, o milionário norte-americano não está interessado em deixar um império corporativo.


Economia/Política

Ontem 13:02


Kiev diz que coluna militar russa cruzou fronteira

ECONÓMICO
Uma coluna de 32 tanques e camiões com militares e munições da Rússia atravessou a fronteira com a Ucrânia, adiantaram hoje fontes militares ucranianas.
"A implementação de equipamento militar e de mercenários russos nas linhas da frente continua", referiu o porta-voz ucraniano Andriy Lysenko esta sexta-feira.
"O fornecimento de equipamento militar e militares inimigos da Federação russa continua", acusou Lysenko.
O ressurgimento das tensões militares entre os dois países surge depois de dois rebeldes pró-russos no leste ucraniano terem acusado as forças do governo de Kiev de ter lançado uma nova ofensiva na região, acusação que foi prontamente desmentida do Kiev.
Esta semana tem sido, de resto, proeminente na troca de acusações entre Kiev e rebeldes de rompimento do cessar-fogo, na sequência das eleições realizadas por líderes separatistas em auto-proclamadas 'repúblicas populares' no passado domingo.

07/11/2014 15h22 - Atualizado em 07/11/2014 15h52

Gorbachev visita Berlim para a festa dos 25 anos da queda do Muro

Mikhail Gorbachev foi o último dirigente da União Soviética.
Capital alemã terá festa popular neste domingo (9).

Do G1, em São Paulo
Gorbachev deixa as marcas de suas mãos em placa de cimento no Checkpoint Charlie, em Berlim, nesta sexta-feira (7) (Foto: AFP PHOTO / ODD ANDERSEN)Gorbachev deixa as marcas de suas mãos em placa de cimento no Checkpoint Charlie, em Berlim, nesta sexta-feira (7) (Foto: AFP PHOTO / ODD ANDERSEN)
Mikhail Gorbachev, o último dirigente da União Soviética, visitou Berlim nesta sexta-feira (7), antevéspera da festa dos 25 anos da queda do Muro que dividiu a cidade durante a Guerra Fria. A capital da Alemanha recebe uma instalação com 8 mil balões luminosos para celebrar a data até domingo (9), quando também será realizada uma grande festa popular.
Gorbachev esteve no Checkpoint Charlie, antigo local de passagem da fronteira entre BerlimOcidental e Oriental, onde deixou a marca de suas mãos em uma placa de cimento. Ele também deve participar de um debate que discutirá o recente aumento de tensão entre o Ocidente e a Rússia.
O Muro de Berlim, que separou a ilha de Berlim Ocidental do Leste comunista, foi o símbolo mais contundente da Guerra Fria. Pelo menos 136 pessoas foram mortas ou morreram no Muro, a maioria tentando fugir. Ele foi derrubado em 1989.

A construção de mais de 150 km de comprimento foi erguida em 1961 pela República Democrática Alemã (RDA, Oriental), comunista.
Sob a pressão pacífica de centenas de milhares de manifestantes, o muro foi derrubado 28 anos depois, em 9 de novembro de 1989. Menos de um ano depois, em 3 de outubro de 1990, a reunificação da Alemanha foi oficializada.
Muito respeitado no Ocidente, Gorbachev, de 83 anos, é criticado pelos russos, que o consideram responsável pela desintegração da URSS e o caos econômico e social após o fim da União Soviética.

O pai da “Perestroika”, política de reforma lançada em 1985, renunciou em 25 de dezembro de 1991, abrindo caminho para o fim da URSS, após um acordo assinado sem ele por Ucrânia, Belarus e Rússia.
Segundo matéria publicada pela revista "Der Spiegel", o ex-presidente soviético e o ministro das Relações Exteriores na época, Eduard Shevardnadze, teriam pedido ao líder da Alemanha Oriental, Erich Honecker, que derrubasse o muro de Berlim em 1987, dois anos antes da queda.
Gorbachev visita o Checkpoint Charlie, em Berlim, nesta sexta-feira (7), antevéspera dos 25 anos da queda do Muro que dividiu a cidade durante a Guerra Fria (Foto: REUTERS/Hannibal Hanschke)Gorbachev visita o Checkpoint Charlie, em Berlim, nesta sexta-feira (7), antevéspera dos 25 anos da queda do Muro que dividiu a cidade durante a Guerra Fria (Foto: REUTERS/Hannibal Hanschke)

EUA enviam 1500 militares para o Iraque e duplicam efectivo

Contingente duplica. Administração Obama diz que são conselheiros e não se envolverão em combates.
Administração afirma que “não se envolverão em combates” DAMIR SAGOLJ/REUTERS
Os Estados Unidos anunciaram, nesta sexta-feira, um reforço do seu efectivo militar no Iraque que duplica o actual contingente. Nos próximos meses serão enviados 1500 novos conselheiros para treinarem e assistirem forças iraquianas, incluindo curdas, na luta contra o autoproclamado Estado Islâmico.
Os militares norte-americanos, que começarão a chegar nas próximas semanas, “não se envolverão em combates”, disse Josh Earnest, porta-voz da administração.
“Isto não muda a política do Presidente, segundo a qual os soldados americanos não participarão em missões de combate no Iraque”, afirmou também um alto responsável militar não identificado, citado pela AFP.
A Casa Branca explicou o que o envio dos conselheiros se insere na estratégia de “apoiar os parceiros no terreno”, sem ter “tropas de combate no solo”. O Pentágono informou que está a responder a um pedido do Governo do Iraque.
Segundo a AFP, os Estados Unidos têm actualmente 1400 soldados no Iraque, 600 deles em Bagdad e Erbil. Os outros 800 asseguram principalmente a segurança da embaixada norte-americana e do aeroporto de Bagdad. Alguns dos conselheiros serão proximamente enviados para a província de Al-Anbar, onde o exército iraquiano foi obrigado a recuar pelos jihadistas.
    

País

Empresas devem adotar cotas para negros, diz professora

Agência Brasil
Em vigor há quatro meses, a lei que reserva cota de 20% para negros nos concursos públicos para o serviço público  federal deve incentivar empresas privadas a adotar ações afirmativas nos processos de contratação de pessoal. A avaliação é da advogada e professora da Universidade de Brasília (UnB), Ana Flauzina, que participou hoje (7), em Brasília, da 5ª edição do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, promovido pela Secretaria de Políticas para as Mulheres.
Com as cotas para ingresso no serviço público federal, ressaltou Flauzina, o movimento negro fecha um tripé na luta contra o racismo enraizado nacultura brasileira. “Já temos a dimensão da educação, da segurança pública, que começa ainda incipiente e, agora, o mercado de trabalho. É um passo fundamental a gente chegar com as cotas no serviço público que sinaliza para o mercado privado essa necessidade e, a partir dai, a gente começa a ter uma transformação social mais profunda em relação ao racismo no Brasil”, disse à Agência Brasil.
Para além da cota para o ingresso no serviço público, acrescentou Ana Flauzina, as ações afirmativas têm que oferecer chances iguais de ascensão a cotistas e não cotistas. “Não apenas entrar, mas ter espaço dentro das empresas, ter espaço efetivo para que as pessoas possam dar a sua contribuição. Porque há uma armadilha colocada ai que a gente pode deixar as pessoas simplesmente lá, sem dar espaço necessário para que elas possam crescer e desenvolver todo o seu potencial”, disse.
Para a subprocuradora-geral da República, em Brasília, Ela Wiecko, as cotas não podem servir apenas para “colorir” o serviço público, mas para mudar a visão da sociedade. “Nossa preocupação é mudar de tal forma a estrutura brasileira que você, ao olhar para o outro, não precise distinguir se é negro ou branco. Que a diversidade de cor não faça com que as pessoas se distingam. Que todas as pessoas sejam incluídas sem a questão da raça”.
Tags: contratação, cotas, legislação, pessoal, reserva