quarta-feira, 5 de novembro de 2014

País

Alckmin: água de esgoto será tratada para consumo em SP 

Portal Terra
Em meio à crise hídrica que assola o Estado de São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou, nesta quarta-feira, a construção de duas estações de produção de água de reúso que abastecerão diretamente as bacias dos sistemas Guarapiranga e Alto Cotia.
Segundo informações do Estado de S. Paulo, estas serão as primeiras instalações estaduais para captar o esgoto e transformá-lo em água de reúso que servirá para oconsumo. Ainda em fase de projeto, elas têm previsão de entrega para dezembro de 2015.
"Na estação do Guarapiranga, vamos gerar 2 metros cúbicos por segundo de água de reúso. Teremos esse valor a mais sendo devolvido ao Guarapiranga independentemente de chuva", explicou Alckmin. A outra estação será feita na região do Rio Cotia e terá capacidade de produção de 1 metro cúbico por segundo. Cada metro cúbico de água é suficiente para abastecer 300 mil pessoas.
O governador também anunciou a construção de 29 reservatórios, que aumentarão em 10% a capacidade de reserva de água tratada na Região Metropolitana. Segundo ele, a Sabesp vai aumentar a água da Represa Billings para o Sistema Guarapiranga. O volume repassado passará dos atuais 2 para 4 metros cúbicos por segundo. Por essa razão, foi reduzida há um mês a água enviada da Billings para a usina hidrelétrica do litoral.

05 de novembro de 2014 • 18h29 • atualizado às 18h30

PSD reafirma apoio a Dilma e fará parte da base do governo

O PSD reafirmou nesta quarta-feira apoio à presidente Dilma Rousseff e formalizou a posição de integrar a base aliada no segundo mandato. O presidente do partido, Gilberto Kassab, foi recebido por Dilma no Palácio do Planalto, ao lado de deputados, senadores, governadores e outras lideranças do partido, no primeiro evento público da presidente após a reeleição.
O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, Dilma Rousseff e o presidente do PSD, Gilberto Kassab
Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil
Kassab leu trechos do manifesto lançado pelo PSD quando anunciou apoio a Dilma, durante a campanha eleitoral, e reiterou que o partido estará ao lado da presidenta no próximo mandato. “O partido estará ao seu lado para contribuir com o êxito do seu governo, para que daqui a quatro anos possamos ter orgulho do legado que seu governo vai deixar para a nação brasileira”, disse.
Além de Kassab, discursaram o ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos – único representante do PSD no governo Dilma –, o ex-governador de São Paulo Cláudio Lembo, o vice-governador da Bahia e senador eleito Otto Alencar, e o governador eleito do Rio Grande do Norte, Robinson Faria.
“Acompanhamos de perto a dura batalha (eleitoral) e sabemos que ela foi vencida graças à sua coragem, persistência de assumir temas tão importantes para a população, nos irmanamos nessa luta e agora aqui estamos”, disse Afif.
Em entrevista após a reunião, Kassab desconversou quando foi perguntado sobre a eventual aumento da participação do PSD no segundo governo Dilma. “Quem comanda o governo é a presidente, portanto caberá a ela definir quem estará em sua equipe, e de que partidos. Participamos da sua campanha de reeleição e vamos governar juntos, sob o comando da presidenta. Vamos aguardar que ela defina a composição de seu governo”, disse.  

Motorola apresenta o Moto Maxx, smartphone top de linha com bateria monstruosa

Isadora Díaz
por 
Para o TechTudo
Moto Maxx é o nome do novo smartphone da Motorola a aterrissar em terras brasileiras. Trata-se de um top de linha, com especificações superiores às do Moto X e cujo destaque é a impressionante bateria de 3.900 mAh. O aparelho foi apresentado hoje (5) em evento em São Paulo e chega às lojas pelo preço de R$ 2.199.
Moto Maxx, novo top de linha da Motorola com superbateria que aguenta até 40 horas (Foto: Isadora Díaz/TechTudo)Moto Maxx, novo top de linha da Motorola com super bateria que aguenta até 40 horas (Foto: Isadora Díaz/TechTudo)

 Comecemos pelo mais impressionante, a bateria. A Motorola promete até 40 horas de duração com uso moderado e um carregamento rápido. O carregador Turbo Motorola, incluído no pacote do aparelho, é capaz de garantir seis horas de uso com apenas 15 minutos de carga.
O presidente da Motorola Mobility, Rick Osterloh, explicou a opção da empresa trazer o aparelho, que ele classificou na categoria superpremium. "Nossa missão é colocar o poder da escolha nas mãos de milhares de pessoas. Queremos dar às pessoas o poder da escolha, mas percebemos que precisávamos oferecer mais uma opção ao usuário." 
O design do Moto Maxx lembra o dos antigos aparelhos Motorola. Ele conta com uma traseira texturizada curiosa, projetada, de acordo com a Motorola, com nylon balístico premium. Na parte frontal, há três botões virtuais clássicos do Android, diferente do que acontece no Moto X, que tem os botões "embutidos" na tela. Isso dá ao Maxx uma maior área útil do display, mas deixa o X na frente no quesito design.
Parte traseira do Moto Maxx, novo top da Motorola com bateria que aguenta até 40 horas (Foto: Isadora Díaz/TechTudo)Parte traseira do Moto Maxx, novo top da Motorola com bateria que aguenta até 40 horas (Foto: Isadora Díaz/TechTudo)

Falando em Moto X, uma parte dos componentes do Moto Maxx é parecida ao que vemos no irmão mais famoso: a tela, que tem as mesmas 5,2 polegadas. Apesar disso, o Maxx ganha em resolução com seus 1440 x 2560 pixels (quad HD), o que gera uma respeitosa densidade de 565 pixels por polegada. 
O aparelho roda o Android 4.4 KitKat, com atualização garantida para o Android L, e conta com a mesma personalização de software presente no Moto X. Isso significa que o usuário será capaz de controlar o aparelho com comandos de voz e usufruir dos apps pré-instalados da companhia, como o Motorola Assist e o Migração Motorola.
Borda lateral do Moto Maxx, novo top lançado no Brasil (Foto: Isadora Díaz/TechTudo)Borda lateral do Moto Maxx, novo top lançado no Brasil (Foto: Isadora Díaz/TechTudo)

O Moto Maxx conta com um processador Qualcomm Snapdragon 805 quad-core de 2,7 GHz e 3 GB de RAM, o que o coloca lado a lado de foblets superpotentes como o Galaxy Note 4. Em relação à memória interna, o dispositivo oferece 64 GB para arquivos e aplicativos.
Fecham as especificações a câmera de 21 megapixels, que é capaz de filmar em 4K, assim como osXperia Z2 e Z3. O Moto Maxx ainda tem uma outra semelhança com os Xperias da Sony: o revestimento que oferece resistência à água. No embate, no entanto, a Sony se sai melhor, já que o Z3 promete ser totalmente à prova d'água, enquanto o Maxx apresenta somente um revestimento repelente, mais ou menos como visto no Galaxy S5.
Moto Maxx com bateria monstruosa é apresentado no Brasil  (Foto: Isadora Díaz/TechTudo)Moto Maxx com bateria monstruosa é apresentado no Brasil (Foto: Isadora Díaz/TechTudo)

A Motorola aproveitou o evento para anunciar a chegada do smartwatch Moto 360 ao mercado pelo preço de R$ 799. O Moto Maxx é a "versão nacional" do Droid Turbo, aparelho que foi apresentado em outubro nos Estados Unidos e tem sido vendido com exclusividade pela operadora Verizon.
05/11/2014 15h28 - Atualizado em 05/11/2014 15h35

Campanhas de Campos e Marina gastaram R$ 61 milhões, diz PSB

Empresas que seriam donas do jato em que Campos morreu não aparecem.
Na época do acidente, partido se disse ‘alheio’ às negociações entre sócios.

Renan RamalhoDo G1, em Brasília
O PSB arrecadou e gastou neste ano cerca de R$ 61 milhões na campanha de Eduardo Campose depois na de Marina Silva à Presidência da República, segundo prestação de contas final entregue nesta terça-feira (4) pelo comitê financeiro do partido ao Tribunal Superior Eleitoral.
O valor é mais que o dobro dos gastos realizados pela campanha de Marina em 2010, de R$ 24,1 milhões, quando disputou a Presidência pelo PV.
Na prestação de contas deste ano, o PSB informou as doações e gastos de forma conjunta para Eduardo Campos, que morreu em acidente aéreo em 13 de agosto, e de Marina Silva, então candidata a vice e que o sucedeu na disputa presidencial.
Na prestação de contas do comitê, não consta das despesas pagamento às empresas e pessoas que, segundo o próprio PSB, eram as proprietárias ou arrendatárias do jato Cessna em que Campos viajava quando morreu.
Segundo informou o PSB à época, a AF Andrade, empresa de Ribeirão Preto, era a arrendatária da aeronave junto à Cessna Finance, que financia a venda de aviões da Cessna, a fabricante do jato.
De acordo com o partido, em maio deste ano, a AF Andrade, pediu a transferência do contrato de leasing para os empresários João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho e Apolo Santana Vieira, dos grupos empresariais BR-Par Participação Ltda. e Bandeirantes Cia. Pneus Ltda. de Pernambuco.
Questionado sobre os gastos na época, o PSB alegou que "esteve alheio às negociações" realizadas entre empresários de Pernambuco e São Paulo para adquirir a aeronave. Em setembro, reportagem do Jornal Nacional revelou que empresas fantasmas pagaram à empresa R$ 1.710.297,03 supostamente para bancar o jato.
Ao G1, um dos coordenadores de campanha de Marina, Bazileu Margarido, afirmou que não houve nada de irregular na prestação de contas de campanha apresentada pela candidata.
Disse, porém, que a coordenação financeira de Eduardo Campos estava a cargo de outra pessoa, Renato Tibur, não localizado até a última atualização desta reportagem.
Em nota, o PSB informou que 67,5% do dinheiro captado na campanha veio de empresas (R$ 41,2 milhões do total de R$ 61 milhões) e cerca de 5%, de pessoas físicas (R$ 3.026.300,00). Ainda segundo a leganda, as doações pela internet somaram 0,52% do total (R$ 317.049,24). Em 2010, as doações pela rede haviam alcançado R$ 170 mil.
05/11/2014 10h50 - Atualizado em 05/11/2014 10h50

Reação do corpo abre perspectiva para a cura da Aids, revela estudo

Integração do vírus ao DNA humano pode inativar o vírus HIV.
Ele fica incapaz de se multiplicar, mas permanece presente no DNA.

Da France Presse
A aparente cura de dois homens portadores de HIV graças a um fenômeno natural abre perspectivas interessantes nas buscas pela cura da Aids, revelou nesta terça-feira (4) um estudo científico publicado na revista especializada "Clinical Microbiology and Infection". Este fenômeno natural permite ao organismo infectado integrar o vírus no DNA, neutralizando-o.
Os dois pacientes em questão estavam infectados com o HIV sem nunca terem estado doentes, nem terem uma quantidade detectável de vírus no sangue, segundo a investigação. Nenhum deles foi submetido a tratamentos.
"Esta observação é muito interessante e pode representar um caminho para a cura" da Aids, explicou Didier Raoult, professor da Faculdade de Medicina de Marselha (França), coautor da pesquisa com outra equipe francesa, liderada pelo professor Yves Levy.
A análise realizada graças a tecnologias modernas permitiu reconstituir o vírus encontrado no genoma dos pacientes. Os pesquisadores conseguiram provar que o vírus foi inativado por um sistema de interrupção da informação fornecida pelos genes do vírus. O sistema, denominado "codon-stop" marca o fim da tradução de um gene em proteína. O vírus torna-se incapaz de se multiplicar, mas permanece presente no DNA dos pacientes.
Estas interrupções se devem a uma enzima conhecida, o Apobec, que faz parte do arsenal disponível nos seres humanos para combater o vírus, mas que normalmente é desativada por uma proteína do vírus.
Cientistas conseguiram fazer HIV sair de 'esconderijo' para combatê-lo (Foto: SKU/Science Photo Library)Concepção artística mostra o vírus HIV
(Foto: SKU/Science Photo Library)
Rever a definição de cura
O trabalho abre perspectivas de cura através da utilização ou da estimulação desta enzima, e também possibilidades de detecção nos pacientes recém-infectados, que têm uma chance de cura espontânea, segundo os autores do estudo.
Para Raoult, isto poderia conduzir a uma revisão da definição de cura, que atualmente se baseia unicamente na ideia de desaparecimento do vírus no organismo. A infecção pelo HIV de um dos pacientes ocorreu há mais de 30 anos. Aos 57 anos, ele foi diagnosticado com Aids, em 1985, e aparentemente é imune ao vírus.
A soropositividade do segundo paciente, um chileno de 23 anos, foi identificada em 2011, mesmo que provavelmente tenha sido infectado três anos antes. Nenhum deles apresentava outros fatores de resistência ao HIV conhecidos (mutações na proteína CCR5, que permite ao HIV infectar as células).
O estudo baseia-se na suposição de que o vírus da Aids - um retrovírus que se integra ao DNA humano - teria o mesmo destino que os centenas de retrovírus já integrados no DNA de mamíferos, incluindo os seres humanos.
A hipótese também vem da observação de coalas, em que um vírus de macaco, causador de câncer e leucemia, já não os faz adoecer após a integração e neutralização do vírus em seu genoma, diz Raoult. "Nos coalas que se tornaram resistentes a este vírus do macaco através do mesmo fenômeno de integração ou de endogenização, a resistência é transmissível aos filhos", ressalta Raoult.
Para os pesquisadores, trata-se de um mecanismo provavelmente comum em epidemias anteriores. Portanto, é lógico pensar que ocorre a um certo número de pessoas infectadas com o vírus da Aids.
O estudo, segundo o professor francês Yves Levy, "é uma observação interessante e uma primeira demonstração, com o vírus HIV, de algo que a natureza foi capaz de fazer com outros vírus ao longo da evolução".