sexta-feira, 20 de junho de 2025

O AVESSO DA VIDA A CONTRAMÃO DA HISTÓRIA



Aguiaemrumo Romulo Sanches 

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Fernando Schüler

“Ele foi preso no balaio. O Geraldo. Sobrenome “da Silva”. Morador de rua de Brasília, cidade que não tem propriamente rua. Naquele domingo de janeiro ele andava vagando por lá, curioso. Acabou na rede. Onze meses em cana, com direito a uma tornozeleira eletrônica, no final. Geraldo não tinha “foro por prerrogativa de função”, mas conseguiu a única coisa chique da vida: ser julgado pelo Supremo. Denunciado por “associação criminosa armada, abolição violenta do Estado democrático de direito, tentativa de golpe”. Logo ele, que não tinha nem bem o que comer. Um jornal chamou seu caso de “incrível”. A mim, tudo lembra um pouco uma novela de García Márquez. O sem-teto que iria derrubar o Estado de direito. Bom retrato da maluquice brasileira atual. A ideia vaga do “delito coletivo”, o “crime multitudinário”, no qual você é condenado “por estar ali, no meio da confusão”. No fim, o ministro foi lacônico: “Não há prova suficiente para a condenação”. Por ora, ninguém dá a menor bola. Mais um equívoco, talvez, e bola para frente. Mas desconfio que um dia isso tudo será estudado e descrito com palavras bastante mais duras. (…)

A lista do que foi feito é conhecida, ainda que não exista (que eu saiba) um apanhado geral de todas as pessoas censuradas, processadas, presas, “desmonetizadas” ou banidas. Quando a ministra Cármen Lúcia explicou que “excepcionalmente” se censuraria previamente aquele filme feito pela Brasil Paralelo sobre a “facada no Bolsonaro”, à época da campanha eleitoral, talvez tenha produzido a melhor síntese de todo esse processo. Uma mistura de irrelevância (que efeito real teria aquele filme?), imprecisão (qual era mesmo o seu conteúdo?) e pura e simples quebra do “Estado de direito”, dado que a censura prévia é vedada em nossa ordem legal. Há uma certa graça em observar a banalidade da maior parte da repressão praticada no país. A história dos empresários banidos pelo papo furado naquele grupo de Whats­App, o português “interrogado” em Cumbica, a operação que parou a Ponte da Amizade para prender um ameaçador humorista, no Paraguai. A história dos fatos que não “colam” na grande narrativa. E que, para além do elemento anedótico, deixam um rastro obscuro e algo constrangedor. É precisamente aí que entra o Geraldo. O mais completo e verdadeiro “mané”. O tipo que nem sequer um post fará, na internet, defendendo qualquer coisa, e que logo mais será esquecido. Se é que já não o foi. O ponto é que o transe continua.

Uma vez que se põe em marcha a lógica do “estado de exceção”, é difícil dar marcha a ré. Cria-se uma mecânica, pequenos centros de poder. E o mais importante: cria-se uma mentalidade. Por vezes sutil. Não mais a ideia de que, lá atrás, nossa democracia esteve em risco e que era preciso “agir com energia”, relativizando regras do direito, mas a ideia de que a democracia está em risco. Ou não? Que há o risco do “populismo eletrônico extremista”, a “(super)desordem informacional”, a “extrema direita”, sempre rondando, como cadáver insepulto. E, agora, a “fake news 2.0”, no rastro da inteligência artificial. E que por tudo isso é preciso proteger, em conceito de sabor irônico, o “direito à escolha do eleitor”.

É o que se viu nas últimas semanas. Uma resolução da Justiça Eleitoral tornou as plataformas digitais responsáveis pela não retirada, sem ordem judicial, de conteúdos “fascistas”, de “ódio”, da internet, numa contradição chapada com o que diz o marco civil da internet. Uma lei aprovada no Congresso. E agora a criação de uma espécie de superinstância de monitoramento de qualquer coisa, envolvendo “ameaças”, “desinformação”, “discursos de ódio” e as palavras de sempre. Estamos nós, de novo, no ponto de partida: o plano das boas intenções. Como lá em 2019, tudo é possível. Novos Monarks, novos PCOs, novos Marcos Cintras, novos Geraldos, e quem sabe, tristemente, novos Clezões. Talvez seja nossa vocação como país.” (…)

veja.abril.com.br/coluna/fernand…

Data vênia:

Comentário da BBC News Brasil sobre Janja da Silva
"1a Dama" do Brasil

- Leopoldo Teles Torelli

"Janja é a materialização da contradição: grita 'igualdade' vestida de Chanel, se diz do povo desfilando com Dior, e prega simplicidade enquanto carrega Louboutin nos pés. 
É uma militante de boutique — daquelas que falam em empoderamento em jantares de mil dólares.
Não bastasse o conteúdo raso, a forma é ainda pior. 
Falta-lhe elegância, falta postura, falta compostura. 
E falta, sobretudo, noção. Janja não tem sequer o básico de etiqueta — e nem finge ter. 
Não domina o silêncio, não compreende o lugar que ocupa e tampouco sabe que menos é mais. 
Espalhafatosa, inconveniente, deslumbrada. 
Confunde protagonismo com interrupção, achando que o microfone é seu por direito divino.
Transformou o papel de primeira-dama numa passarela de egocentrismo. 
Onde deveria haver sensatez, há vaidade. 
Onde se esperava empatia, há exibicionismo. 
Onde o Brasil precisava de discrição, ela oferece espetáculo. 
É um show de futilidade embalada em clichês progressistas. 
Uma performance pobre sustentada por grifes caras.
E enquanto posa ao lado da esposa do ditador chinês como se estivesse num editorial de moda, o Brasil sangra. 
Mulheres são assassinadas, mães vivem em filas do SUS, crianças não têm escola digna. 
Mas ela está ocupada demais escolhendo o próximo look de 'combate à desigualdade'.
Janja não representa o povo. 
Representa uma elite ensimesmada, embriagada pelo próprio reflexo, que acredita que lacrar em vídeo e discursar sobre 'esperança' resolve a realidade de um país em colapso. 
É estética sem ética. 
Vaidade sem inteligência. 
Uma mulher que tem tudo — menos classe."

https://gettr.com/post/p3mcybw39df

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