Aguiaemrumo Romulo Sanches
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A frase que foi pronunciada: "A política é quase tão excitante como a guerra e não menos perigosa. Na guerra a pessoa só pode ser morta uma vez, mas na política diversas vezes."
(Winston Churchill)
Dados levantados pela inteligência ocidental dão conta de que, nesses após três anos do início da invasão à Ucrânia, a Rússia já contabiliza equação militar negativa cada vez mais insustentável. Segundo esses dados, o país vem perdendo, em média, 1.135 soldados, mortos ou feridos diariamente, tudo isso para conquistar apenas 2,3 quilômetros quadrados de território - uma área irrisória. Analistas militares calculam ainda que, no ritmo atual de avanço, a Rússia levaria, pelo menos, 91 anos para criar a zona tampão segura proposta por alguns militares russos. A Rússia, diz esse relatório, está tomando território, mas a um custo insustentavelmente alto.
Diante de mais esse desastre comandado por Putin, seu futuro político vai se tornando cada vez mais incerto e tenebroso. De posse desses dados, o que se tem em mãos revela uma operação militar que, além de moralmente condenável, é estrategicamente desastrosa para a Rússia, sobretudo, para sua juventude. Um olhar para três frentes (militar, política interna russa e geopolítica global) mostra a Rússia, sob a liderança de Putin, cada vez mais atolada nas areias movediças do destino que traçou para si mesmo. No cenário militar, já se assiste a lógica da exaustão por tantas baixas, atualmente em mais de 400 mil por ano. Isso é insustentável até mesmo para uma potência como a Rússia, que mobilizou sua população em ondas sucessivas e endureceu suas leis contra a dissidência e deserção. Os ganhos territoriais (2,3 km² por dia) são, taticamente, irrelevantes, quando comparados com o custo humano, material e psicológico. A estimativa de 91 anos para completar uma zona tampão mostra o caráter fantasioso daquela meta. Além disso, a moral das tropas está provavelmente degradada; as reservas de munições, equipamentos modernos e oficiais experientes estão se esgotando e a Ucrânia, embora exaurida, tem acesso crescente à tecnologia militar ocidental de ponta, o que tende a reequilibrar o conflito no campo de batalha.
A guerra entra em um impasse de desgaste onde a Rússia, apesar de avanços localizados, está cavando sua própria exaustão estratégica. Também no cenário político Interno, o poder de Putin torna-se cada vez mais instável e incerto. Vladimir Putin, como é sabido, sustenta seu poder sobre três pilares: repressão interna e controle da narrativa, aparato de segurança leal (FSB, militares, Guarda Nacional) e percepção de força e grandeza geopolítica. Por outro lado, entende-se que a guerra na Ucrânia corroeu parte ou boa parte desses pilares. Internamente, a repressão já atinge o ponto de retorno: quando o medo vira ódio silencioso e regimes como esses entram em colapso. As Forças Armadas estão desmoralizadas, com generais eliminados, prisões por corrupção e comandantes mercenários (como Prigozhin), mortos em circunstâncias pra lá de suspeitas. Dessa forma, o fracasso dessa guerra destrói a narrativa imperial que Putin construiu desde a Crimeia (2014). Muitos acreditam que o futuro político de Putin está ameaçado, embora, não imediatamente, pois ele ainda mantém o poder, embora enfrente rachaduras entre elites (oligarcas e serviços secretos).
Há sinais de desgaste entre as bases sociais que sustentavam sua popularidade. 0 medo de uma "primavera russa", embora remoto, já preocupa o Kremlin vide o aumento de investimentos em ciberpropaganda, censura e repressão legal. Ninguém contesta o fato de que, em termos geopolíticos, há um isolamento e colapso russo, com aquele país, em termos de diplomacia cada vez mais desgastados, mesmo entre antigos aliados. A guerra levou a Rússia a se tornar cada vez mais dependente da China, o que a rebaixa, de potência autônoma a satélite estratégico. Sancionada economicamente, com acesso restrito a tecnologias críticas e mercados ocidentais, a Rússia de Putin vai provando de seu próprio veneno. Se Putin sobreviver politicamente, será como líder de uma Rússia empobrecida, armada, ressentida e dependente, o que é perigoso para o mundo. Mas se cair, abre-se o risco de vácuo de poder com disputas internas violentas e fragmentação da federação russa ou ascensão de um regime ainda mais autoritário. O mundo deve colocar as barbas de molho, pois seu arsenal atômico assustador pode vir a ser usado como demonstração de força derradeira.
https://chiquinhodornas.blogspot.com/2025/06/vitoria-de-pirro-moderna.html
Uma "vitória de Pirro" é uma conquista que, apesar de ser considerada uma vitória, vem acompanhada de custos tão altos que, em última análise, comprometem todos ou quase todos os seus benefícios. Historicamente, o termo foi cunhado a partir do Rei Pirro da Épiro, que venceu batalhas, mas sofreu perdas humanas e materiais tão devastadoras que, segundo ele, mais uma vitória assim o custaria a própria existência.
No cenário moderno, esse conceito ganha novas dimensões. Por exemplo, no campo político e social, uma "vitória" pode ser alcançada por meio de disputas intensas, mas quando o preço pago—em termos de divisão social, erosão dos valores democráticos ou desgaste emocional generalizado se torna insustentável, estamos diante de uma versão contemporânea dessa vitória amarga. Um artigo recente, intitulado "O algoritmo revoltado e a vitória de Pirro" pós-moderna, reflete justamente sobre essa ideia, ao mesmo tempo em que aposta em uma leitura camusiana para discutir como algumas ações revolucionárias podem ser vistas não apenas como conquistas, mas também como processos em que o custo ecológico, moral ou existencial pode eclipsar os ganhos aparentes.
Na esfera militar e geopolítica, o conceito também se atualiza. Por exemplo, as operações em que os ganhos territoriais são mínimos, mas as perdas humanas, materiais e psicológicas são exorbitantes, podem ser comparadas a vitórias de Pirro. Um caso frequentemente citado é o dos confrontos modernos, como o embate entre Rússia e Ucrânia, onde pequenas expansões territoriais podem vir a um custo altíssimo em baixas e desgaste da infraestrutura militar e social. De fato, análises recentes discutem como operações aparentes de avanço podem acarretar um declínio estratégico tão severo que o "sucesso" se transforma em um fardo para o futuro do país vencedor.
Essa reflexão se estende também ao mundo dos negócios e da tecnologia. Uma empresa que atinge uma marca de sucesso e expansão, mas precisa sacrificar princípios éticos, imagem pública ou mesmo a qualidade de seus produtos, pode ter alcançado uma espécie de "vitória de Pirro". Em contextos assim, a análise crítica dos custos envolvidos sejam eles financeiros, reputacionais ou humanos é essencial para que possamos determinar se o preço pago realmente compensa a conquista.
No fundo, a ideia de uma “vitória de Pirro moderna” nos convida a pensar sobre a sustentabilidade de nossas conquistas em um mundo cada vez mais complexo. Seja na política, na guerra, nos negócios ou nas transformações sociais, é fundamental avaliar se os obstáculos e sacrifícios necessários para ganhar não estão, no final, minando a própria base sobre a qual se pretende edificar o sucesso.
Reflexão 🪞
Essa perspectiva crítica pode ser um convite para repensarmos estratégias e prioridades, buscando alternativas que não exijam um custo existencial tão alto para que um triunfo seja alcançado.
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