quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Confiança de serviços cai 8,4% em setembro e atinge mínima histórica pela 7ª vez em 2015

SÃO PAULO (Reuters) - O Índice de Confiança de Serviços (ICS) mostrou deterioração pelo quinto mês seguido ao cair 8,4 por cento em setembro na comparação com o mês anterior, atingindo a mínima histórica neste ano pela sétima vez.
Com isso o ICS chegou a 68,4 pontos, ante 74,7 pontos em agosto, quando houve queda de 4,7 por cento, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira.
"Ao fim do terceiro trimestre os indicadores confirmam o aprofundamento do pessimismo nas empresas de Serviços. Além do enfraquecimento da demanda, há um aperto nas condições de crédito e, assim, uma perspectiva de novos ajustes no quadro de pessoal. Esses indicadores apontam para uma nova queda no PIB do setor neste trimestre", disse o consultor da FGV/IBRE Silvio Sales.
Em setembro, o Índice da Situação Atual (ISA-S) teve perdas de 12,7 por cento sobre o mês anterior, para 46,9 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-S) caiu 6,1 por cento, a 89,9 pontos. Ambos marcaram o menor nível da série histórica.
A FGV também divulgou mais cedo que o Índice de Confiança de Comércio (Icom) caiu 4,1 por cento em setembro, quinta queda seguida e atingindo mais uma vez o menor nível da série histórica.
(Por Camila Moreira)

Ministério da Saúde: a tóxica moeda de troca política do Governo Dilma Arthur Chioro é demitido e pasta poderá ir para o PMDB na nova reforma ministerial Chioro: “Para aumentar os recursos, é preciso outra fonte de financiamento”

O deputado Manoel Junior (de pé), cotado para a Saúde. / ZECA RIBEIRO (CÂMARA DOS DEPUTADOS)
Maior Orçamento federal e gestor do maior sistema público de saúde do mundo, o Ministério da Saúde tornou-se a grande novidade da barganha política do Governo nesta crise atual. A pasta, que nos últimos anos tem sido gerida pelo PT por ser considerada estratégica para as políticas sociais, deve parar nas mãos do aliado PMDB em troca de um apoio político que permita alguma governabilidade àpresidenta Dilma Rousseff.
Nesta terça-feira, o ministro Arthur Chioro foi demitido pela presidenta, dando mais fôlego ao rumor. Oficialmente, o ministério nega. Mas, segundo a imprensa local, a saída foi comunicada a ele em um telefonema frio. Rousseff teria se incomodado com declarações à imprensa em que o sanitarista afirmou que o Sistema Único de Saúde (SUS) ficará sem verba a partir de outubro deste ano devido aos cortes no Orçamento. Como ministro, ele sempre defendeu publicamente a necessidade de mais verbas para o SUS.
O nome mais cotado até o momento para assumir o ministério é o do deputado paraibano Manoel Junior. Médico pela Universidade Federal da Paraíba, o parlamentar é rejeitado por entidades de defesa do SUS, que nos últimos dias divulgaram notas de apoio a Chioro. Nos bastidores, Chioro já dava como certa a sua saída da pasta desde a semana passada, mas oficialmente evitou comentar o assunto, dizendo que o cargo não é seu.
Manoel Junior é ligado ao grupo do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que até o momento tem defendido uma ruptura do PMDB com o Governo de Rousseff, o que inviabilizaria a aprovação de qualquer projeto no Parlamento. Conforme a crise política aumenta, os peemedebistas têm aumentado a fatura que cobram pelo apoio. A entrega do maior Orçamento federal para o partido poderia acalmar os ânimos de Cunha, que é acusado de trabalhar nos bastidores peloimpeachment de Rousseff.
Outra possibilidade é a indicação do deputado federal Marcelo Castro, do Piauí, ligado ao grupo do líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, que na semana passada começou a negociar com a presidenta as indicações da base do partido na Câmara para a a reforma ministerial. 
A possibilidade de rifar politicamente uma das áreas mais vitais para o país causou um alvoroço entre as entidades da área. Especialmente devido ao nome de Manoel Junior, que defende posições conservadoras e tem fortes ligações com o setor privado da saúde. Ele, inclusive, chegou a fazer declarações contra a criação doprograma Mais Médicos, o principal projeto do Governo federal para tentar diminuir a ausência de profissionais de saúde em áreas de difícil acesso por meio de médicos formados no exterior.
“Será a pá de cal do SUS”, lamenta o professor do Departamento de Medicina Preventiva da Universidade de São Paulo (USP), Mário Scheffer. “É um nome de atuação conservadora, muito sensível ao lobby da indústria farmacêutica e de planos de saúde”, ressalta ele, que é um dos autores de um estudo que avaliou as doações de empresas privadas de saúde para candidatos nas eleições passadas. 
O parlamentar recebeu da Bradesco Saúde, a maior operadora de saúde privada do país em número de usuários, 100.000 reais por meio da direção de seu partido, além de outros 5.667,66 reais pela campanha do candidato ao Governo da Paraíba, Vital do Rêgo Filho. Além disso, ele recebeu mais 100.000 reais da Biolab Sanus Farmacêutica e outros 150.000 reais da Eurofarma –os dois aportes financeiros partiram da direção nacional do partido. O financiamento do setor privado de saúde formaram, assim, quase um terço do 1 milhão de reais recebido por ele durante a campanha.
A atuação política do deputado também desagrada as entidades. Em 2014, ele foi criticado por defender, como relator, a chamada MP das Farmácias, uma Medida Provisória que desobrigava farmácias de menor porte a terem um farmacêutico presente. A medida recebeu fortes críticas das entidades de saúde, porque, segundo elas, a falta do profissional poderia aumentar o consumo de medicamentos sem necessidade. A proposta, segundo os críticos, foi feita para beneficiar os laboratórios, que aumentariam as vendas.O padrão segue o das eleições de 2010, quando metade dos 828.802 reais arrecadados por ele vieram de cinco laboratórios: Ache, Biolab Sanus, Eurofarma, Infan e Libbs. Cada uma dessas empresas fez três doações do exato mesmo valor: 28.000 reais.
Também no ano passado, ele foi autor de outra proposta que desagradou as entidades de defesa do SUS. Uma emenda de sua autoria, aprovada, permitiu o investimento de capital estrangeiro em hospitais, clínicas e outros serviços de saúde. “O domínio pelo capital estrangeiro na saúde brasileira inviabiliza o projeto de um Sistema Único de Saúde, tornando a saúde um bem comerciável, ao qual somente quem tem dinheiro tem acesso”, afirmou um manifesto de sete entidades que compõem o Movimento da Reforma Sanitária, incluindo a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e a Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme).

Comportamento conservador

A ligação com a indústria privada de saúde não é a única preocupação das entidades com a possível indicação de um nome peemedebista. O partido, por exemplo, foi favorável à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição 171, que prevê a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. Manoel Júnior votou favoravelmente a ela.
A posição conservadora é considerada incompatível com a pasta da Saúde, que precisa implementar medidas como a realização de campanhas anti-HIV junto aos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), por exemplo. Também podem ser prejudicadas políticas de acesso ao sistema de aborto legal, algo que já vem sofrendo diversos golpes na Câmara, inclusive pelo próprio presidente Eduardo Cunha, que se diz “veementemente contra” o procedimento.
“Por meio do ministério, o ministro pode instaurar portarias e paralisar uma série de políticas públicas importantes. Podem passar coisas muito ruins”, afirma o professor Scheffer.
Desde que a especulação em torno da troca ministerial ganhou fôlego, ao menos oito entidades da área da saúde já divulgaram nota criticando a possibilidade. “Consideramos inaceitável que o SUS seja usado como objeto de barganha política, por ser a maior e mais importante política pública em curso no Brasil. Trata-se de um patrimônio e uma conquista de décadas de luta do povo brasileiro”, afirmou o documento divulgado pela Mesa Diretora do Conselho Nacional de Saúde.
Em nota conjunta, a Abrasco e o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) também se posicionaram contrários a medida. “Repudiamos veementemente que a gestão do Ministério da Saúde seja exercida por grupos e gestores que nunca demonstraram compromisso efetivo com o SUS único, universal e que, ao contrário, compõe as forças cada vez mais hegemônicas da mercantilização do setor.”
Procurado por meio de sua assessoria de imprensa, o deputado, que já chegou a defender a renúncia de Rousseff, não retornou para a reportagem até a conclusão desta edição. Ao jornal O Estado de S. Paulo, ele afirmou que não sabia de onde vinha o dinheiro. "Recebi do meu partido. Meu partido estava me designando aquilo e eu aceitei de bom grado”, disse.
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Polícia italiana fecha acampamento de migrantes na fronteira com a França Ocupantes foram acusados de roubar água e energia elétrica. Quase 50 refugiados e ativistas se abrigaram em área na cost

Um acampamento de migrantes na fronteira entre a França e a Itália foi desmantelado nesta quarta-feira (30) pela polícia italiana, mas os ocupantes – quase 50 refugiados e ativistas – se refugiaram em uma área da costa.
O fim do acampamento foi decidido pela justiça de Imperia (Itália), que acusou os ocupantes de roubo de água e energia elétrica, segundo um porta-voz da polícia.
Trinta migrantes e 20 ativistas italianos, alertados sobre a decisão, abandonaram o local e buscaram refúgio em uma área de rochas da costa.
Os migrantes e os ativistas exibiram uma faixa com uma frase em inglês que significa "queremos a liberdade de atravessar a fronteira".
O acampamento, que estava a 100 metros da fronteira francesa e perto da cidade de Menton, reunia, dependendo do dia, até 250 pessoas, segundo Giuseppe Maggese, vice-comandante da polícia de Imperia.

O último balanço do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) aponta que mais de meio milhão de migrantes e refugiados chegaram à Europa depois de atravessar o Mediterrâneo desde o início do ano.
Migrantes e ativistas exibiram uma faixa com a frase em inglês 'Queremos a liberdade de atravessar a fronteira' depois de acompamento ser desmantelado na fronteira da Itália com a França (Foto: Eric Gaillard/ Reuters)Migrantes e ativistas exibiram uma faixa com a frase em inglês 'Queremos a liberdade de atravessar a fronteira' depois de acompamento ser desmantelado na fronteira da Itália com a França (Foto: Eric Gaillard/ Reuters)
Do total, quase 383 mil desembarcaram na Grécia e 129 mil na Itália. Ao mesmo tempo, 2.980 migrantes morreram ou desapareceram durante a travessia, segundo o Acnur.
Na semana passada, os países europeus aprovaram a distribuição de 120.000 migrantes entre os Estados membros da UE e uma ajuda financeira aos países vizinhos da Síria, que recebem milhões de refugiados.Apesar dos esforços da operação europeia de busca e resgate Frontex, que salvou dezenas de milhares de vidas este ano, o Mediterrâneo continua sendo a via mais letal para os refugiados e os migrantes, segundo a ONU.
Mas a ONU fez um apelo aos dirigentes europeus para que façam mais para enfrentar o maior fenômeno migratório na Europa desde 1945.
 Migrantes e ativistas tentam resistir à ação da polícia italiana na de fronteira entre Ventimiglia, na Itália, e Menton, na França, próximo do Mediterrâneo (Foto: Eric Gaillard/ Reuters)Migrantes e ativistas tentam resistir à ação da polícia italiana na fronteira entre Ventimiglia, na Itália, e Menton, na França, próximo ao Mediterrâneo (Foto: Eric Gaillard/ Reuters)

Repórter da BBC é assediada enquanto gravava reportagem sobre assédio

Uma repórter da BBC foi assediada enquanto fazia uma reportagem sobre assédio a mulheres nas ruas.
A jornalista Sarah Teale estava gravando do lado de fora de uma conferência sobre o assunto em Notingham, na região central da Inglaterra, quando ouviu comentários obscenos de um homem que passava perto dela.
A repórter disse estar "genuinamente chocada" pelo que o homem disse.
"Não é brincadeira, não é engraçado e ninguém deveria ter de aturar isso".
No vídeo, Teale explica as conclusões de um estudo sobre assédio a mulheres.
"Um estudo online mostrou que 95% das pessoas disseram que já foram assediadas, zombadas ou ouviram obscenidades nas ruas e grande parte delas afirmou que chegou a ser inclusive apalpada ou agarrada inapropriadamente em público".
Assim que termina a frase, ela aponta e diz: "Sim, como isso", em alusão aos comentários feitos pelo homem.
O episódio viralizou nas redes sociais, e Teale recebeu várias mensagens de apoio.
A usuária Helen Briggs descreveu o acontecimento como "vergonhoso".
Já outro usuário, Neil Harrison, disse: "Publique e envergonhe o nome desse imbecil...verme patético".
Alguns usuários, entretanto, chegaram a duvidar da veracidade do vídeo, acreditando que ele havia sido encenado.
"Acho que o vídeo foi planejado ou encenado", disse a usuária Sandy Oestreich.
Mickey Sjv Gregory afirmou acreditar que "alguém estava ganhando dinheiro ou tentando ser engraçado".
Teale afirmou que gostou de ver as pessoas discutirem o assunto, e negou que o vídeo havia sido encenado. "É um disparate absoluto (pensar nisso)".
"É bastante óbvio que minha reação não foi encenada".
"O fato de o episódio ter viralizado não o torna menos ofensivo".

Miguel Jorge: “Clinton também fez lobby por empresas dos EUA no Brasil” Miguel Jorge, que diz que petista “fez lobby” por Odebrecht em emails, defende conduta Supremo tira das mãos de Sérgio Moro parte da Operação Lava Jato


Miguel Jorge, quando ministro de Lula. / VALTER CAMPANATO/ABR
Miguel Jorge, ex-ministro do Governo Lula entre 2007 e 2010, entrou para o centro das atenções políticas brasileiras nesta terça, com o vazamento de e-mails trocados por ele com um funcionário da Odebrecht em 2009 sobre uma obra de interesse da empreiteira na Namíbia. Numa das mensagens, Jorge relatava que o ex-presidente “fez o lobby” pela construtora em fevereiro daquele ano, durante um encontro com o presidente namíbio, Hifikepunye Pohamba. A expressão ‘lobby’ ganha alta voltagem num momento em que aOperação Lava Jato tenta provar o papel da Odebrecht como agente do esquema de propinas em negócios do setor público. Lula é ainda alvo de investigação da Procuradoria do Distrito Federal por suposto tráfico de influência no exterior em prol da Odebrecht principalmente na África e na América Latina entre os anos 2011 e 2014.
O ex-ministro responde então: “Estive e o PR [diminutivo de Presidente da República, no caso, Lula] fez o lobby. Aliás, o PR da Namíbia é quem começou – disse que será licitação, mas torce muito para que os brasileiros ganhem, o que é meio caminho andado”. O ex-ministro participou do almoço em questão junto com outros ministros, e envio essa resposta a Wilson depois do evento.Segundo o jornal O Globo e O Estado de S. Paulo, e-mails vistos pela Polícia Federal nos computadores apreendidos em escritórios da Odebrecht pela força tarefa da Lava Jato, revelam a troca de mensagens suspeitas do executivo da empreiteira Marcos Wilson com Jorge, então ministro do Desenvolvimento, que cuida das exportações do país. Wilson tinha interesse num almoço entre Lula e Pohamba, em Brasília, em fevereiro daquele ano, pois a Odebrecht estaria tentando participar das obras de uma hidrelétrica binacional, que atenderia a Namíbia e Angola, e escreve a Jorge: “Se você estiver com o presidente Lula e o da Namíbia, é importante que esteja informado sobre esta negociação [da hidrelétrica], e se houver oportunidade, manifestar sua confiança [de Lula] nesta multinacional brasileira chamada Odebrecht”.
Jornalista de formação, que passou para diversas empresas como executivo antes de virar ministro, Jorge avalia que a dimensão dada aos e-mails é um exagero, pelo simples fato de o Brasil conviver mal com a ideia do lobby. Algo que o mundo inteiro reconhece como legítimo, segundo ele. “Em 1993, o Itamar [Franco, que governou o Brasil entre 1993 e 1994, depois da queda de Fernando Collor] me contou que o Bill Clinton ligou três para ele insistindo que o Brasil deveria contratar a empresa americana Raytheon para o projeto Sivam, que estava sendo licitado”, lembra Jorge, citando o projeto de monitoramento da Amazônia, que na época representava um investimento de cerca de 1,4 bilhão de dólares. Clinton era então presidente dos EUA, e sua pressão parece ter surtido efeito.
De fato, o Brasil contratou a Raytheon. Clinton, lembra Jorge, chegou a dizer a Itamar que ele estaria preservando 30.000 empregos de americanos se a Raytheon fosse escolhida. “Defender as empresas locais é uma prerrogativa de chefes de Estado. É uma questão de interesse nacional”, completa Jorge que diferencia o teor do seu email do foco de investigação da Polícia Federal. “A Lava Jato foi corrupção explícita, não foi por problema de lobby, que é algo correto no mundo inteiro”, afirma.
Outro caso que ele traz na memória é o do ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy, que defendia em seus encontros com representantes do Governo de Lula os caças Rafale da francesa Dassault como alternativa para o Brasil na concorrência aberta pelas Forças Armadas para renovar a sua frota. Estavam na disputa, além da Dassault, a Boeing dos Estados Unidos, e a Gripen, da Suécia. O ex-primeiro ministro François Fillon também fez esse lobby durante o Governo Dilma, em 2011. O exemplo, neste caso, ilustra que nem sempre o lobby é eficiente. O Brasil acabou se decidindo pelos caças suecos, conforme anunciado em dezembro de 2013.
A reportagem de O Globo destaca ainda que o então diretor da empreiteira, Alexandrino Alencar [que foi preso na operação Lava Jato] era a ponte com o Planalto para fazer chegar os recados de Marcelo Odebrecht, presidente do grupo, também preso em Curitiba há três meses.
Em nota divulgada pelo Instituto Lula, a assessoria do ex-presidente afirma que há uma “repetitiva, sistemática e reprovável tentativa de alguns órgãos de imprensa e grupos políticos de tentar criminalizar a atuação lícita, ética e patriótica”  de Lula na defesa dos interesses nacionais, “atuação que resultou em um governo de grandes avanços sociais e econômicos, com índices recorde de aprovação”.
A Odebrecht também divulgou nota afirmando que os trechos de mensagens que foram divulgadas na imprensa apenas registram a atuação institucional e legítima da empresa e “sua participação nos debates de projetos estratégicos para o país - nos quais atua, em especial como investidora". A empresa disse que as mensagens não teriam "qualquer relação com o processo em curso.”

Comunicado da CABE PMDF aos associados

Parlamento da Rússia autoriza uso de tropas na Síria Segundo governo, medida não significa ação terrestre, mas apenas aérea. Moscou apoia o regime de Bashar al-Assad contra o rebeldes locais.

Menino corre do local de uma explosão após o que ativistas disseram ter sido um bombardeio de forças leais ao governo de Bashar al-Assad no bairro de Douma, em Damasco, capital da Síria (Foto: Bassam Khabieh/Reuters)Menino corre do local de uma explosão após o que ativistas disseram ter sido um bombardeio de forças leais ao governo de Bashar al-Assad no bairro de Douma, em Damasco, capital da Síria (Foto: Bassam Khabieh/Reuters)
O Parlamento da Rússia, autorizou nesta quarta-feira (30) o envio de tropas russas à Síria, a pedido do presidente do país, Vladimir Putin.
O anúncio foi feito pelo chefe da administração da presidência russa, Sergei Ivanov, depois de participar como porta-voz de Putin na sessão realizada no Conselho da Federação, a câmara mais alta do Parlamento local, para discutir o assunto. “O presidente pediu à liderança de nosso país por assistência militar”, afirmou.
"Como já disse nosso presidente, o uso das Forças Armadas em terra está descartado, e o alvo militar da operação é o apoio aéreo às forças governamentais sírias em sua luta contra o Estado Islâmico (EI)", explicou Ivanov.Entretanto, segundo ele, a medida não significa que tropas terrestres irão se engajar no conflito, e que o uso militar se refere apenas à força aérea do país.
"Não se trata de conseguir objetivos em política externa, nem de satisfazer ambições, como nos acusam nossos parceiros ocidentais. Trata-se exclusivamente dos interesses da Federação da Rússia", ressaltou o funcionário do Kremlin.
De acordo com ele, o presidente da Síria, Bashar al Assad, se dirigiu oficialmente à Rússia para pedir ajuda militar na luta contra os jihadistas.
"O presidente sírio se dirigiu a nosso país para pedir ajuda militar, portanto podemos dizer que é preciso combater o terrorismo, e que os esforços devem ser combinados, mas que continua sendo necessário respeitar a legislação internacional", disse Ivanov aos jornalistas após discursar em nome de Putin.
A Rússia tem aumentado sua presença militar, na Síria, onde apoia as forças do governo deBashar al-Assad em um conflito que o coloca contra militantes do Estado Islâmico e rebeldes apoiados pelo Ocidente.
“Se houver uma coalizão unida, o que eu duvido, ou no fim duas coalizões – uma americana e uma russa- elas vão coordenar suas ações”, disse Ivan Konovalov, um especialista militar, à Reuters. “Para as forças russas operarem lá legitimamente era necessária uma lei.”
Há relatos de que a Rússia já está realizando ataques aéreos na Síria, não confirmados pelo Kremlin.
Da última vez que o Parlamento russo concedeu a permissão de tropas no exterior, as forças armadas foram usadas para conquistar a Crimeia da Ucrânia durante o conflito do ano passado.
Apoio na ONU
Putin, que reiterou seu apoio ao regime do presidente sírio, Bashar al Assad, defendeu a criação de uma coalizão internacional para lutar contra os jihadistas, ao lado do governo de Damasco e do Irã, durante seu pronunciamento na segunda-feira na Assembleia Geral da ONU em Nova York.
No entanto, após sua reunião com o presidente americano Barack Obama também na segunda, descartou totalmente uma operação terrestre das tropas russas na Síria, mas reconheceu que Moscou estava avaliando o uso da Força Aérea para bombardear posições do Estado Islâmico no país árabe.
Tanto Putin como seu ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, asseguraram que qualquer intervenção militar, seja na Síria ou em outro país, necessita de uma autorização do Conselho de Segurança da ONU para garantir sua legitimidade.
O principal órgão executivo da ONU se reunirá em Nova York após ser convocado pela Rússia, que apresentará seu projeto de resolução sobre a necessidade de coordenar as ações contra o Estado Islâmico e outros grupos terroristas.
Além disso, o Kremlin convidou mais países a se juntarem ao centro de troca de informações para a luta contra os grupos jihadistas que foi criado recentemente junto com Síria, Irã e Iraque.