quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Pesquisa Ibope: Bolsonaro mantém liderança; Ciro sobe e empata com Marina









(foto: Montagem/EM/D.A press)


Primeiro levantamento feito após TSE barrar candidatura de Lula mostra crescimento do nome do PDT – principalmente no Nordeste – e queda nas intenções de voto nulo ou em branco nas eleições 2018


Daniel Bramatti, O Estado de S.Paulo
05 Setembro 2018 | 20h16

Na primeira pesquisa Ibope/Estado/TV Globo após o indeferimento da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o deputado Jair Bolsonaro (PSL) segue na liderança da corrida presidencial, com 22% das intenções de voto nas eleições 2018. Ele tem dois pontos porcentuais a mais do que no levantamento anterior, divulgado há duas semanas. Ciro Gomes (PDT) subiu três pontos, de 9% para 12%, e empatou numericamente com Marina Silva (Rede), que não se moveu.
A preferência pelo tucano Geraldo Alckmin, detentor de quase metade do tempo do horário eleitoral gratuito e representante da maior coligação da disputa, passou de 7% para 9%.
Presidenciáveis
Jair Bolsoro (PSL), Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT) lideram pesquisa Foto: Evaristo Sa/APF - Felipe Rau/Estadão
O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) aparece com 6%, dois pontos acima do registrado na pesquisa anterior. Inscrito originalmente como vice de Lula, Haddad deve assumir em breve o posto de titular da chapa. 
Nas simulações de segundo turno, Bolsonaro perde para Ciro (44% a 33%), Marina (43% a 33%) e Alckmin (41% a 32%), e empata tecnicamente com Haddad (36% para o ex-prefeito, 37% para o deputado). O capitão da reserva lidera no quesito rejeição: 44% não votariam nele de jeito nenhum. A seguir vêm Marina (26%), Haddad (23%), Alckmin (22%) e Ciro (20%).
As entrevistas da pesquisa começaram a ser feitas no sábado, um dia após o início do horário eleitoral – o tempo, portanto, foi exíguo para captar a intensidade do impacto da propaganda dos candidatos no rádio e na TV.
Uma mudança ficou clara, no entanto: houve queda expressiva na parcela do eleitorado disposta a votar nulo ou em branco, de 29% para 21%. A taxa de indecisos oscilou para baixo, de 9% para 7%.

Sem Lula, Ciro é o que mais cresce no Nordeste, diz Ibope

Com a saída de Lula, Ciro foi, neste primeiro momento, o que mais subiu no Nordeste, principal reduto do ex-presidente. O candidato do PDT avançou de 14% para 20% entre os nordestinos, ao mesmo tempo em que Marina recuou de 17% para 13%. Na mesma região, a taxa de preferência por Haddad passou de 5% para 8%. Em 20 de agosto, no cenário em que constava como candidato, Lula tinha 60% entre os nordestinos.
Bolsonaro colhe seus melhores resultados entre quem ganha mais de cinco salários mínimos (30%), evangélicos (29%), homens (28%), jovens de 16 a 24 anos (28%) e na faixa com curso superior (29%). 

Amoêdo passa de 1% para 3%, aponta levantamento 

Entre demais candidatos, Alvaro Dias (Podemos) permaneceu com a mesma taxa da pesquisa anterior (3%) e foi alcançado por João Amoêdo (Novo), que passou de 1% para 3%, e Henrique Meirelles (MDB), que oscilou de 1% para 2%. Os três agora dividem a sexta colocação, em situação de empate técnico.
Amoêdo se distancia dos nanicos entre o eleitorado de maior renda e mais escolarizado. Ele tem 10% entre os que ganham mais de 5 salários mínimos e 8% entre os que cursaram o ensino superior – nesses segmentos, está em segundo lugar, empatado tecnicamente com Ciro, Alckmin, Haddad e Marina.
Os candidatos do PSOL, Guilherme Boulos, do PSTU, Vera Lúcia Salgado, e do PPL, João Goulart Filho, mantiveram a taxa de 1% de intenção de votos. Os demais concorrentes não pontuaram na pesquisa.

Todas as comparações entre o atual levantamento e o anterior foram feitas levando-se em conta o cenário de 20 de agosto – no qual Lula não foi incluído na lista de candidatos apresentada aos entrevistados.
O Ibope ouviu 2.002 eleitores, em 142 municípios, entre os dias 1º e 3 de setembro. A margem de erro do levantamento é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95%. Isso significa que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro. O registro na Justiça Eleitoral foi feito sob o protocolo BR‐05003/2018. Os contratantes foram o Estado e a TV Globo.
A divulgação do levantamento estava prevista para anteontem, mas foi necessário adiá-la em razão de uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral. O registro inicial da pesquisa, feito no dia 29 de agosto, ainda trazia um cenário com Lula como candidato. Porém, na madrugada de sábado, dia 1° de setembro, o TSE indeferiu o registro da candidatura do ex-presidente.
Diante do ocorrido, o Ibope decidiu retirar da pesquisa o cenário com Lula, e manter apenas o que trazia Haddad em seu lugar. Como as perguntas feitas não seguiram exatamente o roteiro previsto no questionário registrado na semana anterior, foi necessário consultar o TSE. 
Na tarde desta quarta-feira, o ministro Luiz Felipe Salomão decidiu não analisar o mérito da questão, alegando que o Ibope não poderia ter feito a consulta, por não ser “autoridade com jurisdição federal ou órgão nacional de partido político./ COLABOROU CECÍLIA DO LAGO


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Toffoli não deve pautar ações sobre prisão em segunda instância este ano




"Toffoli planeja pautar prisão em 2ª instância só no ano que vem. Pior para Lula"

"Ministro Dias Toffoli assumirá presidência do STF no próximo dia 17 querendo fugir de polêmicas. E estabelece como meta fazer uma gestão pacificadora no comando da Corte"


"Brasília Débora Álvares  [05/09/2018]  [20h08]"


 | Valter Campanato/Agência Brasil

"Prestes a assumir a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Dias Toffoli já decidiu: só vai tratar de prisão em segunda instância no ano que vem. O assunto vem sendo evitado também pela atual comandante da Corte, Cármen Lúcia. E, como consequência, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue preso.

Toffoli tem conversado com alguns dos ministros da Corte e a avaliação dominante é que não seria prudente voltar ao assunto antes de um ano que ele foi debatido no plenário. Os relatos foram dados à Gazeta do Povo desde semana passada, sob condição de anonimato, por assessores e alguns dos ministros consultados pelo futuro presidente.

Leia também: Fachin vai relatar um dos recursos de Lula no STF para manter candidatura

Na prática, Dias Toffoli quer se preservar. Ele assume o comando do tribunal no dia 13 de setembro, em meio à eleição presidencial mais incerta e turbulenta desde a redemocratização. O cuidado deve-se, especialmente, à sua vida pregressa: ele foi advogado do PT e foi indicado ao Supremo pelo próprio Lula, em 2009.

Desde sempre, esses dois fatores são conjugados com a atuação dele na Corte. Contra isso, no último ano, Toffoli passou a adotar um estilo mais próximo do teórico, para embasar mais suas fundamentações e evitar questionamentos semelhantes.

Na posse, ao discursar, o ministro fará questão de ressaltar a intenção de "seguir o processo democrático", porém, "fugindo de polêmicas". A ideia que ele construiu com sua equipe é de adotar um tom "pacificador" em sua gestão e ser reconhecido por isso.


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A cerimônia de posse acontece na próxima quinta (13), às 17 horas, no STF. Ele exercerá um mandato de dois anos ao lado de Luiz Fux, que assumirá a vice-presidência do tribunal. Como presidente do Supremo, caberá ao ministro decidir a pauta e delinear os rumos do tribunal nos próximos dois anos.

É contraditório
A possibilidade de decretar prisão em segunda instância é motivo de divergência no Supremo. Em abril, a maioria dos ministros votou contra um habeas corpus de Lula, que abriu caminho para sua prisão, no dia 7 daquele mês.

Após esse julgamento, a ministra Cármen Lúcia, que preside a Corte até semana que vem, negou-se a pautar ações com esse teor, para que não se corra o risco de mudar o resultado.

O ex-presidente Lula está preso em uma cela especial na Polícia Federal em Curitiba, cumprindo pena de 12 anos e 1 mês de prisão. A condenação do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) está relacionada ao caso do tríplex do Guarujá, dentro da Operação Lava Jato. Por isso, o líder do PT foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa e, portanto, inelegível neste ano.

Leia também: Lula entra com novo recurso contra TSE e amplia ofensiva no STF

Na tentativa de viabilizar sua candidatura à Presidência da República, o petista tem mobilizado várias frentes de defesa, com inúmeros recursos ao próprio TRF-4, ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao STF e, agora, também ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Apesar de insistir na tese de que pode ser candidato, a Justiça Eleitoral já barrou suas pretensões e determinou que a chapa atual, Lula-Haddad, seja substituída pela chapa que, já se sabe há tempos, vai de fato para as urnas, Haddad-Manuela.

O partido tem, em princípio, até a próxima terça (11) para fazer isso. Até lá, a defesa de Lula corre para conseguir alguma liminar que possa garantir seus direitos como candidato."



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quarta-feira, 5 de setembro de 2018

O deputado federal Jair Bolsonaro, pré-candidato à presidência em 2018.




"Minha opinião sobre os presidenciáveis: Jair Bolsonaro"
Flavio Quintela
Engenheiro, jornalista e escritor, é o autor da série de livros “Mentiram para Mim”. Mora nos Estados Unidos, de onde tenta passar aos leitores uma perspectiva diferente da sociedade americana.

"por Flavio Quintela  [ 05/09/2018 ] [ 16:03 ]  Atualizado em [ 05/09/2018 ] [ 16:03 ]"

Foto: Evaristo Sá/AFP

"Hoje, finalmente, falarei sobre o candidato que tem a maior fatia das intenções de voto de acordo com todas as pesquisas e nos cenários sem o presidiário de Garanhuns: o presidenciável Jair Bolsonaro.

Falar sobre Bolsonaro é necessariamente falar sobre dois aspectos de sua candidatura: o candidato em si e o movimento que lhe dá apoio praticamente incondicional, que chamarei daqui para a frente de bolsonarismo. Separadas as partes até onde é possível separá-las, falemos sobre cada uma delas.

O candidato

A essa altura do processo eleitoral, todo mundo sabe praticamente de cor a biografia básica de Bolsonaro: nascido no interior de São Paulo (sim, Bolsonaro é paulista) em 1955, cursou a Escola Preparatória de Cadetes do Exército, a mesma que todo mundo que mora ou morou em Campinas conhece como EsPCEx (pronuncia-se “especex”). Depois de formado, ingressou na famosa Academia Militar das Agulhas Negras, concluindo o programa em 1977. Onze anos depois, começaria a carreira política, tendo sido eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro, pelo Partido Democrata Cristão. Apenas dois anos depois, em 1990, foi eleito deputado federal, primeiro de sete mandatos.

Os 28 anos em Brasília atestam: Jair é um político profissional, e essa é minha primeira crítica ao discurso do deputado. Por mais que tente se colocar como um outsider, o cara de fora, 75% de sua vida profissional se resume a mandatos eletivos no Legislativo. A última coisa que se pode dizer sobre ele é que sua candidatura representa algo novo na política. Pode, é claro, representar algo diferente do que tem sido feito, já que uma das grandes virtudes de Bolsonaro é seu histórico de conduta honesta, sem episódios de corrupção ou enriquecimento ilícito, e sem nem sequer ser citado em investigações criminais. Mas, como disse anteriormente, isso não o qualifica à condição de novidade. Donald Trump foi algo novo que aconteceu na política mundial; Jair Bolsonaro não.

Uma outra característica que, para mim, depõe contra sua candidatura é nunca ter ocupado um cargo no Poder Executivo. Novamente, aos que gostam de compará-lo a Trump, Bolsonaro não tem experiência administrativa pública ou privada. E não adianta argumentar que “Lula não sabia nada de economia” ou “Dilma faliu uma loja de R$ 1,99” porque Lula e Dilma não são parâmetros de comparação: eles representam exatamente o que queremos evitar a todo custo. Nesse aspecto, candidatos como Alckmin, que governou o estado mais rico da nação por muitos anos, e Amoêdo, que tem grande experiência na gestão privada de negócios, são muito mais capacitados. Até Ciro Gomes, que para mim só é opção melhor que Haddad, tem mais traquejo executivo, decorrência de seus mandatos como prefeito de Fortaleza e governador do Ceará.

Avançando, quero falar sobre o aspecto ideológico de Bolsonaro. Embora se apresente como o único candidato verdadeiramente da direita, seu posicionamento histórico e seus mandatos como deputado o definem como um candidato militar acima de tudo. Seja pelo teor de suas propostas e a quem direciona suas emendas parlamentares – quase que exclusivamente a órgãos militares brasileiros –, ou por sua pegada desenvolvimentista, bastante semelhante ao que tivemos durante os governos militares, ele não tem uma visão econômica suficientemente alinhada a princípios conservadores para que possa se denominar como tal. É na defesa da moral judaico-cristã, da família e de alguns direitos individuais, como o de defesa própria, que ele mais se alinha com o conservadorismo. E é justamente dessa defesa que vem seu destaque e seu sucesso, pois a quase totalidade de seus concorrentes ou parte para uma agenda de esquerda, comprovadamente rejeitada pelo cidadão comum, ou prefere varrer esses assuntos para debaixo do tapete, rezando para que não sejam tema de grande discussão durante a campanha. Esse encanto de parte do eleitorado com as virtudes morais de Bolsonaro é minha deixa para analisar o segundo aspecto de sua candidatura.

O bolsonarismo

Recentemente, foi dito sobre Lula: ele já não é mais apenas uma pessoa, é uma ideia. Creio que já seja possível dizer exatamente o mesmo sobre Jair Bolsonaro. O problema de transformar pessoas em ideias é justamente a facilidade que as pessoas têm de abraçar tudo o que é positivo sobre alguém, idealizando um ser próximo da perfeição, e guardar nos porões da consciência as partes ruins, aquelas que podem vir à tona quando esse mesmo alguém for imbuído de uma certa quantidade de poder.

O que vemos no cenário nacional, especialmente nas redes sociais, é uma manifestação constante, coletiva e realimentada de um exército de militantes que só aceita a pregação de uma realidade: a de que Jair Bolsonaro é a única solução para o Brasil, o remédio para o câncer de nossa nação, o único que evitará o grande cataclismo que se anuncia. Ele é o mito, o salvador, o forte, o irrepreensível. Suas falas são sempre perfeitas, seu desempenho em debates e entrevistas é sempre incriticável, sua vida é um exemplo de virtude inigualável.

O bolsonarismo, além de ser cafona e irritante, é também a criptonita do presidenciável, seu maior adversário num segundo turno extremamente provável. Cada vez que um militante vasculha e ataca os perfis de Facebook e Twitter de pessoas que não declararam voto no “mito”, uma pequena ponte é queimada. Gente que poderia votar em Jair no segundo turno, fase do pleito em que não é possível ganhar sem converter eleitores de outros candidatos, poderá votar em seu adversário ou mesmo anular o voto por causa dos ataques histéricos da militância chata que vive para divulgar o número 17 de seu capitão.

No entanto, o pior do bolsonarismo é sua possível versão turbinada pelo poder de um mandato eletivo. Os expedientes que têm sido usados por militantes mais fanáticos, e até mesmo por integrantes do núcleo duro da campanha do candidato, deixam um cheiro ruim no ar, o cheiro do “se fazem assim para chegar ao poder, o que farão quando lá estiverem?”. É esse perigo, que o candidato se recusa a mitigar quando endossa tacitamente tais expedientes, que tem feito a rejeição a Bolsonaro subir quando analisado o histórico de pesquisas desde o início da campanha. E é justamente esse perigo que tem sido explorado pela campanha de Geraldo Alckmin, que acredita – erroneamente, a meu ver – que Jair é o candidato a ser batido na busca de uma vaga no segundo turno. Mas isso será tema da semana que vem.

Finalizando, quero dizer que continuo acreditando na presença de Bolsonaro no segundo turno. A não ser que algo muito podre sobre ele venha à tona, sua votação deve ser a maior dentre todos os candidatos, deixando a disputa real apenas pela segunda vaga. E, por causa disso, tenho defendido o mesmo que diversos amigos e colegas de pena: o voto útil no primeiro turno, com o objetivo de impedir que Haddad seja o adversário do candidato do PSL. Ou seja, quem quer que esteja disputando a segunda vaga com Haddad é merecedor de nossos votos, pois não há futuro pior para o Brasil que ter o poder de volta nas mãos do PT. Esse é um risco que não devemos correr, pois é infinitamente mais real que o “é Bolsonaro agora ou o Brasil acaba” que tem sido divulgado em maiúsculas pela militância bolsonarista. Muito mais importante, nesse momento, é colocar gente boa no Congresso, que bem ou mal foi a instituição que segurou o ímpeto autoritário dos governos petistas por mais de uma década.

Não existe salvador da pátria. Lidemos com isso."




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terça-feira, 4 de setembro de 2018

Diretoria de Itaipu Binacional recebe prefeitos da AMUSUH 04.09.2018


Fonte:


A Associação Nacional dos Municípios Sedes de Usinas Hidroelétricas a Alagados (AMUSUH) realizou reunião com os diretores da Itaipu Binacional na sexta-feira dia (31) para debater e esclarecer a nova divisão dos Royalties resultados da geração da energia e da Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos (CFURH). Apesar da mudança dos critérios de 45% para 65% da CFURH destinada aos municípios, os repasses das compensações acabaram sendo prejudicados pela pior crise hídrica desde o apagão ocorrido 2001. Com menos chuvas, há menos geração e os envios às prefeituras acabam afetados.





































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África sobre 'novo colonialismo





"Recursos chineses devem ser direcionados para programas de ajuda e empréstimos para países africanos"


Presidente da China, Xi Jinping, discursa durante a cerimônia da abertura da reunião de cúpula entre a China e os países da África | MADOKA IKEGAMI/AFP
"Washington Post [03/09/2018]  [17h30]"


"O presidente chinês, Xi Jinping, anunciou US$ 60 bilhões em ajuda e empréstimos para a África nesta segunda-feira, ao receber 40 dos líderes do continente em Pequim, dizendo que o dinheiro vai ser direcionado sem expectativa de nada em troca.

Pequim rejeitou as críticas de que estaria prejudicando os países mais pobres, com pesadas dívidas que teriam dificuldade de pagar. Ele retratou o governo chinês como um país magnânimo motivado a compartilhar sua experiência de rápida industrialização.

"O investimento da China na África não vem com nenhuma condição política, nem vai interferir na política interna, nem fazer exigências que os países sintam serem difíceis de cumprir", disse Xi durante um discurso no Fórum de Cooperação China-África na segunda-feira.

O destino dos recursos chineses

O dinheiro será aplicado em projetos de infraestrutura destinados a ajudar a acelerar o desenvolvimento dos países africanos, e não em "projetos de vaidade", disse Xi.

Os detalhes foram vagos, mas os US$ 60 bilhões incluem US$ 15 bilhões em doações, empréstimos sem juros e empréstimos em condições favoráveis, US$ 20 bilhões em linhas de crédito e um fundo especial de US$ 10 bilhões para financiar o desenvolvimento. As empresas chinesas também seriam incentivadas a investir pelo menos US $ 10 bilhões na África nos próximos três anos, informou a mídia estatal.

O pacote delineado por Xi também inclui assistência médica, proteção ambiental, treinamento e assistência agrícola, bolsas de estudo e treinamento profissional para mais de 100 mil jovens africanos.

No último fórum, realizado em Johanesburgo (África do Sul) há três anos, Xi também prometeu US$ 60 bilhões em investimentos. Ele disse na segunda-feira que este dinheiro já havia sido concedido ou reservado. O último anúncio representou uma segunda rodada de US $ 60 bilhões.


O programa faz parte da iniciativa mais ampla da Nova Rota da Seda, um ambicioso projeto de US$ 120 bilhões que visa integrar 65 países na Europa, Ásia e África – que representam quase dois terços da população mundial – por meio de projetos de infraestrutura e de comércio.

Em um momento em que o presidente Donald Trump está partindo para confrontos comerciais com os vizinhos e aliados dos Estados Unidos, o líder chinês parece estar gostando da oportunidade de aparecer como um estadista internacional popular e defensor da ordem econômica liberal.

Durante dois dias seguidos, todas as manchetes na primeira página do Diário do Povo, órgão oficial do Partido Comunista Chinês, começaram com as palavras "Xi Jinping ..." quando o presidente se reuniu com os líderes de países como Angola, Gabão, Maurício e o Senegal. Ele também recebeu o ditador sudanês, Omar al-Bashir, que foi indiciado pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra e contra a humanidade.

Nas últimas duas décadas, a China deixou de ser um investidor relativamente pequeno na África para se converter no maior parceiro econômico do continente, com um comércio bilateral crescendo cerca de 20% ao ano, segundo um relatório da consultoria McKinsey no ano passado. O investimento estrangeiro direto cresceu ainda mais rápido na última década, cerca de 40% ao ano.

Críticos temem um colonialismo por parte da China
Mas críticos dizem que, com muitos de seus projetos de infraestrutura, a China está atraindo os países necessitados para uma armadilha de endividamento. É o caso do Sri Lanka, que no ano passado não teve outra alternativa se não conceder à China um arrendamento de 99 para um porto da iniciativa da Nova Rota da Seda, após não conseguir atrair recursos suficientes para fazer seus pagamentos de empréstimos.

No mês passado, o primeiro-ministro da Malásia, Mahathir Mohamad, cancelou mais de US $ 20 bilhões em projetos de infraestrutura chineses, argumentando que estava preocupado em como pagá-los. "Não queremos uma situação em que haja uma nova versão do colonialismo, porque os países pobres são incapazes de competir com os países ricos", disse ele durante uma visita a Pequim.

Os analistas levantaram preocupação em relação aos países africanos, muitos dos quais estão sujeitos ao sobe-e-desce dos mercados de commodities, não sendo capazes de pagar empréstimos chineses.

Os três países mais vulneráveis a grandes dívidas com a China são Djibuti, Congo e Zâmbia, dizem acadêmicos da Iniciativa de Pesquisa China-África da Universidade Johns Hopkins. A Zâmbia, que tem um PIB de US $ 19,5 bilhões, de acordo com o Banco Mundial, recebeu US$ 6,4 bilhões em empréstimos da China, escreveram os pesquisadores em um comunicado no mês passado.


Mas o presidente ruandês, Paul Kagame, que atualmente preside a União Africana, disse que em vez de ver o investimento como uma "armadilha de endvidamente ", outros países deveriam estar perguntando por que não estão dando assistência à África tanto quanto a China. "Nós nos beneficiamos muito com o apoio da China para nossos programas sociais e econômicos, e isto continuou fortalecendo a parceria entre a China e Ruanda", disse Kagame ao jornal estatal Diário do Povo.

Ele também criticou Trump, dizendo que o fórum "pode mostrar ao mundo como os países podem trabalhar de forma colaborativa em uma época em que questões como o protecionismo comercial continuam a fermentar".

O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, também rejeitou sugestões de que a China esteja se aproveitando do continente. Os líderes "refutam a visão de que um novo colonialismo está se consolidando na África, como nossos detratores querem que acreditemos", disse ele ao fórum.

A mídia estatal chinesa tem explicado agressivamente por que esse investimento é bom para o continente - e posiciona Xi como o defensor do povo africano. "A África ainda está no estágio inicial de industrialização e o processo provavelmente entraria em colapso sem o crescimento sustentável do investimento", informou o jornal Global Times no domingo. “Os empréstimos chineses podem ajudar os países africanos a melhorar sua infraestrutura.”

A exceção

Toda a África está competindo por esses recursos, com exceção de um país: eSwatini, uma monarquia absolutista anteriormente conhecida como Suazilândia.

O minúsculo reino está ausente da cúpula africana desta semana e parece não ter planos de comparecer nas próximas. É a última nação africana que ainda reconhece Taiwan como um país independente, para grande consternação da liderança chinesa em Pequim, que considera Taiwan uma província rebelde.

O ministro das Relações Exteriores de eSwatini, Mgwagwa Gamedze, recentemente enfatizou o compromisso do reino com Taiwan. “Nossa relação com Taiwan é de mais de 50 anos, então não os abandonaremos .

A China rejeitou sem entusiasmo as críticas de eSwatini. O enviado de Pequim para a África, Xu Jinghu, disse recentemente que "nesta questão não vamos exercer nenhuma pressão. Vamos esperar que o tempo esteja certo ... Eu acredito que este dia chegará mais cedo ou mais tarde."

O reino é agora o único aliado africano de Taiwan e pertence a um grupo cada vez menor de apoiadores em todo o mundo, à medida que a China aumentou a pressão internacional para mudar de lado. Quando se trata de China e Taiwan, os países precisam escolher entre os dois, já que Pequim se recusa a estabelecer laços diplomáticos com nações que reconhecem a independência de Taiwan.


Pequim nega o uso de ajuda financeira para persuadir as nações a cortar os laços com Taiwan, mas a República Dominicana disse, em maio, que rompeu com Taiwan para aceitar US$ 3,1 bilhões em empréstimos da China. Burkina Faso seguiu os passos alguns dias depois. E depois que El Salvador cortou os laços com Taiwan em agosto, Taipé afirmou que o país da América Central havia pedido anteriormente uma "quantia astronômica" de ajuda.

Então, por que o reino da Suazilândia é a última fortaleza de Taiwan na África? Há principalmente uma razão: o rei Mswati 3°, que governa o país há mais de 32 anos e ganhou a reputação de enriquecer a si mesmo e seus aliados, enquanto a população é uma das mais pobres do mundo.

Enquanto o investimento chinês na África tem provocado críticas por temores de que Pequim atrair os países para uma "armadilha da dívida", os críticos de Mswati observaram melancolicamente como o financiamento, pelo menos por enquanto, resultou em crescimento e emprego em outros lugares.

Taiwan pode acusar regularmente a China de usar dinheiro para comprar lealdade, mas para preservar os poucos amigos internacionais que ainda possui, investiu de forma pesada em projetos de infraestrutura locais ou em bolsas de estudo estabelecidas na Suazilândia. Mswati retornou o favor, visitando Taiwan 17 vezes até agora."





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segunda-feira, 3 de setembro de 2018

"Lula será candidato até o último dia" Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/blogs/guido-orgis/2018/09/03/lula-sera-candidato-ate-o-ultimo-dia/ Copyright © 2018, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.






" por Guido Orgis  [ 03/09/2018 ] [ 12:28 ]  Atualizado em [ 03/09/2018 ] [ 12:43 ]"


Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo


"O PT parece ter conseguido o que queria depois da prisão do ex-presidente Lula. O partido vai chegar às eleições presidenciais do dia 7 de outubro com um candidato competitivo, o próprio Lula. Ele pode não ser legalmente mais o candidato petista, como decidiu na sexta-feira (31) o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas terá votos da mesma maneira porque o PT continuará usando a dubiedade como estratégia.

Quando Lula fez seu derradeiro discurso no Sindicado dos Metalúrgicos do ABC, no dia 7 de abril, ele sabia qual seria o uso de sua imagem na campanha. Ele disse que não era mais um ser humano, mas uma ideia. Agora, vídeos que gravou e discursos que fez pouco antes de ser preso começam a aparecer na campanha eleitoral do PT, transformando o ex-presidente em um candidato-ideia.


O PT está há mais de um ano construindo a dubiedade como estratégia. Primeiro, colocou dúvidas sobre o processo legal que levou Lula à cadeia – processo devidamente chancelado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Depois, sobre a condição de Lula candidato – dúvida reforçada em seus programas eleitorais apesar da decisão do TSE contra sua candidatura. Colabora para a estratégia o voto do ministro Edson Fachin no TSE, que deu moral para uma recomendação de segunda linha do Comitê de Direitos Humanos da ONU.

Dessa forma, coisas que são inequívocas aos olhos da lei ganham coloração muito diferente diante de parte do eleitorado. A propaganda do partido vai insistir até o fim que são “todos Lula”, sem deixar muito claro quem é de fato o candidato que receberá o voto final na urna eletrônica. Será Lula, não importa o nome e a foto que o TSE vai aceitar. Fernando Haddad é só o poste luliano.

A estratégia petista tem tudo para continuar por mais um mês. A campanha é curta e isso colabora para a dubiedade. O partido continuará dizendo que está recorrendo e que vai até o fim por Lula. Ao mesmo tempo, vários candidatos de centro-esquerda estão pensando duas vezes antes de bater no PT, preferindo centrar fogo em Jair Bolsonaro (PSL). Parecem ter desprezado o quanto pode render a aposta petista de colocar todas as fichas no ex-presidente.

Faltando um mês para as eleições, fica claro que a prisão não tirou votos de Lula e que ele terá a capacidade de transferi-los em grande número. Se for ao segundo turno, o PT vai se tornar um problema real para o funcionamento da democracia. O partido tem um programa de governo bastante intervencionista e traz a proposta de uma assembleia constituinte, a cartada que todo regime usa quando pretende ganhar novos poderes. O maior risco do partido não está no uso dos bancos públicos e em todo o resto da política econômica que provocou nossa maior recessão da história. Está no que suas alas mais extremadas não conseguiram fazer quando no poder."



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O Brasil vai parar de novo? Entenda a crise dos caminhoneiros.



"Alta do diesel e insatisfação com tabela do frete levam algumas das entidades que representam os motoristas a falar em paralisação. Outras, no entanto, descartam uma nova greve"

"Folhapress e Estadão Conteúdo [02/09/2018]  [20h35]"


 | Albari Rosa/Gazeta do Povo


"Insatisfeitas com o preço dos combustíveis e a queda de faturamento dos caminhoneiros, algumas entidades voltaram a falar em paralisação neste começo de setembro.

Neste fim de semana, uma nota distribuída por uma entidade de caminhoneiros convocando, por rede social e aplicativos de celular, uma nova greve para o dia 9 causou apreensão. Mas a convocação, feita pela União dos Caminhoneiros do Brasil (UDC), não foi reconhecida por outras entidades representativas dos caminhoneiros, como a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) – a principal liderança da greve de maio – e sindicatos de diversas regiões do país.

No entanto, o temor de um novo período de desabastecimento provocou filas em postos de gasolina em algumas regiões. Foram registradas longas filas de carros em Belo Horizonte (MG) e Recife (PE) neste domingo (2).

Entenda o que está na origem dessa crise e daquela que parou as estradas entre maio e junho deste ano:

Vai haver nova paralisação de caminhoneiros?
Não é possível afirmar que vai haver paralisação. Embora a UDC tenha anunciado uma mobilização por tempo indeterminado após o feriado da Independência, o setor não tem lideranças centralizadas. São mais de 500 mil transportadores no país, dos quais quase 400 mil são caminhoneiros autônomos e cerca de 300, cooperativas.

O uso das redes sociais descentraliza a comunicação e as decisões. Em 2016, 66% dos caminhoneiros usavam internet pelos smartphones, segundo os dados mais recentes, da CNT, mas a penetração cresceu desde então.

Há outras entidades falando em greve?
Gilson Baitaca, líder do Movimento dos Transportadores de Grãos, de Mato Grosso, falou em “risco de novas paralisações” se a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) não se posicionar até o dia 7 ou  8 de setembro sobre a nova tabela de fretes, que, segundo ele, não está sendo cumprida.

A Abcam, entidade que reúne os motoristas autônomos, afirmou no sábado (1º) que é totalmente contrária a novas manifestações e que pretende se reunir com o governo para discutir a crise do setor.

Um dos principais líderes da greve dos caminhoneiros de maio, Wallace Landim, conhecido como Chorão, descartou a possibilidade de nova paralisação da categoria nesta semana, rebatendo rumores que circularam no fim de semana. Chorão disse que a próxima manifestação da categoria está convocada para o dia 12 de setembro, quando os caminhoneiros devem fazer um protesto em frente à a ANTT em Brasília, para cobrar fiscalização para o cumprimento do tabelamento de frete.

O presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens no Estado do Pará (Sindicam-PA), Eurico Tadeu Ribeiro dos Santos, afirmou que “oportunistas” estão usando o nome da categoria. Segundo ele, não há neste momento perspectiva de greve semelhante à ocorrida em maio. “O governo fez a parte dele, criou todas as condições, criou a tabela do frete”, afirmou. “Tem gente usando a categoria para se promover.”

Na sexta e no sábado,  circularam em aplicativos de trocas de mensagens áudios, cuja autenticidade não foi comprovada, convocando para novas paralisações. Um complicador é que não há linha direta entre caminhoneiros autônomos e seus “representantes”.

Os primeiros acordos, feitos durante a paralisação de maio, foram assinados pela Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Confederação Nacional do Transporte (CNT), Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Cargas em Geral do Estado de São Paulo (Fetrabens) e outros sindicatos. A Abcam abandonou as reuniões.

Apesar das reuniões das entidades com o governo e das assinaturas, motoristas se disseram não representados, e o movimento só foi encerrado vários dias depois.

O que levou às novas reclamações?

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Entidades dizem que o governo não cumpriu o prometido em relação ao preço do diesel. O governo anunciara redução de R$ 0,46 por litro nas bombas de combustível – R$ 0,30 de subsidio mais R$ 0,16 de cortes de impostos. Entre a primeira semana de greve, em maio, e a semana passada, a queda foi de R$ 0,41 por litro, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).

Caminhoneiros reclamam também de que as empresas não estão pagando o frete mínimo estabelecido por lei editada após a paralisação de 11 dias entre maio e junho do ano passado. Outra queixa é a de que falta de fiscalização nas estradas pela ANTT.

O que aconteceu com o preço do diesel?
Na sexta-feira (31/8), o combustível teve reajuste de 13%, por causa da alta do dólar, entre outros. O reajuste varia por região: será maior na região Centro-Oeste (14,4%) e menor na Sudeste (10,5%).

Pelos próximos 30 dias, o preço médio do diesel vendido pela Petrobras sobe para a R$ 2,2964 por litro, apenas R$ 0,0752 abaixo do recorde atingido no dia 23 de maio, ainda no início dos protestos dos caminhoneiros. Segundo a Petrobras, o aumento nas bombas deve ficar em 7%.

ANÁLISE:Preço do diesel dispara e vira problema para candidatos à Presidência

Alta acima de 10% no preço do combustível deveria levar a revisão dos pisos estabelecidos para os fretes pela nova lei, aprovada após a paralisação de 11 dias em maio deste ano. E, de fato, a ANTT informou que vai ajustar a tabela de preços mínimos de frete, por causa da alta média de 13% no preço do diesel nas refinarias. Nesta segunda-feira (3), técnicos da agência se reúnem com o ministro do Transportes, Valter Casimiro Silveira, para definir a calibragem do reajuste.

O governo pode segurar o preço do combustível?
O Ministério de Minas e Energia negou na sexta (31/8) a possibilidade de aumento do subsídio. Segundo o órgão, já foram colocados R$ 9,5 bilhões no programa de subvenção e não há recursos para elevar esse gasto.

O que diz a nova lei sobre os fretes?
A lei sancionada no começo de agosto institui valores mínimos de fretes rodoviários praticados no Brasil. O presidente Michel Temer vetou o artigo que anistiava multas de trânsito e sanções judiciais aplicadas aos caminhoneiros durante a paralisação da categoria, em maio e junho.

A lei é criticada pelos clientes das transportadoras e pelas grandes empresas do setor, que reclamam de ineficiência e alta de custos. Em junho, a Associação do Transporte Rodoviário de Cargas do Brasil (ATR), que representa as empresas transportadoras, entrou no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação para suspender os efeitos do tabelamento de preços de fretes rodoviários. A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) também entrou com  um pedido no STF contra a tabela.

O Supremo ainda não tomou decisão sobre a questão.

Quais as raízes da crise dos caminhoneiros?
Por causa da recessão, o volume de carga (principalmente da indústria e do comércio) caiu, prejudicando as contas dos 2,6 milhões de caminhoneiros – dos quais 374 mil são autônomos, segundo a CNT.

Os caminhões brasileiros trafegam com 61% de sua capacidade, e 39% das viagens são de veículos vazios, mostrou pesquisa da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) feita em 2014. Um programa de incentivo à compra de veículos, nos governos petistas, aumentou muito o número de caminhões nas estradas, elevando a oferta de transporte e reduzindo os preços.

Caminhoneiros também se queixam dos fretes “de retorno”. Cientes de que muitos caminhoneiros precisam voltar para a região Sudeste, empresas oferecem valores muito baixos por esse trecho da viagem.

Para especialistas em transporte rodoviários, há também desequilíbrios estruturais no setor, como a ineficiência no uso do combustível e a falta de incentivo em transporte multimodal.

Por que a paralisação de caminhoneiros afeta rapidamente o país?
No Brasil, 90% do transporte de passageiros e 60% do transporte de cargas é feito por rodovias, de acordo com a CNT. Os caminhoneiros autônomos são responsáveis pelo transporte de 40% das cargas. As empresas, cerca de 100 mil, transportam cerca de 60%.

Quando manifestantes fazem bloqueios em pontos estratégicos, como a saída de refinarias da Petrobras e a entrada do porto de Santos (SP), dificultam ainda mais o escoamento das mercadorias. Independentemente dos bloqueios, a própria adesão maciça dos caminhoneiros à greve manteve cargas de todo tipo paradas nas estradas, provocando desabastecimento nas cidades, o que fez a inflação dobrar em maio."



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Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira
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