segunda-feira, 7 de maio de 2018

Anvisa: nove cobaias humanas receberam próteses clandestinas de máfia



Quantidade de vítimas pode ser muito maior, pois agência não sabe o paradeiro de 200 equipamentos irregulares


iStock/Foto ilustrativa

Carlos CaroneCaio Barbieri



Documentos sigilosos produzidos pela Coordenação de Segurança Institucional da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apontam que pacientes foram transformados em cobaias humanas após receberem implantes de materiais clandestinos por médicos envolvidos com a Máfia das Próteses. A organização criminosa age em várias regiões do país, inclusive no Distrito Federal.
Destinado ao promotor José Cláudio Tadeu Baglio, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado São Paulo (MPSP), o relatório ao qual o Metrópoles teve acesso relata, além das irregularidades, o caso de nove vítimas monitoradas pela Anvisa.
No entanto, o número pode ser muito maior, uma vez que não se sabe o paradeiro de outros 191 produtos irregulares fabricados pelos investigados. As duas centenas de próteses de face e crânio, segundo a Anvisa, eram confeccionadas sem registro ou autorização da agência reguladora, em uma linha de produção clandestina no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de Joinville (SC). O local foi interditado em julho do ano passado, após operação do órgão no local, por não ter condições sanitárias para fabricação de artigos médicos.
No documento, a Anvisa acusa, além do Senai, pelo menos cinco empresas de terem algum tipo de participação no suposto esquema. São elas: URI – Comércio, Importação Exportação de Produtos Médicos; Bioconect – Indústria e Comércio de Produtos Médicos e Odontológicos; 3D Sint – Comércio de Produtos Médicos; WMA Micro Usinagem Médica Odontológica; e Critéria – Indústria e Comércio de Produtos Medicinais e Odontológicos. Todas constam no Dossiê de Investigação Sanitária n° 25351.103713/2016-17.

Um dos casos mais graves relatados nos documentos envolve um homem de 34 anos morador de Macapá (AP). Em fevereiro do ano passado, o paciente passou por uma cirurgia para implantação de próteses craniana e mandibular. No entanto, os fiscais da Anvisa identificaram que o material usado na operação tratava-se, na verdade, de um molde, daqueles que servem apenas para simular futuras cirurgias e decorar mesas de especialistas.
Além de colocar em risco a vida do paciente, o esquema faturou R$ 206 mil pagos pelo plano de saúde, que não desconfiou se tratar de moldes em vez de próteses implantáveis.


Vítimas do esquemaTrês vítimas do esquema de implantes clandestinos em cobaias humanas foram procuradas pela reportagem. Em um dos casos, o paciente recorreu ao plano de saúde após reagir a um assalto, há dois anos. O tiro do criminoso perfurou, de ponta a ponta, a mandíbula da vítima. Durante 12 meses, o paciente lutou para conseguir autorização da operadora do plano para a cirurgia, fato incentivado por orientação médica. Há um ano, o macapaense conseguiu a vida normal de volta.
Sem saber do implante ilegal feito no marido, a mulher do vendedor autônomo relatou ao Metrópoles que o procedimento melhorou a vida do casal. “O médico foi um agente enviado por Deus. Sem ele, não sei o que seria da nossa família. Meu marido é muito trabalhador e conseguiu viver novamente depois daquele dia tão difícil. Se não fossem as dores de cabeça, ele nem lembraria que fez o implante, nem mesmo cicatriz ele tem. Isso é uma bênção”, acredita a dona de casa. A identidade do casal será mantida em sigilo.
Após o assalto à mão armada, quando um tiro deformou parte do seu rosto, o pequeno empresário teve de aguardar pelo menos 10 meses desde o incidente até conseguir chegar a uma mesa de cirurgia. Sem saber sobre a origem duvidosa do produto implantado no maxilar, o rapaz hoje comemora vitória em um caso no qual muitas vidas se perdem. O custo total do procedimento chegou a R$ 493 mil, pagos depois de muito custo pela operadora.
O plano de saúde não queria custear e me oferecia alternativas, como próteses provisórias, com duração de cinco anos. Meu médico me orientou pela definitiva, que tem material da Ucrânia e é fabricada nos Estados Unidos"
Relato do paciente que teve molde implantado
Segundo o autônomo, um médico foi a Macapá (AP) especialmente para acompanhar a cirurgia ao lado do, segundo ele, engenheiro da prótese. “O material chegou no Brasil e só foi desembalado na sala da operação. Guardo todos os documentos sobre o caso, que foi um dos mais difíceis da minha vida. Hoje ninguém diz que tenho uma prótese”, continuou.
O paciente lembra que o médico disse à época que poucas empresas do Brasil tinham a tecnologia para customizar a peça. Após conseguir na Justiça que o plano arcasse com os custos, o empreendedor afirmou que pelo menos três empresas disputaram o pedido da operadora. “Hoje, um ano após a cirurgia, tenho acompanhamento com meu médico. Além dele, não houve procura de ninguém da empresa e nem mesmo da Anvisa. Percebi que tinha dado certo”, acredita.
Exames radiográficosO esquema ilegal de produção e venda de próteses clandestinas começou, segundo o levantamento da agência, por meio do cirurgião bucomaxilo Paulo Henderson de Moraes, que era sócio de uma empresa distribuidora de próteses.
Paulo foi o responsável pela ideia de utilizar exames radiográficos para a confecção de peças sob medida feitas por impressora 3D. Ele ficou sabendo que o Senai havia desenvolvido um projeto com essa tecnologia, então procurou o diretor de Inovação em Laser da entidade, Edson Costa Santos"
Trecho de relatório da Anvisa
Segundo a denúncia da Anvisa, Paulo e Edson associaram-se e começaram a fabricar implantes, emitindo notas fiscais até com nomes de pacientes no campo de observações. As peças que deveriam ser produzidas dentro do projeto de inovação do Senai passaram a ser comercializadas criminosamente. “Nenhum teste era realizado, e os pacientes foram transformados em cobaias humanas”, destaca o relatório.
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A reportagem apurou que, após a operação da Anvisa nas dependências do Senai, Edson foi demitido. Fontes ligadas ao mercado de próteses informaram que o homem teria se mudado para a Alemanha, enquanto Paulo de Moraes mora, atualmente, em Portugal. Os dois não foram localizados para comentar a denúncia.
Mercado negroA operação na unidade do Senai de Joinville foi deflagrada em 4 de julho de 2017, após a Anvisa receber denúncias anônimas de que as próteses impressas com tecnologia 3D do Senai abasteciam o mercado negro.
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Fiscais da Anvisa interditaram a linha de produção do Senai em Joinville

Os produtos eram repassados para empresas do ramo e, posteriormente, usados em pacientes com registros adulterados, com o objetivo de despistar a fiscalização. Com isso, as companhias ofereciam o material a médicos.
Os profissionais, por sua vez, solicitavam às vítimas – os pacientes – que ingressassem na Justiça com o objetivo de obrigar planos de saúde a custearem as operações, consideradas emergenciais. Por conta das decisões judiciais, as operadoras eram forçadas a adquirir os produtos, mas acabavam comprando os clandestinos pelo preço dos legalizados no mercado formal.
Em outro detalhe das investigações, descobriu-se que a fabricação de próteses destinadas à cirurgia de reconstrução crânio-bucomaxilofacial era desenvolvida no mesmo local onde são feitos itens industriais e mecânicos, como peças de caminhões, o que acrescenta ainda um potencial risco de contaminação aos supostos materiais de saúde.
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Fac-símile ao qual o Metrópoles teve acesso, referente a documento sigiloso da Anvisa

Multa de R$ 1,5 milhãoSegundo a agência informou à época, após o devido processo legal, as empresas envolvidas nas fraudes poderiam pagar multas administrativas de até R$ 1,5 milhão. Outras sanções sanitárias possíveis são notificações, interdições e até mesmo o cancelamento dos alvarás de funcionamento. O órgão estima que, em média, cerca de 30% de implantes realizados por ano no Brasil sejam feitos com produtos ilegais.
Após a interdição do laboratório, o Senai explicou que tem “linhas de pesquisa para tecnologias inovadoras, voltadas a materiais e processos de fabricação para diversos setores, entre os quais aeronáutica, automotivo, agronegócio, saúde, petróleo e gás, em diversos locais do país. Isso inclui o desenvolvimento de peças de titânio por deposição a laser, atendendo especificações técnicas de empresas clientes de seu Instituto de Inovação em Joinville, cabendo a essas empresas buscar as autorizações necessárias para o uso desses materiais”.
Metrópoles procurou a Anvisa para questionar o relatório e saber a razão pela qual os pacientes apontados como cobaias não foram informados que carregam no corpo produtos potencialmente danosos à saúde. No entanto, a agência não havia se manifestado até a última atualização deste texto.
A reportagem entrou em contato também com o Ministério Público do Estado de São Paulo, que recebeu o documento com as denúncias feitas pela agência reguladora há seis meses. Por nota, o órgão disse que “o Núcleo do Gaeco/Campinas [responsável pelo caso] não comenta investigações em andamento e que tramitam em sigilo”.
Além dos órgãos oficiais, o Metrópoles tentou, sem sucesso, contato com os representantes das empresas citadas no relatório produzido pela Anvisa, mas não havia conseguido êxito até a última atualização deste texto.

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Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira
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‘BOMBÁSTICO’: Lava Jato Paulista Vai Ganhar Um Reforço Imprescindível, Juízes Estão Prontos.







A Operação Lava Jato de São Paulo nunca teve a força que precisava para decolar. Muitos chegaram a dizer que todas as investigações paulistas perdiam consistência e não se chegava ao objetivo principal, que era punir os criminosos. Porém, as coisas estão para mudar.
Conforme informações do jornalista Lauro Jardim, do Jornal O Globo, a Lava Jato Paulista vai ganhar um reforço imprescindível e que causará temor em muitos condenados e naqueles que, por enquanto, tentam esconder os seus crimes.

Os juízes Sérgio Moro e Marcelo Bretas estão prontos para comandar o mais poderoso estado do país. De uma forma acelerada e com reposicionamentos burocráticos, os juízes chegam com determinação para fazer acontecer em São Paulo o verdadeiro combate à corrupção.
Conforme o jornalista, por uma via inusitada, a Lava Jato passa por Rio de Janeiro, Curitiba e vai para São Paulo. Os responsáveis em cuidar das encrencas do PSDB paulista  são os Ministérios Públicos do Rio e de Curitiba e tudo tem sido enviado e analisado por Sérgio Moro  e Marcelo Bretas.
No caso de Bretas, a delação do operador Adir Assad, que foi homologada, já está sendo vinculada á Operação Saqueador, no estado do Rio de Janeiro.
De acordo com Lauro Jardim, no segundo semestre, a Terra vai tremer.
Arrependimento
Em uma entrevista à revista IstoÉ, o juiz Sérgio Moro revelou que ficou um pouco arrependido de ter saído naquela foto com o senador tucano Aécio Neves. Segundo o juiz, a foto foi usada por rivais para ilustrar algo que não é real e disseminar notícias falsas na internet.
Moro diz que a foto gerou uma impressão errada. Ele afirmou que não tem nada contra o senador e os problemas dele com a Justiça, ele tem que responder por lá, porém não aceita o fato de falarem que há influências do senador nos casos investigados pelo juiz ou que a Lava Jato estaria protegendo o tucano.
Decepção
Moro afirmou que uma das suas maiores decepções na Lava Jato é receber críticas injustas. Segundo o magistrado, tem muitas pessoas, site, blogs que tentam manipular a opinião pública. Ele falou que já viu notícias que colocam a culpa na força-tarefa de Curitiba, sem que os processos estejam sob essa jurisdição.
O juiz citou, como grande momentos de tensão, a primeira audiência pública que revelou os graves crimes cometidos na Petrobras. Uma porta foi aberta e não tinha mais como voltar atrás. Começaram a surgir um emaranhado de crimes e pessoas, que menos se esperava, envolvidas em atos ilícitos.



Lava Jato neles...

É como eu sempre digo: Políticos, Empresários, Representantes na vida pública corruptos devem ser enxergados com o mesmo ódio e repulsa que enxergamos os assassinos, estupradores ou os pedófilos. Pois é isso que eles são, a escória da humanidade. Suas ações corruptas dão inicio a acontecimentos trágicos para a nossas vidas, a criança, a idosa que morre de fome, Os animais domésticos que são membros da família que passam por todas as dificuldades em um país prospero como o nosso, foi porque um vagabundo desses surrupiou milhões para sua conta. A idosa que morre na fila de um hospital por falta de médicos, leitos e remédios foram porque um vagabundo desses meteu a mão nos cofres públicos. A mulher que é estuprada na esquina por falta de uma viatura policial foi porque um político patife desviou milhões para sua conta fantasma no exterior, para comprar carrões, iates e joias caras para sua prostituta de luxo. Eles são a causa primária desse degradante efeito borboleta... Político corrupto é o pior bandido que possa existir na face da terra. Suas atitudes decidem o que será de nossas vidas, o que será de nosso país? Degradante efeito borboleta. Político corrupto é o pior bandido que possa existir na face da terra. Suas atitudes decidem o que será de nossas vidas, o que será de nosso país?

Todo sofrimento para criminosos que Roubam o Povo passe no cárcere é pouco, diante do sofrimento que a CORRUPÇÃO promovida em nome do Poder pelo Poder da qual ele fez parte causou a milhões de formas de vida com agravante maior de lesa a pátria!


Um imperador Romano já dizia: O PIOR DOS CRIMINOSOS É O LADRÃO  DO DINHEIRO PUBLICO....POR QUE ROUBAM DE TODOS....


Bom PT já está praticamente na cadeia. PSDB "arrumando as malas",  PMDB “Foro Privilegiado”? Desfruta da imunidade no governo: Será que prevalecerão leniência e posição permissiva? O que dizer ao Povo? (mas está prestes a ir também).



Acordos internacionais são mais da metade dos 49 projetos aprovados pela Câmara neste ano


Em ano de eleição, deputados têm evitado votar temas polêmicos. Nos três primeiros meses de trabalho, parlamentares não analisaram pauta econômica; PECs estão paradas.



Por Alessandra Modzeleski e Fernanda Calgaro, G1, Brasília
 

Plenário da Câmara dos Deputados no último dia 2 (Foto: Luiz Macedo / Câmara dos Deputados)
Plenário da Câmara dos Deputados no último dia 2 (Foto: Luiz Macedo / Câmara dos Deputados)


Dos 49 projetos aprovados neste ano pelos deputados, 28 são decretos referentes a acordos de cooperação entre o Brasil e outros países, segundo dados disponíveis no site da Câmara.
Propostas que geram menos discussão, causam menos polêmica entre os parlamentares e são votadas mais rapidamente, esses decretos são aprovados no Congresso somente para ratificar os acordos.
Esse tipo de projeto costuma ser votado de maneira simbólica (sem contagem de votos), às quintas-feiras, dia em que o plenário fica esvaziado porque deputados registram presença logo pela manhã e viajam para os respectivos estados.
Em ano de eleição, os decretos passaram a representar a maioria das propostas aprovadas na Câmara porque os deputados têm evitado votar temas polêmicos e sem consenso no plenário.
Tradicionalmente, a produtividade dos parlamentares cai em ano de eleição, uma vez que os deputados dedicam grande parte dos esforços à formação de alianças para as campanhas políticas.
Diante disso, líderes partidários ouvidos pelo G1 avaliam que, neste ano, até mesmo propostas de consenso não avançarão.
Além das eleições, os deputados apontam outros fatores para travar os projetos: intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro; enfraquecimento da base aliada ao governo; janela partidária; e obstrução política da oposição contra a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Projetos aprovados pela Câmara, de fevereiro a abril
AnoPECMedida ProvisóriaProjeto de Lei ComplementarProjeto de LeiDecretoTotal
2017221193761
2018040172849