sexta-feira, 4 de maio de 2018

Panatenaico: dinheiro de obra do Mané bancou até festa do Dia das Mães



Segundo o MPF-DF, dinheiro foi pedido pela então diretora de Edificações da Novacap, Maruska Lima



Lula Marques/Secretaria da Copa



Nathália Cardim




As denúncias divulgadas pelo Ministério Público Federal no DF (MPF) nesta sexta-feira (4/5), no âmbito da Operação Panatenaico, revelam que o dinheiro destinado à obra de reforma do estádio Mané Garrincha foi usado até para bancar festinha do Dia das Mães de servidores da Novacap, em 2013.
O consórcio Brasília 2014, formado pela Andrade Gutierrez e Via Engenharia, custeou a despesa no valor de R$ 4 mil solicitado, segundo as investigações, por Maruska Lima de Sousa Holanda (foto de destaque), na época diretora de Edificações da Novacap.
A nota fiscal foi expedida pela empresa BB De Miranda & CIA LTDA e apresentada pela Andrade Gutierrez à Polícia Federal para documentar as vantagens indevidas pagas em razão da arena brasiliense.
Veja o documento:
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Maruska e o então presidente da Novacap, Nilson Martorelli, viraram réus, no mês passado, quando a juíza Pollyana Kelly Maciel Medeiros Martins Alves, da 12ª Vara Federal no DF, acatou denúncia do MPF-DF contra 12 investigados da Panatenaico.
Todos responderão por associação criminosa, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, desvios de recursos públicos e lavagem de dinheiro.
De acordo com a denúncia, a partir de 2008, a construção do Estádio Nacional de Brasília tornou-se fachada para um esquema de corrupção que englobou agentes públicos e dirigentes da Andrade Gutierrez e Via Engenharia. No texto, acatado pela juíza Pollyanna Kelly, a prática criminosa envolvia pagamentos de vantagens financeiras, fraudes de processo licitatório e desvios de recursos públicos.

Ainda segundo a denúncia, Maruska teria participado de um esquema para fraudar a licitação da construção do estádio, transformando o certame em um “jogo de cartas marcadas” que beneficiou as duas empreiteiras.
Tanto Maruska quanto Martorelli solicitaram e receberam, direta e indiretamente, vantagens indevidas por terem direcionado o edital de licitação. A denúncia ainda relata que os dois tentaram maquiar o recebimento de valores pagos em forma de propina por meio de terceiros ou pela prestação de serviços jamais executados. A ex-presidente teria recebido R$ 177 mil, enquanto o colega supostamente embolsou R$ 400 mil.
A reportagem não localizou os citados para que comentassem as denúncias.
O casoA obra do estádio Mané Garrincha foi contratada inicialmente por R$ 696 milhões. Após 25 termos aditivos, o valor final alcançou R$ 1,577 bilhão, tornando-se o estádio mais caro da Copa do Mundo de 2014, no que se refere ao custo total e por assento.
Segundo o MPF, as ilicitudes evidenciadas nas denúncias abordam o direcionamento da licitação para as obras do estádio, o pagamento de propinas e a lavagem de dinheiro. A obra foi custeada integralmente com recursos públicos, pagos pela Terracap, dona da arena. À Novacap, coube realizar o processo licitatório e o acompanhamento das obras.
De acordo com os procuradores, a suposta organização criminosa se estruturou em três núcleos: político, formado pelos chefes do poder executivo do Distrito Federal em seus respectivos mandatos; econômico, formado por empresas contratadas pela Administração Pública e que pagavam vantagens indevidas a funcionários de alto escalão e aos componentes do núcleo político; e administrativo, formado pelos funcionários de alto escalão da Administração Pública com ingerência na licitação e contrato.
As denúncias oferecidas pelo MPF-DF tiveram como alvo os núcleos políticos e o administrativo.


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Panatenaico: Cláudio Monteiro na mira do Ministério Público Federal



Ele teria recebido R$ 250 mil de propina a pedido do ex-governador Agnelo Queiroz (PT), em cinco parcelas



Mary Leal/Agência Brasília


Mirelle Pinheiro



O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça a abertura de um novo inquérito para apurar a atuação do ex-secretário Extraordinário da Copa (Secopa) Francisco Cláudio Monteiro no esquema de contratos superfaturados do Estádio Mané Garrincha. O caso está no âmbito da Operação Panatenaico. Ele teria recebido R$ 250 mil de propina a pedido do ex-governador Agnelo Queiroz (PT).
“O executivo da Andrade Gutierrez Carlos José Souza narrou a ocorrência de pagamento de propina em seu favor, a pedido de Agnelo Queiroz, em cinco parcelas de R$ 50 mil. Elementos probatórios reunidos nos autos denotam vínculos existentes entre o investigado Francisco Monteiro e os ora denunciados”, diz um trecho da denúncia.

A suposta propina foi relatada em outra delação, a de Rodrigo Leite Vieira, também funcionário da empreiteira. Ele contou que a construtora pagou R$ 250 mil de propina “em razão dos problemas financeiros” do ex-chefe de gabinete do petista.
As informações constam em inquérito que apura desvios milionários no Mané Garrincha. “Foram realizadas cinco entregas de R$ 50 mil cada. A primeira se deu no Balão do Periquito, no Gama, próximo à residência de Monteiro, e as demais no estacionamento em frente ao Living Park Sul e no Estádio Nacional de Brasília”, conforme o documento que o Metrópoles teve acesso.
Os procuradores também ressaltaram para a necessidade de aprofundamento quanto ao envolvimento nos eventos criminosos de outros executivos da Via Engenharia, como Luiz Felipe Cardoso de Carvalho e Luiz Fernando Almeida de Domênico.
Francisco Cláudio Monteiro chegou a ser preso pela Polícia Federal em 23 de maio de 2017, mas não chegou a ser indiciado nem denunciado pelo MPF. Porém, para os investigadores, ele cometeu os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
O casoA obra do estádio Mané Garrincha foi contratada inicialmente por R$ 696 milhões. Após 25 termos aditivos, o valor final alcançou R$ 1,577 bilhão, tornando-se o estádio mais caro da Copa do Mundo de 2014, no que se refere ao custo total e por assento.
Segundo o MPF, as ilicitudes evidenciadas nas denúncias abordam o direcionamento da licitação para as obras do estádio, o pagamento de propinas e a lavagem de dinheiro. A obra foi custeada integralmente com recursos públicos, pagos pela Terracap. À Novacap, coube realizar o processo licitatório e o acompanhamento das obras.
De acordo com os procuradores, a suposta organização criminosa se estruturou em três núcleos: político, formado pelos chefes do poder executivo do Distrito Federal em seus respectivos mandatos; econômico, formado por empresas contratadas pela Administração Pública e que pagavam vantagens indevidas a funcionários de alto escalão e aos componentes do núcleo político; e administrativo, formado pelos funcionários de alto escalão da Administração Pública com ingerência na licitação e contrato.
Metrópoles não conseguiu contato com Cláudio Monteiro até a publicação desta reportagem.


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Doleiros Presos “Operacão Câmbio Desligo” São Amigos De Aécio, Ronaldo Fenômeno E Huck








O mundo dos ricos e famosos está um pouco menos glamouroso, no Rio de Janeiro, desde ontem cedo.
Tidos como doleiros do MDB, os gêmeos Marcelo e Roberto Rezinski foram presos dentro da Operação “Câmbio, Desligo” da Polícia Federal.

Os irmãos são íntimos de celebridades, como Luciano Huck e Ronaldo Fenômeno, e de Aécio Neves. E costumam dar festas faraônicas, com a presença de endinheirados do eixo Rio-São Paulo. E, obviamente, com muitas beldades, normalmente 20 anos mais jovens que os homens presentes.
Roberto chegou a ser sócio do ex-jogador e Alexandre Accioly numa rede de academias.
Accioly é aquele mesmo que está sendo acusado pela PF de ser uma espécie de laranja de Aécio Neves. Os dois são amigos há décadas, e o empresário teria fornecido uma conta no Exterior para o senador mineiro descarregar 50 milhões de reais de propina conseguida na construção da hidrelétrica Santo Antônio, em Rondônia.
A relação entre Ronaldo Fenômeno e Roberto Rezinski também é sólida. O doleiro foi padrinho de casamento do craque e da modelo Daniela Cicarelli.
Outro padrinho foi Dario Messer, também alvo da Operação “Câmbio, Desligo”, mas que continua foragido.
Messer é considerado “o doleiro dos doleiros”.
via: coluna do Fraga

Desembargador Que Soltou Henrique Alves É O Mesmo Que Soltou Geddel





Quase um ano após ser preso por ter mantido conta na Suíça suspeita de receber propina, o ex-ministro peemedebista Henrique Eduardo Alves obteve uma decisão por sua soltura no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). O desembargador federal Ney Bello entendeu que a prisão preventiva não se justifica mais porque seus processos já estão em fase final e ainda sem julgamento.
“Verifico que as investigações já foram concluídas e encerrada a instrução criminal, pelo que não há mais prova a ser colhida, razão pela qual não vislumbro, também, a possibilidade de o paciente perturbar a ordem pública ou se furtar à aplicação da lei penal”, escreveu Ney Bello em sua decisão. No habeas corpus, o advogado de Henrique Alves, Marcelo Leal, argumentou que a prisão já havia ultrapassado 300 dias sem que seu julgamento se encerrasse.
EM DOMICILIAR – Ney Bello determinou a soltura em relação à ordem de prisão da 10ª Vara da Justiça Federal do DF. Henrique Alves também teve uma ordem de prisão na Justiça do Rio Grande do Norte, que foi revertida em domiciliar. Em Brasília, o ex-ministro é acusado de receber propina da Carioca Engenharia em contas no exterior, em troca de favorecer a empresa na Caixa Econômica Federal. A defesa diz que ele não movimentava a conta e não tinha conhecimento das transferências.
O alvará de soltura de Henrique Alves deve ser expedido na noite desta quinta-feira ou nesta sexta-feira. Na decisão, o desembargador proíbe que Henrique Alves mantenha contato com os demais acusados nos investigados no seu caso e determina que entregue seu passaporte à Justiça, mas não há ordem de prisão domiciliar. Como na decisão da Justiça do Rio Grande do Norte ele está obrigado a ficar em domiciliar, o ex-ministro não poderá sair de casa.

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ALERTA! Supremo Começa Hoje Julgamento Virtual De Recurso Para Tirar Lula Da Prisão




Começou hoje o julgamento virtual do recurso do ex-presidente Lula em que pede para ser solto. O resultado só é conhecido quando todos votarem, sendo que a data limite é o próximo dia 10. Quem vota? A 2ª Turma: Fachin, Gilmar Mendes, Celso de Mello, Lewandowski e Toffoli.
CONFIRA MATÉRIA DO G1:
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julgará a partir desta sexta-feira (4) um pedido de liberdade apresentado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde o mês passado (entenda os detalhes do julgamento mais abaixo).
O julgamento será em plenário virtual, e os ministros têm até 10 de maio para apresentar os votos. O resultado deverá ser conhecido em 11 de maio, mas, se todos os integrantes da Segunda Turma votarem antes do prazo, a decisão também pode sair antes. Julgarão o pedido de Lula os ministros:
  • Luiz Edson Fachin;
  • Gilmar Mendes;
  • Ricardo Lewandowski;
  • Dias Toffoli;
  • Celso de Mello.
Condenado a 12 anos e um mês de prisão em regime inicialmente fechado, Lula apresentou recurso (agravo regimental) contra a decisão do ministro Luiz Edson Fachin de rejeitar um pedido da defesa para que o ex-presidente não fosse preso.
Os advogados argumentaram que a prisão de Lula não poderia ter sido decretada em 5 de abril porque ainda havia embargos de declaração pendentes de análise no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), segunda instância da Justiça responsável pela Lava Jato. Os embargos só foram julgados em 18 de abril.
Fachin negou o pedido por considerar que a existência de embargos de declaração pendentes não impedia a execução da pena.
No processo, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, também defendeu que recursos apresentados a tribunais superiores não impedem a prisão.



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Mala Com 1,2 Milhão De Reais É Encontrada Durante Blitz Em Minas Gerais




  • 04/05/2018





Agentes da Polícia Rodoviária Federal encontraram quase 1,2 milhão de reais durante uma blitz na BR-040, na altura de Sete Lagoas (MG).
De acordo com o antagonista A abordagem foi feita na noite de ontem. O dinheiro estava em sacos dentro de uma mala, separado em maços com notas de 50 reais e 100 reais.
No carro, havia dois homens: um policial civil aposentado que mora em Brasília e um empresário de Goiás. Ambos disseram que não são donos do dinheiro.

Lava Jato: doleiro do DF integrava esquema bilionário de lavagem



Preso nesta quinta, Francisco Junior, o Jubra, era responsável pelo transporte de dinheiro em espécie entre diversos estados da Federação


Reprodução

Mirelle Pinheiro


Um dos alvos da Operação Câmbio, Desligo, realizada nesta quinta-feira (3/5) no âmbito da Lava Jato, é o doleiro Francisco Araújo Junior (foto de destaque), mais conhecido como Jubra. Morador do Park Way, ele se apresentava como consultor para economia e finanças e tinha como vizinhos e clientes políticos, empresários e advogados. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), apenas entre os anos de 2011 e 2017, movimentou pelo menos US$ 2,9 milhões (cerca de R$ 10,2 milhões). Ele também levava dinheiro vivo, em automóveis, Brasil afora.
A suspeita é que Junior tenha levado à Bahia os R$ 51 milhões encontrados no bunker do ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB), no ano passado. De acordo com as investigações, ele era responsável pelo transporte de valoresem espécie entre diversos estados da Federação, como São Paulo, Alagoas, Bahia e Rio de Janeiro. Para administrar o negócio, mantinha um escritório em endereço nobre do Setor de Autarquias Sul, próximo à sede da Polícia Federal e da Receita Federal.
Ele foi levado de camburão à Superintendência da Polícia Federal, no Setor Policial Sul, por volta das 8h30. Contra ele foi expedido mandado de prisão preventiva.

Jubra, junção de Junior com Brasília, ganhou projeção no cenário nacional da lavagem de dinheiro ao herdar boa parte da carteira de clientes de doleiros famosos do DF, entre eles Fayed Traboulsi e Carlos Habib Chater.
O operador brasiliense foi citado nas delações dos doleiros Vinícius Vieira Barreto Claret, o Juca Bala, e Cláudio Fernando Barboza, o Tony. Os dois fazem parte da organização criminosa chefiada pelo ex-governador Sérgio Cabral (MDB). Eles foram presos em 3 de março de 2017, no Uruguai, e trazidos para o Brasil.
Cláudio Barboza afirmou ter sido apresentado a Junior pelo operador Lucio Funaro. E passou a usá-lo como fornecedor em 2008, para serviços de transporte e logística de recursos. O delator revelou que já comprou US$ 1,2 milhão de Junior no exterior e vendeu US$ 850 mil para ele. Citou, ainda, pagamentos, em 2013, para manutenção de aeronave no exterior para a empresa Bravan Aviation Inc, no Bank of America.
Veja um trecho da delação:
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Claret reforçou os serviços prestados por Jubra em sua delação ao dizer que a especialidade dele era transportar dinheiro em espécie, para qualquer parte do Brasil, em automóveis (confira abaixo). De acordo com ele, o doleiro brasiliense realizava entregas em Alagoas, Bahia, Pernambuco, Belo Horizonte, Curituba, Porto Alegre, além de Brasília.
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Dólar-cabo
As transações eram feitas no chamado sistema Bank Drop. Os doleiros remetem recursos ao exterior por meio de uma ação conhecida como dólar-cabo, um tipo de câmbio paralelo que envolve depósitos em contas de diferentes países, não rastreável pelo Banco Central. Os operadores recebem no Brasil e compensam em contas no exterior, sem registro, sem controle e, portanto, sem pagamento de impostos.
Ao embasar os pedidos de prisão de Jubra e mais 43 doleiros, o MPF destacou que o esquema envolvia mais de três mil empresas de offshore, distribuídas em 52 países, movimentando mais de US$ 1,6 bilhão.
Com base nas delações, Jubra atuava em conjunto com Afonso Fábio Barbosa Fernandes, outro alvo de mandado de prisão. Falcão, como era conhecido, tinha a responsabilidade de transportar os recursos. As investigações do MPF apontam que os dois são sócios na Jee Construtora. Junior também seria dono da empresa Posto Parque Alameda e Derivados de Petróleo.
RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES
Rafaela Felicciano/MetrópolesPin this!
Condomínio na Quadra 26 do Park Way, onde foi preso o doleiro Jubra

Porém, informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontam operações consideradas suspeitas, envolvendo movimentação de recursos incompatíveis com o patrimônio, a atividade econômica do posto. Bem como transações atípicas em espécie e “sem informações satisfatórias” da origem dos recursos na conta de Falcão, inclusive depósito em dinheiro no montante de R$ 212,2 mil.
Tais constatações nos levam a inferir o alto grau de importância dos investigados na geração de recursos espúrios para pagamento de propina a servidores públicos e agentes políticos, além de envolvimento com lavagem de dinheiro no exterior, sendo devido o acolhimento das medidas vindicadas em desfavor dos mesmos"
Trecho da decisão do juiz federal Marcelo Bretas, que autorizou a operação desta quinta
Câmbio, Desligo
A operação desta quinta contou com o apoio de autoridades uruguaias e desarticulou um esquema de movimentação de recursos ilícitos no Brasil e no exterior por meio de operações dólar-cabo, entregas de dinheiro em espécie, pagamentos de boletos e compra e venda de cheques de comércio.
Foram expedidos 43 mandados de prisão preventiva contra doleiros que atuaram ao longo de décadas de forma interligada em diferentes núcleos dessa rede de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Também foi determinada a prisão temporária de operadores financeiros. Os mandados foram cumpridos no Uruguai e no Distrito Federal, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, em São Paulo e Minas Gerais.
As investigações partiram da colaboração premiada dos doleiros Vinícius Claret e Cláudio Barboza. Eles intermediavam operações dólar-cabo para os irmãos Chebar, também doleiros e operadores financeiros do esquema de Sérgio Cabral. Em colaboração premiada, Renato Chebar reconheceu que o volume de operação de compra de dólares aumentou consideravelmente a partir do início da gestão do emedebista, em 2007, motivo pelo qual foi necessário buscar os recursos de Claret e Barboza para viabilizar as operações.
“Os dois funcionavam como verdadeira instituição financeira, fazendo a compensação de transações entre vários doleiros do Brasil, servindo como ‘doleiros dos doleiros’, indicando clientes que necessitavam de dólares (compradores) e reais”, explicam os procuradores da República da força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro.
Junto com Dario Messer, dono de casas de câmbio, eles montaram uma complexa rede cambial paralela sediada inicialmente no Brasil e, a partir de 2003, no Uruguai, de onde comandavam remotamente os negócios.
Os dois doleiros tinham um volume diário de operações nos anos de 2010 a 2016 de aproximadamente R$ 1 milhão. Para controlar as transações, os colaboradores desenvolveram um sistema informatizado próprio, de nome Bank Drop. Outro sistema, chamado ST, registrava todas as operações de cada doleiro como uma espécie de conta-corrente e foi utilizado para controlar a movimentação dos recursos tanto no Brasil quanto no exterior. (Colaborou Carlos Carone)



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