segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Doleira Nelma Kodama diz que Dirceu ainda agia como ministro na prisão




  • 08/10/2017
Mônica Bergamo

Nelma Kodama deixa aparecer um objeto preto em seu tornozelo quando tira as botas de cano alto para realizar um eletrocardiograma. “Isso aqui é um aparelho para medir pressão. Está conectado a uma central e, se eu tirar, vão pensar que morri”, diz ela à enfermeira. Na verdade, o dispositivo é uma tornozeleira eletrônica que a doleira usa desde junho de 2016, quando deixou a custódia da Polícia Federal em Curitiba.


Ela foi a primeira pessoa presa na Operação Lava Jato, no dia 14 de março de 2014, quando tentava embarcar para Milão, na Itália, com 200 mil euros. A imprensa noticiou que a doleira levava o montante na calcinha, o que ela nega. “Esse dinheiro estava dividido em 100 mil euros em cada bolso de trás da minha calça jeans. Aliás, colocar dinheiro na calcinha é anti-higiênico”, diz.

DOLEIRA ANTIGA – Nelma era uma das principais doleiras de SP e acabou condenada por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Diz que entrou no ramo, nos anos 1990, quando começou a trabalhar para a auditora fiscal Elizabeth Badaró, mulher do ex-juiz federal João Carlos da Rocha Mattos, preso na Operação Anaconda. “Tudo o que eu sei aprendi com a Badaró. Costumo dizer que faço parte da linhagem dos antigos doleiros de São Paulo.”

A doleira diz que chegou a movimentar R$ 400 mil por dia. Já escondeu R$ 20 milhões nos dutos do ar-condicionado de um de seus escritórios e jogou US$ 20 mil pela janela por pensar que a polícia bateria em sua porta.

Ela decidiu conceder entrevista para Bruna Narcizo depois de ficar “muito chateada” ao saber que seria retratada no filme “Polícia Federal: a Lei é Para Todos”, sobre a Operação Lava Jato. “Vão dizer: Ah, mas você é pessoa pública. Não sou! Pessoa pública é o Roberto Carlos. Aliás, eu tenho o direito de ser preservada porque sou colaboradora da Justiça”, diz.

TODOS SÃO IGUAIS – Nelma ficou presa com investigados como Marcelo Odebrecht, José Dirceu, João Santana, Nestor Cerveró, Fernando Baiano e executivos da Camargo Corrêa e da OAS.
“Ali não é o doleiro, o deputado ou o empresário. É o ser humano. Se você não limpar sua cela, vai ficar suja. Alguns demoravam um pouco para entender que estavam presos. Não vou citar nomes, porque seria indelicado. Mas muitos chegaram achando que sairiam no dia seguinte. E não é assim”, conta.

Com TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) diagnosticado por um psiquiatra, Nelma preferiu ficar responsável pela faxina. “Às 11h da noite eu tava passando pano para ficar limpo. Eu colocava cartaz: não fazer xixi no local do banho. Porque homem você sabe como é, né? Mas porra, tomar banho com cheiro de xixi não dá!”

LAVAR AS TOALHAS – Nelma se lembra da chegada dos presos da Odebrecht, na 14ª fase da Lava Jato. “Eles entraram nas celas tarde da noite e fazendo muito barulho. Saíram bem cedo no dia seguinte. Se secaram com nossas toalhas e deixaram elas jogadas no chão.” Diz que ficou muito brava. “Chamei um dos agentes e disse que ele deveria obrigar aqueles caras a lavarem as toalhas quando voltassem. E foi o que aconteceu.”

Ela conta que os presos da construtora -inclusive Marcelo Odebrecht – usavam um uniforme padrão fornecido pela empreiteira: camiseta branca, calça de moletom azul marinho e tênis Nike.
Certa vez, se indispôs com Marcelo Odebrecht. “Eu estava no parlatório [local com vidro onde os presos falam com os advogados] e o Marcelo em outro. Ele gritava tanto com seus advogados que eu levantei e disse para o agente que só voltaria quando ele parasse”.

SEIS BANANAS – Mas quando Marcelo voltou para a custódia da PF, depois de 212 dias preso no CMP (Centro Médico Penal), eles se aproximaram. Nelma diz que ele comia seis bananas pratas das 6h30 até às 13h, enquanto praticava a primeira leva de exercícios do dia. Ela fazia questão de deixar as frutas na bancada e preparava as saladas que ele comia.

A doleira conta que, na cadeia, as porções de comida levadas pelas famílias eram chamadas de ‘jumbo’, ‘Sedex’ ou ‘sacola’. Marcelo, porém, chamava suas entregas de ‘logística’ e perguntava aos outros presos se alguém queria pedir algo, dizendo que “a logística vai vir dia tal”. “Minha mãe levava minhas coisas de ônibus. A diferença entre eu e ele são muitos zeros.”

“O [João] Vaccari [ex-tesoureiro do PT] e o [José] Dirceu me chamavam de imperatriz. E nós chamávamos o Zé Dirceu de ministro. Lá dentro, ele ainda agia como ministro. Um dia, me mandou recolher as roupas dele do varal. ‘Peraí, eu não recolho as do meu ex-marido, vou recolher as suas? Ô, senhor ministro! Se liga, mano!’ Ele ficou em choque porque eu dei uma de maloqueira”, diz. Conta que Dirceu era tranquilo, inteligente, “mas às vezes dava umas escorregadas”.

GRANDE AMOR – Nelma foi amante do doleiro Alberto Youssef por nove anos. “Fomos muito felizes. Éramos perfeitos, jovens, corajosos. Ele era o ying e eu, o yang. Beto foi o meu grande amor”, afirma. Quando depôs numa CPI, em Brasília, ficou célebre ao cantar a música “Amada Amante”, do cantor Roberto Carlos, para os deputados. Se separaram em julho de 2009.

Ela e o doleiro ficaram 19 meses presos juntos. Quando Nelma conseguiu ir para o regime de prisão domiciliar, em junho de 2016, fazia dois meses que os dois não conversavam. Ela diz que brigou com Youssef porque ele tinha ciúmes das visitas que ela recebia. “Eu parti para cima dele e o Marcelo [Odebrecht] teve que me segurar.”

“Fui embora e nem cheguei a me despedir. Isso me dói profundamente”, diz, em um dos raros momentos em que se deixa abater.

COMPRA DE DÓLARES – Se conheceram quando Nelma comprou US$ 1,4 milhão dele, em 2000. “O pai dele morreu. Eu disse para ele não se preocupar em me pagar logo. Quando finalmente entregou [os dólares], passou a me ligar todos os dias para passar a cotação.”

“Ele mandava jato fretado para eu ir jantar em Londrina [onde vivia] e eu sempre recusava, mas comecei a balançar, né?”, diz ela. “Chegou uma hora em que pensei: ‘Tá no inferno, abraça o capeta’”. Pegou um voo para se encontrar com Youssef. “Resolvi naquele dia que seria a mulher dele.”

“Nosso sonho era ter um filho homem [Youssef era casado e tem três filhas] que se chamaria Enzo”, diz ela. Em abril de 2001, engravidou do doleiro, mas perdeu o bebê. “Tive algumas tristezas, não muitas, mas dá pra enumerar: essa é nível 1, essa é nível 5. Perder o bebê foi uma tristeza nível 10”.
SEM ENGRAVIDAR – Nelma diz que, durante os nove anos com Youssef, não usou contraceptivos. “Nunca mais tive a honra de engravidar. Deus sabe o que faz. Meu filho teria 15 anos e veria o pai e a mãe presos”.

“Meu sonho era passar Natal e Réveillon com ele, que ficava com a família”, diz. “Na cadeia nós passamos. Juntos, mas já separados.”

Ela já fez três cirurgias desde que foi presa. Teve um problema no estômago, pedra na vesícula e um nódulo nas costas. Hoje, seu telefone celular está configurado para ter letras em tamanho maior do que o normal. “Fiquei quase cega por conta da luz fraca na prisão”, diz.

ALTO ASTRAL – Nelma está sempre sorrindo, falando e brincando. Conta piadas de si mesma. “Eu vou ter que fazer aquele exame que precisa correr? Porque eu já corri tanto da polícia”, disse ela para uma assistente do hospital em que fez exames há algumas semanas. “Não me chama de ‘meu bem’, porque a Receita vem atrás”, afirmou a outra.


“Não tenho que usar Chanel para convencer. Amei muito. Comi tudo o que eu quis comer. Mas, quando entrei em um espaço de dois por um [metros], me vi como só a Nelma. O Marcelo não era mais o príncipe. Todo mundo se ajudava. E aprende a valorizar pequenas coisas. Quando tomava banho, eu fechava o olho. E imaginava que estava na minha casa”.


"Assinado por Armani com tecnologia da NASA?"




noticiasbrasilonline.com.br
Planalto gastará até R$ 1,8 milhão com uniformes da equipe de segurança de Temer - Noticias Brasil Online
O governo prevê gastar até R$ 1,8 milhão com uniformes, roupas de cama e material esportivo para a equipe que faz a segurança do presidente nos palácios do Planalto, Alvorada, Jaburu e no Hospital das Forças Armadas. A justificativa do gasto é que o pessoal precisa estar “bem apresentado para bem representar a segurança presidencial”.
Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira
Bem provável ser assinado por Armani com tecnologia da NASA?
Fonte:

Grupo Faz ‘Tomataço’ Em Frente A Evento Com Gilmar Mendes Em SP:



  • 09/10/2017
Manifestantes protestam jogando tomates em frente ao prédio do Instituto de Direito Público de São Paulo (IDP), na Bela Vista, região central da cidade, na manhã desta segunda-feira. A entidade, que realiza um evento para lançar um curso de pós-graduação em Direito Eleitoral, tem o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Gilmar Mendes como um de seus sócios. O ministro, vários políticos e especialistas ministram palestras sobre a reforma política durante o dia na faculdade.
O protesto bloqueia uma quadra da Rua Itapeva, próximo à Avenida Paulista, desde em torno das 8h30 da manhã, segundo a Polícia Militar. Os manifestantes jogam tomates sobre a calçada, a pista e contra carros de participantes que chegam ao evento. Apesar da sujeira, não há registro de confusão.

A ação é organizada pelo grupo ‘Tomataço’, que diz atuar em defesa da operação Lava Jato, das Forças Armadas e pela “renúncia de todos os políticos do País”. No Facebook, antes do protesto, integrantes publicaram foto ao receber doação de tomates estragados de comerciantes da Ceasa. Eles já promoveram manifestações semelhantes contra Gilmar em São Paulo, inclusive durante evento em agosto na sede do Estadão.

Fauna & Flora



Publicado em 9 de out de 2017
Abrigo Flora e Fauna Endereço: Núcleo Rural Ponte Alta Baixo - Gama, Brasília - DF, 72426-001 Telefone: (61) 9842-5461 Abrigo Flora e Fauna Curtir esta página · 21 de setembro · Queridos amigos, Como alguns já ficaram sabendo antecipadamente por meio de outras divulgações, o Abrigo Flora e Fauna foi contemplado com uma incrível e especial surpresa: a visita do apresentador Luciano Huck e de seu programa Caldeirão do Huck. Por meio deste comunicado oficial, gostaríamos de informar que participamos do quadro “Um por Todos, Todos por Um” e os resultados poderão ser conferidos no Programa que vai ao ar no dia 7/10 (sábado). Não percam! E, no dia seguinte, 8/10 (domingo), realizaremos um Mutirão especial, das 10h às 16h, para que todos os amigos e colaboradores venham nos visitar e conferir e celebrar conosco as melhorias realizadas! Diante disso, excepcionalmente, no último domingo deste mês (24/9), NÃO haverá mutirão. Pedimos a colaboração de todos no sentido de não fazer divulgações paralelas, postando fotos ou informações detalhadas antes de o Programa ir ao ar. E solicitamos, também, a gentileza de que seja respeitado o dia estabelecido para a próxima visita. Todos os que nos acompanham de perto sabem das lutas diárias para manutenção do Abrigo: é um trabalho árduo e muito difícil. Esta foi uma oportunidade muito especial, que nos proporcionou possibilidades de oferecer mais qualidade de vida e conforto para os nossos cerca de 600 animais protegidos. Assim, contamos com a colaboração e compreensão de todos e agradecemos o apoio! Fiquem ligados na TV Globo na tarde do dia 7/10 e venham nos visitar no dia seguinte! Abraços e até lá!

domingo, 8 de outubro de 2017

"roubo de R$ 1 bilhão."




g1.globo.com
Passo a passo mostra como polícia impediu roubo de R$ 1 bilhão em SP
Quadrilha construiu túnel de mais de 600 metros para chegar a cofre do BB. Ousado, plano era realizar o maior roubo do mundo.
  • aguiasemrumosemrumo*Ficou uma duvida!* Os bandidos gastaram 4 milhões para fazer um túnel de 500 metros, com segurança e iluminação, tudo isso em 3 meses.

    Se fosse obra pública, o túnel seria orçado em 400 milhões e prazo de 3 anos, que virariam 6 anos, com vários aditivos. *Estamos elegendo os bandidos errados!*


Fonte:

E Vem Mais “Delação” Por Aí




 Da Galvão Engenharia.

  • 08/10/2017
Um juiz auxiliar do gabinete de Edson Fachin ouviu na semana passada, em Recife, os delatores da Galvão Engenharia.
É o último passo antes da homologação pelo STF. O acordo complica a vida de senadores do PMDB.

Mais Um General Se Manifesta Sobre Possibilidade De Intervenção Militar:



 ‘O Brasil Não Pode Continuar Sangrando Indefinidamente’


  • 08/10/2017
Em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, o general da reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva discute a possibilidade de uma intervenção militar no Brasil face ao quadro de corrupção nos altos escalões dos Poderes, especialmente o Legislativo e o Executivo. Segundo o general, “só o STF e a sociedade conseguirão deter o agravamento da crise atual, que, em médio prazo, poderá levar as Forças Armadas a tomarem atitudes indesejadas, mas pleiteadas por significativa parcela da população”.
Leia abaixo o artigo completo:
Muito se discute sobre a possibilidade, necessidade e legalidade de uma intervenção militar para combater a corrupção, retomar o desenvolvimento e evitar uma convulsão social.
O artigo 142 da Constituição federal define a missão das Forças Armadas, estabelecendo que elas “são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”. Intervenção Militar: ‘O Brasil Não Pode Continuar Sangrando Indefinidamente’
  • 08/10/2017
Em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, o general da reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva discute a possibilidade de uma intervenção militar no Brasil face ao quadro de corrupção nos altos escalões dos Poderes, especialmente o Legislativo e o Executivo. Segundo o general, “só o STF e a sociedade conseguirão deter o agravamento da crise atual, que, em médio prazo, poderá levar as Forças Armadas a tomarem atitudes indesejadas, mas pleiteadas por significativa parcela da população”.
Leia abaixo o artigo completo:
Muito se discute sobre a possibilidade, necessidade e legalidade de uma intervenção militar para combater a corrupção, retomar o desenvolvimento e evitar uma convulsão social.
O artigo 142 da Constituição federal define a missão das Forças Armadas, estabelecendo que elas “são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”.

O artigo deixava dúvida se o emprego das Forças poderia ser determinado diretamente pelo Judiciário e pelo Legislativo, haja vista a subordinação das Forças Armadas à autoridade suprema do presidente da República. Essa lacuna foi parcialmente preenchida com a Lei Complementar 97/1999, que em seu artigo 15, § 1.º, diz: “Compete ao Presidente da República a decisão do emprego das Forças Armadas, por iniciativa própria ou em atendimento a pedido manifestado por quaisquer dos poderes constitucionais, por intermédio dos Presidentes do Supremo Tribunal Federal, do Senado Federal ou da Câmara dos Deputados”. A lei não eliminou a possibilidade de um impasse institucional caso o Judiciário ou o Legislativo requeiram o emprego das Forças Armadas e o presidente se recuse a dar a respectiva ordem, pois o Brasil não está imune ao conflito entre os Poderes da União, como se vê no atual contexto político.
Está claro, porém, não haver nenhum dispositivo legal que autorize o emprego ou a intervenção das Forças Armadas por iniciativa própria. Aliás, nesse caso, quem assumiria o comando das Forças? O comandante da Marinha, o do Exército ou o da Aeronáutica? Haveria consenso? Em 1964 o Exército conduziu o movimento civil-militar de 31 de março, mas o contexto político era diferente. Por outro lado, houve intervenções militares em algumas situações de grave crise política, a despeito de, salvo melhor juízo, nunca ter existido tal dispositivo legal.
No Brasil, indivíduos e grupos poderosos vêm usando a lei, ou a prerrogativa de legislar, com o propósito de auferir vantagens injustificáveis, portanto, ilegítimas. A sociedade e as instituições confiáveis precisam tomar atitudes resolutas para, licitamente, se livrarem das lideranças corruptas, cujas permanência no poder e atuação prepotente e nociva podem levar o País a uma desastrosa convulsão política e social, pois tolerância tem limite.
A intervenção militar será legítima e justificável, mesmo sem amparo legal, caso o agravamento da crise política, econômica, social e moral resulte na falência dos Poderes da União, seguida de grave instabilidade institucional com risco de guerra civil, ruptura da unidade política, quebra do regime democrático e perda de soberania pelo Estado. Esse processo revolucionário já foi propugnado, publicamente, por líderes de movimentos pseudossociais e políticos de ideologia socialista radical, todos investindo constantemente na divisão da sociedade.
Em tal quadro de anomia, as Forças Armadas tomarão a iniciativa para recuperar a estabilidade no País, neutralizando forças adversas, pacificando a sociedade, assegurando a sobrevivência da Nação, preservando a democracia e restabelecendo a autoridade do Estado após livrá-lo das lideranças deletérias. São ações inerentes às missões constitucionais de defesa da Pátria, não restrita aos conflitos externos, e de garantia dos Poderes constitucionais, da lei e da ordem.
O Executivo e o Legislativo, profundamente desacreditados pelo envolvimento de altos escalões em inimagináveis escândalos de corrupção, perderam a credibilidade para governar e legislar. Embora moralmente desgastadas, as lideranças políticas têm força para tentar deter a Lava Jato e outras operações congêneres, escapar da Justiça e manter seu ilegítimo status de poder. São visíveis as manobras insidiosas da velha ordem política patrimonialista fisiológica e da liderança socialista radical, cuja aliança afundou o País em 13 anos de governo.
Pela credibilidade da presidente do STF e da maioria dos ministros, a Alta Corte tem autoridade moral tanto para dissuadir essas manobras insidiosas quanto para encontrar caminhos legais e legítimos que permitam acelerar os processos das operações de limpeza moral, como a citada Lava Jato. Não fossem o foro especial e os meandros de uma Justiça lenta e leniente, o País já teria avançado muito mais em sua higienização política.
Por sua vez, a sociedade, hoje descrente, tenha consciência de que, para traçar seu destino, precisa manter constante pressão para sanear instituições fisiológicas, que não cumprem a obrigação de defender interesses coletivos. Não se iluda a liderança nacional. A apatia da Nação pode ser aparente e inercial, explodindo como uma bomba se algo ou alguém acender o pavio.
Na verdade, só o STF e a sociedade conseguirão deter o agravamento da crise atual, que, em médio prazo, poderá levar as Forças Armadas a tomarem atitudes indesejadas, mas pleiteadas por significativa parcela da população.
O Brasil não pode continuar sangrando indefinidamente, pois isso aumenta a descrença no futuro, retarda a retomada do desenvolvimento econômico e ameaça a estabilidade política e social.
O comandante do Exército estabeleceu a legalidade, a legitimidade e a estabilidade como cláusulas pétreas para guiar a instituição, mas a mensagem se estende, também, à sociedade e à liderança nacional. Que tenham visão de futuro e responsabilidade cívica e política para impedir que a legalidade continue sendo corrompida pela ilegitimidade, assim desestabilizando o País.
As cláusulas pétreas são pilares que precisam ser rígidos, sendo os Poderes da União e a sociedade os responsáveis pela firmeza do tripé.