segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Fátima Bernardes, queremos um “Encontro” com você

Moro começa a ouvir testemunhas de acusação contra Lula


Oitivas terão início a partir das 14 horas desta segunda-feira




POLÍTICA CASO TRIPLEXHÁ 1 HORAPOR NOTÍCIAS AO MINUTO

A partir das 14 horas desta segunda-feira (21), o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato, começa a ouvir as primeiras testemunhas de acusação contra o ex-presidente Lula.

A ação envolve o caso da compra e reforma do triplex em Guarujá, no litoral de São Paulo. 
O empresário Augusto Mendonça; os ex-dirigentes da Camargo Correa Dalton Avancini e Eduardo Leite e o senador cassado Delcídio do Amaral (sem partido-MS) estão entre as testemunhas que serão ouvidas hoje.
O juiz aceitou o pedido da defesa de Lula, que é réu nesta ação, e o dispensou de participar das audiências. As informações são do G1.
As oitivas referentes a este processo seguem até o dia 25 de novembro. Entre as outras testemunhas que serão ouvidas estão os ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró, além do ex-deputado Pedro Correa, o doleiro Alberto Youssef e o lobista Fernando Baiano.




 
Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira

Indivíduo que pratica atividades criminosas com legitimidade de poder público deveria devolver em dobro tudo que recebeu, sem dó e sem piedade, inclusive os salários.

A verticalização do crime gera criminalidade com recursos públicos e todo tipo de problema como estamos vendo. Sou de uma época que o crime era horizontal, para sair do nada e chegar ao topo não era qualquer um? Hoje políticos apequenados negociam direto com o poder, ameaçam, roubam, envolvem pessoas inocentes e graças a Deus temos uma Lava Jato!

O mais importante é: Acabar com “incubadora de bandidos” Reforma do Artigo 17 da Constituição Federal de 1988 Já! Urgente!

Se o STF acatar a tese da Lava Jato, que considera propina qualquer dinheiro de empresas para políticos, não vai sobrar ninguém mesmo e fica caracterizado o verdadeiro prostíbulo.



Negócios fajutos com países apequenados sem expressão nenhuma no cenário político internacional em nome da sobrevivência de uma plataforma política falida que não congrega a natureza da sociedade. Não existe ideologia no Brasil


Em tempo: O que leva ex-presidente da República do amado Brasil continuar negociando com vendedor de cebolas e Tomates. E porque negociar com quem não tem mais a caneta?


Cabral pode ter recebido propina no exterior


A expectativa é a delação de Benedicto Júnior, ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, e de Leandro Andrade Azevedo, ex-diretor da empreiteira no Rio



POLÍTICA LAVA JATOHÁ 19 MINSPOR NOTÍCIAS AO MINUTO

Uma nova remessa de delações premiadas, programadas para esta semana, pode complicar a vida do ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral, preso durante a operação Lava Jato, no último dia 17. Os investigadores da operação pretendem ampliar as provas contra Cabral.

A expectativa é a delação de Benedicto Júnior, ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, e de Leandro Andrade Azevedo, ex-diretor da empreiteira no Rio. A dupla aponta que esquema de Cabral teve propina paga em contas internacionais, nas quais a empresa teria depositado uma taxa de 5% cobrada pelo ex-governador pelas obras executadas no Rio.
Durante o governo Cabral (2007-2014), Odebrecht participou praticamente de todas as obras públicas importantes, como a reforma do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), por exemplo. Orçada inicialmente em R$ 700 milhões, a obra do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014 saltou para R$ 1,2 bilhão após receber 14 termos aditivos. Se a Odebrecht confirmar que também desembolsou 5% de propina, esse valor representará um suborno estimado em R$ 60 milhões.
Segundo o jornal O Globo, a Odebrecht preferiu não se manifestar sobre a delação. Os advogados de Cabral não foram localizados, mas um deles, Raphael Mattos, disse ao jornal “O Estado de S.Paulo” que a defesa ingressará com pedido de habeas corpus para Cabral esta semana. Ele explicou que a demora no ingresso do recurso se deve à complexidade do processo, que envolve pedidos de prisão feitos pela Justiça Federal do Rio e de Curitiba.

Comissão de Ética discute nesta segunda se investigará caso Geddel

21/11/2016 05h00 - Atualizado em 21/11/2016 08h08

Marcelo Calero afirmou ter sofrido pressão do ministro para liberar obra.
Oposição disse que irá acionar PGR e tentará ouvir ex-ministro no Congresso.

Do G1, em Brasília

O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, em entrevista à Rede Bahia neste sábado (Foto: Reprodução/Rede Bahia)O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, em entrevista à Rede Bahia neste sábado (Foto: Reprodução/Rede Bahia)
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República vai analisar nesta segunda-feira (21) se abre ou não processo para investigar a conduta do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, no episódio que culminou na demissão de Marcelo Calero do comando do Ministério da Cultura. O colegiado se reunirá a partir das 8h30 no Palácio do Planalto, mas só deve divulgar a decisão sobre o caso Geddel no início da noite.
Calero disse em entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo" e confirmou posteriormente em um evento com artistas no Rio de Janeiro que o motivo principal de sua saída da Esplanada dos Ministérios foi a pressão que sofreu do titular da Secretaria de Governo para liberar um empreendimento imobiliário de alto luxo em Salvador no qual Geddel tinha comprado um apartamento.
Ele pediu demissão do Ministério da Cultura na última sexta-feira (18) e será substituído pelo deputado Roberto Freire (PPS-SP).
Órgão vinculado à Presidência, a Comissão de Ética Pública fiscaliza a aplicação do Código de Conduta da Alta Administração Federal. O colegiado não tem poder para punir nenhum servidor público, no entanto, como é um órgão consultivo do presidente da República, pode recomendar ao chefe do Executivo sanções a integrantes do governo, entre as quais demissão.
As acusações de Calero contra Geddel também podem ser investigadas no Congresso Nacional. A oposição já está se movimentando para fechar o cerco em torno do ministro da Secretaria de Governo.
No sábado, o deputado Jorge Solla (PT-BA) afirmou, por meio de nota, que iria apresentar nesta segunda à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara um requerimento para convocar o ex-ministro da Cultura a prestar esclarecimentos sobre o episódio. Geddel foi um dos principais articuladores políticos do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
"É uma expressa acusação de crime de prevaricação [...]. Se Calero acusou outro ministro ao sair, é um caso muito grave e precisa comprovar o que diz para que o caso tenha a consequência devida", diz trecho da nota divulgada pelo deputado do PT.
O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), divulgou no sábado uma nota pedindo a demissão imediata de Geddel do primeiro escalão e informando que vai apresentar um requerimento de convite para que Calero vá ao Senado explicar a denúncia. Além disso, o líder petista afirmou que irá solicitar que o Ministério Público Federal apure o caso.
"É escandaloso que um ministro extremamente poderoso dentro do governo, que trabalha na antessala de Temer, use do próprio cargo para coagir e ameaçar colegas em favor de interesses pessoais", destacou o senador do PT.
À Rede Bahia, afiliada da TV Globo, Geddel admitiu no sábado ter conversado com o agora ex-ministro da Cultura sobre o embargo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) a uma obra da iniciativa privada na capital baiana, mas negou que tenha feito pressão.
Na entrevista publicada na edição deste sábado (19) da "Folha", Marcelo Calero relatou que passou a ser pressionado pelo colega de ministério logo depois de assumir o comando da Cultura, em maio.
Um dos ministros mais próximos ao presidente Michel Temer, Geddel é presidente do PMDB na Bahia e é um dos políticos mais influentes do estado. No Palácio do Planalto, ele é responsável pela articulação política do governo federal com o Congresso Nacional.
La Vue (Foto: Reprodução)Projeto do condomínio La Vue (Foto: Reprodução)
O empreendimento imobiliário, segundo Calero, foi embargado pela direção nacional do Iphan em razão de estar localizado em uma área tombada como patrimônio cultural da União, sujeita a regramento especial. Os construtores, afirmou o ex-ministro à publicação, pretendem erguer um prédio com 31 andares, mas o Iphan autorizou a construção de, no máximo, 13 pavimentos.
Com vista privilegiada para a Baía de Todos-os-Santos, o condomívio La Vue começou a ser construído em outubro de 2015. O metro quadrado dos apartamentos – um por andar – custa em torno de R$ 10 mil. O edifício tem apartamentos com quatro suítes de 259m² e uma cobertura chamada "Top House" de 450 m². Os imóveis no La Vue variam de R$ 2,6 milhões a R$ 4,5 milhões.
No sábado, o instituto informou que a obra foi embargada após estudos técnicos apontarem impacto do empreendimento em cinco imóveis tombados da vizinhança do condomínio: o forte e farol de Santo Antônio, o forte de Santa Maria, o conjunto arquitetônico do Outeiro de Santo Antônio (que inclui o forte de São Diogo), além da própria Igreja de Santo Antônio (leia mais sobre os argumentos do Iphan ao final desta reportagem).
Obras do La Vue na Ladeira da Barra, em Salvador, estão suspensas (Foto: Reprodução/TV Bahia)As obras do condomínio La Vue, na Ladeira da Barra, em Salvador, estão suspensas (Foto: Reprodução/TV Bahia)
Embora a sede nacional do Iphan tenha barrado a construção do empreendimento, relatou Calero, a superintendência regional do órgão na Bahia elaborou um parecer técnico liberando a obra. O ex-ministro ressaltou ao jornal que tinha informações de que a direção da superintendência baiana do Iphan foi indicada por Geddel.
"Ele [Geddel] pede minha interferência para que isso acontecesse [liberar a construção da obra], não só por conta da segurança jurídica, mas também porque ele tem um apartamento naquele empreendimento. Ele disse: "E aí, como é que eu fico nessa história?", contou Calero ao jornal, relatando conversa que teria tido com o ministro da Secretaria de Governo no período em que comandou a pasta da Cultura.

"A informação que eu tive foi que a AGU construiria um argumento de que não poderia haver decisão administrativa [do Iphan]. Isso significa que o empreendimento seguiria com o parecer do Iphan da Bahia, que liberava a obra", afirmou o ex-ministro à "Folha".
AGU

Em outro trecho da entrevista, Marcelo Calero disse que, diante da iminência de que o Iphan não iria liberar o empreendimento imobiliário baiano, ele passou a receber pressões de integrantes do governo para conceder a licença de construção ou enviar o caso para a Advocacia-Geral da União (AGU).
Calero também disse ao jornal que o titular da Secretaria de Governo acionou "vários interlocutores" para pressioná-lo a rever o embargo da obra.
'Processo de fritura'
Marcelo Calero disse na entrevista à "Folha" que decidiu pedir demissão e contar as pressões que sofreu do ministro da Secretaria de Governo no momento em que se deu conta de que havia um "processo de fritura" para "macular" a imagem dele. O ex-ministro da Cultura classificou de "inacreditável" a pressão que sofreu de Geddel para rever o embargo da obra.
"A gota d'água foi quando fui procurado pela imprensa... Eu vejo isso de maneira objetiva: um agente governamental solicitou interferência de outro numa decisão técnica que lhe beneficiaria em caráter pessoal. Esse segundo agente não aceitou fazer essa interferência", enfatizou.
No sábado, ao participar de um evento com artistas organizado pela Associação de Produtores de Teatro, Marcelo Calero voltou a dizer que sofreu pressão do ex-colega de governo para liberar a obra em Salvador. Ele classificou a postura de Geddel como um caso de "corrupção".
"Não desejo isso pra ninguém. Estar diante de uma pressão política, diante de um caso claro de corrupção. Venho aqui de cabeça erguida e peito aberto. Desde o primeiro momento eu fui muito claro, que nada fora do script, do roteiro, iria acontecer. Nem que isso custasse eu sair do ministério. Tenho uma responsabilidade com as pessoas em nome de um projeto", declarou o ex-ministro.
A versão de Geddel
Em entrevista à Rede Bahia, afiliada da TV Globo, Geddel Vieira Lima admitiu que é proprietário de um imóvel no empreendimento embargado pelo Iphan, negou que tenha pressionado o ex-colega de ministério a liberar a construção e disse "lamentar" e "repelir" as declarações de Calero.
O titular da Secretaria de Governo reconheceu que realmente conversou com Calero sobre o empreendimento, mas, segundo ele, não houve pressão, e sim "ponderação".
Na visão do peemedebista, a conversa foi para reforçar a importância de uma obra que garante centenas de empregos.
"Primeiro, [tenho que] lamentar. Sempre tive com o ministro Calero, uma figura muito doce, uma relação tranquila e amena. Segundo, repelir. Em nenhum momento foi feita pressão para que ele tomasse posição. Foram feitas ponderações. Mas ao fim, ao cabo, as ponderações não prevelaceram, prevaleceu a posição que ele defendia apesar de eu considerar equivocada, o que torna ainda mais supreendente o pedido de demissão e essa manifestação", declarou Geddel à Rede Bahia.
O ministro afirmou ainda que não entendeu a atitude de Calero de acusá-lo de ter feito pressão para liberar uma obra da iniciativa privada.
"Conversei por telefone [com Calero] com a tranquilidade de quem não tem medo de grampo, de fiscalização, porque o que eu converso por telefone, eu posso conversar publicamente", ironizou Geddel, referindo-se ao fato de, na entrevista à "Folha", o agora ex-ministro da Cultura ter dito que teve receio de que o colega da Secretaria de Governo estivesse com o telefone grampeado.
Ele disse que tratou com Calero sobre o empreendimento da capital baiana com "absoluta transparência". Geddel ressaltou que apenas mostrou ao agora ex-colega que a judicialização da licença concedida, em 2014, pelo Iphan "gera desemprego" e "cria instabilidade" para quem comprou apartamentos no empreendimento imobiliário.
"Evidentemente, eu tenho a mesma posição que outros que também adquiriram um imóvel nesse empreendimento que, ao invés de tirar, dá legitimidade para conhecer o tema e poder levar preocupações legítimas, transparentes, à apreciação  do ministro da área."
Iphan
Pivô da divergência que levou à demissão de Marcelo Calero do Ministério da Cultura, o Iphan afirmou por meio de nota que, após garantir o direito de ampla defesa aos empreendedores do condomínio La Vue, em Salvador, embargou a obra.
No comunicado, a assessoria do órgão informou que o projeto do prédio prevê a construção de 31 pavimentos, equivalentes a 97,88 metros de altura. Ainda de acordo com o Iphan, são 23 pavimentos de apartamentos, 2 pavimentos para apartamentos de cobertura, 2 pavimentos sociais, 3 pavimentos de garagem e 1 pavimento em subsolo.
O órgão ressaltou na nota que a decisão de embargar a obra foi tomada "considerando todas as argumentações técnicas e jurídicas apresentadas ao instituto" e após a realização de uma série de estudos técnicos.
"Diante da decisão, cabe ao empreendedor, se desejar, apresentar nova proposta de edificação que respeite visibilidade e ambiência dos bens protegidos", ponderou o Iphan no comunicado
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Congresso analisará nesta semana repatriação e pacote anticorrupção

21/11/2016 05h00 - Atualizado em 21/11/2016 05h00

Senado deve votar rodada de regularização de bens mantidos no exterior.
Comissão da Câmara tenta votar propostas para combate à corrupção.

Gustavo Garcia e Fernanda CalgaroDo G1, em Brasília

A menos de um mês do fim das atividades legislativas neste ano, previsto para 15 de dezembro, Senado e Câmara devem ter uma semana bastante movimentada.

Os senadores devem votar um projeto que reabre o prazo para repatriação de recursos mantidos ilegalmente no exterior, além de analisar propostas polêmicas, como a que cria um teto para os gastos públicos nos próximos 20 anos, e a que endurece punições para autoridades que cometem abuso.

Na Câmara, os deputados da comissão especial que analisa o pacote de medidas contra a corrupção vão debater e, depois disso, tentar votar o relatório do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS).

PEC do Teto
Repatriação

O presidente do Senado, Renan Calheiros(PMDB-AL), quer votar já nesta terça-feira (22) o projeto de sua autoria que reabre o prazo para a regularização de recursos não declarados à Receita Federal que são mantidos no exterior.

Originalmente, o novo prazo iniciaria no dia 1º de fevereiro e acabaria em 30 de junho de 2017. No entanto, o relator da proposta, senador Romero Jucá (PMDB-RR), vai mudar as datas de início para 1º de janeiro e término para 15 de março.

A alteração atende a pedido do Ministério do Planejamento, que solicitou que o prazo fosse adequado ao cronograma orçamentário do Executivo. Em março, o governo pretende ter uma noção da arrecadação derivada da repatriação. Renan e Jucá estimam que a nova etapa da repatriação vai trazer mais R$ 30 bilhões para os cofres públicos.

Na primeira etapa do programa, foram arrecadados R$ 46,8 milhões. Nessa fase, multa e imposto de renda sobre o montante repatriado somavam 30% do valor. Na nova etapa, a soma das taxas será 35%: 17,5% de multa e 17,5% de imposto.

É possível que Romero Jucá inclua no projeto de nova rodada de repatriação a possibilidade de parentes de políticos participarem do programa, o que foi vetado na primeira etapa.

Cláusula de barreira
Na terça, os senadores podem concluir a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria cláusulas de desempenho para o acesso de partidos ao fundo partidário e à propaganda eleitoral de televisão e rádio. Além disso, o texto acaba com as coligações proporcionais nas eleições para deputados e vereadores.

O primeiro turno da PEC foi aprovado no dia 9 de novembro, mas a medida precisa passar por uma nova votação no Senado antes de seguir para a Câmara.
Estão previstas na agenda do plenário do Senado nesta semana duas sessões de debates sobre medidas polêmicas. Na terça-feira, o tema será a PEC que estabelece um teto para os gastos públicos para os próximos 20 anos.

Chamada pela oposição de “PEC do fim do mundo”, a proposta de corte de despesas é considerada, pelo Palácio do Planalto, “essencial” para reequilíbrio econômico do país.

Para debater o assunto serão convidados um representante do governo, um especialista favorável à proposta e dois contrários.

Na quarta-feira (23), está previsto o debate sobre o projeto que endurece as punições para autoridades que cometem abuso. O texto é de autoria de Renan Calheiros, alvo de 12 inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), e tem recebido críticas de parlamentares e setores do Judiciário.

Opositores da proposta consideram que o objetivo é frear investigações contra políticos e que colocá-la em votação neste momento é uma retaliação do Legislativo a operações, como a Lava Jato.

No primeiro dia de debates sobre o texto estão previstas as presenças do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, do ministro do STF Gilmar Mendes e do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cláudio Lamachia. Em uma segunda sessão temática, prevista para 1º de dezembro, o juiz federal Sérgio Moro está entre os convidados.

Também na quarta-feira a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado deve votar parecer favorável à PEC que põe fim ao foro privilegiado no caso de crimes comuns, como roubo e corrupção. Ainda que seja aprovado pelo colegiado, o texto ainda terá que passar pelos plenários do Senado e da Câmara para entrar em vigor.

Na quinta (22), os senadores podem votar outro texto controverso: o que regulamenta as terceirizações, mas, tradicionalmente, às quintas-feiras, não há presença mínima de senadores para votar projetos. Isso pode inviabilizar a análise da proposta nesta semana.
O relatório deve conter um levantamento dos servidores públicos que recebem mais do que o permitido e, também, apresentar propostas para evitar as irregularidades. 
Supersalários
Na terça-feira, a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), pode apresentar o relatório da comissão especial que apura o pagamento de subsídios acima do teto constitucional, que é de R$ 33,7 mil.

Combate à corrupção

A comissão especial que debate o pacote com medidas de combate à corrupção deve tentar discutir e votar nesta semana o parecer do deputado Onyx Lorenzoni.

A previsão inicial era que a votação fosse na semana passada, mas, diante de uma divergência entre os integrantes da comissão, acabou adiada. A polêmica gira em torno da proposta de estender a juízes e membros do Ministério Público os crimes de responsabilidade.

Hoje, apenas ministros do STF e o procurador-geral da República, além de presidente da República, ministros, governadores e secretários, podem responder por sua conduta no cargo.

O relatório de Lorenzoni sugere 17 medidas que vão de criminalização do caixa 2 (dinheiro recebido de doações eleitorais não declarado à Justiça Eleitoral) à inclusão na legislação do crime de enriquecimento ilícito.

Outro assunto controverso que vai dominar os debates na Câmara é um projeto de lei que altera a legislação sobre os acordos de leniência (espécie de acordo de delação premiada para empresas, que, em troca de admitir crimes, têm redução de punição).

O líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), relator da proposta, deve apresentar o texto final nesta semana. Uma versão preliminar que circulou entre deputados previa que esses acordos poderiam ser fechados sem a participação do Ministério Público, o que gerou críticas. No plenário, há um requerimento para acelerar a tramitação desse projeto

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Banco do Brasil anuncia fechamento de agências e plano de aposentadoria

Reuters
20/11/2016 19h10 - Atualizado em 21/11/2016 07h05

Segundo o banco, 402 agências serão desativadas. 
Plano de aposentadoria incentivada prevê atingir 18 mil funcionários.

Da Reuters

Agência do Banco do Brasil no centro do Rio de Janeiro. (Foto: REUTERS/Pilar Olivares)Agência do Banco do Brasil no centro do Rio de Janeiro. (Foto: REUTERS/Pilar Olivares)
O Conselho de Administração do Banco do Brasil aprovou neste domingo (20) um conjunto de medidas de reorganização institucional, que será implementado ao longo do próximo ano, que prevê o fechamento de agências e um plano de extraordinário de aposentadoria incentivada, disse o banco estatal em fato relevante.
Após a reorganização da rede de atendimento, 379 agências serão transformadas em postos de atendimento e 402 serão desativadas, disse o banco, acrescentando que as mudanças não vão comprometer a presença da instituição nos municípios em que atua.
"A economia anual com despesas administrativas, exceto pessoal, é estimada em 750 milhões de reais, sendo 450 milhões de reais decorrentes da nova estrutura organizacional e R$ 300 milhões da redução de gastos com transporte de valores, segurança, locação e condomínios, manutenção de imóveis, entre outras", disse o banco.

Para incentivar a adesão, o banco vai oferecer valor correspondente a 12 salários, além de indenização por tempo de serviço, que varia de 1 a 3 salários, dependendo do tempo de empresa. O período de adesão ao plano vai até 9 de dezembro. Depois disso, o banco vai divulgar o impacto financeiro do plano.
Aposentadoria incentivada
Também foi aprovado um plano de aposentadoria incentivada, com período de adesão voluntária até 9 de dezembro, que tem como público alvo 18 mil funcionários que já reúnem as condições para se aposentar. O BB disse que vai divulgar o impacto financeiro do plano de aposentadoria incentivada após o período de adesão.
O BB também vai oferecer redução de jornada de 8 para 6 horas diárias a 6 mil assessores da direção geral e superintendências, com objetivo de diminuir em 16,25 por cento o salário médio.
Simultaneamente ao processo de redução de agências, o banco pretende abrir 255 unidades de atendimento digital em 2017. Com isso, o banco espera elevar dos atuais 1,3 milhão para 4 milhões o número de clientes atendidos por esse canal até o fim do ano que vem.
"As medidas anunciadas não impactam as projeções (Guidance) divulgadas para 2016", disse o Banco do Brasil.
Rentabilidade
Como resultado da malsucedida campanha do governo federal de usar os bancos públicos para ampliar a oferta de crédito na tentativa de reanimar a economia, o BB tem agora enfrentado perdas crescentes com calotes.
A rentabilidade do BB sobre o patrimônio, que mede como os bancos remuneram o capital do acionista, foi de 9,6% no terceiro trimestre, queda de 4,6 pontos percentuais sobre mesma etapa do ano passado. Assim, o BB piorou pela segunda vez no ano a previsão de rentabilidade em 2016, de 9 a 12% para 8 a 10%.
Para comparação, o índice do Bradesco no terceiro trimestre foi de 17,6%, enquanto o do Itaú Unibanco chegou a 19,9%.
"Não estamos satisfeitos com a rentabilidade que temos hoje", disse dias atrás o diretor financeiro e de relações com investidores do banco, Maurício Coelho, ao comentar os resultados do terceiro trimestre. “Nossa meta é nos aproximarmos de índices de rentabilidade mais próximos aos de nosso rivais privados
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